A Fortaleza Carmesim [Concluída]

[Aldenor]

Jihad havia perguntado sobre a tal rainha e lhe deu uma zoada. Mas Aldred desconversou apenas rindo, não falando nada. A verdade era que estava cansado e de mau humor por não ter dormido na noite anterior, mas pelo menos haviam chegado à aldeia. Um lugarejo fajuto com uma única taverna de interessante.

Enquanto andavam pro lugar que cheirava a cozido de peixe, Aldred comentou com o grupo:

Aldred

Vamos dar uma olhada nesse mapa da Trysha e pedir direções. Eles devem saber dessa fortaleza afundada no chão.

E quando Ladon comentou em se afastar, Aldred meneou com a cabeça apenas. Era uma droga, mas as pessoas podiam mesmo inclusive atacá-lo devido àquela aura esquisita e desconfortável que emanava dele. Algo realmente alienígena, uma mácula da Tormenta.

Quando entraram no lugar, Aldred coçou os olhos evitando um suspiro. Soldados olharam pra ele e ele sustentou o olhar de mau humor. Porém, foi Fargrimm que recebeu as "boas vindas" da aldeia: um maluco beijou suas mãos falando de salvadores. Aldred o encarou de cima a baixo, mas se aproximou dos soldados ali fazendo uma mesura simples, com o intuito de fazer uma caricatura mesmo.

Aldred

Bom dia, senhores... vejo que estão descansando num joguinho, não é? Gostaria de saber, que notícias vocês têm por essas bandas? Sei que não são milicianos dessa aldeia, pois ostentam as cores de Petrynia, um reino que já foi livre...

Disse já puxando uma cadeira para sentar com eles. E logo gesticulou para uma das atendentes jovens adultas para pedir um dos cozidos. Mesmo sem dinheiro, apostava que o restante do grupo podia cobrir as despesas. No final, ele pagaria a todos.

[Lord Seph]

Ladon arruma um canto isolado para comer e aguardar os demais, deixando Okob pastando, quando uma criança aparece perto de si e aparentemente curiosa com sua existência. Ladon ignora ela, mas logo Ladon fala de forma calma e sem mostrar muito do que ele era.

- Estou em seu caminho, mocinha? Precisa de alguma ajuda?

Ladon fala enquanto termina de beber água. E espera que a reação da criança não seja de puro pavor.

[Kairazen]

Fargrimm esperava que aquele pequeno vilarejo trouxesse a paz que eles não tiveram na ultima noite, era bem pequeno e parecia ser bem calmo. Aldred havia dito para eles irem para a estalagem, seria bom comer algo diferente das rações de viagem, um bom ensopado cairia bem. A taverna era bem simplória, comparando com as que ele ja havia visto, mas ele nem mesmo havia conseguindo entrar quando um clérigo veio na direção dele, dizendo que as preces dele haviam sido concedidas, Fargrimm não conhecia aquele homem, e o beijo que ele deu em sua mão lhe pegou totalmente de surpresa. Recolhendo rapidamente a mão, ele vai perguntar ao estranho clérigo:

Acalme-se senhor, e por favor me explique, do que o senhor está falando.

[John Lessard]

Ash não poderia dizer que estava de mau humor. Apesar de ser um vilarejo pequeno e aparentemente sem grandes emoções, o bardo fazia troça e sabia que aquilo fazia parte de uma aventura. Seguiu com Aldred, Jihad e Fargrimm em direção a taverna, despedindo-se de Ladon com um maneio de cabeça. O cheiro de peixe cozido logo se fez presente, o que significava, pelo menos para ele, um certo ar de hospitalidade. Quando finalmente entraram na taverna, ele não esperava um lugar mais simples e apertado, mas também não contava com aquela recepção. As pessoas os olharam com espanto e curiosidade e um clérigo (?) veio de encontro a Fargrimm, falando sobre deuses e sacrifício e beijando a mão do anão.

- Credo, que nojo... - sussurrou Ash com uma careta.

Rapidamente Aldred se desvencilhou do grupo, indo ter com os soldados e foi quando o bardo captou o olhar de uma jovem camponesa. Olhou em volta como quem não quisesse nada e caminhou graciosamente para perto de sua mesa.

- Olá, que belas... Maçãs, a senhorita tens aqui - ele apoiou um dos braços em uma cadeira - Sou Ash, O Bardo. Qual seria sua graça? E a sua, nobre ancião? Posso? - indicou a cadeira, para sentar-se - Gostaria de saber onde estou exatamente.

