A Fortaleza Carmesim [Concluída]

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Mælstrøm
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A Fortaleza Carmesim [Concluída]

Mensagem por Mælstrøm » 10 Out 2017, 18:35

A Fortaleza Carmesim
  • Parte 1: A Grande Feira de Malpetrim
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Dizem que as maiores épicas sagas dos heróis começam em uma taverna ou em uma feira, quando um grupo de aventureiros ouve um velho falar sobre estranhos barulhos em uma caverna próxima. O desafio promete monstros a derrotar, tesouros a pilhar e glória a se conquistar. Metade dessas histórias tem o início folclórico em Petrynia, O Reino das Histórias Fantásticas. Um reino onde os bardos jamais morrem de fome e muitas pessoas decidem largar a árida vida cotidiana para sair em aventuras para usar suas capacidades acima da média.

De todos os lugares de Petrynia, Malpetrim se destaca fortemente por ser a Cidade dos Heróis. À primeira vista não há nada impressionante: os muros protegem uma cidade de médio porte com um porto modesto sem muitas construções dignas de nota. O que põe Malpetrim no mapa, entretanto, são as maiores lendas de Arton que aqui passaram e onde as maiores sagas tiveram início. Foi aqui onde Vectorius e Talude se encontraram pela primeira vez e o fruto da ocasião, dizem, semeou a fundação de Vectora e a Academia Arcana. Foi em Malpetrim onde corajosos heróis partiram em busca das partes dos Disco dos Três para evitar o retorno de uma maligna entidade conhecida como Sartan que ameaçava todo o Panteão. Foi próximo à Malpetrim que ocorreu um dos maiores embates da história: O lendário Paladino de Arton contra o nefasto vilão Mestre Arsenal. Foi ali onde começou a famigerada saga dos Rubis da Virtude como consequência.

Além de tudo isso, Malpetrim goza de sua liberdade intacta. Há poucos anos os minotauros de Tapista invadiram os reinos do oeste do Reinado e promulgaram o Império de Tauron. Um a um, os reinos humanos foram derrubados e a presença táurica se tornou rotineira, cotidiana. Sua língua, seus costumes, sua cultura foram espalhados pelas cidades e aldeias. Os minotauros tomaram o poder político impondo novos governadores, prefeitos e legionários. Altrim, a capital de Petrynia caiu, mas Malpetrim não. A Cidade dos Heróis resistiu por meses a fio em batalhas dentro e fora da cidade, com aventureiros disputando quarteirões com legionários. Por fim, devido sua enorme população de heróis, os minotauros não conseguiram conquistar a cidade. Tapista reconheceu a independência de Malpetrim não deixando que fosse ligada ao Reinado. Mas não cabia mais amarras em Malpetrim, a Livre Cidade dos Heróis.

Hoje Malpetrim permite a presença de minotauros e membros do Reinado. Há um constante clima de animosidades, com intrigas provocadas pela Resistência e pelos Colaboradores, misturados com cultistas malignos, guilda de ladrões tentando lucrar com os dois lados etc. O Conselho Regente consegue manter a cidade nos eixos, deixando-a numa frágil e relativa paz. Apesar de tudo isso, Malpetrim mantêm suas tradições. E uma delas é a Grande Feira.

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A tradição da Grande Feira de Malpetrim remota à saga do Disco dos Três há quase um século. Há rumores que até mesmo Thwor Ironfist visitou o evento disfarçado anos atrás. Devido à fama da cidade, centenas de mercadores de todo o Reinado (e agora Império) aparecem na Grande Feira para vender seus produtos. Nos dias de hoje o evento se tornou muito visado, como uma oportunidade única de troca e venda de materiais e mercadorias entre os mercadores do Reinado e do Império. Às vésperas, o porto fica lotado de navios, e caravanas de regiões vizinhas chegam para conferir as ofertas do “outro lado”. O comércio de pólvora liberado também se tornou um grande atrativo — bazares de armeiros e alquimistas são cada vez mais numerosos.

Neste período também há competições marciais e esportivas, quando a rivalidade entre o Reinado e os minotauros se manifesta com grande força. Os esportes e jogos mais simples tornam-se verdadeiros campos de batalha, onde os dois lados tentam provar sua superioridade sem pegar em armas. Mas mesmo com a insistência dos minotauros, o comércio de escravos é proibido no evento. No entanto, perguntando às pessoas certas, esse tipo de “mercadoria” pode ser adquirida.

Os Heróis

É metade do outono quando os aventureiros chegam à Malpetrim a tempo da Grande Feira. Outrora "Feira da Colheita", o evento atrai aventureiros e visitantes de todo o Reinado e do Império, numa comemoração que dura a semana toda.

Aldred
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O jovem artista marcial com sangue dracônico de uma ancestral família visualiza a Grande Feira no começo da tarde quando chegou à Malpetrim, após seguir uma grande caravana por meses vindos Valkaria. Aldred recebia comida e um lugar relativamente confortável para dormir sob o manto estrelado de Tenebra, e sobre um saco de couro para dormir. Em troca disso, o rapaz vendia o que sabia fazer de melhor: lutar. Suas técnicas de luta estavam se desenvolvendo e ele sentia o auge da forma física. Apesar de seguirem por longas e seguras estradas, não foi uma viagem sem incidentes. Além da difícil negociação com tribos de gnolls a oeste de Deheon, houve o incidente com o troll em Tollon - devidamente derrotado graças ao esforço dos mercenários contratados - e, claro, houve o problema os minotauros nas fronteiras de cada reino com sua enorme burocracia alimentada por dezenas de pergaminhos e documentos diversos. Taxas, pagamentos, alfândegas.

Por esse motivo, Aldred chegava à Malpetrim sem dinheiro algum. Antes que protestasse o saldo negativo da viagem, foi argumentado pelos mais sagazes comerciantes de Valkaria que ele ganhou uma viagem para Malpetrim livre de impostos. Sua tarefa de defender a caravana foi diluída pelos custos de sua viagem como comida e descanso. Sem muita opção, Aldred agora tinha que procurar uma forma de conseguir moedas. O almoço já começava a ser uma mera lembrança em seu estômago e a cheiro de carne assada, pasteis e doces coloridos começavam a dar água na boca.

Havia muitas tendas num espaço largo e sem obstáculos de chão de terra batida. Um palco de madeira centrava no meio do lugar e ostentava uma enorme faixa com os dizeres em valkar "GRANDE APRESENTAÇÃO CIRCENSE DOS IRMÃOS THIANNATE".

A Feira não parecia em nada com as que Aldred estava acostumado em Valkaria. Não havia qualquer sinal de grandes e exóticos produtos. Em sua maioria, as mercadorias eram mundanas e quase não havia vendedores de armas, por exemplo. Havia, isso sim, um sem número de barracas com bugigangas, tralhas, petiscos e "tira-gostos". Havia também as Provas dos Campeões, num espaço separado, no lado norte da Feira. Dezenas de pessoas se reuniam ali para participar ou assistir as competições de esgrima, arco e flecha, montaria e braço-de-ferro. O clima festivo da Feira não parecia contaminar aquela parte. Era um ambiente de maior sobriedade e volúpia, onde a competição era levada a sério. Parecia uma boa forma de conseguir dinheiro.

