A Noite do Lagarto [Concluída]

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Mælstrøm
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A Noite do Lagarto [Concluída]

Mensagem por Mælstrøm » 26 Mai 2018, 08:34

Parte 1: A Favela Goblin

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Valkaria
Baixa Vila de Lena.

As tavernas, os teatros, ateliês e guildas de bardos prosperavam no mais boêmio bairro de Valkaria. Apesar de todo espírito livre provocar certa balburdia corriqueira, havia ordem e controle. O Lorde Urbano — casta da mais alta elite que governavam bairros e distritos de Valkaria — da Baixa Vila de Lena se chamava Eugene Ravenclaw, um homem de poucas aparições públicas, mas que era considerado eficiente para que toda a canção dos bardos e os negócios dos mercadores prosperassem com baixos índices de criminalidade. O comando da milícia da Baixa Vila de Lena era o 14º de Valkaria e era consideravelmente honesto e competente, com raros episódios de abuso de autoridade que logo inflamavam a população de aventureiros que viviam na região.

Aventureiros. Pessoas desgarradas da árida vida comum faziam fama e fortuna rastejando em masmorras, expulsando monstros que ameaçam vilas, combatendo cultistas malignos e até mesmo combatendo a infame Tormenta. Estes tipos são comuns pelo mundo de Arton, explorando a escuridão desconhecida enquanto descansam e se divertem nos pontos luminosos das cidades. Porém, Valkaria era um mundo em si, cheio de oportunidade para aventureiros carreiristas, vigilantes mascarados e mercenários.

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A Estalagem do Pombo Perneta da Praça era antiga em Valkaria. Começando com um pequeno balcão ao ar livre onde se vendia cerveja barata aos jovens boêmios, hoje era uma construção de dois andares na esquina de duas avenidas movimentadas na Baixa Vila de Lena, logo em frente a um chafariz com a imagem de um antigo guerreiro esculpida na rocha. Era um monumento em tributo a Cyrandur Wallace, um lendário herói colonizador, responsável por fundar diversos reinos do oeste do Reinado e hoje nas mãos do Império de Tauron.

Jovens poetas gostavam de usar os bancos no entorno do chafariz para escrever e declamar suas peças a quem quisesse ouvir, dividindo espaço com alguns mendigos. Os famosos "pombos da praça" usavam a cabeça de Cyrandur como latrina, mas também empesteavam os arredores da pequena praça, sempre encorajados pelos milhos distribuídos pelos idosos que jogavam dama em alguns bancos. Aquele espaço, em frente à estalagem, às vezes servia de palco para bardos não contratados para apresentações espontâneas e que ocasionavam em uma festa não programada. Nestes momentos, a administração da estalagem abria o velho balcão ao ar livre para vender bebida a todos.

Mas o que mais chamava atenção na Estalagem do Pombo Perneta da Praça eram seus clientes costumeiros. Aventureiros. Não se sabe ao certo como isso aconteceu, mas em alguns poucos anos atrás, grupos de aventureiros passaram a usar a estalagem como repouso e a fama do lugar se espalhou pelos três cantos de Arton. As acomodações não eram especialmente luxuosas nem fugiam ao padrão e seus preços também não ofereciam nenhuma vantagem. Ninguém sabia explicar o motivo do sucesso. Alguns diziam que não passava de um modismo, mas a verdade é que já faz quase dez anos que a Pombo Perneta da Praça é conhecida por frequentação de aventureiros. Indivíduos solitários também buscam o lugar para encontrar novos grupos de aventureiros, observando o grande quadro na parede norte, visto logo da entrada, onde dezenas de pergaminhos de contratantes buscam heróis corajosos para resolver seus problemas.

Era noite quando Valkaria, no alto das nuvens, observou com um sorriso felino as peças se moverem em seu tabuleiro mágico. Cinco criaturas, filhas de outros deuses, mas que seguiriam o destino por ela traçado em sua cidade.

***

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Tyr saía de mais um dia promissor na filial do Banco de Nilo em Valkaria.. As folhas secas inundavam as calçadas e a rua de pedra iluminada por lamparinas mágicas da noite sem lua. O outono chegara mais frio que o previsto pelos clérigos de Tanna-Toh da Gazeta do Reinado. Aquela noite, entretanto, diferenciava das outras pelo convite entregue por um goblin estagiário de futuro promissor chamado Korn. A carta era do William Davenport, um dos investidores mais importantes do Banco de Tibar em Valkaria e comerciante de tecido, que o convidava para um jantar na Estalagem do Pombo Perneta da Praça.

O jovem goblin estava acostumado aos breves olhares de desconfiança e espanto das pessoas ao verem um goblin vestido como um aristocrata. Nada muito alarmante como em Ahlen, pois Valkaria pulsava diversidade onde o estranho era comum. Mas desta vez, dentro da Pombo Perneta, Tyr sentiu completa ausência de tais olhares. Era mais um no meio de tantos outros. Aventureiros eram tão ou mais exóticos que ele jamais poderia ser.

William estava em uma mesa próxima da lareira, vestindo um elegante gibão de veludo. Seu sobretudo jazia em um cabideiro ali do lado. Quando Tyr se aproximou, ele se levantou para cumprimentá-lo. Um forte aperto de mão.
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Boa noite, caro Tyr de Nilo. Acredito que não nos conheçamos pessoalmente, mas recebi boas credenciais do senhor Garian Tarlov. Ele é meu parceiro nos negócios e vende em Tharthann produtos meus em uma de suas lojas. Bom, sente-se, por favor. Eu já fiz o pedido, espero que não se incomode.
William era um homem jovem, mas talentoso e precoce chefe de sua família. Parecia ansioso, lutando contra a cautela.

***

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A arte de viver desafiava os conceitos de Buru. As histórias fantásticas de onde viera eram abundantes, mas não satisfizeram o hengeyokai por mais que um punhado de anos. Por isso, Petrynia. Por isso, a estrada. Conhecer as canções, os contos, as crônicas do mundo de Arton parecia ser seu maior prazer. Petrynia era apenas um reino, uma convenção política onde um humano disse ser dono daquelas terras livrando-a dos perigos para que outros humanos ali vivessem. Este era Cyrandur Wallas, o lendário herói de Petrynia, rodeado de lendas, mitos, aventuras. Dizem que além de Petrynia ele foi responsável pelos reinos de Fortuna e Lomatubar.

Buru acabou parando em Valkaria após o fim das Guerras Táuricas. A reconstrução pós-guerra não foi fácil. Seus habitantes o confundiam com um minotauro, tendo que fugir constantemente de linchamentos populares aonde ia. Buru podia simplesmente ir embora, seguir seu rumo e explorar Arton, mas algo o prendia em Valkaria. Era sua pulsante diversidade cosmopolita, o encontro cultural mais incrível que jamais vira ou tivera notícias no Multiverso. Por isso, cinco anos depois vivendo na cidade, Buru perseverou e passou a ser convidado para tocar em tavernas e estalagens quando o ódio aos minotauros começou amansar. Os valkarianos abraçavam o diferente com maior facilidade, embora mantivessem os olhos abertos para o que consideravam "de fora". Com seu carisma e repertório exótico (afinal, ele era de uma raça de metamorfos), conquistou a simpatia de muitos, até mesmo de um jovem nobre chamado William Davenport.

Na Estalagem do Pombo Perneta da Praça, o Buru conheceu William Davenport durante uma apresentação inspirada. Encantado com seu repertório, o homem também pareceu interessado nas capacidades de metamorfosear e em suas histórias de sua terra distante. Vários encontros foram marcados meramente para William ouvir suas histórias. Um dia, Buru recebeu um recado para encontrá-lo na Pombo Perneta para uma proposta. À noite, quando chegou, depois de cumprimentar algumas pessoas que o reconheceram, foi até a mesa onde William estava, ao lado de um goblin trajando roupas elegantes demais, algo que jamais vira antes em sua vida.
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Oh, Buru, você chegou. Sente-se, por favor. Este é Tyr de Nilo e trabalha com um sócio meu. Tyr, este é Buru, o Minobardo. Ainda faltam alguns convidados, espero que não se importem em esperar para eu contar o que desejo com vocês.
***

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As terras do sul eram especialmente cruéis nas estações frias. Ssizzna jamais acostumaria com a dor nos ossos e na letargia que o frio trazia, mas como uma boa sobrevivente e caçadora, era uma de suas habilidades encontrar meios para se adequar e se adaptar. Para isso, vestia roupas pesadas a fim de manter seu corpo como uma pequena chama dentro de si protegida pelo sopro gélido das montanhas a oeste. A nagah agora vivia em Valkaria, a maior cidade de Arton, um pequeno mundo a parte e ela também encontrou meios de sobreviver.

