Sob o Céu de Vectora [Concluída]

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Mælstrøm
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Re: O Mundo de Arton [ON]

Mensagem por Mælstrøm » 15 Ago 2017, 17:23

Sob o Céu de Vectora

Parte 1: A Espada de Sir Gorboduc

Bethany apontou para a carroça após perceber alguma movimentação ali dentro. Mas os demais estavam focados demais na ameaça iminente. A meio-dríade estava indulgente frente ao animal, sentido pena do pobre porco.

Mais atrás, Valvadis estava com seu baralho nas mãos. Seus olhos moviam-se depressa para a escolha. O inimigo estava à frente e as gavinhas não puderam detê-lo. Precisava machucá-lo. Então, sacou uma carta de ataque. As energias místicas voaram até o animal desviando no percurso de seus aliados momentâneos. O porco sofreu em cheio pelo ataque.
Valvadis conjurou mísseis mágicos e causou 8 de dano.
A criatura urrou chacoalhando a cabeça, mas virou seu corpo de lado a tempo de encontrar o punho de Shantii. O monge não conseguia superar a armadura de metal. Suas técnicas aproveitavam sua energia concentrada e era bem executada. Mas precisava endurecer-se mais.

Max gargalhou cuspindo seu cigarro na criatura enquanto sacava sua espada de lâmina larga. Girou sob a capa que escondia sua lâmina e descreveu um arco vertical com as duas mãos, retesando os músculos do braço. O porco estava muito bem protegido por sua armadura, mas um golpe daqueles certamente o esmagaria. A lâmina, entretanto, encontrou o chão para partir as gavinhas ali que se revoltaram e se moveram para agarrar a espada. Felizmente, sem força. Max recolhe sua arma antes que houvesse alguma chance de ficar presa. O porco grunhiu em intervalos curtos, como se risse.

Nuvem mantinha-se na posição de ataque, aguardando as ordens de sua companheira. Bethany, entretanto, parecia a todos ter desistido da luta.

O porco não perdeu tempo e tentou abocanhar Bethany. Ágil, a druida desviou para trás evitando o bote. Nuvem rosnou feroz e saltou sobre o porco. As gavinhas reagiram contra o lobo, mas o animal era forte e ágil, desviando habilmente com suas patas. A mordida do lobo cravou no pescoço do lobo amassando metal e carne. Por entre as frestas da armadura o sangue escorreu e Nuvem deixou-se salivar, saboreando o pedaço arrancado.
Nuvem se move, passa no teste de Reflexos por andar na área com constrição e ataca o lobo causando 8 de dano.
Imagem
Iniciativa - Rodada 3
Bethany 23
Valvadis 19
Shantii 17
Max 16
Nuvem 4
Porco 2 (sofreu 16 de dano).

Bethany atenta para o vulto visto na carroça, Valvadis causa dano no porco com magia, Shantii erra seu golpe gastando 1 PE, Max erra seu golpe, Nuvem reage à tentativa fracassada do porco de morder a companheira e causa dano.
Dados dos Personagens
Bethany <> PV: 18/18; PM: 5/0; PA: 1/1; CA: 18 <> Condição: Normal <> Magias Preparadas: presa mágica, curar ferimentos leves x3, névoa obscurecente.
Shantii <> PV: 17/17; PE: 3/1; PA: 1/1; CA: 17 <> Condição: Normal.
Max Reilly <> PV: 23/23; PA: 1/1; CA: 15 <> Condição: Normal.
Valvadis <> PV: 13/13; PMs 6/0; PA: 1/2; CA: 9 <> Condição: Desprevenido <> Magias Preparadas: armadura arcana, área escorregadia, causar medo, enfeitiçar pessoas, mísseis mágicos, objeto aleatório.

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Vielana
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Re: O Mundo de Arton [ON]

Mensagem por Vielana » 15 Ago 2017, 22:20

Bethany levou a mão à boca quando viu Nuvem atacar o porco adentrando a área constrita por suas raízes. Mas entendeu que seu companheiro queria apenas defende-la. Fazia parte do ciclo natural. O porco defendia o território e o lobo a sua companheira.