Ash
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O belo meio-elfo sabia apenas cantar e tocar seu bandolim. Pouco conhecia do mundo: tivera um passado de poucas andanças, embora as histórias dos clientes e os livros da biblioteca fizessem sua mente borbulhar em criatividade. Ash chegou à Malpetrim e visualizou as barradas e tendas da famosa Grande Feira. O sol desaparecia no horizonte do Mar Negro e a brisa fria acalentava um dia de calor contido. O outono trazia suas folhas secas que dançavam ao prazer dos ventos. As pessoas eram muitas e diversas, embora Malpetrim parecesse menor que Altrim de onde viera. A mínima presença de minotauros trazia algum alívio e Ash sabia que famosa Cidade dos Heróis era um porto seguro.

Restava agora ao meio-elfo buscar o que fazer. A Grande Feira parecia ser uma grande festa, com pessoas felizes para todos os cantos do que uma feira de comércio propriamente dita. Havia muitos mercadores, muitos caixotes com mercadorias vindas de todo o Reinado e do Império, mas não eram o objetivo principal do lugar. Além desses, havia um sem número de pessoas exóticas armadas, com chapéus pontudos, símbolos sagrados, capaz e mochilas nas costas: aventureiros. A fama da cidade atraía todo o tipo, desde cavaleiros em suas polidas armaduras até os halflings barrigudos com suas mãos leves.

Havia muitas tendas num espaço largo e sem obstáculos de chão de terra batida. Um palco de madeira centrava no meio do lugar e ostentava uma enorme faixa com os dizeres em valkar "GRANDE APRESENTAÇÃO CIRCENSE DOS IRMÃOS THIANNATE". Muitas pessoas começavam a se reunir ali para um vindouro espetáculo de circo. Ash já ouvira falar deles. Os Irmãos Thiannate, outrora errantes, agora estavam ilhados em Malpetrim, pois muitas de suas apresentações seriam consideradas proibidas no Império de Tauron.

Além disso, Ash logo descobriu que bardos contratados fariam apresentações musicais após a apresentação circense. Era costume tradicional haver apresentações musicais durante a noite toda pelas duas noites iniciais e traria todo tipo de pessoa pra dançar no centro da Feira.

Fargrimm
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O som das trombetas e dos fogos de artifícios fizeram o anão da tradicional família Deepforge abrir os olhos. Fargrimm ainda estava se acostumando à vida na superfície, longe de sua pátria Doherimm e sua tão amada escuridão perpétua. Na superfície tinha que lidar com o odioso inimigo durante metade do dia, mas felizmente com a chegada do outono, os dias seriam mais e mais curtos, pelo menos até o fim do inverno. Era uma quantidade bem limitada de dias, mas já era um alento.

Estar em Malpetrim não dizia muito para Fargrimm. Ele sabia que em geral os humanos tinham severos preconceitos para com a Deusa da Noite, considerando-a maligna devido suas crias noturnas como trogloditas, mortos-vivos e outros. Um de seus deveres como sacerdote era pregar aos que viviam em ignorância e estar em cidades humanas era um passo importante para trazê-los à escuridão. Malpetrim não fora escolhida por algum motivo especial, apenas era a mais próxima de onde saíra da caverna que ligava à enorme rede complexa de túneis que levava à sua pátria amada.

Doherimm lhe trazia boas lembranças, mesmo que não fosse alguém exatamente muito querido entre sua gente e sua presença fosse, ironicamente, sombreada por seu irmão popular. Era um desafio não pensar nele com inveja, mas sua fé lhe dava a força necessária. Além disso, Tenebra criou os anões, o que reforçava a a ideia de que Khalmyr era um usurpador e que sua família estava errada ao devotar-se a ele através dos séculos. Felizmente, Fargrimm tinha figuras como ele na própria família para se inspirar. Clérigos de Tenebra do passado que também enxergaram o óbvio.

Agora era noite. Fargrimm não precisava ocultar-se totalmente da vil bola de fogo na imensidão insana que era o céu. Ele via da janela de seu quarto na Estalagem do Macaco Caolho Empalhado a confusão de humanos (e algumas outras raças) se amontoando em uma região cheia de tendas com explosões de sons de conversa, música e gritaria. Cheiros incompatíveis misturados causando-lhe náuseas. Os humanos realmente viviam suas curtas vidas ao limite sem se preocupar com nada...

Ladon
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O lefou atraía olhares desconfiados e alguns até mesmo de nojo. Ladon estava acostumado ao tratamento. As pessoas conseguiam sentir sua natureza alienígena impregnada em sua alma, mesmo que fossem apenas os dentes como presas e seu sangue ácido que denunciasse de maneira mais clara. Havia toda uma aura estranha, diferente que evocava repulsa natural nas pessoas. Essa era a natureza de um lefou e Ladon aprendeu desde cedo a lidar com ela. Em Zakharin, principalmente quando cuidava de suas distintas irmãs, constantemente andava com um capuz e fazia aparições apenas quando muito necessário para garantir os interesses delas. Liz e Agnes não mereciam o trágico fim que se abatera sobre a família, por isso ele fazia questão de estar ali sempre para protegê-las com seu enorme corpo, seu físico avantajado e, claro, com a herança familiar: sua enorme espada.

Em Malpetrim, Ladon conseguia desviar bem dos olhares, sempre oculto em seu capuz pesado, mas também notava que as pessoas estavam felizes. Festivais e feiras sempre foram os melhores lugares para se visitar, pois a alegria muitas vezes afastava o ódio do desconhecido das pessoas. Então, mesmo que ainda sofresse com alguns olhares, a maior parte das pessoas nem o notava. Desse modo, Ladon pôde aproveitar o início da noite com tranquilidade, observando as pessoas. Ele tinha objetivos muito claros, mas precisava ser melhor, precisava se desenvolver. A busca pelo poder era uma faca de dois gumes: podia levá-lo ao seu objetivo, mas podia inebriá-lo com falsidades.

O pátio principal da Grande Feira de Malpetrim estava apinhado de gente. Havia um palco de madeira bem no centro onde as pessoas começavam a aparecer saídas das tavernas aos arredores com suas canecas às mãos. Uma apresentação circense aconteceria dentre alguns instantes. Havia também uma parte da Feira que se distinguia totalmente do que acontecia ali: ostentando uma faixa que separava praticamente a Grande Feira em duas, estava escrito "PROVAS DOS CAMPEÕES", onde as pessoas começavam a se reunir para participar ou assistir às competições de arco e flecha, esgrima, montaria e braço-de-ferro. Parecia um bom lugar para ganhar dinheiro ou fazer contatos.

