Tormenta Alpha - Crônicas da Tormenta

[Aquila]

Crônicas da Tormenta - Parte IV : Arautos da Morte

Colinas de Marah – Sudeste de Deheon
(Noite de Jetag 30 sob Wynn, 1410 CE)

- Tente não se mexer, Anna.

- Não vou me mexer, Ema... Já recebi ferimentos piores do que esse... em minhas viagens... Mas devo admitir que nenhum deles nunca doeu tanto. Não estava incomodando, verdade, mas agora, parece que está queimando.

- As armas desses goblins não estavam envenenadas, mas não dá para ter certeza... Alguns venenos perdem o efeito, depois de um tempo, mas mesmo assim podem causar muita dor. Mesmo que não seja resto de veneno, preciso limpar o ferimento para não infeccionar...

Anna faz uma careta quando Emerara despeja um pouco de água sobre o ferimento em seu ombro, enquanto murmura uma prece em élfico ancestral, fazendo o sangue escorrer pelo braço até o cotovelo da garota. Emerara limpa cuidadosamente o corte profundo, colocando uma compressa embebida em um bálsamo de sua própria criação sobre o ferimento, antes de cobri-lo com uma atadura.

- O-obrigada, Ema – Anna diz, movendo o braço com cuidado. – A dor... Não sinto quase nada...

- Isso deve ajudá-la a descansar melhor – diz a sacerdotisa, recolhendo seu estojo de primeiros socorros.

- Você é que deve descansar, Ema. Para recuperar as forças. Foi um dia duro e seu ferimento... Se não fosse pelo mago, bem... Me dê o bálsamo. Deixe que eu cuido dos outros...

- Não precisa se preocupar – diz Emerara, sorrindo. – Estou bem melhor, agora, então devo ajudar os outros.

Enquanto a espadachim recoloca sua túnica de couro negro, passando o braço ferido cuidadosamente pela manga justa, Emerara se aproxima da fogueira, para ver se todos estão bem. Apesar de sua postura tranquila, ela ainda parece abatida. Ela mudou a túnica arruinada pela sangue por outra, limpa e seca.

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Kelaste
Um arrepio percorre o seu corpo quando você se lança para a escuridão que cobre a ravina, sentindo o peso do vento e da chuva que tocam suas asas espectrais. O ar frio da noite desperta um sentimento de liberdade que o impulsiona para o infinito, mas o limite da magia logo o impede de alcançar o céu aberto acima da ravina, onde as árvores ondulam ao vento do Norte.

Uma imensa coluna de fumaça cobre as colinas ao sul, onde a chuva luta para extinguir o incêndio que se alastra para o baronato, ainda muito distante, mas você não detecta nenhum inimigo espreitando na floresta ao redor do esconderijo. Ainda assim, você voa por sobre as árvores por um tempo, para se certificar que não há nenhum perigo, descrevendo círculos no limite do alcance da magia.

No entanto, quando finalmente decide voltar para o santuário, você escuta um som estranho vindo da mata, um zumbido baixo quase abafado pelo vento.

Você se aproxima das árvores, seguindo o som misterioso, quando é surpreendido por um bando de sprites.

Antes que você possa reagir, os sprites estão ao seu redor, fazendo piruetas e voltas tão rapidamente que você quase não consegue acompanha-los, sorrindo de modo divertido, antes de seguirem para a ravina. Um relâmpago corta o céu, revelando o brilho de armas e armaduras de aço sob as roupas verde-escuras que eles usam.

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[Kaidre]

Após ter conseguido uma boa visão aérea dos arredores, embora não tão boa quanto gostaria, o arcano teve a sorte de encontrar alguns sprites... batedores ao que pareciam. Sua consciência retorna ao seu corpo e ele começa a relatar o que viu.

Kelaste

- Nenhum sinal dos goblins. Mas o incêndio ainda não se extinguiu. Também avistei um grupo de Sprites armados. Que curioso. Me pergunto o que pretendem.

[Aquila]

Crônicas da Tormenta - Parte IV : Arautos da Morte

Colinas de Marah – Sudeste de Deheon
(Noite de Jetag 30 sob Wynn, 1410 CE)

- Proteus está certo - diz Anna, sentada nos degraus de um nicho vazio, esquentando as mãos nas chamas douradas da fogueira. - Precisamos descansar e nos preparar, antes de tentar qualquer coisa. Investir agora, no escuro, quando eles têm a vantagem, seria suicídio. Os malditos sabiam que estávamos chegando e nos levaram exatamente para onde queriam. Conseguimos escapar por pouco, mas não sei se teremos a mesma sorte da próxima vez...

