O Vale das Sombras

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Aquila
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Re: O Vale das Sombras

Mensagem por Aquila » 07 Jun 2018, 19:13

O Vale das Sombras
Prelúdio - Convergência

Reino de Fortuna - Marca de Solas – Noite de Jeta 18 Sob Altossol - 1410

Templo dos Deuses
(Rhaysa)


- Sim, eu sou um tipo de padre, embora as pessoas normalmente prefiram usar palavras como algoz, fanático, ou tirano, quando se referem a membros da minha ordem...

A sombra imensa de Ares encobre totalmente a pequena mesa de refeições da cozinha, quando ele se abaixa para temperar o pernil de carneiro que crepita apetitosamente sobre as chamas do fogão. A carne chia e estala quando o homem despeja cuidadosamente o caldo temperado sobre ela, antes de cortar algumas tiras suculentas e colocá-las em uma bandeja de madeira, juntamente com uma porção de legumes assados.

- Isso é um pouco injusto, mas não surpreendente, graças a forma como a ordem agiu sob o comando de Arsenal...

O sacerdote entrega a bandeja para um dos servos da cozinha, que a coloca no centro da mesa, juntamente com cestos de pão, queijo, ovos cozidos e jarros de vinho e cerveja, enquanto ele conversa com as cozinheiras sobre o tempero de um dos pratos que acabou de provar.

- O que poucas pessoas sabem é que o comando de Arsenal não era absoluto... - ele continua, limpando as mãos em um pano enquanto se aproxima da mesa. Mesmo sem o manto e a parte de cima da armadura, que ele tirou antes de se aproximar do fogão, o sacerdote ainda parece um gigante no meio das outras pessoas, que parecem acostumados com sua presença.

- Embora a maioria dos sacerdotes visse Arsenal como um messias - ele continua, sentando no outro lado da mesa, de frente para você, se servindo de um pouco de tudo. - muitos temiam que suas ações arruinassem tudo que foi construído pela ordem durante séculos de luta. Mas como ele havia sido nomeado pelo próprio Keenn para comandar a ordem, os mestres lhe deram tempo para mostrar se merecia respeito ou desprezo. Não demorou muito para que ficasse claro que ele estava apenas usando a ordem para atingir seus próprios planos.

- No fim, Arsenal acabou consumido pelo próprio ego, mas isso não evitou a fragmentação da ordem, pois a morte serviu penas para torná-lo um santo para aqueles que o seguiam, que decidiram seguir seu legado.

O sacerdote faz uma pausa para beber um gole de cerveja.

- O estranho é que todos lamentamos a morte dele, apesar de tudo. Ele tinha muito poder e experiência, poderia ter feito muito se tivesse se dedicado...

- Ainda não sabemos por que os espectros estão surgindo na região, mas estamos cientes da natureza dos homens-queimados, pois eles eram criados pelo próprio Arsenal para servirem como guardas e soldados de suas fortalezas.

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Dados dos Personagens

Rhaysa <> PVs: 19/19; PAs: 1/1; CA: 19 <> Condição: <> 75 XP.
Will <> PVs: 13/13; PAs: 1/1; CA: 17 <> Condição:.
Lyra <> PVs: 8/8; PMs: 5/5; PAs: 2/2; CA: 14 <> Condição:.
Turok <> PVs: 17/17; PAs: 1/1; CA: 16 <> Condição: <> 75 XP.
Flamel <> PVs: 10/10; PMs: 7/7; PAs: 1/1; CA: 16 <> Condição:.

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Aldenor
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Re: O Vale das Sombras

Mensagem por Aldenor » 08 Jun 2018, 15:49

Antes mesmo de chegar na cozinha, as narinas de Rhaysa são atacadas por um delicioso cheiro de carne. Seu estômago borbulha, seu coração palpita. Era como se fosse amor à primeira vista. Não conseguiu evitar de lamber os lábios ostensivamente - talvez até de maneira mal educada. Porém, o enorme Ares não parecia se importar. Começava a falar sobre sua ordem, sobre Arsenal, sobre como os devotos de Keenn eram mal vistos. Rhaysa não se interessava por nada disso, pois tinha sua própria visão deles: Um bando de desmiolados beligerantes. Ares parecia ser uma exceção, não a regra. Seu pai nunca mencionou sobre os clérigos de Keenn, embora fossem mesmo poucas coisas que ele mencionava para ela, mas ela entendia um pouco de tudo devido sua vida no mar e nas estalagens.