Rastejava pela cidade envolta em suas roupas, mas mesmo se quisesse manter-se oculta, encontraria muita dificuldade devido ao seu gigantesco corpo e sua cauda escamosa chamativa. Os olhares desconfiados eram conhecidos, mas a milícia não a importunava. Não mais e para isso havia uma história. Ssizzna lembrava de quando tudo começou, de sua montanha nas terras quentes a leste, seu povo massacrado, daqueles que a acolheram para proteger algo sagrado. E como falhou com isso devido à suas fraquezas. Seguia a pista mais recente que encontrara, meses atrás, sobre o terrível grupo: Os Cinco Dissidentes.

Dobrava uma esquina onde crianças brincavam com pequenas espadas de madeira. Subitamente pararam para observar a nagah com seu corpanzil poderoso passar. Ficaram atônitas, ou de medo ou de curiosidade. Mas nem sempre foi assim. Quando chegou a Valkaria na busca pelos responsáveis por sua desgraça, Ssizzna foi rechaçada por onde ia. Hostilizada, não conseguia um lugar decente para passar a noite. Até que um dia, finalmente, veio a acusação de ser uma sszzaazita, uma cria de Sszzaas, o deus da traição. A religião em Valkaria era livre, você podia cultuar um deus como Sszzaas, porém, devido a natureza de sua fé, era quase certo que cometeriam crimes e seriam caçados. O crime de Ssizzzna foi ser uma nagah. Incapaz de lutar por sua vida, acabou na masmorra.

Ficou meses presa na Rocha Cinzenta, lar dos mais perigosos criminosos sob custódia da Coroa de Deheon, até que um dia recebeu a visita de Paollus, um meio-elfo elegante, controlado e inteligente. Ele ofereceu a liberdade e o respeito de sua comunidade se oferecesse a eles algo em troca para que pudessem confiar. E tudo que precisava fazer era se encontrar com certo nobre de nome William Davenport e escutar o que tinha a dizer. Apenas isso. Ssizzna não tinha muita alternativa: era pegar ou largar. Era ficar mofando aprisionada ou atender um pequeno pedido em troca de liberdade para poder seguir seu objetivo pessoal.

E foi assim que uma nagah adentrou a Estalagem do Pombo Perneta da Praça. Seu corpanzil passou pela entrada com alguma dificuldade, mas uma vez dentro, podia manter o corpo ereto novamente, pois o pé direito do estabelecimento era bastante alto para comportar um segundo andar. As pessoas ali, todas em trajes de viajantes, armaduras, mochilas, armas, sacolas e outros equipamentos de aventureiro, sequer a viram como algo exótico. Havia até mesmo um outro nagah por ali discutindo com um grupo de pessoas sobre uma mesa enquanto analisavam um mapa. Súbito, um homem se levantou de sua mesa e acenou para ela. Na mesa havia um grande espaço perto da lareira — e portanto, com o agradável calor — para ela ficar.
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Você deve ser Ssizzna Ssazz, certo? Ora, seu nome realmente remete ao deus da traição. Eu sou William Davenport... Paollus deve ter falado de mim, certo? Por favor, sen... digo, junte-se a nós, por favor? Estes são Tyr de Nilo e Buru, o Minobardo. Faltam dois.
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Disciplina. Treino. Orgo sabia que este era o caminho para aprimorar suas técnicas e conseguir, por fim, seu objetivo final. Porém, era difícil se aperfeiçoar nos treinos. Era preciso de prática, experiência e travar suas batalhas. Desde que conhecera Tyr na Favela dos Goblins, decidiu segui-lo como uma forma de agradecimento e uma forma de trilhar o caminho da espada, uma vez que o goblin dizia ser um viajante para terras distantes. Era um acordo mutuamente satisfatório: um teria um guarda-costas e o outro a oportunidade de lutar e aprimorar sua perícia marcial.

Entretanto, semanas se passaram sem que Tyr o convocasse para alguma viagem. Enquanto esperava, Orgo praticava incansavelmente até que um dia recebeu uma carta de um goblin chamado Korn. O hobgoblin sabia que ele trabalhava com Tyr e pensou que pudesse ser finalmente uma convocação para aventura. Mas era uma carta de outra pessoa. Um tal de William Davenport.

Durante a noite, o samurai caminhou-se para a Estalagem do Pombo Perneta da Praça e foi lá que encontrou, para sua surpresa, o goblin. Além dele, uma nagah de quatro braços dentro de um casaco pesado e um minotauro (?) com cabelos e barba exóticos. Um humano estava entre eles e logo se levantou para cumprimentá-lo erguendo a mão como os moldes do Reinado.
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Boa noite, senhor... Orgo, não é? Eu sou o William Davenport. Sente-se, por favor. Estes são Tyr de Nilo, Ssizzna e Buru. Agora falta o principal. A comida logo chegará também, espero que não se importem, pois eu já fiz o pedido.
Ele era um homem educado, fino e elegante, além de jovem.

***

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As vezes Chaofan sentia o arrependimento correr a alma. Fazia quase um ano que abandonara sua tribo das montanhas e só encontrou dificuldade em sua vida. Encontrando o tal do Reinado, as cidades humanas ditas civilizadas, Chaofan logo percebeu que eles não tinham prazer em ver um homem-lagarto. A história das escaramuças entre as raças civilizadas e os homens-lagartos das montanhas tem episódios de sangue e saque. Era comum que seus conterrâneos atacassem vilarejos humanos para lhes devorar e roubar equipamentos.

Chaofan não entendia, entretanto, era o que tinha a ver com tudo isso. Ele não ia atrás de saque, mas mesmo assim tinha que fugir de camponeses com tridentes, foices e ancinhos. Houve certa vez que um grupo de aventureiros foi contratado para caçar Chaofan... embora nunca tivessem encontrado seu rastro. E foi assim, em suas andanças que Chaofan lutou e combateu alguns indivíduos revoltados e cegos pelo ódio por sua raça, ignorando o indivíduo que era.

Alguns meses depois encontrou a enorme estátua de uma mulher em súplica para os céu sobre uma imensa cidade em sua volta. Chaofan jamais tinha visto algo parecido, perdendo alguns momentos admirando aquela imensidão. Não podia deixar de conhecer aquela cidade. Foi assim que conseguiu aprender a cultura dos humanos, pois lá não era visto como um monstro à primeira vista, embora alguns problemas chegassem desavisados. Em pouco tempo, Chaofan encontrou um mundo de lutas na Arena Imperial onde poderia lutar e ganhar alguma fama ou glória, mas nunca conseguiu realmente lutar lá. Era um lugar cheio de regras, cheio de obstáculos nos bastidores. Porém, percebendo seu interesse em lutar, acabou conhecendo o mundo das lutas clandestinas, ilegais, durante a noite. Lá, Chaofan pôde batalhas com as técnicas aprendidas por seu mestre.

Até que um dia Chaofan chamou atenção de um homem observador que ia a todas as competições noturnas clandestinas. Ele não disse quem era, mas usava um tapa olho e tinha a pele negra e lhe entregou um papel com um convite. Na noite seguinte, Chaofan não foi lutar, foi à Estalagem do Pombo Perneta da Praça onde ouviria uma proposta...

