O Vale das Sombras

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Lord Seph
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Re: O Vale das Sombras

Mensagem por Lord Seph » 15 Dez 2018, 10:09

- Então trabalharemos isso, e aguardaremos até nosso outro companheiro der uma pista para agirmos?

Turok desejava criar armadilhas na mata e assim prender os outros, mas ele ainda não tinha essa habilidade.
Melhor queimar do que apagar aos poucos.
-Neil Young.
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Aquila
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Re: O Vale das Sombras

Mensagem por Aquila » 19 Dez 2018, 22:44

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O Vale das Sombras
Parte 1 - Conhecendo o Inimigo

Aldeia de Beorna - Norte de Fortuna
Anoitecer de Tirag 19 Sob Altossol - 1410


Lyra e Turok

Os habitantes de Beorna dizem que a Estalagem do Urso Dourado é a mais antiga de Fortuna, fundada muito antes de Cyrandur Wallas descer das Montanhas Uivantes para explorar as terras selvagens. Foi ali, segundo eles, onde Quordot, o primeiro rei de Fortuna, encontrou a Princesa Selvagem que seria sua rainha, e onde Reis Errantes se reuniram antes de partirem para a batalha contra Morcar, o Feiticeiro Negro. Verdade ou não, suas paredes de pedra desgastadas foram testemunhas de grande parte da história de Fortuna.

A estalagem foi construída sobre as ruínas de um castelo mais antigo do que o próprio reino, da época em que os anões ainda habitavam as colinas nos sopés das montanhas. Todo o andar de baixo foi erguido no que antes devia ter sido o salão principal da fortaleza, com paredes de pedra bruta com um metro de largura por quatro de altura sustentando um piso superior de madeira bruta.

No salão principal da estalagem, candelabros de velas perenes se intercalam com grossas vigas de madeira, envoltas pela névoa tênue formada pelo calor da comida, e pela fumaça dos cachimbos dos viajantes, sentados ao redor de mesas marcadas pelo tempo.

O lugar está cheio quando vocês chegam, mas uma atendente os tranquiliza quando vocês perguntam sobre as vagas.

- Nimb os abençoou - dia a atendente, uma mulher de rosto sardento, levando-os para uma mesa vazia no outro lado do salão, perto da lareira. - Ainda temos um quarto disponível - é pequeno, tem apenas uma cama, mas acho que isso não vai ser um problema, heim? - Ela pisca para Lyra enquanto faz um sinal com a cabeça apontando para Turok, quando o rastreador não está olhando. - Vou trazer a chave junto com seus pedidos...
A hospedagem e a comida custam 1 PO.

Kyösti

Cerca de trinta pessoas da vila se reuniram no pátio da estalagem para ver a chegada da caravana, e outras tantas podem ser vistas nas janelas das casas ao redor, observando com certo fascínio a passagem dos cavaleiros.

- Parece que toda a vila veio nos ver - diz Saramis, cavalgando ao seu lado logo atrás da carruagem. - Eles não devem receber uma comitiva tão grande com frequência...

Na verdade, eles não estavam ali por causa do tamanho da caravana, você imaginava - caravanas mercantes não eram incomuns na região - mas sim para ver a grande carruagem negra que subia a estrada rugindo como um trovão, puxada por quatro cavalos que mais parecem pesadelos. Aquela carruagem sim, não era comum...

- Não sei porque fomos escolhidos para cuidar da garota - o sulista comenta assim que vocês passam pelo portão da vila, - mas eu é que não vou questionar. Vai que eles mudem de ideia...

A escolha também o surpreendeu, pois desde que você se juntou a caravana, a escolta da carruagem sempre ficou à cargo de guardas veteranos do baronato, cuja lealdade é inquestionável. Muitos deles ficaram em Caermor com a baronesa, mas ainda sobraram vários, dois dos quais compõem o restante da guarda.

Mas seus devaneios são deixados de lado quando a carruagem chega diante da estalagem. Você desmonta rapidamente enquanto os condutores lutam para parar os animais, seguindo para a porta da carruagem com Saramis e os outros guardas. Um instante depois, você escuta o som dos ferrolhos e a porta do coche é aberta, revelando uma cabine espaçoso e confortável, forradas com almofadas e peles, iluminada por uma pequena luz mágica, cheirando a incenso e perfume de flores.