Rhaysa não se importava, mas prestou atenção no que Ares dizia. Ela meneava a cabeça com vários "uhum's" e sorrisos de soslaio. Ela sabia que era importante entender como as pessoas funcionavam para conseguir desvendá-las. Ares era um devoto da guerra distinto, talvez até mesmo honrado. Depois de algum rodeio, Rhaysa pôde comer sua carne de maneira bastante deseducada. Com as mãos, saboreava sem pudor e gemendo a cada mordida.
Rhaysa
Imagem
Mmmmmmmm... Isso aqui tá muito bom, senhoras cozinheiras.
Levantou a voz para ser ouvida por elas.

Rhaysa continuou ouvindo Ares até mencionar finalmente suas perguntas.
Rhaysa
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Ele tinha uma visão bem tosca de como o mundo deveria ser. Na verdade, todo mundo que tem uma visão única de como as pessoas devem viver pode ser considerado um tirano, né.
Não queria antagonizá-lo com uma longa discussão dogmática.
Rhaysa
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Ah, você sabe de um trabalho que estão oferecendo quatrocentos tibares de ouro para caçar os homens-queimados? Suponho que os contratantes sejam minotauros... mas eles não vão com a minha cara, por algum motivo. Queria muito, entretanto, aceitar este trabalho. Cê podia ajudar com isso, não?
Não pelas moedas, pois não acreditava no poder delas, apenas em si mesma, mas para ajudar as pessoas com aquilo. Podia distribuir a pessoas carentes, templos de Lena, Marah ou outro deus interessante. Keenn, jamais, claro.
Rhaysa
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Mas onde está o uísque prometido, Ares? Vim aqui pra isso. Hehehe.
Sorriu para o homem.
OFF
Tendo as respostas e um curso para tomar, Rhaysa vai depois pedir um lugar para "repousar os olhos" e dormirá até amanhã.
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DragonKing
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Re: O Vale das Sombras

Mensagem por DragonKing » 09 Jun 2018, 10:23

Will estava totalmente confuso e sem entender o que exatamente estava acontecendo. A garota, d nome Amália, estava claramente fugindo de alguém ou de alguma coisa e por um momento se viu no lugar dela queria ajuda-la, mas não queria acabar entrando em uma encrenca que não causou, já tinha os próprios problemas para se preocupar e não queria agregar mais nenhum. Seguro a garota pelos outros para ela ficar parada e se acalmar, cada movimento no acampamento parecia que ela iria ter um troço e sair correndo como se não houvesse amanhã.

-Okay Amalia agora vê se relaxa e me explica o que está acontecendo, não vou poder te ajudar se você não me disser entendeu?

Foi então u ela apontou para os cavaleiros que adentravam o acampamento, ela estava apavorada, os Tabashs eram hospitaleiros e recebiam os visitantes sem muitas preocupações ,mas era sempre bom estar preparado pois os Tabashs eram furtivos e mortais quando precisavam ser. Ela apertava o tecido das minhas vestes com força , ela realmente estava apavorada e ao falar em feiticeira Will começou a desconfiar d algum tipo de seita. Franziu a testa e respirou fundo.

-Tá, vem comigo.

Will puxa a garota pela mão e atravessa as arvores furtivamente, sua intenção era clara e o plano era simples, apenas Rajani poderia ajudar naquele momento, Will não conhecia a área e não sabia se podia confiar em todos os tabash, além d que entrar no acampamento seria ariscado demais. Seguiu em direção ao curral torcendo para que a lider dos homens gato estivesse ainda lá.

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Aquila
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Re: O Vale das Sombras

Mensagem por Aquila » 12 Jun 2018, 22:58

O Vale das Sombras
Prelúdio - Convergência

Reino de Fortuna - Marca de Solas – Noite de Jeta 18 Sob Altossol - 1410

Templo dos Deuses
(Rhaysa)


Alguns sorrisos dissimulados e murmúrios abafados são tudo que você recebe em resposta ao seu elogio para as cozinheiras, antes da cozinha mergulhar em uma tensão sufocante. Por um momento, o riso descontraído das pessoas quase fez com que você esquecesse do medo que se esconde por trás da máscara da indiferença, como se estivesse novamente em Malpetrim, onde sua natureza era ignorada em meio a excentricidades dos aventureiros, mas logo a ilusão começa a se desfazer como fumaça levada pelo vento.