Sem muito o que fazer, a meio-dríade decide ela mesma avançar por sua área cheia de gavinhas até a carroça. Queria lidar com o que estaria ali.
Bethany
Imagem
Eu sei que está aí! Saia da carroça!
Bethany se move até a carroça, andando por suas raízes grossas.
Bethany anda até 4D e passa no teste de Reflexos.

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Lucena
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Re: O Mundo de Arton [ON]

Mensagem por Lucena » 15 Ago 2017, 23:55

Orthros foi o único espirito em seu baralho que estava pronto para combates diretos. Sem ele, Valvadis teria de se tornar criativo.
Valvadis escreveu:Imagem
- Oque fazer, oque fazer? Bom, que tal um pouco de Yoba
Yoba escreveu:Imagem
Ao invocar os poderes mágicos da carta a gosma etérea que formava o corpo da criatura escorre para o plano material, movendo na direção desejada por seu mestre e se materializando numa gosma invasiva que removia qualquer forma de atrito nas superfícies que englobava.
Uso a magia Área Escorregadia (alcance 9 metros, CD de Reflexos 16), nos quadrados F4, F5, G4 e G5 (área de efeito 3 metros quadrados).
Everything Lives!

Código: Selecionar todos

[quote="Pelleas"][img]https://i.imgur.com/qkSeY1p.png[/img]
 [/quote]

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John Lessard
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Re: O Mundo de Arton [ON]

Mensagem por John Lessard » 16 Ago 2017, 20:18

Shantii franzia o cenho. A Vontade daquele porco era realmente avassaladora, não conseguia acerta-lo. Voltou a movimentar o corpo fazendo semi círculos, atento a tudo. O animal tentou morder Bethany, que desviara por pouco e aquilo preocupo o rapaz. Max tinha atacado e errado... E falado de quem o porco era filho. Era estranho como todos ali sabiam de quem eram filhos e também quem era os pais dos demais. Shantii sentia-se cada vez pior em relação a isso. Togor Azai tinha seu pai, no fim das contas?

Valvadis gesticulou e puxou uma carta, desta vez fez aparecer uma criatura estranha... Feita de algo que o monge nunca havia visto. Logo a criatura jogou-se para debaixo do porco e tornou o chão muito escorregadio, o fazendo cair, com as patas arriadas. O monge recuou um passo, incerto, mas voltou a se concentrar, então com os punhos erguidos, esticou sua perna para cima, a ponto de encostar a coxa em seu nariz, se assim quisesse, e desceu o calcanhar contra a a cabeça do animal.
Imagem
- Desculpe por isto...
Ataque não-leta: (15) + 9 = 24
Dano: (6) + 3 = 9
Personagens em Pbfs:
Imagem Imagem Imagem Imagem Imagem

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Aldenor
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Re: O Mundo de Arton [ON]

Mensagem por Aldenor » 16 Ago 2017, 20:42

Max estava puto. Xingou e praguejou. Mas o porco agora estava no chão. Um alvo fácil. Max girou sua espada por cima de si e baixou com violência causando um estrondo. A espada de Max era grande, mas seu fio era muito afiado. O guerreiro fatiou o porco causando um corte profundo em sua cabeça. Metade da larga lâmina aprofundou no crânio esmagando metal e ossos. O porco estrebuchou antes de morrer.
Max
Imagem
Vai tomar no cu, porra. Porco safado!
Ação de Max
Ataque crítico, dano 30. Criatura morreu!
Imagem Imagem Imagem Imagem Imagem Imagem Imagem Imagem Imagem
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Mælstrøm
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Re: O Mundo de Arton [ON]

Mensagem por Mælstrøm » 17 Ago 2017, 12:21

Sob o Céu de Vectora

Parte 1: A Espada de Sir Gorboduc

Sem pestanejar, Bethany caminha por suas raízes e gavinhas que tentam enroscar em suas pernas. A druida é familiarizada e conhecia os caminhos certos para por os pés. Não demorou muito para chegar até a carroça e divisar a silhueta...