[DiceScarlata]

Jihad


*Jihad puxava assuntos, observava Ladon, ria com Ash e se mantinha em silêncio com Aldred. Sentia vontade de dormir mais... Talvez uns dois dias antes de seguirem, mas o local não parecia ser dos melhores. Na taverna, todos o olharam. Isso já era comum para o belo Qareen, então apenas deu-lhes um sorriso. Logo, acompanhou o anão Fargrimm quando o velho lhe abordava*

- Err... Sacrificio? Que tipo de sacrificio fizeram?

*A curiosidade fora maior que sua educação*

[Mælstrøm]

A Fortaleza Carmesim

• Parte 1: A Grande Feira de Malpetrim

A Estrada do Império



Ao entrar no único estabelecimento comercial visível naquela pequena aldeia, o grupo foi logo interpelado por um homem estranho, um sacerdote dos deuses. Outras figuras despontavam no ambiente e Aldred foi ter com uma delas. Os soldados de Petrynia. Assim que o jovem se aproximou, os dois lhe lançaram olhares preguiçosos. Um deles parecia desinteressado:

Nada de grandes emoções, rapaz, a aldeia é caminho da estrada do Império, por isso é tudo calmo. Às vezes uns goblins aparecem por aqui, mas não fazem estardalhaço digno de nota.

Já o outro parecia ter ido com a cara do espadachim.

Sente-se, jovem. Vejo que é aventureiro, não é? Meu nome é Edgar e este é John. Somos do exército de Petrynia, como pode ver, mas... não há realmente muito trabalho por aqui. Exceto...

O outro soldado franziu a testa para ele.

Deixe-me falar, homem. Escuta... você parece ser um aventureiro, não é? Essa espada aí é uma katana, certo? Meu avô foi aventureiro também e um de seus amigos era um samuzai.

O outro oferece uma cerveja para Aldred

Aonde Edgar quer chegar, mas sem sucesso, é que talvez haja algum trabalho pra sua espada... e para seus amigos ali.

Edgar bebe um gole de sua cerveja.

Sim, pois veja. Uma vila chamada Hessanbluff está sofrendo com uns problemas estranhos. Dizem que é governada por um tirano que exige sacrifícios.

John leva a mão a boca e fala olhando para os lados.

Nem os minotauros parecem ousar desafiá-los.

Ao mesmo tempo, Fargrimm tentava acalmar o sacerdote dos deuses querendo que ele se explicasse. Jihad o acompanhou indagando especificamente os sacrifícios. O sacerdote os puxou para uma mesa e sentou-se todo animado. As outras pessoas pareciam interessadas no que ele tinha a dizer, exceto, talvez, pelos soldados e Aldred, que conversavam particularmente.

Eu sou Oliver, sacerdote da pobre aldeia Manowar. Aqui somos muito pobres, muito humildes, principalmente depois que os minotauros vieram. Aqui costumava ser um lugar de histórias fantásticas sobre colinas tomadas por perigos, bosques com tesouros esquecidos... todo tipo de lenda, sabe como é. Os aventureiros gostavam e vinham para cá. E com isso, traziam seu ouro e movimentavam o comércio daqui. Mas agora os minotauros chegaram e estragaram tudo... as estradas são seguras e não há mais histórias.

Uma atendente se aproxima em seguida.

O que vão querer?

O sacerdote espera Fargrimm e Jihad falarem e depois retoma.

Mas a ausência de aventureiros ocasionou a chegada de umas criaturas... os goblins da tribo Grizgat. Eles povoaram a Fortaleza Carmesim e saem para fazer saques por aí, esses ladrões. Já mataram mais de um dos moradores de Manowar, mas respeitam o templo dos deuses. A situação está crítica e esses soldados não fazem nada. Acham que é só deixar os goblins em paz que eles vão procurar outro lugar menos miserável que nossa aldeia... crápulas, cretinos...

Por favor, nos ajude a nos livrar dessa tribo dos Grizgat.

Seu ressentimento pelos soldados de Petrynia era palpável, embora tomasse cuidado para não ser ouvido pelos soldados, que ainda continuavam a falar com Aldred. Por fim, suplicou ajuda ao anão e ao qareen.