Se o sacerdote notou a tensão, ele nada diz, apenas observa o seu olhar enquanto toma um longo gole de cerveja.

- Imaginei que não estava indo para o templo, quando a vi atravessando a praça - ele diz, sorrindo de modo presunçoso, quando você menciona o contrato. - Me perdoe, mas você não parece ser do tipo devota, pelo menos não do tipo que vai ao templo orar por milagres...

- O contrato dos homens-queimados é meu, senhorita, embora oficialmente seja tratado apenas como uma missão do templo. Deve imaginar o motivo. Os minotauros sabem sobre a natureza dos homens-queimados, mas "resolveram" deixar o assunto em nossas mãos, enquanto as criaturas não se mostrarem uma ameaça para o povo. O que é a forma deles de dizer que é mais barato contratar aventureiros do que mobilizar uma força armada... e se isso significa arriscar alguns sacerdotes humanos, tanto melhor...

- Por isso eles não negociaram o pagamento... - ele continua, pegando uma moeda de ouro da algibeira e colocando sobre a mesa, - que será pago em aureus.

A moeda dourada com a efígie de Tellos parece intensificar o brilho das chamas da lareira, lembrando-a do simples fato de que o tibar foi substituída pelas moedas do Império em todos os reinos conquistados.

- As pessoas em Caermor ainda usam a contagem do tibar em seus negócios - diz o sacerdote, girando a peça entre os dedos com uma expressão séria no rosto austero. - Uma forma de negar a verdade, eu diria, mas a moeda real logo se tornará uma lembrança para todos, assim como a liberdade... Seja como for, a recompensa é de cem aurei, se ainda estiver interessada... Ah! Damon! - ele diz, fazendo um sinal para um rapaz se aproximar.

Um rapaz de cabelos castanhos e brilhantes olhos azuis, se aproxima da mesa, trazendo nas mãos uma garrafa de casco vermelho. A princípio você o toma por um ajudante da cozinha, mas assim que ele sai das sombras, você nota o tabardo de Keenn que ele usa sobre uma meia armadura.

- Rhaysa, esse é Damon, meu escudeiro - diz o sacerdote, se levantando para pegar a garrafa das mãos do rapaz, que não deve ter mais de dezesseis anos, mas já possui o porte físico de um guerreiro.

- Um dos escudeiros... - diz o rapaz, fazendo uma leve reverência. Quando ele se abaixa, você nota que o lábio dele está cortado, apenas um dentre os vários ferimentos recentes que cobrem seu rosto juvenil. - Senhor, mestre Zaheer disse que deseja falar com o senhor com urgência.

- Ele deve estar querendo discutir a questão dos guardas - diz o sacerdote, sentando sem nenhuma preocupação, colocando dois copos na mesa, um para você e outro para ele. - Aquela nossa explicação não vai detê-los por muito tempo. Eles logo vão voltar para se certificar de que não estamos abrigando uma rebelde, mas não sem antes contar tudo para Mallius... Mas antes de ir, devo uma bebida forte para a senhorita, não é mesmo? - Ele serve uma dose generosa para cada um. - Aqui está, senhorita Rhaysa, uma amostra do malte da Marca, cortesia de Hildra... - Ele ergue o copo de modo quase solene. - Por Keenn.

- Por Keenn - o escudeiro repete, observando o sacerdote virar o copo de uma só vez.

- Damon, ajude a senhorita no que ela precisar. Ela vai ficar aqui esta noite. Se os guardas tiverem um pingo de inteligência, reforçaram a vigilância sobre o templo...

O sacerdote se vai sem pedir licença, deixando-a com o escudeiro.
Ares se vai, mas deixa a garrafa de uísque. A garrafa está quase pela metade, tem ainda umas dez doses, excluindo aquela que ele serviu para a espadachim. Para cada dose que ela beber, role um teste de Fortitude (CD 16). Falha significa a perda de 1d4 pontos de Destreza e Sabedoria. Se qualquer uma destas habilidades chegar a 0, Rhaysa cai inconsciente.

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Acampamento Tabash
(Will)


Apenas o lamento do vento rompe o silêncio que os envolve assim que você e a garota mergulham na escuridão do Bosque do Rei, seguindo o brilho trêmulo das tochas que marcam o local do estábulo dos turmaka. As estrelas piscam por entre as copas escuras das árvores, que sustentadas por um sem fim de troncos cinzentos, fazem a mata parecer um imenso salão abandonado.