Enquanto a druida andava rumo à carroça, seu lobo rosnava em desafio para o porco. Valvadis, então, sem mais cartas de ataque, optou por controlar o terreno. Com sua carta "Yoba", uma gosma translúcida com um rosto esférico indicando sorriso. Uma gosma etérea envolveu o corpo do porco. Suas patas não conseguiam mais manter-se firmes no chão e tombar foi a consequência.

Shantii tentava se concentrar no combate, embora sua mente trabalhasse de maneira confusa sobre as palavras ditas por Max. A queda do porco devido à gosma conjurada por Valvadis o deixou incerto, porém não abalou sua determinação. Com um movimento rápido, sua perna se ergueu ao céu antes de descer com o calcanhar pesado. O animal sentiu o baque e bateu o focinho no chão com força.

Nesse momento, o porco foi agora preso pelas gavinhas. As raízes enredaram-se nas grossas patas do animal enquanto ele grunhia tentando se soltar. As quatro patas estavam esticadas, arriadas de modo que Max agora via sua presa totalmente indefesa. Sem piedade, sua espada subiu e desceu. A lâmina enterrou na cabeça do porco que guinchou desesperado antes de morrer. O sangue molhou as raízes espalhando para todos os lados.

... Bethany via um goblin. Ele era desdentado, com pele cinzenta com várias manchas esbranquiçadas pelos braços e pelo rosto. A surpresa inicial foi superada pelo grito de morte do porco. O goblin correu dentro da carroça até sua saída, jogando ferramentas e outras coisas pelo caminho. Parecia que atacaria a meio-dríade, mas então, desviou o caminho, pisando nas gavinhas como se fossem nada. Ele parecia desesperado.
Goblin velho
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Malditos assassinos! Ele era meu porco de estimação! Estava só tentando me proteger...
O goblin choraminga agachando-se perto do animal. Mas não demora muito. Seu rosto não tinha lágrimas, embora as rugas sugerissem conformidade. O goblin se ergueu no meio daquela constrição e deixou-se pender. Logo, seus pés estavam enroscados em raízes e seus braços alcançados por gavinhas.
Glong
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Eu me chamo Glong e eu sou um humilde baloeiro em busca de ferramentas.
Antes que todos pudessem falar algo, o mercador Khoras aparece subitamente.
Khoras
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Você é um bandido! Está roubando minhas ferramentas!
Glong
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E você é um gordo covarde. Eu só queria conversar e comprar suas ferramentas pro meu balão... e você saiu correndo feito uma menininha.
O velho goblin era impaciente e agressivo. O mercador irritou-se ainda mais e, encorajado pela situação favorável, esbofeteou o goblin.
Khoras
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Ora, seu animal! Vamos, meus heróis, vamos entregar esse bandido às autoridades em Prado Verde. É o meu caminho mesmo!
Glong parecia conformado como se não se importasse com seu destino.
Glong
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Foda-se. Meu balão já tá fodido mesmo.
Ele piscava muito os olhos, mas não freneticamente, e deu de ombros o quanto as raízes permitiam. Khoras logo salta pra dentro de sua carroça e mexe um pouco até retornar com um vaso de cerâmica quebrado para entregar a Valvadis.
Khoras
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Eu ia te dar isto. Era bem valioso antes do bandido quebrá-lo...
Estava nitidamente entristecido...
Enquanto isso...
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Em Prado Verde é uma comunidade humana - que não pode ser chamada exatamente de cidade devido ao tamanho - que está inflada de pessoas devido ao festival. Ela é formada por casebres com telhado de sapé e fica sobre uma planície verdejante, cortada por um pequeno riacho e uma estrada de terra batida que leva a Valkaria - cerca de três dias a cavalo. A única coisa notável em Prado Verde é um pequeno mausoléu de pedra, que contém a espada de sir Gorboduc. Com a espada em exposição no festival, o mausoléu está vazio.

Nesse contexto, Seiber, Ali e Maryanne estão rumando para a cidade, todos ao acaso.