Ao adentrar no ambiente, foi logo recebido por um humano em uma mesa peculiar. Perto da lareira estava uma nagah de quatro braços, ao seu lado estava um hobgoblin trajando uma armadura pesada com placas de metal, um goblin usando roupas finas e um minotauro com cabelos e barba de humano, traços exóticos do que conhecia até o momento.
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Aí está, o último integrante. Eu me chamo William Davenport e estes são Tyr de Nilo, Buru, Ssizzna Ssazz e Orgo. Junte-se a nós, por favor, Chaofan.
Era um jovem nobre em roupas elegantes que puxou uma cadeira para Chaofan sentar.

***

Todos reunidos, William esfregou as mãos com um breve sorriso contido.
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Vocês devem estar se perguntando qual motivo para eu reunir figuras tão... notáveis. Bem, eu ganho minha vida com trabalho duro na área dos tecidos, abastecendo várias lojas em todo o Reinado, no Império de Tauron e na Liga Independente. Mas eu também sou o patriarca da minha família Davenport devido ao falecimento de minha mãe recentemente. Meu pai, como vocês devem saber, faleceu nas Guerras Táuricas. Bem, o que importa é que também sou um homem de família e devo respeitar algumas tradições.

Recentemente o Solar Davenport foi assaltado por um... homem-lagarto. Não, não foi Chaofan, não se preocupem. Este larápio roubou uma relíquia antiga da família, uma chave de adamante cravejada por safiras. É um objeto grande, na verdade, uma peça de decoração. Nunca soubemos se ela serve para abrir algo mesmo, mas a verdade é que isso não importa. Eu ofereço a vocês o montante de 1.500 tibares de ouro para dividir entre vocês.

Oh, porque vocês especificamente? Bem, eu tenho meus contatos, sei um pouco da capacidade de cada um de vocês. Além disso, uma de minhas servas viu o homem-lagarto se dirigir em fuga para a Favela dos Goblins. A milícia é inútil pra mim, pois eles tem uma estranha relação com a população daquele bairro. Mandei dois homens à paisana para averiguar o lugar, mas está além das capacidades deles. Os goblins da Favela podem ser muito... hã, como direi... difíceis de lidar. Tyr é um goblin, tenho certeza que tem conexões por lá. Chaofan e Orgo são guerreiros para a proteção. Ssizzna é uma excelente rastreadora e Buru é um mágico.

E então, o que me dizem?
Dados dos Personagens
Imagem - Tyr de Nilo <> PV: 24 PA: 1 CA: 22 <> Impostor: 4 <> Orgulho: 1 <> Riqueza: não utilizado <> Contatos: não utilizado <> Virotes: 20 <> Condição: Normal
Imagem - Burumyūjishan "Buru" <> PV: 21 PA: 1 PM: 8 CA: 17 <> Música de bardo: 6 <> Condição: Normal
Imagem - Ssizzna Ssazz <> PV: 36 PA: 1 CA: 17 <> Condição: Normal
Imagem - Orgo Corta-Rocha <> PV: 45 PA: 1 CA: 18 <> Condição: Normal
Imagem - Chaofan <> PV: 36 PA: 1 PE: 6 CA: 20 <> Condição: Normal
Editado pela última vez por Mælstrøm em 20 Nov 2018, 13:40, em um total de 3 vezes.

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Padre Judas
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TYR DE NILO

Mensagem por Padre Judas » 26 Mai 2018, 19:52

Tyr sentiu o frescor da noite. Gostava do frio e a escuridão não era um problema para um goblin – ele até preferia assim. Caminhou pelas ruas apinhadas de pessoas. Em sua maioria membros de raças notívagas ou que não tinham problemas em caminhar no escuro, como ele.

Chegou ao Pombo Perneta no horário agendado – a pontualidade fora uma das mais importantes lições que Garian lhe dera e o goblin buscava segui-la com rigor.
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Boa noite, caro Tyr de Nilo. Acredito que não nos conheçamos pessoalmente, mas recebi boas credenciais do senhor Garian Tarlov. Ele é meu parceiro nos negócios e vende em Tharthann produtos meus em uma de suas lojas. Bom, sente-se, por favor. Eu já fiz o pedido, espero que não se incomode.
Tyr de Nilo
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- Boa noite, Sr. Davenport. Sim, o Senhor Tarlov me informou sobre o senhor – algumas coisas, pelo menos. Agradeço que já tenha pedido, confio em seu bom gosto. Pelo que vejo os outros ainda não chegaram.
Eles vieram logo depois. Quando Orgo foi apresentado, Tyr educamente corrigiu seu anfitrião.
Tyr de Nilo
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- Eu e Orgo já nos conhecemos, ele é meu guarda-costas. Boa noite, Orgo.
Não se furtou a cumprimentar os demais, é claro. Formavam um conjunto bem heterogêneo e incomum de aventureiros.
Tyr de Nilo
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- Em Yuden não nos deixariam nem passar da porta...
Falou em tom de pilhéria. Bebeu mais um gole do vinho – apreciar vinhos tinha sido outra lição importante de seu mentor. Com todos presentes o homem passou à falar sobre a missão. Tyr gostou disso.

Davenport cita a Favela dos Goblins e Nilo cruza as mãos à frente do rosto. Havia nascido na Favela dos Goblins e tinha sim conhecidos por lá. Ninguém de seus companheiros de infância e juventude haviam sido tão bem sucedidos quanto ele mesmo e alguns até se voltaram para o lado do crime. Era uma vantagem para o goblin... mas também podia ser um problema. Tyr de Nilo esforçava-se para construir a reputação de um goblin refinado, culto e respeitável. Ter contatos com o crime, mesmo tão indiretos, sempre podia se tornar uma mancha em sua reputação se viesse à tona. Por isto não gostava que o homem demonstrasse ter tal conhecimento. Ou talvez fosse apenas preconceito – ele assumia que Tyr conhecesse alguém nas Favelas, mesmo que os goblins fossem uma das maiores minorias do Reinado e boa parte deles nunca tenha pisado na Favela uma vez na vida. Os humanos pareciam acreditar que havia algum tipo de “fraternidade” entre goblins, como se todos fossem amigos ou abertos uns aos outros. Mas Tyr sabia que não era assim.

Mesmo assim, ele conhecia gente na Favela. E poderia encontrar a chave, claro.
Tyr de Nilo
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- Lamento sua perda recente, meu senhor. Bem, não é um problema para mim ajuda-lo. Espero que esse seja o início de uma associação proveitosa.
Tyr não se importava tanto com o dinheiro quanto com a possibilidade de aumentar suas conexões. Ele sabia sobre os Davenport e aquela era uma grande oportunidade de relacionar-se com eles. Um dia teria seu próprio banco – ou pelo menos controlaria uma agência do Banco de Nilo para o qual trabalhava. Ter um Davenport como cliente seria bastante proveitoso.
Tyr de Nilo
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- Se os outros estiverem dispostos a aceitar, podemos começar imediatamente.
Havia trabalhado boa parte do dia, mas sentia-se bem e podia continuar por um bom par de horas.
BAÚ DO JUDAS
JUDASVERSO

Alexander: Witch Slayer [Kaito_Sensei]
Dahllila: Relíquias de Brachian [John Lessard, TRPG]
Jonz: Tormenta do Rei da Tempestade [John Lessard, D&D5E]
Syrion: Playtest T20 [Aquila]
Takaharu Kumoeda: Crônicas do IdJ [Aquila]
Yellow: Defensores de Mega City [John Lessard]

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Toyoda
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Mensagem por Toyoda » 26 Mai 2018, 22:42

ChaoFan não entendia a necessidade que seu mestre impunha sobre ele precisar treinar por conta. Mas era uma de suas imposições, dizia que agora era o momento de por em pratica as técnicas que aprendera, para apenas posteriormente poder aprender novas técnicas. Ele precisava de experiência e a vida lhe dava experiência naturalmente.

Andou por muitas vilas, passou por muitos perrengues, mas agora, ali em Valkaria, não mais era perseguido. E ainda por cima, poderia participar das lutas clandestinas onde além de experiência, tirava seu sustento.