Amalia segura a sua mão com força enquanto vocês correm pela trilha sombria, mas solta subitamente quando a primeira tocha surge por entre as árvores.

- P-por favor, pare... - ela diz, caindo de joelhos sobre o chão coberto de folhas úmidas. - N-não consigo... mais... correr...

Por um instante, parece que ela vai desmaiar por causa do cansaço, ela respira com dificuldade, ajoelhada, de cabeça baixa, mas, então, o som de um galho quebrando na escuridão da mata parece renovar suas forças.

- N-não... não posso desistir... Tenho que continuar...

Uma lágrima desliza pelo seu rosto quando ela cerra os punhos e se levanta, fazendo um sinal para continuarem.

- Vamos.

Poucos metros adiante, uma cerca improvisada, feita com troncos grosso, bloqueia a passagem para a clareira onde os turmaka foram alojados. As sombras dos lagartos gigantes encobrem a luz das tochas que marcam a trilha principal, onde os tratadores terminam seus afazeres, dando alimento aos animais ou prendendo as últimas correntes nos elos de ferro que fixaram nas árvores, um cuidado para evitar a debandada, em caso de perigo, pois os animais na verdade são muito dóceis.

- O-obrigada por me ajudar... - Amalia diz, enquanto vocês estão cruzando a cerca, observados com curiosidade por um dos gigantescos animais, cujas presas de marfim, com mais de três metros de comprimento, passam perto de suas cabeças. - Não tenho como agradecer o que está fazendo por mim. Aqueles homens, são servos da minha dona, senhora Marissa.... Não, ela não é minha dona. Jurei que não iria dizer isso para nenhum deles. Ela me comprou, sim, mas não é minha dona.

Assim que atravessam a cerca, vocês seguem por uma trilha estreita que contorna a clareira.

- No começo achei que tinha tido sorte por ter sido comprada por uma senhora importante - ela continua, a voz apenas um sussurro, - uma nobre esposa de magistrado, mas agora sei que isso não existe... Quando ela me comprou, desafiou muitos minotauros importantes, do tipo que não gosta de perder alguém como... como eu... Se tivesses visto os olhos deles quando tiraram minhas roupas, para me mostrar... - Outra lágrima desliza pelo seu rosto jovem, mas a expressão dela agora parece mais de raiva do que de medo. - Achei que ela estava me salvando deles...

A garota para o relato quando vocês chegam na área onde as tendas dos tratadores foram erguidas, ao redor de uma grande fogueira. Rajani está ao lado da fogueira, conversando com alguns dos mestres da caravana.
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Dados dos Personagens

Rhaysa <> PVs: 19/19; PAs: 1/1; CA: 19 <> Condição: <> 75 XP.
Will <> PVs: 13/13; PAs: 1/1; CA: 17 <> Condição:.
Lyra <> PVs: 8/8; PMs: 5/5; PAs: 2/2; CA: 14 <> Condição:.
Turok <> PVs: 17/17; PAs: 1/1; CA: 16 <> Condição: <> 75 XP.
Flamel <> PVs: 10/10; PMs: 7/7; PAs: 1/1; CA: 16 <> Condição:.

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Re: O Vale das Sombras

Mensagem por Aldenor » 18 Jun 2018, 20:20

A reação das pessoas era esperada. Rhaysa estava tão acostumada que não ligou para aquelas caretas cheias de medo. Ares, entretanto, não queria manter aquele clima e, para proteger a situação social, mudou de assunto falando mais sobre o contrato de trabalho por mercenários ou aventureiros. Explicou sobre a moeda, algo que Rhaysa já sabia pois estava há meses andando no Império de Tauron.
Rhaysa
Imagem
É, fazer o que? Estou no Império e se o vento me levar para o Reinado, mudo as moedas por lá.
Disse antes do homenzarrão chamar um escudeiro. Damon era muito jovem, cara de criança, mas o corpo forte de seus treinos desde criança. Uma vida de lutas infinitas... Rhaysa meneou a cabeça para ele para cumprimentá-lo sem lhe dar importância.