Uma mulher ricamente vestida sai do coche assim que a porta é aberta, descendo sem ajuda a pequena escada lateral. “Britannia”, você a reconhece imediatamente, apesar do véu de renda que oculta o rosto dela

Britannia é uma das damas da baronesa Marissa, uma mulher cuja beleza só é superada pela sua arrogância, você ouviu dizer, e cujos hábitos são tão estranhos quando o de sua senhora.

- Bem-vinda a Beorna, senhora - diz o prefeito da vila, se adiantando para saudá-la com uma reverência desajeitada assim que ela se aproxima, sem saber que ela é tão nobre quanto ele. O engano, proposital ou não, é justificado.No meio daquela vila de pedra e lama Britannia parece tão majestosa quanto uma rainha.

Mas enquanto a mulher cumprimentando o prefeito, sua atenção se volta para outra ocupante da carruagem. Amalia surge da penumbra do coche logo depois de Britannia, tentando descer os degraus sozinha, mas escorrega e quase cai.

Você segura a garota antes que ela caia, ajudando-a a ficar em pé, sentindo a fraqueza de seu corpo. Ele parece estar no limite da exaustão, mas ainda assim luta para ficar em pé, os olhos fixos na mulher.

- E-eu estou bem, obrigada - ela diz, nervosa. - Foi apenas uma tontura.

“Mentira”, você sabe, sentindo o corpo dela tremer, mas antes que possa dizer algo, uma aia sai do coche e se aproxima da garota, uma mulher bonita, apesar da roupa simples, de cabelos cor de cobre e uma expressão sinistra no olhar.

- Deixe-a comigo - a mulher diz, tirando a garota de suas mãos com rispidez, e conduzindo-a para dentro da estalagem.

-Ei, Uivante, venha aqui - Saramis o chama, quando o vê parado. - Venha aqui e me ajude a levar os baús para os quartos das senhoras...
Dados dos Personagens
  • Lyra <> PVs: 8/8; PMs: 5/5; PAs: 2/2; CA: 14 <> Condição: <> 125 XP <> Moedas: 39/0/0.
  • Turok <> PVs: 17/17; PAs: 1/1; CA: 16 <> Condição: <> 200 XP <> Moedas: 4
  • Kyösti <> PVs: 14/14; PAs: 1/1; CA: 16 <> Condição: <> 50 XP <> Moedas: 12/0/0.


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Astirax
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Re: O Vale das Sombras

Mensagem por Astirax » 20 Dez 2018, 07:28

Lyra não se sente envergonhada ou excitada pelas palavras da atendente, isso porque o pouco que conhecia Turok deixou uma imagem de alguém muito, MUITO sério, talvez mesmo ficando nua em sua frente ele não esboçasse nenhuma reação, mas era uma cama apenas, vender uma história ja começada era melhor que inventar outra.
- Pelas suas palavras - Lyra acompanha o olhar rápido e discreto até Turok - eu diria que Marah abençoou, vamos ficar - retira 6 Moedas de Ouro e fala sem nenhum constrangimento - Voces tem "Lamento de Lena"? Mande junto com uma refeição quente, e o restante gostaria das ervas secas, para a viagem - pisca para a atendente.

Após pagar pela estadia, refeição e o extra, se aproxima de Turok, abraçando-o pela cintura e falando baixo ao seu ouvido.
- Pensam que somos um casal, pode fingir isso?

Então ambos procuram uma mesa vazia, tanto para esperar a refeição quanto para aguardar Kyosti.

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Lord Seph
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Re: O Vale das Sombras

Mensagem por Lord Seph » 20 Dez 2018, 09:07

Turok ouve toda a conversa dissimulada e erotizada sem grande apreço. Ellyn ficaria bem irritada se tivesse ouvido aquilo.

Logo Lyra entra no jogo, Turok apenas acena ao ouvir o plano.

- Calma, querida, ainda não chegamos no quarto.

Turok fala com o máximo de esforço para soar como fosse submisso a Lyra.

Se era para fingir, então que fosse para ter uma ideia contrária à sua aparência.