Certa noite, após uma luta que saira vitorioso, ChaoFan foi abordado por um misterioso homem:
Homem Misterioso
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Vi sua vitória, lutou muito bem, tome, isto é para você.
Entregou uma carta e saiu sem dizer mais nada.
ChaoFan pode ver que se tratava de uma convocação para os ving... Digo, para uma janta na taverna do Pombo Perneta da praça na noite que se seguia.

E la foi, andando pela noite por becos escuros e locais pouco frequentados de onde morava, até chegar na área mais badalada, onde os jovens costumavam andar para se divertir durante os festejos noturnos.

Adentrou a taverna, já estava acostumado com aquele tipo e ambiente, frequentava algumas, mas aquela, talvez fosse a primeira vez.

Encontrou o contratante e seu possível grupo. Era um grupo deveras peculiar.

Cumprimentou a todos com um leve balançar de cabeça de forma afirmativa, não sentiu necessidade de falar, já que seu nome já havia sido apresentado pelo senhor Davenport.

Não tardou em pedir sua bebida forte, qualquer que tivesse na casa. Ainda não chegou o inverno, mas o frio já era sentido a ele. Bebia para disfarçar, tinha roupas quentes, tal qual Ssizzna, mas tinha certa vergonha em usa-las quando não estava tão frio assim.

O Goblin comenta:
Tyr de Nilo
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- Em Yuden não nos deixariam nem passar da porta...
De fato, passou por lugares assim... Muitas vezes teve que usar a força para se colocar nos lugares e muitas vezes teve que usar as pernas de forma rápida para deixar os lugares...
ChaoFan炒饭
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Não só lá caro Tyr, não só lá...
Não sabia muito bem onde ficava Yuden, ou o que seria exatamente esse local, se era uma vila ou um bairro, mas conhecia tipos como o que fora citado.

O Homem falou. Contou sua história, e o Goblin se fez ouvir de novo:
Tyr de Nilo
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- Se os outros estiverem dispostos a aceitar, podemos começar imediatamente.
Era uma boa proposta. Provavelmente poderia usar suas técnicas de luta, e além disso, era bastante dinheiro, digamos, 1500 TO. 1500 TO para o grupo, deveria dar mais de 200 TO para cada um, ou talvez menos, não sabia direito, mas sabia que dava para comprar muita bebida boa com isso, e era o que planejava.
ChaoFan炒饭
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Uma chave o senhor diz... Hum... Pois uma chave você terá!! Estou com você Tyr! Vamos pegar este larapio!
Editado pela última vez por Toyoda em 27 Mai 2018, 01:19, em um total de 1 vez.
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Astirax
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Re: A Noite do Lagarto

Mensagem por Astirax » 27 Mai 2018, 00:59

Na Estalagem do Pombo Perneta da Praça, o Buru conheceu William Davenport durante uma apresentação inspirada. Encantado com seu repertório, o homem também pareceu interessado nas capacidades de metamorfosear e em suas histórias de sua terra distante. Vários encontros foram marcados meramente para William ouvir suas histórias. Um dia, Buru recebeu um recado para encontrá-lo na Pombo Perneta para uma proposta. À noite, quando chegou, depois de cumprimentar algumas pessoas que o reconheceram, foi até a mesa onde William estava, ao lado de um goblin trajando roupas elegantes demais, algo que jamais vira antes em sua vida.
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Oh, Buru, você chegou. Sente-se, por favor. Este é Tyr de Nilo e trabalha com um sócio meu. Tyr, este é Buru, o Minobardo. Ainda faltam alguns convidados, espero que não se importem em esperar para eu contar o que desejo com vocês.
Buru
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Relaxxxx chefiaaaa, eae Tyr, ta bem vestido heimm. Claro que espero Will.
Buru dedilhava algumas notas em seu IRADO, enquanto imaginava sua próxima música. Willian Davenport apresentava Ssizzna Ssazz
Buru
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Boa noite Ssizzna, tudo em cima?
Buru começava a imaginar o que seria essa conversa, até agora um Goblin e uma Nagah, tão exóticos quanto ele numa terra de humanos, porém cosmopolita.

Então um Hobgoblin havia chegado, havia uma história muito popular em sua terra sobre o Hobgoblin ser o principal inimigo do Hengeyokai Aranha, as histórias ocupavam centenas de livros.
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Boa noite, senhor... Orgo, não é? Eu sou o William Davenport. Sente-se, por favor. Estes são Tyr de Nilo, Ssizzna e Buru. Agora falta o principal. A comida logo chegará também, espero que não se importem, pois eu já fiz o pedido.
Buru
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Opa!!! Comiiiiidaaaaaa, to dentroooo!!!
Não muito tempo depois de espera, dessa vez um Homem Lagarto entrava, hahaha, essa história esta começando a parecer uma piada ruim .
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Aí está, o último integrante. Eu me chamo William Davenport e estes são Tyr de Nilo, Buru, Ssizzna Ssazz e Orgo. Junte-se a nós, por favor, Chaofan.
Inúmeros pensamentos corriam rapidamente a mente do Minobardo

Chaofan era o nome desse....hmnn, rimas.. letras... okay, okay... já tenho uma música.
Ssizzna, hmnn, difícil vou ter de improvisar, talvez não usar o nome no refrão e sim no meio do contexto.
Orgo, muito simples, grosso, mas tem muitas palavras que combinam, por isso é difícil escolher
Tyr, .. muito sérião, mas, quem sabe ele gosta de uma musiquinha?


Então ele finalmente explica o motivo da reunião, um roubo de relíquia de família, 1.500 tibares de ouro para os cinco, .... para o grupo.... um grupo,...Buru teria um grupo!!!!!

Willian Davenport explicou as razões de convocar cada um, mas ficou um pouco decepcionado de ser apenas " um mágico"
Buru
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Sou bem mais que um mágico, senhor Willian e vou responder sua questão com uma música.
Pois sou o MINOBARDO, solta o som!!!
Buru conjura Som Fantasma para agir como Backvocal dele
Coloca o IRADO em Posição e começa sua melodia.
Buru
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♪♫ O corre corre dessa cidade gigante
Tanta gente passa, me sinto só!
O vento sussurra em meu ouvido e traz
Uma proposta arriscada, mas estou só!

Já nem sei dizer
Qual destas tavernas que procurei mais
Mas me decidi, é nessa aqui
que um grupo irei formar!

Me chamam de louco
mas é só alegria porque viajar
Vou Poder!
E bate, de repente, um desejo ardente
Em romper limites e sonhar!

Me chamam de louco
Mas um grupo unido me faz entender, e saber por quê
Alguém supera a dor e encontra no amor
A força pra poder dizer
Vamos começar uma AVENTURA! ♪♫
Finalizava sua canção com o tradicional dois dedos para cima, símbolo de paz e amor.

Off:
Atuação 16, quase me jogam tomates,...esses dados é fogo viu.

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DiceScarlata
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Re: A Noite do Lagarto

Mensagem por DiceScarlata » 28 Mai 2018, 05:48

Orgo Corta-rocha
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*O legal de treinar na frente de todo mundo, era ver a garotada encarando Orgo como se ele fosse o paladino de Arton. Aplaudiam, pediam lições, urravam de emoção e fingiam imitá-lo. Digno como era, apenas esboçava uma reação séria, com um sinal positivo de sua cabeça ao dizer:

- E ae.

*Mas era focado. Sempre que brandia a espada, colocava o corpo todo naquilo. Sua Nodachi, era uma lâmina longa, muito maior que uma katana comum e portanto, usada de maneira diferente. Para não perder velocidade e precisão, tinha que ter total controle sobre a arma. Por isso, cada vez que a brandia, imaginava um tronco a sua frente a ser cortado. Visualizava a corrente de um rio a ser dividida ou uma montanha a ser partida. Yamagiri. Corta-montanha. Soava legal. Um dia faria seu pai elogiá-lo com certeza. Por hora? Seria um legitimo Yojimbo e protegeria Tyr. Que por falar nisso, finalmente o chamava. Embainhou a gigantesca espada e preparou-se para partir.*

*Mas antes, deu uma fungada em si mesmo*


- Oh futum...