Vendo que Ares era chamado para o dever, deixou seu rapaz para ajudá-la no que fosse necessário. Uma gentileza grande, até. Principalmente se considerar que ela é uma completa desconhecida. Uma lefou. Provavelmente estava sendo usada pelo sacerdote-guerreiro para criar animosidades com os minotauros. Não era isso que viviam os devotos da guerra? Pregando a luta, fomentando inimizades e conflitos.

Rhaysa suspirou ao ver com desinteresse o rapaz. Havia uma dose de uísque sobre a mesa e ela se arriscou a um gole. Porém, ele não desceu bem. A cabeça latejou na hora.
Rahysa
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Urgh... melhor parar agora. Ei, David, me mostre o quarto, por favor.
Disse levantando-se cambaleante. Estava ruim, não queria piorar agora.
Ação de Rhaysa
Bebi uma dose do uísque, tirei 9 no teste de Fortitude e perdi 2 pontos de Destreza e Sabedoria.
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Aquila
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Re: O Vale das Sombras

Mensagem por Aquila » 25 Jun 2018, 10:53

O Vale das Sombras
Prelúdio - Convergência

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Reino de Fortuna :: Marca de Solas :: Carmor <> Manhã de Tirag 19 Sob Altossol :: 1410

Turok

A noite ainda domina o mundo quando você deixa o forte dos patrulheiros para trás, seguindo por uma das antigas trilhas que atravessam o Bosque do Rei, na direção de Caermor, cujas luzes piscam sobre a escuridão como estrelas caídas do firmamento. Mas, logo, as bandeiras rubras da aurora começam a se agitar horizonte, anunciando a chegado das fileiras do sol, revelando pouco a pouco os contornos do vale.

Shalla cavalga poucos metros a sua frente, observando, concentrada, os campos vastos que começam a surgir à luz do dia, agarrando o manto desgastado ao redor do corpo esguio para se proteger do vento da manhã, mas uma rajada súbita joga o capuz do manto dela para trás, revelando seu rosto severo de meio-orc, emoldurado por fartos cabelos negros. Uma aljava de flechas e um arco longo são as armas que ela carrega, mas o pomo de uma espada longa pode ser visto no alforje de sua sela, ao alcance de sua mão, ao lado de um pequeno escudo de aço com a árvore dos patrulheiros gravada.

Quando as últimas estrelas começam a desaparecer contra o céu da manhã, a trilha desvia para o norte, obrigando-os a seguir pelos campos que cercam a colina de Caermor, brancos de geada. Não demora muito e a estrada que leva para a cidade surge como uma cicatriz no meio dos campos, ladeada por antigos muros de pedra, parcialmente arruinados. Assim que chegam na estrada, sulcada por trilhas de carroças, os cavalos avançam mais rápido, mas logo que as primeiras casas da vila surgem nos campos ao redor, perto da encruzilhada da Estalagem do Peregrino, o caminho é bloqueado pela passagem de um rebanho de ovelhas.


O rebanho é pequeno, mas Shalla não parece disposta a esperar que ele se disperse, guiando a montaria para uma passagem que contorna a estalagem. Mas, antes que você possa segui-la, uma mulher surge diante de você, bloqueando o caminho. Seus cabelos negros e olhos puxados, quase totalmente cerrados contra o sol da manhã, deixam clara sua origem tamuraniana.
Lyra
- Com licença bom dia, meu nome é Lyra e acabei de chegar a cidade, estou procurando informações sobre a região e como vi que estão armados, acredito que deva haver perigos que estejam cientes.

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Lyra

Por mais que se esforce, você não consegue lembrar do sonho que preenchia sua mente quando acordou, no início da manhã, sobressaltada pela sensação de estar sendo observada.

As chamas da pequena lareira haviam se extinguido como as lembranças do sonho que a fez suar por baixo do cobertor de peles, deixando o quarto totalmente escuro, mas você não precisava ver para saber que tinha mais alguém no quarto além Lúcifer, cuja silhueta sempre se distingue da escuridão como um reflexo de seus próprios pensamentos.

O vento da manhã arrepia a sua pele, lembrando a sensação de sufocamento que acelerou seu coração enquanto observava atentamente as sombras se moverem no quarto, buscando palavras arcanas para enfrentar o olhar pesado que emanava da escuridão, até que tudo terminou, tão subitamente quanto havia começado.