Turok então segue Lyra e deixa seus sentidos aptos a tudo ao seu redor.
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Padre Judas
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KYÖSTI IRKH’OSKARI

Mensagem por Padre Judas » 20 Dez 2018, 17:15

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Kyösti
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“Tsc. Nada bom.”
Foi o que Kyösti pensou ao constatar o estado de Amalia. Ela estava definhando a olhos vistos. O kalevalano nada diz quando a criada tira a garota dela e a leva para longe rapidamente. Então ouve o chamado do “companheiro.”
Kyösti
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– Claro! Vamos lá!
Abriu um largo sorriso e pegou uma caixa, carregando-a com agilidade. Perguntava-se onde estavam os outros àquela altura.
BAÚ DO JUDAS
JUDASVERSO

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Aquila
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Re: O Vale das Sombras

Mensagem por Aquila » 24 Dez 2018, 18:50

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O Vale das Sombras
Parte 1 - Conhecendo o Inimigo

Aldeia de Beorna - Norte de Fortuna
Anoitecer de Tirag 19 Sob Altossol - 1410


Lyra e Turok

A atendente retorna pouco depois com a comida.

-Aqui está... - ela diz, colocando na mesa os pratos com guisado de carne, batata e cenoura, fatias de carne de carneiro assada ao molho de ervas, queijo, pão, ovos cozidos, e duas canecas grandes de cidra. - Se quiserem mais alguma coisa, basta pedirem. - Ela então pega alguma coisa do avental e entrega para Lyra. - A chave do quarto, senhora... Sobre aquela outra coisinha que pediu, não tenho comigo, agora, mas pedi para uma das garotas ir buscar. Não deve demorar, mas se não der para esperar, a senhora sabe que dá para usar no dia seguinte...

A mulher é interrompida pela chegada de Rhaysa.

- Então, conseguiram os quartos? - a espadachim pergunta naturalmente, como quem continua uma conversa interrompida, soltando a mochila e a espada sobre uma mesinha ao lado da parede, antes de passar por Lyra e ir sentar ao lado de Turok. - Conseguiram um só? Bem, vai servir. Podem ficar com a cama, se quiserem. Eu durmo no chão. Melhor que dormir nos estábulos, dessa vez... Então, o que temos para beber nessa estalagem? Cidra? Por acaso não tem cerveja?

A atendente olha de Lyra para Rhaysa sem entender.

- Temos, sim, mas nossa cidra é a melhor do norte, e fazemos questão que todos que passem pelo Urso Dourado a provem para atestar esse fato, então... Então vocês são aventureiros? Achei que eram apenas um casal de viajantes...

- Não vou recusar uma caneca de cidra, gelada, e alguma coisa para comer. - A espadachim faz surgir uma moeda de ouro entre os dedos, passando-a para a atendente. - Vou querer o mesmo que eles. Sim, nós somos aventureiros, mas parece que não há muito trabalho para nós na região, então estamos considerando ir para o sul...

- Não sei por onde passaram, senhorita, mas qualquer um na região pode lhes dizer que há muito trabalho para aventureiros. Os minotauros pretendem enviar uma guarda para nossa aldeia, mas isso vai nos proteger apenas dos salteadores e gigantes que estão cruzando as montanhas, não dos espectros e mortos-vivos, tenho certeza. Não, isso é um trabalho para sacerdotes dos deuses, como a senhora - ela faz uma reverência para Lyra, - e o Cavaleiro da Guerra que passou por aqui mais cedo...

Rhaysa abre a boca para perguntar algo para a tendente, mas uma agitação atraia a tenção de todos.

Dois cavaleiros negros vestidos com armaduras pesadas entram na taverna, seguidos por uma mulher vestida com um majestoso vestido de gola alta, esmeralda, com o rosto encoberto por um véu de renda.

- É a baronesa de Norham - diz alguém na multidão. - Parece que veio ver pessoalmente a escavação...

A mulher retira o véu assim que entra na estalagem, mostrando um rosto bonito por volta dos trinta anos, emoldurado por longos cabelos castanhos – um rosto pálido como se nunca tivesse sido tocado pelo sol. Ela cumprimenta algumas pessoas rapidamente, sorrindo sem alegria, mas não se digna a olhar para o salão da taverna. Atrás dela entram duas servas, uma mulher mais velha de cabelos ruivo-alaranjado, e uma garota de cabelos castanhos, por volta dos quatorze anos.