Seiber Karase
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A vida de Seiber merecia um livro. Ele seria um protagonista daqueles capazes de conquistar o coração dos jovens, e arrancar admiração dos mais velhos. Mesmo assim, o arcanista era jovem. Um bardo que não estava interessado em contar as histórias dos outros, mas de ser o seu próprio protagonista em sua odisseia. Um longo caminho para aventura se abria em sua frente e seu objetivo parecia minúsculo no horizonte. Havia muita estrada, muito chão de terra batida.

Por isso quisera Valkaria, sua musa, colocá-lo no caminho de Prado Verde. Uma cidade de mais ou menos 500 habitantes com várias casas de pedra e madeira, com uma praça central onde uma fonte de água límpida brilhava sob a luz do sol. Muitas pessoas se iam e vinham com seus afazeres. Parece que haveria um festival em breve, pois muitas tendas, palcos e espaços diversos estavam sendo preparados pela população. Não precisou de muito para Seiber descobrir: Vectora passaria perto da cidade por algum motivo desconhecido. Além disso, Seiber também notara que havia poucas pessoas dignas de nota.

Eram todos camponeses naquela cidadezinha, com exceção dos poucos guardas e do sargento Vigar, duas pessoas trajavam armas. Uma menina muito jovem com pinturas selvagens no rosto e uma mulher com roupas escuras e um bandolim nas costas sobre a mochila de viagem.


Ali Shultz
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"Sawblade" era como ficou conhecida. Sua ferocidade cheia de dentes precedia sua alcunha. Depois de escapar do passado de morte e sofrimento, o corpo e o coração de Ali Shultz estavam endurecidos. Em sua vivência esteve acostumada apenas ao tratamento hostil. Vivia para sobreviver, caçava para matar e mesmo nisso teve muitas dificuldades, pois o que sabia mesmo fazer era lutar. Tudo que restou de seus captores. As lembranças do passado antes disso desvaneciam com o tempo e o rosto de seus pais agora estavam embaçados em sua mente.

Ali agora guiava-se pelo cheiro. Encontrava um animal para comê-lo. Fugia das predadores maiores. Passou por muitas regiões sentido fome, frio, sede, calor... a existência da garota tão nova se resumia a isso. E, mais uma vez atraída pelos cheiros e pelo estômago, Ali encontrou um conglomerado de casas feitas por mãos humanas. Havia muita gente andando pra lá e pra cá. A princípio, ela notou apenas alguns olhares curiosos, nada demais. Ninguém se meteria com ela. Guiada pelo cheiro, Ali encontrou uma cerca demarcando um espaço circular pequeno onde galinhas andavam livres pra lá e pra cá.

Seu estômago roncou alto, mas logo ela conseguiu perceber dois olhares. Duas pessoas. Um homem alto, barbudo, loiro. Uma mulher jovem com uma ferramenta estranha nas costas. Ambos armados. Aliás, eram uma das poucas pessoas armadas naquele lugar.


Maryanne Maedoc
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O céu resplandecia ao redor de Maryanne. O sacolejar da carroça não atrapalhava seu dedilhar. Seu alaúde arrancava notas alegres e sua voz atraía o sorriso dos viajantes ali presentes. A jovem lutadora gostava de tocar e cantar como uma barda. Na verdade, ela se apresentava como uma barda sempre que podia. Não que tivesse vergonha de seu treinamento de espadachim com seu amado mestre, mas porque queria mesmo ser uma barda. Apreciava a arte, a música, os poemas. Era uma voraz leitora.

Mas quis o destino que o chamado da aventura a tirasse de sua vida de simplicidades em Valkaria. Maryanne agora seguia para Prado Verde, uma pequena comunidade onde Vectora passaria por perto em breve. Ainda que Vectora fosse uma cidade fantástica, aquelas pessoas davam muito mais importância a ela do que a própria Maryanne, tão sofisticada culturalmente por viver em Valkaria a vida toda. A chegada na cidade foi tranquila e logo a carroça na qual seguia em carona começou a montar uma tenda. Venderiam ovos frescos e algumas leguminosas. Trouxeram até galinhas do campo!