*Tratou de se lavar em alguma fonte por ali mesmo, deu aquela pincelada nos cabelos e rumou para taverna. Ao chegar lá, avistou seu mestre na presença de um humano... Uma Nagah toda estilizada (uau) e um minotauro magricela (não sabia que isso rolava). Tratou de apressar, pois estava atrasado*

- E ae chefia, qualé a bronca?

*Parou de pé do lado de Tyr, com os braços cruzados. Secretamente estudava a taberna, vendo os melhores pontos de fuga em caso de necessidade de tirar seu chefe dali, além de possíveis ameaças de outros cliente. Quando Tyr pediu que se sentasse, hesitou um pouco,e então obedeceu. Encarou os demais que iam chegando e cumprimentava de maneira bem eloquente*

- Eae.

*Por fim ouviu sobre a missão e aguardou a decisão de seu senhor. Quase engasgara ao ouvir falar do valor do item, mas sua preocupação era com os riscos que a favela dos goblins podia ser exposta*

- Ih, o malandro tá la na minha área? Pó deixar cumpadi. Se não recuperarmos tua reliquia, ao menos vamos vingá-la, moro? Tu tem minha lâmina. Vou onde a chefia mandar. Bora.

*Virou pro Minotauro*

- Curti o som. Tu conhece "O grave tremer" do Mc Qareenho?
Tribo Scarlata


- MUNDO DE ARTON: GRUPO MADEIRA DE TOLLON (on):Angra Cabelos de Fogo
- MUNDO DE ARTON: GRUPO AÇO-RUBI (on): Jihad das Areias Vermelhas
- MUNDO DE ARTON: GRUPO JADE (on):Sr. Fuu
- JOHNVERSE: PRESA DE FERRO (on): Jinx - Cruzado da Ordem dos cabeças de Dado
- JUDASVERSO: CRÔNICAS DA TORMENTA (on): Nagamaki no Gouka!
- FUI REENCARNADO COMO MONSTRO (on): Gizmo
- OUTONO (on): Sandman

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DragonKing
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Re: A Noite do Lagarto

Mensagem por DragonKing » 29 Mai 2018, 10:12

Ssizzna olhava através das barras de ferro da sua cela, a lua brilhando no céu e iluminado a noite das pessoas livres enquanto ela era mantida enclausurada pelo único crime de existir. Sua mente buscava memorias felizes do seu passado e dos seus lares, do que nasceu e do que foi adotada, da sua família biológica e da família que a adotou, contudo as memorias que deveriam ser boas lhe arrastaram para as lembranças ruins , das suas falhas no passado e do seu dever não cumprido pelas ações de um grupo criminoso e impiedoso e foi por conta deles que estava naquela prisão. Ela era uma caçadora e usou suas habilidades aperfeiçoadas por anos para seguir os rastros deixados por eles enquanto estavam se movendo pelos ermos., mas seus rastros acabaram desaparecendo quando se aproximou da capital de Deheon: Valkaria. Ssizzna sempre teve seus receios de se mover pelas cidades, pela sua falta de costume com o ambiente e por medo de ser atacada confundida com um monstro, porém Valkaria não era uma cidade qualquer ou assim ela pensava.

Por mais que existissem pessoas boas e uma variedade de raças nem todos ali eram tolerantes com elas e muitas das raças consideradas monstruosas com com um passado de violência e maldade acabavam sofrendo um forte preconceito e em casos extremos até a violência física. Ssizzna foi uma dessas vitimas do preconceito exagerado da população, o povo temente de que fosse uma cultista da traição devido aos eu nome foi detida sem provas e jogada em uma prisão para criminosos, seu medo de enfrentar a metrópole se mostrou real, seu instinto a alertou mas ela tinha uma missão a cumprir e ignorou seu medo em pró de corrigir seu erro com os eu povo. Então enquanto continuava observando as estrelas ouviu uma voz e essa voz lhe deu a chance de sair daquela prisão onde não merecia nem deveria estar. A proposta não havia margem para negar ou aceitava e saia em liberdade ou continuava enclausurada até outra oportunidade não tão justa aparecer, ou pior surgir um fundamentalista inimigo de Sszzaas e levá-la para a decapitação.

A cidade era movimentada e barulhenta, naquele momento sua pouca audição se fazia como uma bênção em vez de uma falha em sua construção divina. Os sons que poderiam incomodar as pessoas comuns para ela era não faziam tanta diferença, porém no meio daquele caos conseguia filtrar as belas melodias dos bardos e artistas de rua o que tornava aquela experiencia não tão traumatizante assim. Precisava encontrar um local e uma pessoa, uma taverna, local nos as pessoas se reuniam para beber e se distrair de varias formas, Ssizzna nunca havia estado em uma ,mas agora teria a primeira impressão do que era o lugar. Chegou em frente a casa grande com uma placa, havia o desenho de uma ave com apenas uma pata entralhado e se perguntou por que remover a apta de uma animal apenas para dar nome a um lugar, mas era assim que os locais recebiam nomes nos ermos não seira diferente nas cidades.

Ssizzna adentrou o lugar com dificuldade, suas armas ficavam presas na porta e precisava se mover com cuidado para não esparrar nas pessoas e nas mesas o que era impossível e acabava movendo moveis, e pessoas, sem intenção. Ao conseguir se acomodar no lado mais alto do estabelecimento olhou em volta, pegou o pergaminho com um desenho de quem deveria falar ,mas não foi necessário procurar muito pois ele acenava para si pedindo para ela se aproximar. Se moveu enquanto olhava para um Nagah com um grupo de pessoas, pensou em parar para questioná-lo se havia sido preso assim como ela. Mas preferiu esquecer esse momento da sua vida e se acomodou próximo a lareira. O frio não incomodava durante o dia mas a medida que escurecia era como se a amontanha soprasse mais forte seus vetos gelados e assim passava a ser mais incômodo, ter sangue frio era só mais uma das falhas do seu povo.

O homem começava as apresentações e pouco a pouco outras pessoas chegavam e eram introduzidas pelo humano nobre, o comentário sobre sue nome surgia novamente e ela apenas cruzou seus quatro braços enquanto encarava o humano-Achei que vocês da cidade fossem mais inteligentes do que os povos dos ermos, assim que cheguei nesse inferno de alvenaria fui jogada em uma cela por ser uma Nagah por me chamar Ssazz, um erro grotesco de linguagem. Hoje as Nagahs falam draconico,mas no passado falávamos a língua de Sszzass, julgar alguém pelo seu nome é só mais uma representação da falta de bom senso do povo da cidade. Me chamo Ssizzna Ssazz e não Sszzass percebeu a diferença?Mas eu o perdoo pelo erro.-Seu incomodo era claro,mas tinha uma dívida de gratidão e precisava estar ali antes de retornar para sua missão. Enquanto ouvia todos se pronunciavam sobre o que deveriam fazer a caçadora e protetora do deus macaco observava cada um, se perguntou a razão de haver apenas não humanos e mestiços ali.-Não foi me dada a chance de escolher, se eu não aceitar voltarei para a prisão e eu tenho uma missão para cumprir que vai além da busca de uma mísera chave bonita. Apenas queira saber qual a razão de escolher apenas não humanos para caçar seu homem-lagarto? Eu cheguei a pouco tempo na cidade e não teria como você saber sobre minhas habilidades a menos que já soubesse que eu viria para cá e estaria me observando. Poderia explicar isso ?Ssizzna movia sua norma cauda de serpente movendo-a próximo a ele. Ela estava perseguindo pessoas, foi presa e por alguma razão alguém decidiu soltá-la e agora declarava que tinha conhecimento de suas habilidades, tudo soava muito estranho e muito confuso, os outros pareciam não notar como tudo isso estava mal contado, os demais eram seres mais civilizados e não seria difícil encontra informações sobre eles, porém Ssizzna vinha de muito longe e só alguém que a conhecia ou entrou em contato com alguém que a conhecia.