Jihad
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O que sobrava de sua longa vida passada? Quase nada. Jihad estava há um punhado de décadas em Arton como um mortal, um reles qareen. Um meio-gênio, meio-humano. Maldita seja aquela ruiva... Não adiantava chorar o leite derramado, era necessário seguir em frente e mudar seu destino. Se havia algo que aprendera com os humanos era isso: sua constante capacidade de mudar, adaptar e crescer, evoluir. Agora que tinha o sangue desse povo também poderia ser capaz disso. Poderia desenvolver seus poderes e voltar a ser o que era.

O mundo dos humanos a sul do Deserto da Perdição era muito diferente dos beduínos nômades. Era muito mais colorido! As pessoas tinham cores de muitas tonalidades, vestiam roupas de muitos tamanhos, tipos, tecidos exóticos. E havia muito mais raças. Além dos conhecidos elfos e anões, havia os pequenos halflings e goblins, as fadas, os moreau, os hobgoblins, os minotauros, os orcs e muitos outros. Aos poucos a visão de distanciamento de Jihad foi se adaptando. Agora ele era mais um no monte deles.

Infelizmente, as pessoas do sul não eram tão aventurescas assim. Sua maioria gostava de ficar em sua aldeia durante sua curta vida em busca de estabilidade, conforto e paz. Alguns poucos, os considerados "desajustados", viviam na estrada como os nômades, em busca de confusão, aventura, ouro e conquistas. Não era à toa que nesse grupo de pessoas saíssem os maiores heróis e vilões de Arton. O povo comum mantinha-se conformada a uma vida sem brilho, enquanto aqueles com capacidades acima da média saía por aí para conquistar mais e mais.

Por isso, quando ouviu falar de Malpetrim, a Cidade dos Heróis, Jihad foi atraído como inseto pela luz. A Grande Feira de Malpetrim acontecia quando ele pôs os pés sobre o chão de terra batida. Havia um palco de madeira bem no centro onde as pessoas começavam a aparecer saídas das tavernas aos arredores com suas canecas às mãos. Uma apresentação circense aconteceria dentre alguns instantes. Malpetrim era convidativa e instigante. Tudo podia acontecer.
Notas do Mestre
Deu-se início à mais nova campanha Aurora Carmesim. Neste primeiro post introdutório criei o ambiente da Grande Feira de Malpetrim que começa oficialmente no dia 14 de Terraviva (14/05) no meio do outono, de 1410. Aurora Carmesim acontecerá no mesmo universo que O Mundo de Arton, embora em tempos diferentes. Aurora começa quatro meses depois de Mundo.

Como podem ver, não houve interação de NPCs com os personagens, apenas os coloquei no ambiente. Vocês podem, neste primeiro post, escrever com mais detalhes como vieram parar na cidade. Em alguns casos eu fiz minha interpretação dos motivos baseado-me nos backgrounds enviados. Vocês podem acrescentar detalhes aos motivos e descrever como vieram para aqui. E, claro, não esqueçam de depois postar uma ação.

Sugiro que leiam toda a introdução, não somente para seus personagens, pois pode ajudar no primeiro post de vocês. Não considerarei forçado nem nada caso alguém já queira interpelar outro personagem de jogador. Na minha próxima atualização já colocarei NPCs para interagir com vocês.

Manterei a pegada de atualizações a cada 48h, portanto, espero que sigam postando dentro desse período.

Interpretação bem feita renderá 1 ponto de ação extra, como descrito no livro sobre interpretação. O critério de julgamento é subjetivo, mas tentarei ser justo.

Podem postar mais de uma vez se quiserem, principalmente quando estiverem conversando entre si (ou fazendo reflexões internas).

Não criarei tópico OFF, portanto, qualquer dúvida deve ser perguntada no grupo do telegram. Caso eu não responda de imediato ou caso haja muita conversa e a pergunta se perca lá atrás, pergunte no privado pra mim.

No mais, é isso. Bom jogo a todos.
Dados dos Personagens
Aldred C. Maedoc III <> PV: 18/18; PE: 3/3; PA: 1/1; CA: 17 <> Condição: Normal
Ash <> PV: 13/13; PMs 5/5; PA: 1/1; CA: 12; Músicas de Bardo: 5/5 <> Condição: Normal
Fargrimm Deepforge <> PV: 18/18; PM 4/0; PA: 1/1; CA: 14; Canalizar Energia Negativa 3/3 <> Condição: Normal <> Magias Preparadas: curar ferimentos leves, curar ferimentos leves, escudo da fé, desespero
Ladon Brimstone <> PV: 23/23; PA 1/1; CA: 15 <> Condição: Normal
Scarlata Jihad <> PV: 13/13; PM 8/8; PA 1/1; CA: 13; voo 1/1 <> Condição: Normal
Editado pela última vez por Mælstrøm em 23 Out 2018, 14:28, em um total de 1 vez.

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Aldenor
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Re: Aurora Carmesim [ON]