- Aquela deve ser Amalia - Rhaysa faz um sinal apontando para a garota. - Will disse que ela era jovem... E ali vem o Kal.

Kyösti entra logo depois da garota, carregando um pequeno baú de madeira negra.

- Precisamos dar um jeito de falar com ele para saber o que está acontecendo.

Kyösti

Você entra na estalagem logo depois de Amalia, usando o baú que carrega para encobrir o rosto, um truque simples que aprendeu quando era apenas um agente em treinamento, enviado para as tavernas de Kalevi para conseguir informações dos viajantes que chegam à cidade, mas a verdade é que ninguém presta atenção em você, pois todos os olhares foram atraídos pela beleza arrogante de Britannia.

A mulher distribui alguns sorrisos frios antes de seguir para o piso superior, onde ficam os quartos, dando tempo para que você possa estudar a taverna com atenção, descobrindo rapidamente seus novos companheiros sentados no outro extremo do salão, tão destacados da multidão de aldeões quanto a aristocrata.

O piso superior da estalagem é amplo como uma mansão, com quartos bem mobiliados e limpos que superam em muito o conforto de muitas hospedarias de cidade grande, uma surpresa agradável para quem julga o lugar apenas pelo aspecto bruto do exterior. São vinte quartos, ao todo, com o tamanho variando entre pequenas celas com espaço apenas para uma cama, passando por dormitórios comunitários, até aposentos grandes como salões, mobiliados com camas de casal, banheiras e biombos.

Assim que você alcança o corredor, Gaunter lhe indica um dos quartos maiores. Quando você entra, Amalia está sentada na cama com as mãos sobre o joelho, sendo examinada por Britannia.

- Coloque nesta mesa - Britannia lhe diz, assim que percebe que você trouxe o conjunto de alquimia. - Isso... Agora me ajude a liberar as travas...

- O que eu tenho? - a garota pergunta, a voz um sussurro, enquanto você ajuda a mulher a abrir o pequeno armário de alquimia.

- Não sei ao certo - a mulher responde à garota, pegando alguns frascos com ervas e um pequeno pilão. - Mas acho que não é nada grave. Vou lhe dar um chá para que possa descansar. Amanhã temos um dia cheio...

A mulher olha para você por sobre o conjunto de frascos e ervas, quando percebe que você ainda está no quarto, o brilho da dúvida iluminando seus olhos castanhos, mas você se afasta antes que ela possa dizer qualquer coisa, simulando estupidez.

Saramis o espera do lado de fora do quarto, junto com os dois guardas que também protegerão o corredor.

- Então, Uivante, o que prefere, primeiro ou segundo turno? Se pegarmos o primeiro turno, começamos agora mesmo e ficamos aqui até depois da meia-noite, mas se pegarmos o segundo, podemos ir comer alguma coisa e descansar. O que acha?
Dados dos Personagens
  • Lyra <> PVs: 8/8; PMs: 5/5; PAs: 2/2; CA: 14 <> Condição: <> 0 XP <> Dinheiro: 35 tibares de ouro.
  • Turok <> PVs: 17/17; PAs: 1/1; CA: 16 <> Condição: <> 0 XP <> Dinheiro: 4 tibares de ouro.
  • Kyösti <> PVs: 14/14; PAs: 1/1; CA: 16 <> Condição: <> 0 XP <> Moedas: 12 tibares de ouro.


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Editado pela última vez por Aquila em 30 Dez 2018, 19:27, em um total de 2 vezes.

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Lord Seph
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Re: O Vale das Sombras

Mensagem por Lord Seph » 25 Dez 2018, 09:27

Aquele ambiente era enervante e claustrofóbico. Como os civilizado aguentavam se amontoar daquela forma?

Turok apenas aguarda, mantendo-se atendo as coisas ao seu redor.

Ouvir a atendente se meter na vida do grupo foi de certa forma engraçada, mas logo estavam diante do aparente alvo.

- Talvez fosse melhor aguardar a vez do nosso companheiro agir para nós informar das situação.