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Mælstrøm
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Re: A Noite do Lagarto

Mensagem por Mælstrøm » 29 Mai 2018, 18:10

Parte 1: A Favela Goblin

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William demonstrou surpresa quando Tyr revelou conhecer Orgo, um hobgoblin com sua enorme espada tamuraniana. Mas logo sorriu para cumprimentar ao goblin e seu parceiro quando aceitaram prontamente seu convite. Chaofan também demonstrou inclinação para trabalhar com os dois para recuperar a relíquia da família Davenport. O "minobardo" chegou todo simpático falando com todos, embora Ssizzna mostrasse uma expressão indecifrável. Buru aproveitou o nome de todos para uma breve canção, mas que pôs um enorme sorriso em William. Logo, Orgo já perguntava sobre uma música da periferia ao bardo extraplanar.

Ssizzna esperou aquela pequena animação entres os quatro acabar para se pronunciar com firmeza e desagrado, atacando a inteligência os moradores de Valkaria e comentando sobre seus problemas ao chegar à maior metrópole de Arton. William juntou as duas mãos com seriedade, demonstrando preocupação e zelo pelo que a nagah de quatro braços (agora cruzados) dizia. Por fim, além de menosprezar a importância da relíquia de uma família aristocrática, deixou bem claro que estava ali por obrigação. William meneava a cabeça a cada palavra mostrando que estava entendendo tudo o que era dito. Por fim, a caçadora externou suas desconfianças em formas de perguntas insinuantes.

Houve um momento de silêncio depois que a nagah terminara de falar. William tinha os cotovelos apoiados na mesa, olhos fixos em Ssizzna, dedos entrelaçados em frente a sua boca.

A comida chegou em seguida.

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Dois homens jovens vestindo um colete azul sobre uma camiseta branca com um broche do símbolo do Pombo Perneta chegaram com pratos, talheres de metal. Dois frangos enorme e cheiroso repousava sobre uma travessa de madeira, rodeados por batatas temperadas. Havia alface com tomates, ovos cozidos e pedaços de queijo. Duas garrafas de vinho foram colocadas na mesa juntamente com seis taças de vidro polidas. De fato, aquele requinte destoava do restante do salão da estalagem do Pombo Perneta da Praça, onde a maior parte dos viajantes e aventureiros preferia comida mais barata, simples e eficiente.

Com os pratos distribuídos, os serventes ausentes, William pegou a garrafa de vinho e se pôs a desarrolhá-la.
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Suas preocupações são justas, cara Ssizzna, mas muito me entristece você me ter como uma pessoa vulgar e preconceituosa sem ao menos me conhecer antes. Sua desconfiança em nada difere daqueles que lhe impuseram injustiça.

Não tenho intenção de estar em seu caminho em sua missão pessoal, mas eu gostaria que me visse como um "aliado". Podemos nos ajudar mutuamente, pois eu preciso de suas habilidades e eu sou um homem de recursos que podem estar à sua disposição. Basta negociar e me tratar com respeito devido.
Suas palavras vinham confiantes, com um leve tom de defesa magoada até que a rolha do vinho estourou no teto. Ele sorriu com aquela demonstração e passou a servir o vinho nas taças daqueles que aceitassem.
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Cada um de vocês possui habilidades que podem ser úteis na minha contenda. Já que Ssizzna se mostrou desconfiada, eu lhes digo um pouco mais sobre mim: eu viajo pelos reinos desde criança com meu pai e até o momento, como patriarca da família e o mercador chefe de meu empreendimento. Entretanto, para minha frustração, eu nunca consegui seguir a carreira de aventureiro que eu sempre desejei. Queria ser um guerreiro, mas meu corpo simplesmente não nasceu para suportar uma armadura e minhas mãos não conseguem carregar armas. Minha curiosidade e fascínio sobre a vida dos bravos heróis que desbravam o mundo para torná-lo cada vez melhor às pessoas comuns me levou a ter uma série de contatos. Por isso, Ssizzna, eu descobri como Chaofan se destacou em certos torneios noturnos. Como Orgo foi capaz de lidar com uma guarnição de milicianos corruptos. Ou como Tyr, um precoce goblin, tem a mente afiada para lidar com o desconhecido. Nem preciso falar sobre Buru, pois ele deve ser conhecido de todos vocês. Não? Surpreendente. Buru é um ser de outro mundo... não é um minotauro como pode aparentar. E ele está certo, não é um simples mágico, mas um bardo polivalente.
Um gole de seu vinho após sua explicação, antes de continuar.
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E você, cara Ssizzna, acha que uma nagah de quatro braços viajando pelos ermos de Arton não chamaria atenção de viajantes? É certo que a maior parte das pessoas têm medo do desconhecido, mas uma reação hostil apenas confirmará suas suspeitas. Estou aqui de bom grado lhe oferecendo uma forma de provar-se aos outros. A "mísera chave bonita" pode não ter valor para você, assim como sua fé ou seu modo de vida não tem valor algum para a maior parte das pessoas. Não sei do que se trata a sua falta de escolha... pois se você está livre, as acusações não existem mais. Mas não duvido que enquanto vague sozinha por aí encontrará dificuldade.
Depois de sua explanação, William sorriu e apontou a comida para ser devorada.

Enquanto se deliciavam com iguarias saborosas da Pombo Perneta da Praça, William conversava trivialidades, perguntando um pouco mais para cada um deles alguma trivialidade de suas vidas. Nada muito sério ou pesado, tentando manter um clima leve.
Nota do Mestre: Aqui é o espaço, em algum momento do post de vocês, para descrever alguma anedota do personagem, alguma história engraçada e interessante.
Quando a comida finalmente termina, William estava rindo limpando seus lábios com um lenço branco.
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Bom, meus caros, se aceitarem de fato eu aconselho começar a busca na Favela dos Goblins mesmo. Como informei anteriormente, tenho dois homens de minha confiança à paisana na região, vocês podem encontrá-los para receber maiores informações e continuarem dali. Desculpem pedir urgência, mas temo que o homem-lagarto ladrão fuja, venda a alguém... ou tenha algum outro objetivo desconhecido a se cumprir.
O homem agora olha para vocês com as bochechas rosadas e um olhar suplicante.
Dados dos Personagens
Imagem - Tyr de Nilo <> PV: 24 PA: 1 CA: 22 <> Impostor: 4 <> Orgulho: 1 <> Riqueza: não utilizado <> Contatos: não utilizado <> Virotes: 20 <> Condição: Normal
Imagem - Burumyūjishan "Buru" <> PV: 21 PA: 1 PM: 8 CA: 17 <> Música de bardo: 6 <> Condição: Normal
Imagem - Ssizzna Ssazz <> PV: 36 PA: 1 CA: 17 <> Condição: Normal
Imagem - Orgo Corta-Rocha <> PV: 45 PA: 1 CA: 18 <> Condição: Normal
Imagem - Chaofan <> PV: 36 PA: 1 PE: 6 CA: 20 <> Condição: Normal

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Padre Judas
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TYR DE NILO

Mensagem por Padre Judas » 30 Mai 2018, 20:23

Tyr ergueu uma sobrancelha diante das estranhas acusações endereçadas pela nagah à Davenport – o que aquele homem tinha a ver com os problemas de qualquer um deles? Mas deu de ombros, não precisava proteger o cavalheiro.

Cumprimentou Orgo na mesma medida e fez um gesto enfático com a taça em direção ao homem-lagarto, Chaofan. Riu com a música do minobardo e bateu palmas.
Tyr de Nilo
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- Boa música e boa comida. O que se pode querer mais? Hm... bem, há muito mais para se querer.
Enquanto respondia Ssizzna, Davenport encheu sua taça.
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Suas preocupações são justas, cara Ssizzna, mas muito me entristece você me ter como uma pessoa vulgar e preconceituosa sem ao menos me conhecer antes. Sua desconfiança em nada difere daqueles que lhe impuseram injustiça.