Mensagem por Aldenor » 11 Out 2017, 10:46

Aldred tamborilava os dedos no copo de vidro encarando seu líquido amarelado com a grossa espuma branca característica de trabalho anão. À mesa, seu pai comia calmamente um macarrão com almôndegas. Sua mãe estava sentada em sua poltrona de estimação lendo um livro, no canto da grande sala com chão de madeira polida, paredes revestidas por tapeçaria. Era possível ouvir o som leve do alaúde de sua irmã do lado de fora da casa, na varanda, onde ela gostava de se aprochegar sob as estrelas.
Aldred
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É hora.
Disse pondo o copo de cerveja anã sobre a mesa determinado. Seu pai lançou-lhe um olhar, mas não parou de comer. Sua mãe fechou o livro com um sorriso estampado.
Therese
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Que bom, querido. Ficamos muito felizes com sua escolha. É uma vida difícil, um caminho duro, mas tenho certeza que você tem tudo para ser bem sucedido nela.
Sua mãe agora o abraçava cumprimentando-o. Aldred viu seu pai limpar a barba em um pano antes de se levantar para chacoalhar sua mão.
Aldred
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Tchê, tu podes contar conosco sempre que precisar, tá bom?
Fazia algumas semanas que Aldred ensaiava essa despedida de casa. Rumar para a estrada, começar sua carreira de aventureiro. Desde que se formara na Universidade de Valkaria ele tinha recuperado o desejo de criança de se tornar aventureiro como os pais, mas ao invés do sonho infantil de ser um herói reconhecido cheio de glórias, agora, mais maduro, Aldred queria corrigir injustiças também. Além de descobrir coisas novas em suas viagens.
No dia seguinte, Aldred acordou no susto, com a sua katana caindo em seu peito. Maryanne estava de pé ao seu lado com um meio sorriso sarcástico.
Maryanne
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O filho pródigo então, sai de casa. Não esquece de dar uma passada lá em Gorendill pra me contar suas histórias. Vou compor umas canções.
Aldred se levantou tirando a katana de cima de si. Devolveu o olhar sarcástico.
Aldred
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Acho que vou acabar alavancando sua carreira de barda com minhas épicas sagas.
Disse rindo, mas depois acariciou o cabelo de sua irmã, ficando meio constrangido pelo ato de carinho.
Aldred
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Er... se tu se meter em confusão, dá um alô pra mim. Eu posso estar meio ocupado sendo aventureiro, sabe como é. Mas largo tudo pra te ajudar.*
*Referência a Mundo de Arton
E então, partiu. Apenas com a roupa do corpo e sua katana chamada Hikari-Katto, um presente de seu antigo mentor Satoshi Yamada. O ex-samurai de traumas mentais severos que lhe ensinou o estilo Yamada-ryuu e a controlar os poderes de fogo latentes de seu sangue de dragão. Sangue este, aliás, que lhe criou certa companhia...
Rainha Eterna
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Tem certeza? Sem nem uma mochila? Sem uma corda, um saco de dormir... nem mesmo ração de viagem? Você sabe caçar, descendente?
Dizia a menina de uns oito ou nove anos enquanto andava com as mãos pra trás o espiando de lado. Sua presença - embora invisível e intangível - provocava leves dores de cabeça. Um efeito colateral de se ter a Rainha Eterna amalgamada em sua alma, alimentando-se de seu poder crescente para um dia se libertar. Aldred deu uma leve risadinha e aproveitou que ninguém na rua o olhava para respondê-la.
Aldred
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É bom começar do começo, com nada. Vou conseguir minhas coisas com meus esforços... depois, se a coisa apertar, peço ajuda pros meus pais. Não se preocupe, não vou viajar sozinho como um louco sedento por assalto de gnolls. Vou procurar uma caravana para acompanhar. Troco minhas habilidades de luta por comida e dormitório. E quando chegar ao destino, receberei um pagamento por ajudar nos problemas. É assim que as coisas funcionam.
Dizia confiante. E foi mesmo assim quando encontrou uma grande caravana que partiria para Malpetrim para chegar a tempo do início da Grande Feira. Aldred lembrava da fama dessa festividade em Malpetrim. Sabia que a cidade era famosa por ser apinhada de heróis que defenderam seu território da investida dos minotauros. Um feito que nem mesmo Valkaria conseguiu realizar. Ele ficou muito feliz por poder conhecer uma "cidade irmã", afinal, Valkaria também era conhecida por ser o lar de aventureiros.
A viagem para Malpetrim durou muitos meses. A caravana fazia muitas paradas em diversas cidades grandes para comerciar e nesses momentos Aldred aproveitava para conhecer os territórios invadidos há 4 anos pelos minotauros. Em Tollon, conheceu Vallahim e suas casas de madeira negra. Em Lomatubar, conheceu a miséria, a fome e a doença. Um reino devastado. A caravana ficou sob proteção total dos legionários tapistanos (por uma taxa, é claro) para evitar ataque dos orcs do norte e de monstros infectados. Passado o perigo, Aldred viu em Fortuna um reino leve e riu das tentativas quase sempre infrutíferas dos minotauros em dominar aquela gente devota de Nimb.

Finalmente em Petrynia, o Reino das Histórias Fantásticas, Aldred e seus companheiros mercenários se agraciaram com as canções dos bardos - todas muito exageradas, mas todas muito bem feitas. Festou, dançou, bebeu, cortejou. E quando chegaram em Malpetrim, se despediu de seus companheiros de tantos meses.
Aldred
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Eu falei pra vocês, eu sou aventureiro, não mercenário. Agora nossos caminhos terão de se separar.
Disse rindo com olhos marejados - sempre fora um homem sentimental - enquanto abraçava Robb, Halder e Jason, os três guerreiros com os quais se tornou mais íntimo.

Mas ficou PUTO quando os mercadores mostraram as letras pequenas do contrato. Ele não receberia um tibar furado pela viagem. Segundo eles, a viagem à Malpetrim era o custo de uma passagem! Tendo se desiludido, Aldred sentiu-se nu. Sem dinheiro, sem amigos e com fome. A festa da primeira noite na Grande Feira quase não o apeteciam mais, pois a preocupação sobre a próxima refeição o deixou consternado.

Viu que no centro das festividades começaria uma apresentação de circo, mas isso pouco o interessava.
Aldred
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Competições. É isso. Competir e ganhar uns trocados pro pão...
Aldred se dirigiu, então, para o norte da Grande Feira, onde um espaço estava reservado para As Provas dos Campeões. Sem pensar muito, Aldred escolheu a esgrima, por sua afinidade com espadas.
Editado pela última vez por Aldenor em 05 Mar 2018, 09:23, em um total de 2 vezes.
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Kairazen
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Re: Aurora Carmesim [ON]

Mensagem por Kairazen » 11 Out 2017, 14:07

Era noite, o que era muito bom, sair quando Azgher estava nos céus era angustiante, obrigava Fargrimm a se cobrir tudo, deixando apenas os olhos de fora, pois era assim que sua deusa determinava. Mas agora, à noite se fazia presente, o momento perfeito para ele sair. Era a hora de espalhar a palavra de Tenebra para aquele povo ignorante, aqui em cima parecia não ser muito diferente de Doherimm, os humanos também viam a sua amada deusa como algo maligno, era seu dever como devoto mudar isso, e aquela cidade seria perfeita para começar isso.

Era impossivel não perceber que a cidade estava em festa, o som do povo nas ruas acabou o acordando, todos pareciam rumar para uma área com muitas tendas, um festival aparentemente, Fargrimm nunca gostou muito de multidões, mas agora era necessário, para espalhar sua fé e aumentar o rebanho de sua deusa, então, vai se levantar, e antes de tudo, vai rezar para a sua deusa:
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Grandiosa Mãe da Noite
Derrame sobre nós tuas trevas
Que o teu véu obscuro nós proteja
Enquanto esperamos pela vinda da noite eterna.
Após fazer a oração, Fargrimm vai se arrumar com seus trajes negros, levando seu martelo de guerra, escondido sob os trajes. Vai comer um pedaço de pão com uma caneca de cerveja (que mais parecia urina de gato se comparada a de Doherimm), e após isso vai se dirigir a feira, feliz pelo trabalho que está prestes a fazer.

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John Lessard
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Re: Aurora Carmesim [ON]

Mensagem por John Lessard » 11 Out 2017, 15:11

O medo e a excitação se misturava em Ash. O medo do que deixou para trás em Altrim, às figuras importantes que provavelmente o queria morto e o fariam caso voltasse para a capital. E a excitação de ter chegado sozinho em Malpetrim, para uma vida de aventuras. Passara alguns dias na estrada, andando, cantando e contando histórias. Conhecera camponeses e também belas garotas, além de alguns aventureiros de passagem e caixeiros viajantes (e para seu desgosto, alguns legionários).

Sorriu consigo mesmo ao avistar Malpetrim, o lar de tantas aventuras fantásticas e acontecimentos inusitados. O que mais lhe instigava ainda era a oportunidade de presenciar ou conhecer novos acontecimentos agora que finalmente estava ali. Adentrou às ruas vestindo roupas simples e largadas, uma capa puída nas costas, com um capuz caído despretensiosamente. No cinto, escondido na parte de trás da cintura, levava uma adaga. Pendurada no ombro, estava uma mochila marrom com quase tudo o que tinha, nela ainda vinham presos seu arco e aljava com flechas e seu bem mais precioso: o bandolim, o item que fora comprado com grande esforço, com economias de muito tempo.