Maryanne via, distante, uma garota que destoava totalmente das pessoas na comunidade. Era baixa, cabelos presos selvagemente, pinturas no rosto. Além disso, vestia uma armadura selvagem e sua espada na cintura era longa presa numa bainha de couro leve. Sua cara não atraia simpatia... Havia outro homem por ali, tinha escudo, espada, sendo uma das poucas pessoas armadas além dos milicianos. Seus olhos claros mostravam uma juventude escondida debaixo de uma longa barba loira.

Dados dos Personagens
Bethany <> PV: 18/18; PM: 5/0; PA: 1/1; CA: 18 <> Condição: Normal <> Magias Preparadas: presa mágica, curar ferimentos leves x3, névoa obscurecente.
Shantii <> PV: 17/17; PE: 3/1; PA: 1/1; CA: 17 <> Condição: Normal.
Maryanne Maedoc <> PV: 18/18; PA: 1/1; CA: 18 <> Condição: Normal.
Valvadis <> PV: 13/13; PMs 6/0; PA: 1/2; CA: 13 <> Condição: Normal. <> Magias Preparadas: armadura arcana, área escorregadia, causar medo, enfeitiçar pessoas, mísseis mágicos, objeto aleatório.
Ali Shultz <> PV: 23/23; PA 1/1; CA 16 <> Condição: Normal.
Seiber Karase <> PV: 17/17; PM 10/6; PA: 1/1; CA: 22 <> Condição: Normal. <> Magias Duradouras: resistência, auxílio divino, armadura arcana, escudo arcano, recuo acelerado.

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Wiccan
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Re: O Mundo de Arton [ON]

Mensagem por Wiccan » 17 Ago 2017, 13:27

Ali foi criada em meio a selvageria dos Hobgoblins e sua cultura militar. Feita de mascote, quase um cão de guarda ela era tratada como tal sendo colocada em rinhas e se alimentando de sobras que os monstros jogavam para ela e apenas assim conseguia sobreviver e apenas assim aprendeu a sobreviver. Por mais que vivesse daquela forma com o tempo ela acabou se acostumando ao ponto de acabar possuindo um sentimento de amor e ódio por aquela raça ela ainda possuía o sentimento de vingança porém com o convívio aprendeu que eles não eram tão monstruosos assim eles só faziam o que sua natureza e seu sentimento de vingança os ensinaram a ser. Seu pai contava historias sobre a queda de Lennorien, mas poucos se atreviam a contar a parte da historia onde os elfos expulsaram os goblinoides de sua terra. Essa dualidade a fez ter uma unica opção fugir e viver sozinha, a sociedade não a a aceitava e os goblinóides a matariam por ter fugido. Ela não tinha mais ninguém.

Ali não sabia como ainda estava viva após tanto tempo viajando e se virando como podia, conseguiu cruzar a fronteira entre os dois continente por pouco,mas agora estava em uma terra nova e totalmente desconhecida para ela. Só havia uma coisa que a guiava , a fome. Hobgoblins eram seres carnívoros e durante 10 anos foi a unica coisa que Ali comia, no inicio rejeitava , mas aos poucos seu organismo passou a apreciar o sabor da carne quente e crua. Isso não só mudou seu apetite fazendo com que ela rejeitasse outras coisas , fez com que seu ofato fosse tão apurado quanto dos goblinoides permitindo-a que fosse capaz de caçar mesmo sem experiencia e identificar inimigos a distancia e foi essa habilidade que a trouxe ao vilarejo de Prado Verde ela não se importava com o nome , apenas estava querendo saciar sua fome.