"Era uma garota", Lúcifer lhe disse, assim que você levantou. "O seu espectro, na verdade, mas não era um fantasma, não da forma que imagina, era mais como eu, uma forma de pensamento... "

Parado contra o céu rubro da manhã, com a estrela da aurora sobre a cabeça, Lúcifer observa atentamente o sol nascente. A fina camada de gelo que cobre a grama do campo se desfaz quando você passa, seguindo a trilha na direção da rocha onde ele se encontra, sentindo o sol crescente aquecer seu rosto.

- ...Está no Vale das Sombras... - você ouve Lúcifer murmurar, repetindo as palavras que ouviu da garota-espectro. - O que poderia estar nesse Vale das Sombras...? - De olhos fechados, ele também parece aproveitar o calor do sol, mas você sabe que na verdade ele está refletindo sobre a aparição. Poucas coisas o atraem mais do que um enigma. - Precisamos saber mais sobre a região, antes de continuar nossa busca, Lyra. Esse reino de superstições possui muitos perigos e mistérios, e nosso poder ainda é pequeno para desafiá-los...

Pouco depois, vocês descem pela trilha, na direção da estalagem, determinados a explorar a região para desvendar seus segredos, e a melhor forma de fazer isso é se unindo a um grupo de aventureiros.
Lyra observa a movimentação da manhã, precisava de alguém bem especifico, uma pessoa que andasse armada e com equipamentos de viajem como os dela, esta seria alguém como ela, uma pessoa aventureira, ou partindo a serviço de alguém.

- Preste atenção se carregam símbolos sagrados, a fé é uma poderosa motivação para todos.

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Rhaysa

- Tem certeza de que não quer uma armadura?

Annia olha para você com uma expressão de dúvida, como se fosse a coisa mais estranha do mundo alguém não aceitar uma armadura quando lhe oferece, e não que uma garota de dezesseis anos esteja armada como se fosse para uma batalha.

- Hum, então tá, mas, se mudar de ideia, eu tenho duas armaduras sobrando, uma malha e uma armadura de couro - Ela dá um passo na sua direção, com as mãos na cintura, comparando o seu corpo com o dela. - Acho que temos o mesmo tamanho, então bastariam alguns ajustes, aqui e ali, e elas ficariam boas... - A garota tem a mesma altura que você, e um corpo igualmente musculoso, graças ao treinamento militar. - Mas, tudo bem, depois pensamos nisso... Agora venha, vamos comer alguma coisa - ela diz, animada. - Pode ser nossa última refeição quente em semanas...

A escudeira de Ares a leva para o refeitório do forte, onde os aprendizes do templo estão reunidos, fazendo o desjejum. Assim que você chega, todos os olhares se voltam para você.

- Não se preocupe com eles - diz a garota, levando-a para uma das mesas. - Eles nunca viram alguém como você... - O barulho que ela faz quando bate com os punhos na mesa, enquanto se senta, assusta muitos dos outros aprendizes, principalmente os discípulos de Lena, no outro lado do salão. - Mas é claro! Como sou idiota. Alguém como você!. O seu corpo! Por isso não quer a armadura, porque não pode usar, é isso? - Ela fala alto, atraindo a atenção de todos. - Mas não se preocupe, isso não deve durar. Quando mudar, vai voltar a ser como nós, então vai poder usar uma armadura. Foi por isso que veio ao templo, não é? Para aceitar a graça divina e mudar?

Um pouco escandalosa, Annia parece uma versão feminina de Ares. Seus olhos azuis e cabelos louros, cortados curtos, lembram imediatamente o segundo escudeiro do cavaleiro, Damon, mas ela garante que eles não são irmãos. Aparentemente, Ares não se decide entre os dois aprendizes, que se mostram equivalentes em todas as artes da guerra. Isso acabou criando uma especie de disputa entre os dois jovens, que passam o tempo entre o treinamento desafiando um ao outro em provas de força e resistência, algumas bem pesada, o que fica claro pelos ferimentos no belo rosto da garota.

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Dados dos Personagens

Rhaysa <> PVs: 19/19; PAs: 1/1; CA: 19 <> Condição: <> 75 XP.
Will <> PVs: 13/13; PAs: 1/1; CA: 17 <> Condição:.
Lyra <> PVs: 8/8; PMs: 5/5; PAs: 2/2; CA: 14 <> Condição:.
Turok <> PVs: 17/17; PAs: 1/1; CA: 16 <> Condição: <> 75 XP.
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Editado pela última vez por Aquila em 08 Jul 2018, 11:11, em um total de 2 vezes.