- Essa 'presença maligna', que os rastreadores sentiram, será que é o mesmo feiticeiro que os prisioneiros que capturamos estavam falando, o tal execrador? Já ouviu falar de algo assim, Kelaste?

Mas o mago não escuta a pergunta da garota, pois sua mente está distante, percorrendo a noite chuvosa na forma do pássaro mágico. Quando o mago abre os olhos, depois de um momento, vê a garota o encarando com curiosidade.

- E então, algum problema?

Kelaste
- Nenhum sinal dos goblins. Mas o incêndio ainda não se extinguiu. Também avistei um grupo de Sprites armados. Que curioso. Me pergunto o que pretendem.

- Há uma tribo de sprites que vive nessa região - diz Urien, saindo das sombras com uma expressão pensativa. - Eles são reclusos e não gostam muito nas pessoas, mas tenho certeza que gostam menos ainda dos goblins. Precisamos recebê-los para saber o que querem.
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[Kaidre]

Kelaste fica um pouco surpreso ao encontrar Anna o encarando enquanto mantinha sua mente distante. Se fosse um inimigo estaria em perigo sem dúvidas. O rosto da companheira estava tão próximo que o fez ruborizar. Mas felizmente foi capaz de responder a pergunta e Urien logo lhes deu uma posição a respeito.

Kelaste

- De fato, eles pareceram bem amistosos com Suzaku.

O elfo coça o queixo pensativo.

Kelaste

- Então, o que estamos esperando? Vamos até eles ou os convidamos a vir até aqui?

Ele diz ao se colocar de pé e limpar a sujeira de sua roupa.

[Padre Judas]

Cornélia relaxa sentada em um canto, checando seu fuzil e sua munição.

Cornélia Volg

- Sair de nosso esconderijo implica em nos arriscarmos a nos expor. Melhor esperar por eles. Você pode usar uma de suas criaturas para trazê-los aqui. Só espero que não venham pra brigar que já temos muitos problemas para lidar.

- Também acho que devemos descansar. O ideal seria esperar pelo amanhecer, mas é provável que nosso inimigo esteja sobre nós antes disso.

[Aquila]

Crônicas da Tormenta – Chamas da Guerra
Colinas de Marah – Sudeste de Deheon
(Manhã de Kalag 30 sob Wynn, 1410 CE)

O dia amanhece cinzento na Floresta da Dama Branca.

Um vento frio sopra das Colinas Altas, empurrando as nuvens carregadas de chuva para os vales profundos, onde a fumaça que flui da floresta queimada deixa o mundo escuro como um pedaço de noite. O vento abre uma parte das nuvens ao norte das colinas, revelando um céu azul-escuro, pontilhado de estrelas, emoldurado por densas nuvens cor de vinho. Chove fraco quando os primeiros raios de sol iluminam os cumes nevados das montanhas, despertando finos braços de neblina que deslizam por entre as fendas escuras dos rochedos como rios espectrais.

Os rastreadores e fadas se agrupam ao redor da clareira diante do santuário esquecido, observando os líderes e os aventureiros decidirem seus destinos. Na luz da manhã, as formas que pareciam indistintas ao redor da entrada da caverna, se revelam como sendo estátuas em relevo de figuras anãs, possivelmente as divindades dos nichos vazios do santuário, arruinadas pelo tempo.

Vocês estão na clareira, aos pés de uma árvore imensa, diante da entrada do santuário, ouvindo as deliberações dos chefes dos dois grupos, os rastreadores e as fadas, depois do encontro rápido do início da noite. Os rastreadores estão espalhados pela clareira, silenciosos como um grupo de emboscada, observando Urien e Andes discutirem com Elladin, o líder dos sprites, que por sua vez percorrem a ravina com curiosidade, cumprimentando todos que encontram.

- Nós os ajudaremos a enfrentar os goblins – diz Elladin, em pé, sobre uma rocha, diante do jovem nobre. – Nossa vida está ligada a Floresta da Senhora, assim como a vossa está ligada aos campos sem fim. Não poderemos nos esconder por muito tempo se tudo perecer.

- Sei o quanto isso deve ser difícil para vocês – diz Urien, sentada diante do sprite com um cotovelo apoiado no joelho, - mas eu asseguro que não somos como nossos antepassados... Precisamos nos unir para enfrentar um inimigo perigoso, mas podemos fazer disso o início de uma nova aliança.

- Isso não depende de nós, guardião.