Ash era um sujeito alto e esguio, franzino até e uma lástima se tentasse entrar em uma briga de socos e chutes. Sua pele era delicada e as orelhas pontudas. Os cabelos eram lisos, negros e sedosos, além de escorrerem até as costas.

Não pôde evitar sorrir quando descobriu que chegara justamente durante a Grande Feira de Malpetrim. Apertou o passo, ao observar tudo que o evento tinha a oferecer. Tantas pessoas, oportunidades e itens a venda. Comidas que nunca imaginara existir. Para melhorar ficara sabendo que aconteceria a "GRANDE APRESENTAÇÃO CIRCENSE DOS IRMÃOS THIANNATE", e tinha muita vontade de vê-los em "ação". Para melhorar seu dia, viu uma excelente oportunidade surgindo. Após a apresentação, haveria uma apresentação de bardos e isto serviu para ele começar a achar que tudo em sua vida começava a ficar muito bom, até. Poderia testar suas habilidades, além de quem sabe, ganhar um dinheiro, afinal seus tibares estavam escassos.

Passou pela multidão, procurando o local onde pudesse se inscrever.
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- Saudações, senhores e colegas de ofício, sou Ash, O Bardo, e gostaria de me incluir nesta gostosa apresentação!
Personagens em Pbfs:
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Lord Seph
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Re: Aurora Carmesim [ON]

Mensagem por Lord Seph » 11 Out 2017, 16:45

Ladon estava a dias sobre o lombo de Okob. Cavalos destestavam Ladon, mas Trobos não viam problemas em estar junto com ele.

Ladon havia deixado as irmãs com seu novo negócio longe de Zakharin e dos problemas da família Brimstone. Fora algo triste, mesmo que Ladon não compreendesse por completo esse sentimentos.

Por meses Ladon cavalgou sem rumo, ajudando alguém com problemas ou sendo expulso de algum lugar por causa de sua natureza. Nas últimas semanas acompanhou uma caravana em direção a Malpetrim, mas não vendeu sua espada como guarda-costas, mas ajudando quando necessário.

Logo ao chegar em Malpetrim Ladon sentiu como quando era criança, mas a raiva era mais contida. Ladon então foi buscar alguma estalagem que o aceitasse e cuidasse bem de Okob, acabaram indicando o Macaco Caolho para ele.

Pagando pela hospedagem e bem estar de Okob, Ladon perambulou pela cidade. A festividade deixava Ladon de bom humor e as lembranças nostálgicas o permitia um pouco de felicidade, mas Ladon estava ciente que precisava lapidar seu corpo e mente, pois ainda faltava muito para sua vingança.

Vários jogos estavam sendo disputados e Ladon desejava testar sua força, por isso escolheu o Braço de Ferro e foi andando sem se importar muito com os demais.
Melhor queimar do que apagar aos poucos.
-Neil Young.
o lema dos 3D&Tistas
"-seremos o ultimo foco de resistência do sistema"
Warrior 25/ Dark Knight 10/ Demi-God.

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DiceScarlata
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Re: A Fortaleza Carmesim

Mensagem por DiceScarlata » 12 Out 2017, 13:43

Jihad
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"Era uma cripta? Uma pirâmide? Uma esfinge? Ele não sabia. Apenas sabia que era escuro e profundo, o local em que sua lâmpada fora colocada. O lugar onde conheceu ela. *
Tetra
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- Já sei! Já sei o que desejo mais que tudo no mundo! Que você conheça minha felicidade! Conheça as aventuras! CONHEÇA O MUNDO! Eu desejo que se torne um aventureiro!
*Despertou do sonho nostálgico, deitado sobre o telhado de alguma taverna. Era um dos problemas da maldição do desejo, vivia relembrando o pior dia de sua eternidade. Que saco. Como sempre, sentia-se preguiçoso. Esfregava os olhos marejados com as costas da mão e se sentava para observar a multidão abaixo. "A cidade dos heróis" não é? Viera até ali, desde os desertos da perdição por que ouviu que era o ponto de ignição para os grandes heróis. A linha de partida para chegar ao topo. Onde "ela" começou.

*Olhou a palma da mão e uma faísca acendeu ali. Tão fraco. Antes poderia varrer meio deserto com o pensamento. Precisava de mais... Mas não queria mais. E agora era assolado por fome e outra necessidades mortais. Lembrou-se disso quando o estomago roncou, o lembrando de dejejuar. Maldita menina ruiva. Pelo menos poderia tentar se divertir. Havia aprendido a gostar de algumas coisas. Livros principalmente. Boas comidas. *

* E apostas.*

*Havia queimado praticamente toda a sua fortuna da masmorra em apostas e não se arrependia. Era divertido colocar tudo a perder por um fio, afinal, já se considerava sem nada a perder, além da própria vida. E onde haviam competições, podiam haver apostas (além de comida). Desceu de onde estava e seguiu em direção aos jogos*


- Vamos lá Malpetrim... Me mostre o que tem.

*Permitiu-se sorrir*
Tribo Scarlata


- MUNDO DE ARTON: GRUPO MADEIRA DE TOLLON (on):Angra Cabelos de Fogo
- MUNDO DE ARTON: GRUPO AÇO-RUBI (on): Jihad das Areias Vermelhas
- MUNDO DE ARTON: GRUPO JADE (on):Sr. Fuu
- JOHNVERSE: PRESA DE FERRO (on): Jinx - Cruzado da Ordem dos cabeças de Dado
- JUDASVERSO: CRÔNICAS DA TORMENTA (on): Nagamaki no Gouka!
- FUI REENCARNADO COMO MONSTRO (on): Gizmo
- OUTONO (on): Sandman

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Mælstrøm
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Re: A Fortaleza Carmesim

Mensagem por Mælstrøm » 12 Out 2017, 17:03

A Fortaleza Carmesim
  • Parte 1: A Grande Feira de Malpetrim
Aldred se aproximava do espaço reservado às competições, aos jogos. Havia toda sorte de pessoas, desde o bárbaro do interior com sua brutalidade exposta nos músculos e no traje rústico até um elfo de cabelo sedoso com sua fina espada. Algo que o artista marcial podia reparar era a quase inexistência de "pessoas comuns" entre os competidores. Todos ali pareciam ser aventureiros com diferentes graus de experiência traduzidos em seus equipamentos, porte e modo de falar. Aldred se viu numa fila para inscrição da competição de esgrima. As regras eram simples: lutariam com espadas de madeira, sem gume e os competidores não poderiam usar armaduras. Perderia quem sofresse atingido quatro vezes.