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Aldenor
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Re: O Vale das Sombras

Mensagem por Aldenor » 26 Jun 2018, 22:42

Annia se esforçava demais. Rhaysa tinha pouca paciência para isso.
Rhaysa
Imagem
Não uso essas coisas, elas restringem meus movimentos...
Ela entusiasmava com tudo. Aos poucos, entretanto, a carranca mal humorada de Rhaysa foi se quebrando com tal animação. Era confortante, até certo ponto, ser tão parecida fisicamente com uma pessoa considerada "normal".

Porém, levada ao refeitório, percebeu os olhares sobre ela. Aquilo ela estava acostumada. Fez carão, ignorando todos os olhares e andou normalmente, com nariz ainda empinado como se fosse uma celebridade local. Annia tentou ser educada, mas não era necessário. Antes que comentasse com ela sobre isso, Annia falou umas coisas estranhas.
Rhaysa
Imagem
Não posso usar? Mudar? O que? Como é que é? Eu não uso armadura, porque me atrapalha, não porque "não posso". Eu não quero. É diferente. E eu não vim aqui mudar ou aceitar seu deus não, muito obrigada. Eu quero é distância dos deuses... vim aqui atrás do trabalho oferecido a mercenários pelo seu chefe, Ares. Quero comer e falar com ele pra diminuir ao máximo minha estadia nesse lugar. Aff.
Era uma pena, Rhaysa estava começando a aceitar Annia como uma pessoa agradável. Mas era mais uma idiota que lidava com seu preconceito de maneira hipocritamente piedosa. Preferia os olhares de medo dos outros aprendizes.
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Re: O Vale das Sombras

Mensagem por Lord Seph » 05 Jul 2018, 10:38

Tudo muda. Turok faz um rápido desejum e se encontra na estrada por um caminho simples. Shalla nada diz durante a viagem, não era de todo mal. Turok não estava acostumado a falsr com pessoas mesmo.

Mas algo precisava ser dito.

- Desculpe a pergunta, Shalla, mas onde deveríamos ir mesmo?

Turok pergunta quando são interrompidos por um rebanho, mas antes de qualquer resposta uma jovem estranha aparece diante de Turok. E falando sem nenhuma discrição.

- Turok e Shalla, e andar desarmado já é um perigo em meio a predadores.

Turok fala quando aponta para si e Shalla quando indica os nomes. Não sabia o que a garota desejava ao certo.

- Estamos em uma missão de reconhecimento, nada demais. E qual é seu trabalho, Lyra?

Turok não se importa vá muito com aquilo, logo teriam que voltar para a missão.
Melhor queimar do que apagar aos poucos.
-Neil Young.
o lema dos 3D&Tistas
"-seremos o ultimo foco de resistência do sistema"
Warrior 25/ Dark Knight 10/ Demi-God.

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Re: O Vale das Sombras

Mensagem por Aquila » 05 Jul 2018, 12:23

O Vale das Sombras
Parte 1 - Conhecendo o Inimigo

Rhaysa

Annia parece nem notar o seu tom rude quando você responde suas perguntas.

- Tudo bem, tudo bem, tem a ver com seu estilo, agora entendi - ela diz, continuando a preparar um sanduíche de presunto, manteiga e queijo. - Puxa vida, eu só achei que não podia mesmo, só isso. Eu já vi outros que eram como você, assim, sabe, maculados, e eles não podiam usar armadura mesmo, só isso. Agora, se é por causa do estilo, isso me interessa muito, porque eu também não gosto muito de usar armadura, e, sabe, quanto mais eu aprender sobre artes de luta, melhor...

Enquanto se serve, a garota coloca tudo no meio da mesa, ao seu alcance, embora seja difícil saber se essa atitude é intencional ou apenas um gesto treinado. A maior parte da comida são sobras da ceia do dia anterior, como ensopados de legumes e carne, tiras de carne assada, mas o pão e o leite são frescos. Não há bebidas no desjejum dos aprendizes, mas, enquanto a garota responde, um servo se aproxima com um bule fumegante de vinho quente.

- Mestre Ares pediu para fazer - ele diz, colocando o bule na mesa, na sua frente.

Os olhos de Annia se iluminam, enquanto os outros neófitos se agitam nas mesas, sentindo o cheiro quente da bebida.