Parou em frente a cerca encarando as galinhas, olhou em volta para averiguar se alguém a observava como um cão atento a sua volta prestes a roubar um pernil sobre o prato de algum desavisado. Foi então que seus olhos encararam os de um homem alto e de barba, perto dali uma mulher também a encarava e isso a incomodou, franziu o cenho e olhou novamente para as galinhas, ela estava com fome mas não era burra se roubasse ali teria problemas, goblinoides eram selvagens,mas também eram inteligentes e sorrateiros. Apenas desviou o olhar e se afastou procurando um local pra ficar longe dos olhares curiosos e esperar o momento certo.
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Aldenor
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Re: O Mundo de Arton [ON]

Mensagem por Aldenor » 17 Ago 2017, 14:26

Maryanne estava feliz por sair de Valkaria. Após anos treinando escondida de todos - exceto de sua mãe, uma maga versada na arte dos encantamentos - com Satoshi Yamada, a garota recebeu o aval de seu mestre para sair em aventuras. Ela gostava bastante de tocar seu bandolim e cantar suas músicas alegres. Desde sempre ela quis ser uma barda e estudar no Conservatório Twilight em Gorendill e chegou até mesmo viajar pra lá duas vezes para conhecer e fazer testes, mas acabou que o destino atirou dessa rota.

Maryanne foi pega pela ardência em seu coração, em sua alma. Mais tarde soube que era o despertar da Rainha Eterna em forma de uma entidade mística e oculta. A fundadora dos Maedoc queria voltar à vida após séculos "morta". Porque não era essa a palavra certa... as histórias eram confusas. De qualquer forma, Maryanne treinou com Satoshi para se tornar uma espadachim e lutadora marcial. Treinou bastante, por anos, enquanto seu irmão Aldred estudava na Universidade de Valkaria, depois de ter desistido de ser um aventureiro, seu sonho de criança. Mas e seu sonho? Maryanne não tinha sonhos ou ambições. Mas o chamado da Rainha Eterna fez com que ela quisesse ser mais do que era. Mais do que uma simples barda ou uma membro da alta sociedade artoniana - graças ao dinheiro dos pais, ex-aventureiros do Protetorado do Reino, a família era bem conhecida e tinha certos círculos sociais abertos.

Tudo aquilo passou em sua cabeça quando vira Prado Verde no horizonte. Agora que havia terminado o treinamento, tinha que por em prática suas habilidades e seguir evoluindo por conta própria. Seu interesse na arte e na música não sumiram, por isso ela preferia sempre se apresentar como uma barda e não como uma espadachim. Além disso, por que não contou a todos seus conhecidos que treinava com Satoshi Yamada?
Maryanne
Imagem
♫♫Eu sei que eu poderia estar falando alto ou gritando
Soltando a minha voz aguda e rouca pelo ar
E sei que poderia agora estar cantando
Mostrando a todos como é bela a minha dor

Confesso entretanto que sou incapaz
De anunciar assim o que eu sinto
Prefiro esperar sozinha por você
Pois só você entende o que eu digo

Eu bem que poderia frequentar todos os bares
Tentando exorcizar um pouco o que sofri
Andar de mesa em mesa
Tropeçando e bebendo
Chorando e contando a minha triste estória
A quem quisesse ouvir

Confesso entretanto que sou incapaz
De jogar fora assim as minhas lágrimas
Prefiro dormir sozinha no quarto
Talvez eu esteja bem melhor ao acordar

Não pense que é covardia
É apenas timidez
Só me serve a sua companhia

Eu sei que eu poderia estar vivendo um romance
Escrevendo a cada dia uma página da minha futura biografia
E até que poderia também tentar um suicídio
E assim saciar a sede de sangue da humanidade

Confesso entretanto que sou incapaz
De exibir assim minhas marcas nos jornais
Prefiro deixar o tempo passar
Quebrando uns pratos até você chegar

Não pense que é covardia
É apenas timidez
Só me serve a sua companhia
♫♫


Prado Verde despontava no horizonte. Maryanne desceu da carroça na entrada da aldeia e acenou feliz para as pessoas que lhe deram carona. Irmãos, homens simples que vieram de uma fazenda distante para vender suas mercadorias.