E havia o período de eliminatória. Aldred logo notou diversos ringues feitos de madeira com certa elevação sobre o chão. Existiam muitos desses e as centenas de competidores disputariam eliminatórias até que sobrassem apenas dezesseis para, então, se enfrentarem em um sistema de de chaves. Ao chegar sua vez de se inscrever, Aldred viu um homem velho anotando enfadonhamente um enorme livro com centenas de nomes escritos.
Organizador
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A inscrição é um tibar de ouro.
Aldred tenta convencê-lo de que vencerá o torneio e lhe daria 10 TO do prêmio. Era uma tentativa de suborno, mas o artista marcial não esperava que para participar das competições precisasse pagar inscrição...
Aldred usa Enganar e tira 14. O organizador rola Intuição e tira um 16
Organizador
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Rapaz... se não tem dinheiro, saia da fila.
Foi quando Jihad apareceu pagando-lhe a inscrição. Aldred via um rapaz ruivo com tranças no cabelo e uma bandana na testa. Trajava roupas leves e bufantes e tinha uma tatuagem enigmática no peito que descia até onde a roupa cobria. Jihad via um homem de cabelos castanhos, bagunçados, barba por fazer com uma roupa simples: um colete de couro escuro que funcionava como uma jaqueta. O qareen parecia intrigado com o rapaz e deixou-se cair em seu papo triunfalista. O artista marcial não o conhecia, mas a feição jovem do outro denotava ingenuidade.

Incerto de suas intenções, Aldred logo é levado para o espaço onde os outros competidores, um espaço entre os pequenos ringues de luta. Ali havia todo tipo de lutador. Homens tirando suas armaduras pesadas, outros com machados enormes, alguns mais esguios e ágeis pareciam nascidos para esse tipo de competição com suas espadas finas. Um minotauro se gabava por ser o melhor espadachim de seu batalhão. Um anão apostava um balde de cerveja com outro. Havia muita conversa quando outro organizador apareceu chamando Aldred para lutar.

Ao subir no ringue de madeira, ele pôde ver outras lutas acontecendo simultaneamente. Seu adversário era um anão que estalava os ombros enquanto manejava a espada de madeira, do mesmo tipo entregue a Aldred. Quando o juiz usou seu apito para iniciar a luta, o anão mostrou-se bastante hábil. Ele não se movia muito, aparava a maior parte dos ataques, isso quando o artista marcial acertava... até que numa rápida sequência num turbilhão de golpes, o juiz parou a luta com o apito.
Juiz
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O rapaz perdeu. Vitória de Darinn
O anão deu uma risada satisfatória e cumprimentou Aldred.
Darinn
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Você até que deu pro gasto, rapaz... mas ainda faltam alguns anos pra você me igualar. Hahahaha
E saiu cantando uma música em seu idioma. Jihad acompanhou a única luta de seu investimento ali de pé ao lado de dezenas de pessoas que gritavam o nome do anão. Aldred era o nome do homem em quem apostara, pois foi também anunciado como o derrotado do dia. Mais sorte na próxima vez...

Enquanto isso, Fargrimm agora encarava a multidão de pessoas festivas após uma hora de retidão e comunhão com sua divindade. Tenebra lhe abençoava com seus milagres e dons divinos para a infante noite. A Grande Feira apresentava todo tipo de gente. Humanos, em sua maioria, mas com um elfo aqui, um anão acolá e uma surpreendente boa quantidade de minotauros. E em sua maioria, andavam sempre juntos, embora não ostentassem equipamentos como armas, armaduras nem nada. Apenas fanfarronavam provocando um ou outra pessoa. Às vezes cantavam em sua língua, canções de tipo imponente e marcadamente marcial. Lembrava um pouco as óperas anãs de Doherimm.

Andando entre as pessoas, vendo alguns olhares de desagrado ao vê-lo com ostentando o símbolo da estrela negra de Tenebra, Fargrimm encontrou uma curiosa tenda de goblins. Diferente do costumeiro goblin do Reinado - que apesar de sujo, tinha um aspecto serviçal e trajava arremedo de roupas de humanos - aqueles pareciam ser totalmente tribais, com pinturas no rosto, colar de presa, couro de animais diversos. Ao ver o anão, um deles ergueu a mão chamando-o cheio de malícia. Eram quatro no total e suas mercadorias eram frutas verdes e vermelhas, como peras e maçãs.
Goblin tribal
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Ei, xamã da Luah-Kai, vem cá.
Goblin tribal
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Não seja idiota. Luah-Kai é como os trogloditas chamam ela. Ele é anão, veja a barba. É Tenebra.
Goblin tribal
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Que seja... xamã de Tenebra, tenho algo que te interessa aqui... uma fruta mágica... sabor especial... é uma maçã dos milagres! Coisa dos deuses, não sei de quem! Hihihihehehe...
Sua risadinha estridente contaminou os outros três goblins enquanto aguardavam o que Fargrimm faria.

Ladon chegava à competição de braço-de-ferro, junto com vários outros brucutus. Homens altos e fortes com anões robustos e minotauros de veias saltando os músculos. Apesar de ser uma competição muito popular - pelo baixo preço de inscrição e pela enorme facilidade de se competir sem precisar de técnicas de luta necessariamente - o ambiente era lotado de pessoas para apostar e participar. Muitos pareciam experientes até e o organizador era um mago que impedia o uso indevido de itens mágicos. Aqui só valia a própria força.
Organizador
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Você, espertinho, pode ir tirando esse cinto mágico.
Disse para um homem atrás de Ladon. Quando chegou a vez, após pagar quatro tibares de prata, ele foi levado a um palco onde havia uma mesa de ferro e duas cadeiras em lado opostos. Havia gritaria de gente ansiosa pela disputa envolta dos competidores. Bem diferente da organização da competição de esgrima, o braço-de-ferro era muito mais flexível.

Seu primeiro adversário era um homem de ombros exageradamente largo, pescoço endurecido e longos cabelos loiros. Vestia poucas roupas e guardava um machado grande encostado na cadeira onde competiria. Ladon sentou-se e logo o juiz juntou as duas mãos direitas para o "combate".
Competidor
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A força do Grande Mamute vai me trazer a vitória! UHA!
Gritou e encontrou eco em muitos participantes. Ninguém parecia ali torcer pelo lefou, o que era normal para ele. Mesmo mantendo sua boca fechada para seus dentes afiados não aparecerem, algo em sua presença causava antipatia. Era a mácula da Tormenta. Mas felizmente o Grande Mamute não ouviu seu orador e Ladon venceu a disputa, indo para a próxima fase.

De pé, uma pequena "clareira" de gente se formou ao seu lado enquanto assistiam as próximas disputas. Ninguém queria ficar perto dele. Quando um minotauro venceu, houve vaias de todos os lados e depois um falatório enorme. Alguns queriam brigar, outros queriam parar as vaias para justamente evitar as brigas. Para Ladon ficou claro a animosidade que as pessoas tinham perante o minotauro... seu próximo adversário. Ladon sentou-se frente a ele e sentiu seu hálito embriagado.
Minotauro
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Eu vou comer teu cu.
Mas a força do lefou era estrondosa. No começo as pessoas não prestaram muito atenção nessa luta: duas pessoas indesejáveis disputavam, mas depois que a força de ambos equivaleu em determinado momento, o povo começou a torcer para Ladon, ignorando aquela sensação ruim que se tinha ao seu redor. Por fim, Ladon avançava para a próxima fase. O minotauro levantou-se fazendo gestos obscenos para a plateia e pegou sua cadeira para arremessar nas pessoas. Mas dois milicianos chegaram descendo o porrete em sua cabeça e o arrastaram inconsciente para a prisão.