Enquanto isso, Ash caminhou cheio da graciosidade de sua parte élfica, pois sabia que aldeões eram facilmente assombráveis com os modos dos raros elfos. Muitos jamais haviam visto um em suas vidas, de modo que para o bardo, naquele momento, sua mera presença era um grande evento naquela aldeia. Sua abordagem, uma mistura de comicidade e elegância cortês, fez a camponesa abrir um sorriso e colocar a cesta de maçãs no chão. Já o velho homem bufou.

Graça? Não sou palhaço, filho. E isso aqui é uma terra livre, não é Tapista não, pode sentar se quiser.

Disse entre os resmungos. Manchava sua barba branca com a sopa.

Não ligue para meu avô, Ash, o Bardo. Eu também não sou uma pessoa engraçada... desculpe... O senhor está em Manowar, terra cheia de histórias, mas infelizmente ninguém mais quer ouvi-las. Ou o senhor quer?

Ela se debruçou sobre a mesa com o rosto apoiado pelas mãos. Cotovelos na mesa, olhar insinuante. O avô terminou seu ensopado e limpou a barba com as mangas.

Bella, não incomode o elfo com suas histórias. Elfos vivem pra sempre, ele deve ter conhecido de tudo, não tá interessado nessas histórias caipiras daqui.

Disse à mulher que não parecia ter interesse em contar histórias ou ouvi-las. Seus olhos não deixavam de focalizar os do meio-elfo e um sorrisinho bobo não deixava seus lábios.



Enquanto isso, do lado de fora da taverna, Ladon se deparava com uma criança. Okob pastava tranquilamente, o vento começava a soprar esfriando a região estranhamente quente e úmida. Depois de dar alguns goles em seu odre de água, o lefou percebeu que a criança estava assombrada olhando para ele.

Você parece um tio que passou por aqui há um tempo. Ele tinha esse cheiro estranho também... mas tinha umas feridas nos braços e no pescoço.

Disse sem medo e se aproximou para melhor olhar o guerreiro. Era algo novo para Ladon, porque com exceção de suas irmãs, outras crianças sempre o temiam.

Dados dos Personagens
Aldred C. Maedoc III <> PV: 22/22; PE: 3/3; PA: 0; CA: 16 <> Condição: Normal
Ash <> PV: 13/13; PMs 5/5; PA: 0; CA: 12 <> Músicas de Bardo: 5/5 <> Condição: Normal
Fargrimm Deepforge <> PV: 18/18; PM 4/0; PA: 1; CA: 14 <> Canalizar Energia Negativa 3/3 <> Magias Preparadas: Curar ferimentos leves, curar ferimentos leves, escudo da fé e desespero <> Condição: Normal
Ladon Brimstone <> PV: 23/23; PA 1; CA: 15 <> Condição: Normal
Scarlata Jihad <> PV: 13/13; PM 8/8; PA 1; CA: 13; voo 1/1 <> Condição: Normal

[John Lessard]

Ash rapidamente puxou uma cadeira para si, constatando que o velho senhor tinha um certo senso de humor... Ou alguma falta de percepção a certos termos. Aquilo não importava na realidade, então continuou, com um meio sorriso.

- Digo, qual seria seu nome?

Ele repousou seu bandolim no colo e encarou ambos com um olhar curioso. Eram de fato pessoas simples.

"Fascinante"

- Graça, também pode ser um presente meus caros, e um nome é um presente que recebemos ao nascer, se assim posso dizer - sorriu para a moça.

- Mesmo vivendo por toda a eternidade, acreditem, sempre haverá histórias novas para este elfo aqui. E se há algo neste mundo e nos outros que me fascina mais do que a beleza mais delicada e pura - ele arqueou uma das sobrancelhas para Bella, de maneira sutil - é uma boa história. Cada história tem o seu valor, seja ela triste, alegre, romântica ou épica... O quem sabe, uma mistura de tudo isso. Então por favor, graciosa Bella, conte uma história.

[Kairazen]

O estranho homem havia se apresentado, Oliver, um clérigo do Panteão, Fargrimm não conseguia imaginar como um clérigo assim poderia existir, ele jamais conseguiria venerando Tenebra e Azgher como iguais. Mas deixando isso de lado rapidamente, ele vai prestar mais atenção na historia do homem. Parece que a vida estava dificil ali desde a chegada dos minotauros, antes que pudesse falar algo a atendente vai perguntar se ele iria querer algo. Fargrimm vai responder a ela:

Eu vou querer uma caneca de cerveja e pão.

