Capítulo I: O Bracelete de Urielka
Refúgio da Felicidade
Solar Davenport
Os seis aventureiros distribuíam informações sob os auspícios de William Davenport. Ao final, não haviam tomado uma decisão clara, exceto que era pertinente buscar o goblin Gari no limiar da Favela Goblin, próxima à Quarta Muralha, onde os esgotos de Valkaria estendiam-se em seu subterrâneo.
Tyr, por fim, decide que o grupo irá pela manhã e perguntou sobre Elias Hordiggard.
Senhor Elias está dormindo em um dos quartos de hóspedes. Tenho mais alguns para vocês. Venham, vamos descansar.
O mordomo foi chamado com duas palmas proferidas pelo aristocrata. Ele os levou sem demora para um corredor cumprido, onde um tapete adornado estendia-se pelo chão e quadros de homens e mulheres aristocratas prendiam-se nas paredes. Curiosamente, não eram familiares de William, mas membros da Corte de Valkaria. Havia três aposentos, onde os seis aventureiros poderiam se dividir.
Posso dormir em seu quarto, senhor de Nilo?
O dia amanheceu pálido, com uma fina névoa preenchendo as ruas. Estava bastante frio, como um toque suave do inverno em pleno outono. Após um desjejum farto, com pães, queijos, mel, uvas, maçãs, bananas e peras, o grupo se preparou para sair do Solar Davenport. Elias Hordiggard os acompanhou na refeição e foi inquirido sobre o que sabia.
Como falei antes, não sei de propriedades mágicas nenhuma. Para mim, o bracelete era só bonito, brilhava, encaixava bem em meu braço. E bem, eu não tenho inimigos, mas minha família certamente o tem. Em Ahlen, os nobres não gostam muito uns dos outros, sabe? Soube que um ramo da minha família foi aniquilado em Gorsengred por mercenários a mando provavelmente de outra família rival.
Comentou, enquanto lambia os dedos após passar o mel no pão.
O Mercado
Região sudeste, próximo à Favela Goblin
A quarta muralha era apenas uma lembrança do passado. Um monumento antigo, uma lembrança de quando Valkaria era uma cidade menor. Hoje, as muralhas que formavam anéis ao redor da estátua da deusa, são meros enfeites, com portões abertos constantemente. Quanto mais perto da estátua, menos resquícios das primeiras muralhas. A quarta, por exemplo, não era mais um anel, faltando muros em diversos pontos onde construções comerciais tomaram conta, seja com lojas ou galpões.
Através dos cálculos de
Kasina depois de analisar a planta do esgoto, eles encontraram um bueiro próximo da muralha, num canal que dividia o bairro do Mercado e a Favela Goblin. O lugar já estava preenchido de pessoas mesmo nas primeiras horas do dia. Comerciantes vendiam seus produtos em toda sorte de tendas e barracas. Carroças levando mercadorias transitavam pelas principais ruas, causando lentidão. Nas calçadas, trabalhadores (humanos e goblins, principalmente) se acotovelavam disputando o espaço das ruelas.
O grupo ainda viu outros notáveis, trajando roupas exóticas, capas, espadas, escudos, armaduras. Elfos, anões, minotauros, e até mesmo um centauro. Eram aventureiros em seus assuntos, conversando com os cidadãos e com milicianos. Não havia realmente um padrão para que
Tyr,
Orgo,
Kasina,
Klimerio,
ChaoFan e Barry se destacarem. Desse modo, nem mesmo os milicianos deram bola para eles.
O Mercado
Esgotos
Bueiro aberto, um a um, os heróis entraram. Barry foi um dos primeiros.
Nojento! Degradante! Mas são ossos do ofício. Vamos, rapazes... e senhorita. Esse Gari deve estar em algum lugar...
Depois de um corredor feito de pedra colocada, onde canos ladeavam os cantos superiores, os aventureiros chegaram a um aposento maior, com três caminhos possíveis. O ar era parado, abafado, mas não fedia muito como era esperado para um esgoto.