- Ei, isso não é justo - diz um noviço de Tanna-Toh, um rapaz de dezesseis anos, no máximo, no outro lado do salão. - Nós também precisamos nos aquecer, Annie. Divide com a gente, ai, vai.

- Isso é só para quem vai sair em missão, Lucan - Annia responde para eles, sorrindo para o copo de madeira com a bebida fumegante. - Apenas para quem vai pegar a estrada sem saber o que esperar do amanhã. A tua única missão é dar aulas, então continua bebendo teu leitinho.

- Há, acha que ele vai te levar, dessa vez? - o rapaz responde. - Quantas vezes isso já aconteceu? Deixa eu contar... Nenhuma. Ainda não está pronta para ir em missão, e sabe disso. Vai ficar de fora mais uma vez, para polir armaduras e escudos...

- Não desta vez... - a garota sussurra, segurando a caneca com as duas mãos, bebendo um pequeno gole de vinho. - Não desta vez... - Ela fica em silêncio por um momento, apenas sentindo o cheiro da bebida, os olhos brilhando por causa de algum pensamento obscuro. Lucan e uma garota, uma noviça de Leen, se levantam e se aproxima da mesa, como se já soubessem o que Annia iria fazer. - Que se dane, aqui está! Não vai dar mais do que um gole para cada um mesmo. - Ela serve duas canecas de vinho quente e dá para os amigos dividirem.

Quando eles se afastam, Annia volta a discutir o assunto.

- Agora, não usar armadura, tudo bem, eu entendi, tem a ver com o estilo, mas não entendi o que disse sobre não mudar. Por acaso não quer mudar? Quer ficar assim para sempre? E não aceitar a ajuda dos deuses? Por quê? Justo agora que parece que eles querem ajudar? Eu não sei muito bem o que está acontecendo, mestre Ares pode lhe dizer, mas eu sei que é algo sério. Seja o que for, parece que não há mais espaço para indecisos.

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Dados dos Personagens

Rhaysa <> PVs: 19/19; PAs: 1/1; CA: 19 <> Condição: <> 75 XP.
Will <> PVs: 13/13; PAs: 1/1; CA: 17 <> Condição:.
Lyra <> PVs: 8/8; PMs: 5/5; PAs: 2/2; CA: 14 <> Condição:.
Turok <> PVs: 17/17; PAs: 1/1; CA: 16 <> Condição: <> 75 XP.
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Editado pela última vez por Aquila em 11 Jul 2018, 10:41, em um total de 2 vezes.

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Astirax
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Re: O Vale das Sombras

Mensagem por Astirax » 06 Jul 2018, 01:30

Pouco depois de levantar e conversar com Lúcifer uma pista de onde seguir surgiu, a dica da Garota Espectro sobre o Vale das Sombras, e a sugestão sobre unir-se a um grupo de aventureiros.
Lyra
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Pensamos realmente parecido nisso, precisamos de ajuda e podemos ajudar muito outros aventureiros.
Então ambos saem da estalagem e iniciam a sua busca por "aventureiros"

Ao encontrar não uma, mas duas pessoas que batem no critério de busca da jovem um dialogo é iniciado
Lyra
Imagem
Com licença bom dia, meu nome é Lyra e acabei de chegar a cidade, estou procurando informações sobre a região e como vi que esta armado, acredito que deva haver perigos que esteja ciente.
Imagem
- Turok e Shalla, e andar desarmado já é um perigo em meio a predadores.
- Estamos em uma missão de reconhecimento, nada demais. E qual é seu trabalho, Lyra?
Lyra
Imagem
- Minha Arma é a magia, mas não gostaria de causar alarde com uma demonstração.
-Eu normalmente cuido dos feridos, mantenho lugares iluminados com magia, mas no momento, me preocupa os rumores de perigos locais ... Queria ajudar a tornar este local mais seguro.
Lyra encara-os sob suas montarias, dificilmente conseguiria acompanha-los sem que reduzissem a velocidade.
Off:
Lyra obtém um Bordão de custo 0 da natureza e conjura Luz a cada hora sobre ele.
Paga o pernoite de estalagem, Recursos atuais 40 TO
Condicional: se receber 8 ou mais de dano usará um Ponto de Ação, para recuperar Pontos de Vida.
Condicional: sempre que houver ações de movimento sobrando Lyra usará Olho Marcial em um personagem até descobrir os tres valores, rolagem pode ser feita pelo mestre CD de Percepção = 10 + nível do alvo.

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