O guerreiro lefou nem precisou levantar, pois seu próximo adversário já movia-se rapidamente para enfrentá-lo. Era uma moça esguia, mas musculosa.
Competidora
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...
Ela sentou-se muda e agarrou o punho de Ladon com força. Talvez ela fosse uma experiente lutadora ou artista marcial, mas sua força não era sua maior capacidade. O lefou a derrotou rapidamente provocando vaias ensurdecedoras. Alguém jogou tomate em sua nuca e a gargalhada generalizou. Um miliciano pegou o engraçadinho para prendê-lo, mas quando passou por Ladon o olhou com desdém. Curiosamente, a competidora estendeu a mão para cumprimentá-lo.
Competidora
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Tenho muito o que aprender ainda. Ficarei mais forte.
E partiu sozinha no meio da multidão com seu grande saco de couro nas costas.

A final seria disputada entre Ladon e um centauro! As pessoas deram espaço para seu enorme corpanzil se aproximar. Ao ver o lefou, fungou ostensivamente com o nariz e depois se virou para a plateia.
Thangor
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Thangor, o Grande, vai derrotar esta criatura não-natural.
Todos aplaudiram. Dois rapazes retiraram a cadeira do lugar e Thangor prostrou-se ao chão para conseguir disputar. Seu braço era imenso e Ladon sentiu a pressão, o cansaço de seu braço, mas mesmo assim foi um grande adversário. Ele resistiu às investidas do muque do centauro e seu braço começou a pender para a derrota lentamente. O centauro queria uma vitória arrebatadora, mas encontrou um adversário duro. No fim, Thangor venceu sob os gritos e comemorações, mas ele encarou o lefou com respeito. Pegou seu dinheiro, uma quantia de cinquenta tibares de ouro e saiu dali trotando para o início da cantoria dos bardos.

Enquanto as competições da Prova dos Campeões ocorria, Ash se apresentava aos homens garbosos que organizavam a as atrações do palco. A apresentação do Circo dos Irmãos Thiannate era uma novidade para aquela edição da Grande Feira. Geralmente os bardos tocavam no início da noite por dois dias seguidos, mas dessa vez, antes das cantorias, a apresentação circense aconteceria. Mas o jovem Ash logo percebeu que não era tão fácil assim se apresentar naquele palco como em qualquer taverna de beira de estrada. Quando se apresentou, um dos bardos riu imediatamente.
Bernard
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Hahahahaa, desculpa a risada, Ash, eu sou o Bernard de Bielefeld. Aqui não dá pra cantar sem um patrocinador. Eles quem nos colocam aqui pra tocar e só os mais conhecidos ou talentosos tem esse direito. Desculpe de novo, mas ninguém te conhece aqui. Uma dica, fale com o meu patrocinador de Valkaria, o Khoras.
Ele era um homem bonito e todo invasivo, logo envolvendo Ash num abraço de lado e apontando para um gordo homem vestindo roupas caras com joias penduradas. Logo o bardo estava em uma tenda coberta por todos os lados, cheia de tapeçarias dentro com um cheiro de incenso forte. O gordo patrocinador se levantou de sua cama de almofadas deixando duas mulheres seminuas comendo frutas cítricas.
Khoras
Imagem
Muito prazer, Ash, eu sou Khoras, um dos patrocinadores dos bardos de hoje. Você quer cantar, meu jovem? Isso parece bom... você é um elfo, não é? Eu gosto de elfos! Minha vida foi salva por um deles, meses atrás! Valvadis seu nome. Por isso eu vou te dar uma chance. Toque a sua melhor música para mim e para minhas meninas.
Ele disse com um sorriso bonachão. As duas meninas olharam para ele e logo deixaram sorrisos doces transparecerem.
ImagemImagem
Dados dos Personagens
Aldred C. Maedoc III <> PV: 18/18; PE: 3/3; PA: 1/1; CA: 17 <> Condição: Normal
Ash <> PV: 13/13; PMs 5/5; PA: 1/1; CA: 12; Músicas de Bardo: 5/5 <> Condição: Normal
Fargrimm Deepforge <> PV: 18/18; PM 4/0; PA: 1/1; CA: 14; Canalizar Energia Negativa 3/3 <> Condição: Normal <> Magias Preparadas: curar ferimentos leves, curar ferimentos leves, escudo da fé, desespero
Ladon Brimstone <> PV: 23/23; PA 1/1; CA: 15 <> Condição: Normal
Scarlata Jihad <> PV: 13/13; PM 8/8; PA 1/1; CA: 13; voo 1/1 <> Condição: Normal

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Lord Seph
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Re: A Fortaleza Carmesim

Mensagem por Lord Seph » 12 Out 2017, 18:03

Ladon preferiu ignorar o mundo ao seu redor quando começou a competição.

A primeira pessoa foi um bárbaro. A luta foi acirrada, mas no fim o Lefou venceu.

Depois veio um minotauro, a luta foi relativamente fácil e algumas pessoas chegaram a torcer por ele.

Mas a terceira luta foi com uma garota e a torcida se virou contra Ladon, mas sua adversária não ligou para isso e extendeu a mão que por reflexo Ladon devolveu a gentileza.

A luta final foi mais complicada. Um centauro de força descomunal destruiu o que restava das forças de Ladon, mesmo assim o Lefou se sentiu grato e aparentemente o Centauro via algo além de sua origem.

Ladon se retira em silêncio em direção ao palco onde bardos iriam se apresentar, um pouco de música talvez relaxaria seus músculos.
Melhor queimar do que apagar aos poucos.
-Neil Young.
o lema dos 3D&Tistas
"-seremos o ultimo foco de resistência do sistema"
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Aldenor
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Re: A Fortaleza Carmesim