Não tenho intenção de estar em seu caminho em sua missão pessoal, mas eu gostaria que me visse como um "aliado". Podemos nos ajudar mutuamente, pois eu preciso de suas habilidades e eu sou um homem de recursos que podem estar à sua disposição. Basta negociar e me tratar com respeito devido.
Tyr de Nilo
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- Este mundo é duro e injusto. Já era injusto quando Khalmyr reinava no Panteão e tornou-se ainda mais na Era de Tauron em que vivemos. Recomendo-lhe, senhorita, a angariar aliados porque os inimigos surgem naturalmente.
Bebeu um gole do vinho e permitiu-se um instante para saborea-lo. Logo a conversa convergiu para temas mais leves e o goblin entrou no espírito.
Tyr de Nilo
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- Quando eu ainda era um aprendiz iniciante acompanhei meu chefe, Garian Tarlov, a uma curta viagem entre Nilo e uma vila a dois dias de viagem para fechar um negócio com um estalajadeiro local. Fomos a cavalo, mas o animal do mestre assustou-se com uma cobra, saiu em disparada e caiu em um barranco – se ele não tivesse pulado teria sido seu fim junto com o pobre bicho. Assim tivemos que fazer o resto do trajeto no mesmo cavalo. Sorte que sou pequeno.

- De qualquer modo conseguimos chegar à vila e estávamos lá descansando da viagem quando encontramos dois homens e uma mulher discutindo ruidosamente em uma mesa. Mestre Tarlov interessou-se e perguntou-lhes qual era o problema. Assim que o mais velho falou.

- Disse ele que eram irmãos e seu pai, ao falecer, deixou-lhes de herança 35 cavalos, mas o sujeito não deixou valores absolutos, usando proporções. Para o mais velho, Rudolfo, ficou a metade. Nena, a irmã do meio, deveria herdar uma terça parte e Yuri, o caçula, ficaria com a nona parte. Eu acho que o velho era meio louco e não sou o único, mas deixa isso pra lá. O ponto é que a divisão não dava certo. Trinta e cinco por dois é 17 e meio. A terça parte é onze e uns quebrados e a nona parte é três e alguma coisa. Nenhuma divisão era exata e por isso os irmãos brigavam quase à beira da ignorância. Mestre Tarlov propôs-se resolver o dilema ao juntar o nosso próprio cavalo à tropa, no que eu sutilmente chamei-o de lado e disse que não podíamos ficar sem o animal, mas ele me tranquilizou e continuou. Os irmãos aceitaram, tão desconfiados quanto eu mesmo. Mas eis então que meu mestre, mui habilmente, apresentou a solução.

- Vejam, ao dividir-se 36 por 2 o resultado é 18. Trinta e seis por três é 12 e 36 por 9 é 4. E se forem somados dezoito mais doze mais quatro o resultado é... trinta e quatro. Sobraram dois.

- Um desses cavalos era o nosso, mas e o outro? Meu mestre foi ágil ao pedir o animal como “comissão pelos seus serviços” e os irmãos, encantados com sua inteligência, o recompensaram deixando que escolhesse qualquer cavalo da tropa e ele optou por um garboso alazão. Foi a primeira vez que vi o que no comércio chamamos “relação ganha-ganha”, um acordo onde todos os lados lucram, mesmo que a taxa não seja exatamente a mesma.

- Ao partirmos da vila no dia seguinte meu mestre tinha obtido três prêmios: um lucrativo acordo comecial com o estalajadeiro local, um excelente cavalo e uma futura noiva e esposa. Mestre Davenport talvez saiba de quem falo. Trata-se da atualmente chamada Nena Tarlov.

- Eu quero crer que estamos todos entrando em uma relação ganha-ganha aqui. Mestre Davenport terá sua chave e nós teremos aquilo que queremos: ouro, aliados, o que seja.
Nota: A história narrada por Tyr aparece no livro “O Homem Que Calculava” de Malba Tahan. A original usa camelos e se passa no deserto da Arábia, mas foi adaptada. Recomendadíssimo.
BAÚ DO JUDAS
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Alexander: Witch Slayer [Kaito_Sensei]
Dahllila: Relíquias de Brachian [John Lessard, TRPG]
Jonz: Tormenta do Rei da Tempestade [John Lessard, D&D5E]
Syrion: Playtest T20 [Aquila]
Takaharu Kumoeda: Crônicas do IdJ [Aquila]
Yellow: Defensores de Mega City [John Lessard]

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Astirax
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Re: A Noite do Lagarto

Mensagem por Astirax » 31 Mai 2018, 09:25

Ocorre a pequena discussão em que Ssizzna se sente muito injustiçada. Buru aguardou uma oportunidade de falar algo rapidamente enquanto tomava vinho, aproveitando o momento que Willian bebia para isso.
Buru
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Comigo foi assim também, Ssizzna, precisei de meses para ser aceito.
Então o próprio Willian começa a contar trivilidades durante o jantar, seguido de perto por Tyr, que contou uma história sagaz. Buru pensou qual história contar, deveria manter o clima leve.
Buru
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Uma alma chegou em Sora e contou sua história, não realmente sua história mas como encarou sua vida, Lin-Wu preza o caminho, não o destino.
Essa pessoa separou sua vida em 10 lições.
A primeira era dar valor onde voce dorme, porque se tudo der errado no seu dia, pelo menos voce terá um confortável sono para encarar o dia seguinte.
A segunda era para que encontre as pessoas certas para ajudar voce, Yudenianos tem preconceito com não humanos, Portsmouth contra Arcanos, Bielefeld contra não nobres, e assim vai. encontrar as pessoas que te aceitem é garantia que terão uma amizade e confiança verdadeiras.
A terceira era que atitude e coração podem ser mais fortes que outras vantagens, que voce deve confiar em si mesmo, que é capaz de fazer as coisas como qualquer outro ser.
A quarta era para seguir sempre em frente, o mundo é injusto, coisas ruins acontecem, todos devem valorizar a si mesmo, e perseverar, Tap.. O Império de Tauron procura quebrar a vontade das pessoas para que aceitem que é melhor ser protegido por eles, ser escravo, sua liberdade vale mais
A quinta era para não ter medo da dor, do sofrimento, pois eles representam uma conquista, se voce sofreu e viveu, alcançou algum objetivo, alguma conquista, ficou mais experiente para encara maiores desafios no futuro, ou fazer os atuais serem mais fáceis.
A sexta era para ser criativo e inovador, O Protetorado de Roddenphord pegou uma fruta exótica e transformou no sucesso de vendas que é o Gorad, encare a vida e um problema de forma diferente, talvez de certo.
A sétima era para não fujir dos tubarões, não tubarões literalmente, hehehehe, mas sim de valentões, criminosos ou o que quer que usem de fala ou initimidação, voce é um cidadão, ou sabe se defender, ou vive no meio de uma comunidade com Guardas, não ceda a chantagens, elas nunca acabam.
A oitava é para que voce de o seu melhor, mesmo nos momentos mais sombrios. Arton esta recheado de momentos assim, vamos ao mais recente, as Guerras Taúricas,...sei que pareço um pouquinho um minotauro, mas não o sou. A determinação de todos para resistir a Tapista, é um excelente exemplo disso.
A nona é Nunca Desista, quem não gosta de voce, com ou sem motivo, sempre vai querer ver sua queda, sua prisão, sua morte, viver, prosperar, mostrar que essas pessoas estão erradas em lhe tratar como diferente, e não um igual é o motivo ideal para ter a força de vontade de nunca desistir.
A última... é cante, mesmo que o mundo esteja acabando, a música liberta a alma, traz alegria e força, e um pouco de humor.
Então se lembra de um comentário feito a pouco tempo.
Orgo Corta-rocha
Imagem
- Curti o som. Tu conhece "O grave tremer" do Mc Qareenho?
Buru
Imagem
Tava meio tenso antes Orgo, por isso não respondi na hora.
OOOo si conheço, Qareenho e eu tocamos juntos mês passado na Sorriso de Shivara.
Não costumo cantar músicas que não são minhas, mas.... voce me pediu... então... solta o som...
Buru novamente conjura Som Fantasma para agir como Backvocal dele.
Mas antes de começar de fato a canção , se lembra que o truque da voz fantasma auxiliando a música era coisa que tinha aprendido com o Qareenho
Buru
Imagem
♪♫ É a nova música da estação
Para todo mundo ouvir
Ela voa deixando o bumbum pro alto
Olhar não dá pra resistir