Apos a moça se retirar, o clérigo Oliver vai continuar sua explicação, e para a surpresa de Fargrimm, eles tambem estavam tendo problemas com os goblins que eles estavam indo matar. Por um instante Fargrimm vai se questionar se Tenebra olhava por ele naquela jornada, era muita coincidência aquilo acontecer, ele vai responder ao clérigo:

Isso é uma incrível coincidência Oliver, estávamos viajando para lá, tambem tivemos problemas com aqueles goblins em Malpetrim.

Apos isso vai se virar para Jihad e dizer:

Parece que Tenebra olha por nos amigo, temos mais um motivo para ir atras daqueles malditos goblins.

[Aldenor]

O primeiro soldado parecia entediado e falou de goblins que atacam a região, mas de maneira muito esporádica. Deu pouca importância a isso e Aldred não gostou do que ouvira. Afinal, qualquer mísero ataque que seja vitimiza alguém e este povo parecia ser bastante simples e miserável para dar pouca importância àquilo.

Chamado para sentar pelo soldado Edgar, Aldred puxa uma cadeira, mas não se senta. Ao invés disso põe o pé sobre a banco, a inclina levemente para frente e apoia os braços sobre o tronco da cadeira.

Aldred

Está certo, eu me chamo Aldred. Meus associados e eu somos aventureiros em uma missão no momento. Mas você dizia exceto...?

Incentivou o homem chamado Edgar que parecia querer contar algo, mas o soldado John não queria. Por que será? Por fim, Edgar venceu a disputa e começou a argumentar. Falou de sua espada provocando uma surpresa em Aldred. Mas quando se referiu aos "samuzais", Aldred não conseguiu conter o meio sorriso.

Aldred

Heh... mas não sou samurai. Esta espada...

Ele sacou sua katana da bainha com presteza. O ruído do fio afiado cortando o ar.

Aldred

... foi um presente de meu mestre. Se chama Hikari-Katto. Mas samurai é um título de nascença da antiga Tamu-ra. Eu não poderia ser um mesmo treinado como um.

Disse olhando a beleza de sua lâmina. A embainhou novamente, voltando a olhar para os soldados. Eles mencionaram um problema com tirania em uma vila chamada Hessanbluff. Mais um caso de governante querendo impor suas vontades sobre o povo... só que de maneira localizada, afinal, era apenas uma vila. E os minotauros não pareciam se importar, não que não se atrevessem lidar com a situação. Acharam, provavelmente, algo sem importância.

Aldred

Tapistanos devem achar que este tirano provou sua força para agir como age. Se ele paga imposto, os tapistanos não vão ligar. Depois que resolvermos este problema aqui, meus senhores, eu lhes garanto que iremos pra lá. Mas antes... vocês ouviram falar de uma fortaleza que afundou na terra aqui perto? Estamos rumando para lá lidar com ... provavelmente estes goblins que "pouco ameaçam" este lugar. Mas veja... a menor ameaça a um lugar como este pode fazer muita diferença para uma família.

Disse sem rodeios, aceitando a bebida do soldado, fazendo um sinal para a atendente que não queria mais o seu pedido, afinal, não tinha dinheiro e Fargrimm e Jihad pareciam entretidos com o sacerdote caduco e Ash não tirava os olhos da simples camponesa. Eles não pareciam aptos para pagar pra ele...

[Lord Seph]

Ladon estranha a atitude da criança. Uma curiosidade infantil em vez de raiva e medo.

- Espero que ele não tenha causado problemas, alguns com essa estranhesa são ruins, mas também existem aqueles que são bons como eu.

Era meia verdade aquilo, havia algo mais. Uma fúria dormente.

Ladon sorri, mas sem mostrar os dentes.

- Me chamo Ladon Brimstone, qual o seu nome mocinha? E você não deveria estar fazendo algo para seus pais em vez de conversar com um estranho?

Ladon se sentia bem ali, apesar de tudo era bom conversar com alguém que não estivesse com nojo, medo ou tentando matá-lo. Mas também entendia que também podia acabar causando um mal entendido apenas por estar ali conversando com uma criança.

Só uma?

Ladon estranha e pensa ao notar que não havia mais nenhuma criança por perto ou nas ruas.

- Não há outras crianças por aqui? Amigos, vizinhos, mocinha?

Ladon indaga enquanto espera respostas.