Turok termina sua fala degustado da comida, mas evitando a bebida. Precisava de todos os seus sentidos ali.
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Re: O Vale das Sombras

Mensagem por Astirax » 28 Dez 2018, 22:17

Lyra fica bem impressionada com a quantia de comida, mas também se lembra de ter colocado 10 moedas de ouro na mesa, mesmo só precisando de uma, pelo visto.
- Entendido, só quero uma boa noite de sono - disse Lyra enquanto recolhia a chave, é quando Rhaysa chega abruptamente. A naturalidade da fala dela indicava uma boa intimidade, podia-se dizer que eram amigas já.
Diante da expressão confusa da atendente Lyra diz - Isso, segurança nos números e armas, espero que a quantia de ouro que dei seja suficiente, para tudo incluindo sua discrição.

Então ouve da atendente sobre trabalhos para aventureiros, uma forma de entrar talvez? De se aproximar?

As coisas aconteciam rapidamente, e algo na entrada atraia a atenção de todos.

Baronesa?Escavação? Algo relacionado ao mal enterrado?

Então Rhaysa comenta sobre Amália e Kal. No entanto Kyosti estava infiltrado, não podíamos chegar e falar abertamente com ele.

Lyra...

Fazia tempo, não muito tempo na verdade, menos de um dia que não ouvia a voz do Portador da Luz, Lucifer.

Lyra já estava acostumada a responder normalmente como se ele existisse e estivesse ao seu lado, mas discrição era necessária ali, portanto respondeu apenas mentalmente

- Lucifer, algum problema? - Lyra ocupava sua boca com comida e bebida enquanto mantinha essa conversa mental, ao que ele respondeu de imediatamente - Seu futuro é incerto... Me ausentei para ir além, prescrutar e inúmeros caminhos surgiram, grandes dificuldades - disse Lucifer enquanto Lyra pensava nesses presságios, pois ela tinha um Destino, seria favorecida por boa sorte enquanto não o cumprisse, mas ela poderia falhar, assim surgiam fantasmas no mundo.

- você é meu guia, meu professor, meu amigo e meu deus, seguirei o caminho que indicar - disse Lyra mentalmente o que causou uma pequena "alteração" na voz mental de Lucifer, vergonha talvez? - Tudo tem um preço e um valor. É verdade que seu poder veio de mim, canalizado e pronto, em formas finita e confiável, mas para o seu Destino se cumprir, deve abandonar essa ligação -

Lucifer estava sendo fatalista? Ou preocupado por algo não revelado? -Lucifer, não precisa ser misterioso comigo, estamos juntos há mais de dez anos, se eu entendi bem voce quer quebrar nossa ligação? - Lyra estava confusa, e engasgou levemente, nada grave, mas agora preferia ouvir os motivos de Lucifer - Você acessa a magia através de mim limitando seu conhecimento e poder, mas situações futuras exigiram feitiços que voce desconhece, por isso voce deve acessar a magia em sua fonte, extrair o poder do universo para si mesma e molda-lo - disse Lucifer como um professor, deixando Lyra preocupada -Isso não parece muito? Controlar o Universo? Moldar a magia à minha Vontade? Isso é coisa para Deuses, ... Não mortais - disse Lyra contrária a ideia.

- Sim, moldada pelos deuses não haveria falhas e consequências, mas isso não significa que mortais não possam fazê-lo. Um mortal pode extrair o poder de Kallyadranoch e molda-lo em conjunto com a essência da magia de Wynna. Quando sucedido, qualquer magia pode ser feita. - Lucifer diz orgulhoso, certo que Lyra aceitará - Mas e quando falha? Moldar pode falhar, assim como um trabalho de artesão. - Lyra tinha uma sagacidade ativa, prendendo a atenção nas palavras já ditas.

- De fato, quando falha, a energia usada para o molde fica fora de controle, e normalmente some sem nada afetar o mundo, ou lhe drena mais energia aproveitando a ligação temporária. - diz Lucifer atraindo a atenção de Lyra, pois dessa vez ela considera que talvez valha o preço. - E o que acontece quando eu alcanço a exaustão mágica? - diz Lyra deixando Lucifer satisfeito, ela esta quase aceitando - Não sei, pois ainda não testemunhei a situação, mas minha experiência diz que a magia que tentou moldar se completa sozinha, sem voce ter qualquer decisão, incluindo o tipo e alvo - Lucifer estava sendo sincero, isso era novo para ele também.