Mensagem por Aldenor » 12 Out 2017, 22:22

Aldred estava ansioso para por em prática suas habilidades marciais adquiridas com Satoshi. Não podia dizer que tinha feito isso num combate exatamente justo, pois na caravana tinha sempre um punhado de guerreiros para lutar junto. Agora era questão de mesura marcial, encarar o adversário no olho. Menos desespero pela vida e mais técnica. Aldred sentia o comichão no estômago e quando chegou sua vez de se inscrever ficou quase de queixo caído quando soube que tinha que pagar.
Aldred
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Veja bem, meu caro, eu sou um guerreiro de Valkaria, Deheon. Aprendi a lutar com técnicas tamuranianas depois de vários anos de treino. Viajei a pé de Valkaria até Malpetrim lutando contra monstros outras ameaças. Eu sou um hábil espadachim, vou ser campeão desse torneio. Mas não tenho nenhum dinheiro no momento... fui enganado por meus contratantes larápios. Mas quando eu ganhar o torneio, eu te darei cinco... não, dez vezes o valor da inscrição! Você embolsa 9 tibares de ouro! Olha que maravilha!
Ele disse sorridente olhando para o homem depois de inclinar seu corpo de modo que a conversa ficasse entre eles.
Organizador
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Rapaz... se não tem dinheiro, saia da fila.
Ele respondeu. Aldred ficou desconcertado. Bateu o pé, olhou para os lados... queria muito disputar, não só pelo dinheiro, mas pela emoção do combate! Até que um jovem ruivo apareceu do nada pondo uma moeda de ouro na mesa do homem. Aldred o encarou com olhos bem abertos.
Aldred
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Poxa sen... rapaz. Obrigado, eu...
Antes de terminar de falar, Aldred foi empurrado pelos outros e acabou entrando em uma seção separada destinada aos lutadores. Aldred tentou alcançar o rapaz (parecia ser muito jovem!) com os olhos por sobre a multidão, mas não conseguiu mais. Depois o procuraria, agora teria que se concentrar no combate. Aldred deixou sua katana, a Hikari-Katto, presente de seu mentor, em um canto destinado às armas dos competidores e viu ringues rudimentares.

Mas pelo que tinha visto, haveria uma série de combates eliminatórios antes mesmo de começar verdadeiramente a competição. Isso o desanimava um pouco, pois demoraria muito tempo até encontrar um adversário valoroso. Assim, o jovem espadachim pegou uma espada de madeira, sem gume, e subiu no ringue confiante. Seu adversário seria um anão chamado Darinn.
Aldred
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Uma boa sorte pra você, senhor anão.
Aldred juntou as duas palmas das mãos e inclinou o corpo lentamente para frente. Um cumprimento marcial dos tamuranianos. E em seguida, saltou para trás erguendo a espada com uma mão enquanto equilibrava o corpo com a outra mão. Um estilo espadachim ... mas a espada era muito leve... e, além disso, Aldred sentiu uma leve dor de cabeça no exato momento em que o juiz apitou.
Rainha Eterna
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Esta luta é irrelevante, meu descendente. Você não está focando no que é importante aqui...
A criança subindo do chão, mais precisamente da sombra de Aldred projetada à frente entre ele e o anão. O espadachim titubeou e esse foi o seu maior erro. Darinn avançou perigoso desferindo golpes poderosos que Aldred não conseguia se defender apropriadamente. Seus ataques também estavam mais fracos, irrelevantes...
Rainha Eterna
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Eu falei para você... aqui é perda de tempo. O anão ganhará e você só ficará frustrado...
Aldred não estava mais se divertindo. Tinha os dentes rangidos, suor em grande quantidade, pois desferia golpes exagerados e sem técnica... tinha que compensar... mas quando sentiu um golpe de leve no ombro sabia que tinha perdido antes mesmo do apito.

Aldred ouviu o cumprimento do anão, mas não respondeu, frustrado. Não deu o braço a torcer e saiu dali chutando pedras. A multidão em sua volta gritava e, por isso, ironicamente, conseguia falar com a Rainha Eterna sem que alguém reparasse de fato.
Aldred
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Eu preciso de comida e só compro comida com dinheiro. Agora tô sem nenhum puto no bolso, porra...
A Rainha encheu as bochechas de ar.
Rainha Eterna
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Não devia falar palavrões para uma criança... e eu falei que essa lutinha serviria só para te deixar frustrado. Escute... você não pode ser definido por esta derrota. Isso aqui é brincadeira de criança, você é um guerreiro forte. Você tem meu sangue e pode desenvolvê-lo em situações reais, não nessa simulação boba. Se tem fome, procure alguém que precisa de aventureiros, não essas brincadeiras inúteis.
Ela parou à sua frente com as mãos na cintura, encarando-o lá de sua baixa estatura de criança. Aldred parou de andar esquecendo que podia atravessá-la como se fosse uma fantasma. Mas o que ela falou fazia sentido. Foi nesse momento que ele viu o qareen ruivo de antes. Aquele que permitiu que ele se submetesse à essa pequena humilhação.
Aldred
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Olá. Eu sou o Aldred. Desculpa te fazer perder dinheiro. Estou meio desesperado e sem nenhuma moeda hehehe...
Ele disse colocando a mão sobre a cabeça pra coçar seus cachos castanhos.
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DiceScarlata
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Re: A Fortaleza Carmesim

Mensagem por DiceScarlata » 12 Out 2017, 23:43

Jihad
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*Jihad caminhava entre a multidão, curioso com as atividades, quando estacou no lugar. Via um jovem exclamando sobre suas habilidades ao clamar por um lugar no torneio. Exaltava com uma clara lábia - a qual Jihad conhecia muito bem - e ainda prometia compensação. Que interessante! Estava vestido em trapos, mas carregava um tipo de espada que NUNCA havia visto em sua vida. E tinha tamanho desejo... Ia até aquele ponto apenas para disputar. Alguém tão curioso assim valia o risco.

- Aqui. Uma moeda não é?

*Bateu a moeda na mesa, sem olhar para Aldred, encarando o administrador. Uma vez aceito, sorriu para o guerreiro, enquanto era levado pelo grupo as pressas. Assim, a peleja começou. Ele tinha espirito, garra e uma forma de batalha única. Mas o anão tinha em sua expressão o olhar da experiência e o superou no combate. Fora uma aposta perdida. Como todas até agora. Jihad amava apostar, mas era campeão em perder. Suspirou resignado. Não é como se não esperasse. Entretanto... Perdera o dinheiro, mas podia ganhar algo com isso.
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Olá. Eu sou o Aldred. Desculpa te fazer perder dinheiro. Estou meio desesperado e sem nenhuma moeda hehehe...
Ele disse colocando a mão sobre a cabeça pra coçar seus cachos castanhos.
- Hahahah Não se preocupe quanto a isso. Meu nome Jihad das areias vermelhas. Aldred não é? Estou curioso quanto a espada que você carrega. Nunca vi uma assim antes.

*Estava curioso, mas não era apenas esse seu interesse. Tetra havia lhe dito:*

"Um aventureiro nunca está sozinho. Nunca vai longe sozinho. Ele encontra companheiros que cobrem suas fraquezas e o ajudam a ir mais longe. Amigos em quem pode confiar. Uma nova família. Eles cuidam uns dos outros e viram lendas juntos! Seja dragão, demonio ou deus. Unidos, vencerão!*

*Cedo ou tarde precisaria encontrar alguns companheiros. Ele havia perdido... Mas havia algo ali.. Algo ali em que valia apostar*


- Ei, gostaria de comer algo comigo? Não tomei café da manha. N tenho muito, mas posso pagar alguma coisinha. O que me diz?
Editado pela última vez por DiceScarlata em 13 Out 2017, 11:40, em um total de 1 vez.
Tribo Scarlata


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