A Fortaleza Carmesim [Concluída]

[Lord Seph]

Todos haviam se decidido. Ela queria vê-lo morto, não pode culpá-la. Mas não poderia deixar ela ser consumida pelo ódio.

"Ladon, você não é um monstros, monstros não tem sentimentos e você sente tudo e sofre por isso, então não permita se tornar um monstro".

Palavras de sua mãe, dias antes de ser assassinada. Aquilo deixava um gosto amargo e então Ash e Jihad falam algo.

- Eu vou precisar de Okob, Jihad. Não acho que os aldeões permitirão enterrar a família de Flora aqui.

Ladom vai até os corpos, o avô estava completamente destruído, por ele. Não tinha como levar as duas partes, precisavam de uma carroça.

- Alguém sabe onde arrumaríamos uma carroça depous de tudo que aconteceu?

Ladon não queria estar mais lá. Aquele lugar não aceitariam ela.

[Aldenor]

A dor nos sentimentos foi muito maior que o chute. Aldred a olhou surpreso, magoado. Não sabia o que tinha feito para ser alvo de tanto ódio. Não foi ele quem deu os golpes finais em seus parentes, mas Ladon e Jihad! E outra, eles nem eram mais humanos, estavam transformados!

Aldred

...

Aldred começou a ficar ressentido com aquilo e pensando em mandar a criança se f...

Rainha Eterna

Sério isso? Vai descontar na criança sua frustração? Quem é a criança aqui, descendente? Aff, francamente...

Aldred não sabia se ficava feliz por revê-la, pois achava que ela teria sumido para sempre após o encontro com as criaturas da Tormenta, ou se ficava irritado com aquela soberba chata de uma criatura ancestral presa em um corpo de criança. A Rainha Eterna tinha seu vestido vermelho característico com detalhes arabescos em dourado e branco e perambulava com sua sapatilha preta.

Aldred coçou o cabelo tentando ignorá-la. Pigarreou antes de falar tentando esconder o constrangimento do chute de Flora.

Aldred

Erm... vamos dar uma olhada, então. Como a aldeia é pequena, não vejo mal em se separar para cobrir mais espaço. Qualquer problema, só gritar. E ah, Ladon tá certo, sugiro não tentarmos falar com os moradores. Pessoas assustadas podem ser ... perigosas.

Engoliu seco lembrando do chute e começou a se afastar para algum canto, mas antes, levando Jihad puxando pela manga de sua camisa bufante.

Quando estavam já um pouco distante dos demais, falou:

Aldred

Olha, cara. Eu te respeito. Sei que tu é muito antigo e já viu muita coisa e tal, mas isso não significa que podemos ter opiniões diferentes sobre as coisas. Apesar disso, não precisamos brigar, só tentar coexistir com nossas adversidades. Certo? Sem tonn kiwiegir? Digo, sem ressentimentos?

Ao seu lado andava a menina eterna com seus cabelinhos dourados e agora tinha um sorrisinho malicioso olhando para os dois.

Rainha Eterna

Sinto um enorme poder nele, descendente. Se eu fosse você praticava muito mais antes de poder desafiá-lo...

Aldred não sabia se ela falava sério, se tinha visto algum tipo de ameaça, ou se zombava de sua cara.

[DiceScarlata]

Jihad


*Olhou para Aldred, pendendo a cabeça de lado*

- Brigar? Nós brigamos? Achei que era assim que se "trocava uma idéia!" . Fiz errado? E não liga muito pra isso de antigo não. Aquilo foi só um exemplo...

*Passou a mão na nuca, massageando os cabelos*

- Pra falar a verdade, devo ter mais de um milênio de vida... Mas nunca vi nada. Era eu... Meu lar... E os aventureiros que vinham me visitar. Tudo o que vi, foi em minha caminhada do deserto da perdição até aqui...

*Deu de ombros*

- Sequer entendo o que é ressentimento. Ele não faz sentido pra mim sabe? Vocês vivem pouco... Então por que perder tempo mantendo mágoas? Eu viverei para sempre... Eventualmente, nenhum rancor valerá a pena... Então, por que isso existe? O que sinto por aquela menina... Tetra... É ressentimento talvez? Ou gratidão?

*Suspirou enquanto olhava ao redor, atento a floresta, buscando algum perigo*

- Que saudade da minha lâmpada.