- Isso apenas o tempo dirá, mas por ora precisamos nos concentrar no problema diante de nós. Nós viemos para as colinas para investigar os goblins, saber o que planejam. Temos fortes razões para acreditar que esses goblins são parte de um grupo de invasão da Aliança Negra, mas infelizmente nossa estratégia de aproximação se mostrou ineficaz. De alguma forma os goblins sabiam que estávamos chegando, e por pouco não escapamos da emboscada.

A menção sobre a Aliança Negra lança uma sombra sobre o rosto jovial do sprite, que olha sério para seus companheiros.

- Isso é culpa do feiticeiro – diz uma jovem sprite, voando de onde estava sentada para pousar ao lado do líder. – Ele encheu a floresta de olhos, fetiches que permitem que ele veja tudo o que acontece, quando seus espiões não conseguem.

- Nós encontramos um objeto desses quando investigamos a mina – diz Anna, atraindo a atenção dos sprites. – Um emaranhado de galhos na forma de um olho.

- Esses fetiches eram do primeiro feiticeiro, – diz a sprite, se voltando para a garota. – O novo feiticeiro parece que não precisa deles...

Todos estão recuperados do cansaço e dos ferimentos do dia anterior.

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Objetivos
• Onde há fumaça... - Descubram a causa da fumaça nas Colinas de Marah. 1 PE. Em andamento.
• Arauto da Morte - Interroguem o prisioneiro goblin para descobrir uma pista sobre o plano da Aliança Negra nas ruínas anãs. 1 PE.
• O Médico e o Necromante (Kelaste) - Envie uma mensagem para Fausto Oitavo, na Universidade de Valkaria, convencendo-o a ajudar. (Em andamento).
• Engenhos de Guerra (Cornélia - Opcional) - Estude o projeto da arma de fogo na oficina de Fausto. 5 PE.

Dados dos Personagens
• Cornélia <> PVs 10/10, PMs 20/20; PE 4; T$ 1.114.
• Eddie <> PVs 10/10, PMs 10/10; PE 4; T$ 974.
• Kelaste <> PVs 20/20, PMs 40/40; PE 5; T$ 434 <> Mácula 0 (4 PMC).
• Proteus <> PVs 15/15, PMs 25/25; PE 4; T$ 444.
• Rakim <> PVs 20/20, PMs 10/10; PE 4; T$ 274.

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[Kaidre]

Após uma noite bem descansada, o grupo se reúne para ouvir sobre as deliberações de Urian com Elladin. Enquanto a conversa se desenvolvia, o arcano ficava a ponderar sobre suas ações.

Kelaste

- Acho que isso significa que devemos lidar com esse feiticeiro primeiro. Vocês tem alguma ideia de onde ele possa estar nesse momento?

[Tiagoriebir]

Eddie acordou revigorado, embora ainda com um pouco de dor de cabeça insistente, mesmo depois do lanche matinal. Era provavelmente o corpo tentando acostumar-se a ter que levantar tão cedo.

O pequeno inteirou-se das informações recebidas na noite anterior. Mais tarde, na clareira com os demais, acompanhava a conversa. Concordou com a cabeça quando Anna mencionou os fetiches usados pelos goblinoides e ficou chocado quando os pequenos (era curioso não ser a menor criatura envolvida em uma conversa) comentaram sobre um segundo feiticeiro. Em seguida, Kelaste comentou sobre um plano de ação a tomar.

— ...E como vocês descobriram esta informação? — complementou a frase do mago.

— Bom, de toda forma, acho que pode ser uma boa ideia voltar temporariamente à Lerna, mesmo que apenas alguns de nós. Além de reportar nossas descobertas, o senhor Morien havia me dito que Calico estava a caminho da vila. Ele é um arquimago poderoso. Seu conselho certamente nos será muito útil.

[Lord Seph]

Proteus ouve a conversa dos demais após todos descansarem.

- Eu não recuarei mais, ficarei aqui e aguardarei.

Proteus falou de forma firme. Ele não iria mais recorrer a recuos que só atrasaria o inevitável.

[Padre Judas]

Eddie
— Bom, de toda forma, acho que pode ser uma boa ideia voltar temporariamente à Lerna, mesmo que apenas alguns de nós. Além de reportar nossas descobertas, o senhor Morien havia me dito que Calico estava a caminho da vila. Ele é um arquimago poderoso. Seu conselho certamente nos será muito útil.

Cornélia Volg

- A ideia é boa sim. Assim como Proteus, eu ficarei aqui e darei cobertura. Quem irá até a vila?