Nem tenta fingir que é certinha
Essa é Raven Blackmoon
Vai desce e sobe, quebra e empina
Mostrando o seu dom

Eu vou de combo, de Jack
Cîroc e Chandon
Olha os fãs sem parar chegando
para ver Raven Blackmoon

Eu vou mandar o grave tremer, êê, êê
E quero ver bumbum mexer, êê, êê
Eu vou mandar o grave tremer, êê, êê
E quero ver bumbum mexer, êê, êê
♪♫
Terminada a nova música Willian explica por onde podemos começar a busca.
Buru
Imagem
Já estou pronto e alimentado.
Off:
Atuação 22

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Toyoda
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Re: A Noite do Lagarto

Mensagem por Toyoda » 01 Jun 2018, 00:21

ChaoFan ouvia a Naga se expressar. E ela tinha propriedade ao falar, já que ele próprio já fora perseguido diversas vezes durante sua vida. Talvez se não deixasse sua tribo, não teria passado por poucas e boas como tinha sido, mas não reclamava, aquilo agregou-lhe de alguma forma.

Olhando para a Nagah, ChaoFan se expressa depois que o humano e os demais acabam:
ChaoFan炒饭
Imagem
Já me perseguiram diversas vezes... Já tive que lutar com camponeses furiosos com tochas e ancinho pela minha vida, sem ter feito nada, apenas existido.
Mas, sabe, meu mestre me ensinou muita coisas. Uma delas era que era bom ter amigo, e andar com eles era melhor ainda. Ele dizia que já teve um grupo de aventureiro a muito tempo atrás. E que um ajudava o outro. Talvez se andamos juntos Ssizzna, um podia cobrir as costa do outro.
Te pergunto se não quer isso. Não to pedindo para aceitar a “proposição” do humano, mas para andar comigo.

yth xurwka vi d'nag pair mrith ternocki.
(Formamos um belo par com escamas.*)
*Dito em Draconico


O modo de falar de ChaoFan era rustico, não sabia muito bem usar as palavras. As vezes tentava usar palavras mais rebuscadas em situações incabíveis, errava plurais e trocava gêneros com frequência. Mas apesar disso, tinha uma sagacidade impar e certa malicia no que havia no mundo.

A comida chegou, se conteve em não comer um frango todo, e comeu também outros itens como as batatas e pães, coisas que não eram de sua preferencia. Poderia ter ficado com um frango inteiro para si sem problemas.

Então seus recém companheiros contam historias, e ChaoFan resolve que deveria compartinhar uma também:
ChaoFan炒饭
Imagem
Sabe, as vezes penso se fiz bem em abandona minha tibo pa seguir o mestre Zha Jiang Mian (炸酱面) Tipo, amo lutar, mas me meti em varias enrascada por causa dele...

Uma vez, estávamos em uma taverna, o Shifu havia bebido muito, e estava dormindo na mesa... Todos os olhares estavam sobre mim. O povo já havia ficado intrigado com eu entrando com o velho, só estavam esperando o motivo, e ali tinham um...
FlashBack
Taverneiro
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Hei, escamoso, tem dinheiro para pagar a conta do velho?
O fato é que ChaoFan não o tinha, seu mestre o tinha, mas estava por dentro de suas roupas.
ChaoFan炒饭
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O velho tem... Acorde ShiFu, acorde.
Dizia próximo ao ouvido do velho que não esboçava reação com a cara colada na mesa enquanto babava.
Taverneiro
Imagem
Sei... Acho que vocês não tem dinheiro para pagar a conta não é?
Antes que ChaoFan pudesse responder, um jovem vigoroso tomou a voz

Jovem Brigão
Imagem
Oras, então a lagartixa entrou aqui sem dinheiro para pagar a conta?
ChaoFan炒饭
Imagem
Eu não sou lagar...
Mas foi interrompido por outra voz
Minotauro
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Pois então veio atrás de confusão? Confusão terá!
E avançou como um touro sobre ChaoFan que não teve tempo de se esquivar, assim bloqueando um cruzado de direita.
Apesar de bêbado, o minotauro era extremamente forte, fazendo sentir a pancada no antebraço de ChaoFan.
ChaoFan炒饭
Imagem
Calma! Eu não quero lut... *Plact*
Veio um direto de esquerda do minotauro em sua fuça, fazendo escorrer um pouco de sangue de sua boca.
ChaoFan炒饭
Imagem
Você só tem um jeito!
ChaoFan diz virando o corpo, saltando e chutando no ar com a perna direita e em seguida um reto com o calcanhar. O primeiro foi esquivado com um leve afastar do tronco, mas o segundo pegou em cheio no meio do corpo, fazendo o taurino das um passo para trás com as mãos sobre onde foi acertado.
ChaoFan fica confiante, um erro que iria entender depois de sentir o baque seco de uma cadeira nas costas, que o fez arquear na hora apoiando as mãos no chão.

Ele olha para trás em busca do que havia atingido-o:
Jovem Brigão
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Criatura infame!
Diz o jovem, e a confiança de ChaoFan se torna ira, outro erro que iria aprender em breve quando baixou a guarda para se virar, levou um chute do Minotauro em seu baço
Minotauro
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Só isso que sabe fazer? Pular igual uma gazela?
ChaoFan炒饭
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Desgraçado!
Vira-se o Homem Lagarto para o taurino cravando suas garras em seu antebraço, e quando ergue a outra garra para dar mais um golpe, sente seu corpo ser preso por um abraço de urso:
Jovem Brigão
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Fique quietinho ai!
Apesar de não ser grande, o aperto do jovem era muito mais forte do que esperava, e o Mino não perdeu tempo, dando dois ganchos no estomago de ChaoFan, fazendo-o cuspir um pouco de sangue.
Que por sua vez tenta se livrar do agarrão. Em vão, sente mais um cruzado em seu rosto, batendo como uma marreta bate ferro quente em forja.
A visão começa a se fazer turva, quando sente o agarre amolecer e se soltar, e pelo seu ombro esquerdo, ve uma cabaça voando até acertar o focinho do minotauro, fazendo-o desmaiar e voltando para trás sendo puxada por uma corda.
Zha Jiang Mian (炸酱面)
Imagem
Chega... *hic*
Os dois agressores estavam desmaiados ao chão, Zha Jiang Mian tira seu saco de moedas e entrega algumas ao taverneiro que estava quase abaixado por detrás do balcão.
Zha Jiang Mian (炸酱面)
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Tome um extra pela cadeira que meu aprendiz quebrou... E mais um pouco por aquela garrafa ali!
Pega a garrafa e sai cambaleante para fora da taverna seguido por ChaoFan que passava a mão no queixo que se fazia dormente.
Zha Jiang Mian (炸酱面)
Imagem
O que aprendemos hoje? *hic*
ChaoFan炒饭
Imagem
A não virar de costas para o oponente...
Zha Jiang Mian (炸酱面)
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Isso, isso, *hick* Mas além disso... Quanto mais forte a bebida, mais forte a pancada.... *hic* Ou seja, não se deixe levar pelas emoções... *hic*
De fato, ChaoFan ainda estava com ira, mas não sabia de que, se era da agressão gratuita, se era de seu mestre apenas observar ele apanhando e só agir no ultimo momento, se era por não ter conseguido reagir ou ainda se era por ter decidido seguir aquele velho louco.

Mas uma coisa era fato, aprendeu muito ali. Não ficaria atoa entre dois agressores, foco na batalha, controlar sentimentos e sensações, não confiar em um mestre bêbado, ele só quer se divertir com você. É, a ultima lição era a mais importante.
Então ouve a musica do bardo. Foi uma apresentação muito boa, porem, não era o estilo de musica que mais gostava. Na verdade, não gostava muito de musica.
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