[Kairazen]

Fargrimm vai respirar aliviado ao ver que aquele problema estava resolvido, a resposta da menina não vai surpreende-lo, de fato, eles haviam matado a família dela, eles podiam estar ate mesmo se arriscando levando ela, mas era a decisão dela acompanhar eles, era até melhor que a mantivessem próxima. A ideia de achar uma carroça ali seria boa, pra pelo menos tirar aqueles corpos profanos da aldeia, os cidadãos não saberiam o que fazer com eles. Ao ver que Ladon vai sair para procurar uma carroça, Fargrimm vai dizer:

Espere aí Ladon, eu vou com você, um par extra de olhos na busca podem ajudar.

[Mælstrøm]

• Parte 2: "Último Suspiro Antes do Mergulho"

A menina parecia determinada agora, depois do chute na perna de Aldred, com a face inchada pelo choro. Jihad se empolgou com aquela determinação em uma criança humana pós-trauma e até incentivou que ela tentasse matá-los, dando dicas, para o horror de Ash, que tentou demovê-la dessas ideias. A menina fez um biquinho enquanto ouvia o meio-elfo e fez uma cara confusa quando perguntada se queria mudar de nome.

E-eu gosto do meu...

Disse erguendo as sobrancelhas. Antes que subisse no trobo, Ladon a interrompeu falando com Jihad. Havia a questão dos corpos. Flora fechou a cara enquanto olhava para o lefou e para o qareen.

Então, enquanto Aldred e Jihad partiram para fazer uma busca pela aldeia, procurando indícios da corrupção lefeu, Ladon e Fargrimm foram atrás de alguma carroça para levar as carcaças dos monstros que um dia fora a família de Flora. E Ash ficou com Flora por ali.

Nenhum morador havia aparecido durante esse tempo. Aldred e Jihad viram frestas de janela e portas com olhos espiões, mas que sumiam assim que percebidos. Assim, os dois olharam o fosso, a forjaria aberta, algumas casas de palha abandonadas e uma construção de pedra onde podiam ser vistos os símbolos dos deuses em mandalas de madeira sobre um pequeno altar. Manowar não tinha outras construções de pedra, nem lugares escondidos. Era realmente um lugar pequeno.

Ladon e Fargrimm encontraram uma carroça velha onde depositaram os corpos aberrantes. Enquanto pegavam os monstros com suas mãos enluvadas sentiam o cheiro débil e nauseante. O lefou lembrou de suas irmãs, das alucinações e nos assassinos de sua família. O pensamento de que se fosse mais forte os teria salvo do triste fim veio como um raio... o anão pensou em seu irmão cavaleiro, orgulho da família, enquanto pensava em Khalmyr como um deus hipócrita, usurpador e como Tenebra foi fraca em perder seu espaço no coração dos anões. Tais pensamentos sombrios e conflitantes sumiram quando a última parte das carcaças foram depositadas na carroça. O cheiro era terrível e nenhuma mosca havia clamado aquela podridão.

A carroça foi deixada junto de Ash e Flora, enquanto Ladon e Fargrimm se juntaram a Aldred e Jihad na busca pela cidade. Após um tempo, a tarde avançando e o frio apertando trazido pela brisa do norte, os aventureiros se reuniram sem encontrar nenhum indício de corrupção lefeu. Mas cada um tinha dúvidas sobre o que encontrariam exatamente. Nada estranho à primeira vista, mas será que os lefeu não podiam esconder? Eram questões que nenhum deles ali podia saber, nem mesmo Ladon, um lefou, pois nunca foi de sua alçada estudar ou pesquisar a fundo sobre sua natureza aberrante. Seu único contato eram as vozes e a raiva.

Dados dos Personagens
- Aldred C. Maedoc III <> PV: 22/15 PA: 0 PE: 3/3 CA: 16 <> Condição: Normal
- Ash <> PV: 13/13 PA: 0 PM: 5/3 CA: 12 Flechas: 40/38 <> Músicas de Bardo: 5/5 <> Condição: Normal
- Fargrimm Deepforge <> PV: 18/18 PA: 1 PM: 4/0 CA: 14 <> Canalizar Energia Negativa: 3/3 <> Magias Preparadas: curar ferimentos leves, curar ferimentos leves, escudo da fé e desespero <> Condição: Normal
- Ladon Brimstone <> PV: 23/16 PA: 1 CA: 15 <> Condição: Nomal
- Scarlata Jihad <> PV: 13/10 PA: 0 PM: 8/5 CA: 13/17 <> voo 1/0 <> Condição: Normal

[Lord Seph]

Ladon ficou em silêncio por todo aquele tempo. Ele não queria mais pensar sobre aquilo e se deixou no automático e evitou o olhar da criança que permaneceu com Ash. Fargrimm estava com ele, mas Ladon nunca buscou conforto nos deuses. Apenas vozes e fúria.