Foi quando notou a menina com sua armadura selvagem e pintura no rosto. Olhava para as galinhas... viu que ela era mal encarada, mas saiu dali quando percebeu que ela mesma olhava para a criança. Maryanne deu de ombros, mas reparou também no homem alto e loiro. Sua barba era formidável! Maryanne deu um sorriso singelo ao vê-lo, mas despistou em seguida voltando-se para os irmãos que lhe deram a carona.
Maryanne
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Obrigada pela carona, meus amigos. Foi bem divertido. Ainda bem que encontrei vocês na estrada!
Ela sorriu fazendo uma referência inclinando o corpo à frente e esticando o braço direito.
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John Lessard
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Re: O Mundo de Arton [ON]

Mensagem por John Lessard » 17 Ago 2017, 14:42

Shantii estava quase contente. Quase. A espada de Max desceu num arco amplo contra a cabeça do animal indefeso e a partiu em duas, rachando o crânio e espirrando sangue e miolos no monge. Por um momento o rapaz fitou a cena grotesca, mas depois saiu de seu torpor de descrença e olhou para Max, que parecia satisfeito.
Imagem
- V-você... Você matou ele... - finalmente o encarou - Você o matou, Max Reilly! Ele era apenas um animal, provavelmente assutado... - as palavras lhe faltavam - Você é a pior pessoa que já conheci! Desperdiça comida e mata animais sem necessidade...
Ele mantinha os punhos cerrados, lutando com a vontade de apenas socar face debochada e odiosa do guerreiro. O que era aquilo que sentia neste momento? Lembrou-se de sentir algo parecido, quando Togor Azai o proibiu de seguir viagem com Zara, porém desta vez era pior.

Bufava quando um homenzinho pequeno e verde saltou da carroça. Ele o encarou confuso, quando ele disse que eles haviam matado seu animal. Seu coração se apertou e preparou-se para desculpar, enquanto tinha um nó na garganta, porém nem tempo para isso houve, pois o mercador acusava aquela figura, que após responder recebeu um tabefe no rosto. O monge se colocou na frente do homem, como uma proteção, com olhos arregalados.
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- Qual o problema de vocês?! Ele esta sozinho e desarmado...
Olhava para Khoras com um misto de confusão e frustração.
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Re: O Mundo de Arton [ON]

Mensagem por Aldenor » 17 Ago 2017, 20:09

A espada caia, o bicho morria. Sangue pra todo lado.

Max sorriu, mas foi questionado pelo rapaz de cabelos prateados. Max o encarou sem paciência.
Max
Imagem
Bicho, ou você me deixa em paz, ou você vai ser o próximo, franguinho.
Sua espada ainda estava em suas mãos. Um metal enorme, comprido e grosso.

Um goblin apareceu se entregando. Bom, muito bom. Mas ao mesmo tempo frustrante.
Max
Imagem
Sério? Não vai nem resistir? Você é um chato, goblin.
O mercador apareceu todo cheio de marra. Agora era fácil, depois do inimigo ter sido abatido. O goblin o chamou de gordo e covarde e Max riu alto.
Max
Imagem
AHAHAHAAH. Vai deixar, senhor Khoras? Ou vai chorar? HAHAHAHAHA.
Depois o mercador pega um monte de lixo e oferece ao elfo lá atrás. Outro que lutava de maneira estranha, com magia. Max não desgostava de magia, achava uma ferramenta útil, mas não conhecia o homem e não podia confiar em quem manipulava mágica. Mágica é imprevisível...
Max
Imagem
Que? Só tem esse lixo? Sem moedas? E ainda quer que escolte esse goblin pra cidade? Tô fora. Pego minha espada e vou embora.
Max embainhou sua grande espada num movimento espalhafatoso girando-a num arco longo, quase acertando "sem querer" a Shantii. Depois a encaixou na bainha nas costas e a ocultou na capa.

Max simplesmente deu meia volta e começou a ir embora. Mas não sem antes olhar para Bethany.
Max
Imagem
Nos vemos por aí, doçura.
Max mandou um beijo com a mão enquanto piscava o olho, tentando ser sedutor. E seguiu seu caminho sozinho em seguida...

... o caminho contrário à Prado Verde. Ao contrário do que Bethany pensava, Max tinha pouca perspicácia. Era um homem bruto e quase selvagem. Alguém que não caberia nessa campanha.

E assim vai Max Reilly, filho de Jonathan Reilly, seguir suas aventuras.
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