-Muito Bem, eu aceito, o que preciso fazer? - disse Lyra finalmente ao que Lucifer respondeu. - Preciso que durma,   com isso posso te treinar o equivalente a anos em instantes, é o meio mais seguro e rápido. - Lucifer selava o pacto ali e Lyra respondia - Assim que possível, irei.

Então a realidade voltava, Amália, Kyosti e Rhaysa.

- Preciso dormir um pouco Rhaysa, me preparar para fazer o que quer, se possível, vou agora mesmo.

Lyra conhecia o termo preparar Magia dos seus estudos sobre Teoria da Magia de um mago chamado Vance.
Seu método chamado magia vanciana era ao mesmo tempo amada e odiada.
Era uma desculpa perfeita pedir uma hora.

Só precisavam que Kyosti não quebrasse o disfarce.

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Re: O Vale das Sombras

Mensagem por Aquila » 31 Dez 2018, 14:57

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O Vale das Sombras
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Lyra e Turok

- ...Lyra... Lyra... Lyra?

Lyra: Demora um momento até você perceber que a voz que escuta por entre seus pensamentos é de Rhaysa, um sussurro indistinto que aos poucos vai se tornando mais claro até finalmente despertá-la para o caos de sons e aromas da taverna. A espadachim está sentada ao seu lado, tocando o seu ombro, olhando-a com uma expressão preocupada.

- Lyra, está tudo bem? O que aconteceu? Você apagou por um momento, murmurando, e agora ficou branca como leite. Achei que ia desmaiar. O que houve?
Lyra disse
- Preciso dormir um pouco Rhaysa, me preparar para fazer o que quer, se possível, vou agora mesmo.

- Um pouco de descanso vai te deixar melhor, tenho certeza. Vamos ficar aqui um pouco mais, ver se conseguimos falar com o Kal. Também quero saber um pouco mais sobre essa tal escavação de que estão falando – as pessoas da vila não parecem surpresas com os cavaleiros negros. Avisamos se acontecer alguma coisa.

Kyösti

- Nós vamos ficar com o primeiro turno - os guardas dizem, antes que você possa responder. - Disse que pra vocês não importava que turno iam pegar, então não tem problema ficar com o segundo.

- Nenhum problema - Saramis responde. - Ficamos com o segundo turno, então. Vamos, Uivante, vamos descer para comer alguma coisa, descansar um pouco, antes de voltarmos para rendê-los, perto da meia-noite.

Vocês estão indo para a taverna quando encontram Lyra subindo as escadas. Saramis faz um reverência enquanto ela passa, indo para o corredor no lado contrário ao que vieram, o mesmo onde fica o quarto coletivo onde os guardas foram alojados.
Dados dos Personagens
  • Lyra <> PVs: 8/8; PMs: 5/5; PAs: 2/2; CA: 14 <> Condição: <> 0 XP <> Dinheiro: 35 tibares de ouro.
  • Turok <> PVs: 17/17; PAs: 1/1; CA: 16 <> Condição: <> 0 XP <> Dinheiro: 4 tibares de ouro.
  • Kyösti <> PVs: 14/14; PAs: 1/1; CA: 16 <> Condição: <> 0 XP <> Moedas: 12 tibares de ouro.
Editado pela última vez por Aquila em 04 Jan 2019, 09:21, em um total de 2 vezes.

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KYÖSTI IRKH’OSKARI

Mensagem por Padre Judas » 02 Jan 2019, 20:40

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Kyösti estava mais do que satisfeito de poder vigiar depois – isso o deixava livre para agir.
Kyösti
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– Saramis, eu não estou com fome ou cansaço no momento. Vou dar uma volta por aí, conhecer a área melhor.
O meio-orc despede-se do “colega” e afasta-se, dobrando uma esquina. Do lado de fora, discretamente, busca identificar a janela da baronesa. Olha ao redor, vendo se há testemunhas.
Kyösti
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“Vamos ver o que elas estão conversando.”
BAÚ DO JUDAS
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Jonz: Tormenta do Rei da Tempestade [John Lessard, D&D5E]
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