Passei um tempo caminhando pensativa perdida em minha mente e nas minhas conjecturas, minhas pernas se moviam automaticamente como se meu cérebro estivesse me guiando no automático, e a medida que andava pelas ruas memórias de quando percorria as trilhas e vielas em Lenorrien vinham a tona como se tivesse sido transportada para lá atéfinalmente parar em frente a minha casa, mas nçao era a casa com os jardins floridos e as piukas crescendo no quintal, era a casa de pedra e madeira da Vila Elfica.
Segurei a mão de Maryanne e a puxei indo em direção a porta, abri e coloquei as coisas na entrada, retirei as botas sujas de terra e lama e acenei para Maryanne fazer o mesmo. O cheiro de frutas e ervas incensava todo o lugar, no fundo da casa uma melodia era cantada por minha mãe enquanto ouvia o barulho da lâmina roçando na madeira vindo da oficina. Chamei a minha mãe em elfico e ela apareceu surgindo do quintal, ela trazia uma cesta cheia de ervas e abriu um sorriso sutil pondo o cesto sobre a mesa e beijando minha testa e me abraçando, meu pai surgiu logo em seguida com seu avental de trabalho e a lâmina nas mãos, ele era mais sério que minha mãe e encarou Maryanne por um tempo retirando o avental e e repetindo o gesto de minha mãe. Minha mãe questionava minhas vestimentas enquanto meu pai criticava a tatuagem.
-Bem..é aqui que eu moro...não se engane pela a aparência é mais simples do que parece.A casa não é nossa de verdade pertence a um amigo da família desde Lenórrien, ele é influente e nos deixa viver aqui , aquela janela lá em cima está vendo ? É o meu quarto, ali ao lado é a oficina do meu pai e lá nos fundos fica o boticário da minha mãe. Vamos eles vão adorar você.
Minha mãe se aproximou e sorriu simpática abraçando Maryanne, meu pai prefferiu amnter distancia e apenas acenou com a cabeça.-Naneth,adar..esta é Maryanne Maedoc minha melhor amiga e companheira de aventuras, Mary esses são meus pais: Ahmhanndir e Milienalienn Lorthtandar.
-Uma Maedoc? Você não citou que sua amiga era uma Maedoc. Entre querida, deseja algo para beber? Ahmhanndir pegue o vinho por favor, nossa filha retornou de sua busca e trouxe uma convidada ilustre, não seja indiferente.
Minha mãe era muito delicada e se movia como se deslizasse sobre o piso de madeira, meu pai era mais duro porém podai se notar a graça elfica mesmo nele. Ela sorria e era atenciosa o tempo todo com Maryanne, eu havia herdado esse jeito dela porém hoje estava mais parecida com o meu pai e ele pareceu ter notado pois seus olhos me encaravam de uma forma diferente, mas no fundo sabia que ele estava orgulhoso de mim, meu pai trouxe o vinho e nos serviu, sentou-se em sua cadeira de costume e voltou a encarar Maryanne
-Millyandaranny nos contou sobre sua ultima aventura e sentimos muitos pelas suas perdas, eu não aprovo essa vida de aventuras ela é perigosa e pode mudar seu coração para sempre, isso se não for morto por algum tipo de varinha de bolas de fogo...Eu nunca fui aventureiro, mas conheci muitos durante meus 400 anos e compreendo a glória e riquezas que essa profissão trás sem mencionar as riquezas, mas a glória e a riqueza real é a que recebe quando se faz o bem ao próximo sem se importar com a recompensa material que ele proporciona, essas coisas não irão com você quando sua alma deixar esse mundo, porém suas ações ficarão registradas na memoria dos vivos e principalmente na memoria dos deuses, sua família é famosa por ser uma família de aventureiros e me surpreende por ainda estarem vivos, mas gostaria de lhe pedir algo, Millyandaranny é a unica herdeira de meu nome, se ela se for, meu nome irá com ela, traga-a de volta para nós.
Abaixei o rosto , meu pai era esse protetor e levava muito a serio a família, ver a possibilidade de que seu nome se perdesse e sua linhagem se extinguisse provavelmente o matava por dentro, ele não era de falar muito assim como eu nem expor seus sentimentos,mas era como se ele estivesse prevendo que eu iria para mais uma aventura e eu não conseguia reagir apenas me calei em um pedido de desculpas silencioso. Minhã mãe então trouxe comida para nós, nós não comíamos carne então talvez fosse estranho para Maryanne todas aquelas frutas e legumes, comemos e conversávamos, minha mãe tentava extrair toda a informação possível de Maryanne, meu pai me achou até a sua oficina e conversamos sobre a minha próxima viagem reclamando como sempre do meu tempo fora, citou algo sobre casamento e que isso poderia salvar nossa família...Eu não rebatia apenas ouvia. Retornei um pouco triste e ao mesmo tempo incomodada, retornei para Maryanne e a chamei para o meu quarto desabafando com ela toda essa frustração e desejo do meu pai de me casar com o filho do lorde Illoanmellor , Trianndionn irmão de Lolandhara. Passamos a noite toda conversamos e a convidei para dormir lá comigo por não querer ficar sozinha, no dia seguinte poderíamos passar no templo e irmos todos a sua casa antes de iniciar a viagem