Aquilo não demorou muito e logo já estavam com os corpos em uma carroça e Ladon prendeu ela ao Okob.

- Não reclama, quando terminarmos deixo você ciscar ou pastar por aí.

Ladon falha com o bicho e acompanha Fargrimm para ver se havia mais indícios de criaturas como aquelas que Ladon matou.

Voltando ele aguarda todos estarem reunidos para falar.

- Acredito que ninguém tenha objeção de partir agora, certo? Vamos enterrar a família de Flora longe daqui para que não haja profanação.

Ladon pega um mapa e vê se tinha um ponto adequado, mas continua falando dessa vez se dirigindo a Flora desde que tudo aconteceu.

- Flora, sei que me culpa por tudo, mas quero que me ouça. Se deseja viver precisa estar pronta para o mundo fora desse lugar, então vá até a sua casa e pegue o que for necessário para isso, alguém aqui pode te acompanhar para que não penses que fugiremos sem você.

Ladon fala de forma calma, clara e sério. Após a menina partir Ladon indica um lugar bom tanto para enterrá-los como para acampar.

[Aldenor]

Aldred e Jihad andavam pela aldeia olhando em cada canto. O valkariano abria portas de casas vazias, levantava objetos do chão, olhava as plantas, a grama, até mesmo os entulhos, revirando tudo sem medo de se sujar. Não encontrou nada além de ninho de rato e baratas. Aldred foi para um canto enquanto Jihad para outro em determinado momento. A Rainha Eterna o acompanhava fazendo algumas caretas quando ele sujava suas luvas.

Rainha Eterna

Você não acha que isso é muito estranho?

Aldred

O que?

Rainha Eterna

Lefeu. Eles são uma ameaça muito recente, né? Não existiam na minha época e não deu tempo de aprender sobre eles.

Aldred

Acho que pouca gente sabe... argh. Coisa nojenta.

Viu três baratas comendo os restos de alguma coisa.

Rainha Eterna

Eu achava que a influência deles só se limitava nas áreas rubras.

Aldred

Já faz um tempo que sabemos que não. Quando você retornou, por exemplo, houve uma turba de mortos, fantasmas e outras criaturas ligadas à Tormenta que varreu o oeste do Reinado... antes dele virar o Império hoje em dia.

Rainha Eterna

Eu sabia disso. Eu voltei justamente por causa disso. Mas não tinha um deus a menos no Panteão pra causar essa confusão toda. O que aconteceu aqui eu não faço ideia do que é. Corrupção não é como a magia que depende de conceito, estudo e técnica. Corrupção emana selvagem, sem fronteiras.

Aldred agachava-se para olhar algumas flores na relva e aproveitava para conversar com a menina enquanto ninguém o ouvia.

Aldred

Então, talvez tu devesse saber mais sobre a Tormenta, não? Dragões dourados são sábios, cheios de conhecimento e pa.

A Rainha se sentiu desafiada.

Rainha Eterna

E eu sei muito, ouviu? Houve uma época que eu tinha todo o conhecimento do mundo. Eu recebia o avatar de Tanna-Toh em minha casa para trocarmos ideias. Mas...

Rainha Eterna

... agora eu não lembro de muito.

Aldred lembrava de como se conheceram. Ela era uma mulher adulta, alta (mais alta que ele) e esplendorosa. Falava em um tom arrogante como quem tinha pouca paciência para falar com ignorantes. Mas depois da união de suas almas ela se tornou uma criança. Aldred coçou a barba depois de chutar um caixote de madeira não encontrando nada. Ela parecia frustrada por não lembrar de nada, o que levou a mão de Aldred à sua cabeça. Acariciou os cabelos.

Aldred

Você vai lembrar de tudo.

A Rainha sorriu e apontou para Fargrimm e Ladon que se reuniam para ajudar nas buscas. Em seguida, ela desapareceu depois de tomar uma forma translúcida.

Mesmo quando o anão e o lefou se juntaram à busca nada foi encontrado. Nada estranho na vila. O que era estranho. De onde vinha essa "emanação" de corrupção? Aldred suspeitava da resposta e quando todos se reuniram no meio da vila com Ash e a criança Flora, Ladon falou com ela. Aldred o olhou com pena, um homem daquele tamanho com os sentimentos esmagados pela culpa. Sendo que não era sua culpa. Uma injustiça, mas Flora era uma criança e não tinha como julgar direito as coisas sem sucumbir à emoção. Aldred esperou Ladon terminar e concordou com o que fora dito. Como a menina não gostava dele, o lutador nem se ofereceu para levá-la à sua casa, mas enquanto esperava sua ida com alguém do grupo, comentou.

Aldred

Galera, não tem nada aqui que tenha me pareça lefeu. Exceto pela sujeira, mas isso é bastante artoniano. Bom, eu suspeito que a fortaleza seja o epicentro disso tudo. O que me leva à dúvida... os goblins eram mesmo cultistas? Fargrimm, você não notou nada de estranho na fé deles? Talvez eles estejam corrompidos e não soubemos identificar.

Disse por fim a todos. Olhou de relance para Flora e sentiu aquela raiva juvenil na menina. Levaria tempo, mas esperava que pudesse conquistá-la ao protegê-la na masmorra.

[Kairazen]

Graças a Tenebra haviam achado uma carroça, pelo menos podiam tirar aquelas profanações da vila. Fargrimm pensava, enquanto ajudava a colocar os corpos na carroça como aquelas profanidades haviam chegado aquela vila, a Tormenta ainda era algo muito novo para ele, conhecia por comentário dos outros, mas não era um assunto muito recorrente em Doherimm, pensava que não encontraria uma criatura daquela estão cedo, mas ja percebeu como elas são perigosas, sua mente havia se perdido naquela luta, ele não tinha mais controle de suas ações, era assustador imaginar que uma criatura conseguia fazer tanto estrago apenas com sua aparência.

Ao ouvir a ideia de Ladon, ate pensou em ir acompanhar a garota, mas a pergunta de Aldred vai chamar sua atenção, relembrar do encontro com os goblins em Malpetrim, realmente ele havia questionado qual deus eles seguiam, então ele vai responder a Aldred:

Sim Aldred, eles me falaram que cultuam Ragnar, agora se estão corrompidos isso eu não sei dizer, não conheço praticamente nada sobre a Tormenta, não saberia identificar isso neles.

[John Lessard]

- Ah, tudo bem então.

Respondeu Ash quando a menina respondeu que gostava de seu nome.

"Mas Rosinha é tão melhor..."

O bardo via então os outros em suas buscas, ele mesmo olhava ao redor, vendo aldeões curiosos escondendo-se atrás de suas cortinas quando era descobertos espiando. Ash então apanhou seu arco do chão e o guardou, quando Ladon começou a falar com a garota.

- Sábias palavras, Ladon! Venha, Flora, eu irei lhe acompanhar até sua casa, mostre-me o caminho...

Ash, incrivelmente não sabia ao certo o que falar ao certo.

- Nós iremos lhe proteger Flora, até que possa se proteger sozinha.

[DiceScarlata]

Jihad


*Brincava com pequenos truques mágicos, explodindo faíscas, fazendo surgir dados nas mãos que sumiam em seguida. Já que não podia ficar no trobo, ajeitou-se na carroça, onde jazia deitado. Nada de lefeu não é? Que bom, não queria matar mais cidadãos. Então... nos dias de hoje, pessoas comuns poderiam virar monstros corruptos? Que era pra virar aventureiro...*

*Na verdade, que era mesmo! Tempestade demoniaca, queda do império elfo e avanço de uma tal aliança negra, Imperio Minotauro escravizando pessoas, gigantes de aço travando guerras... Deuses indo e vindo. Argh... Maldita Tetra. Como alguém poderia sobreviver num mundo assim?*

- Boas palavras, Ash.

*Enviou uma mensagem mental a Ash. Estava com preguiça até de falar então usava a magia*

- Você é um bardo... Sabe das coisas, não é?

*E perguntando como se não fosse nada, mesmo que para ele fosse tudo, disse:*

- Você sabe onde grandes gênios estão hoje em dia? Não encontrei mais nenhum nos desertos da perdição... E quase fui parar em outro mundo. O que aconteceu com as grandes magias do passado?