Herança Tirânica [Finalizada]

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Astirax
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Re: Herança Tirânica

Mensagem por Astirax » 27 Mar 2019, 10:59

Clarissa pode sentir bem como o braço de Hoenhein era definido, um homem forte, mas parecia ... distraído.

Antes que fizesse alguma reação por finalmente perceber a proximidade de seus corpos - que era zero - se afastou, ja indo em direção ao bairro alto.

As ruas estavam desertas sob a luz do Sol entrecortado por nuvens. Um bom e mal sinal.
Clarissa D'ante
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Mesmo estando de dia, melhor irmos em silêncio para evitar kobolds, vamos tentar não deixar claro onde Audamor esta refugiado.
Como resposta quase instantânea ouviu-se.
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EU QUERO MAIS É QUE VENHAM MESMO!

ME OUVIRAM?! QUE VENHAM!!
Silêncio, alguns segundos disso e inação seguiram.
Clarissa D'ante
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Que parte de irmos quietos pela segurança da Familia do Audamor voce não entendeu?
Estava mais com medo que com raiva, o problema dos paladinos era esse, não sentiam medo, e Hoenhein parecia combinar isso com a total falta de prudência.

É possivel ser Herói sem ser suicida, mas não para ele pelo visto.
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Mas é exatamente isso, eu não tenho porque me esconder.
Até fazia sentido, melhor que venham agora que quando estivessemos lá, Clarissa suspirou, se acalmando.

As cartas daquela rodada já foram entregues, restava jogar. Clarissa abandonou todas as ideias de Furtividade e de esconderijo, andando direto e reto para o refúgio dos Montaine.

O que ocorresse ela ajudaria claro, mas a responsabilidade nao era dela mais.
Clarissa D'ante
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Ifrit, quer nos contar mais sobre isso de voce ser um "experimento"?

Muito passou pela minha cabeça, desde que fizeram isso por voce ter nascido Qareen ou o experimento o tornou um.
Não doia perguntar, alem disso naquele momento queria distância da imprudência do Hoen, todo impulsionado para ir ao perigo, e todo contido ao notar os flertes dela.

Será que Hoen preferia uma espada à uma bainha?
Clarissa D'ante
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...
Muito indelicado perguntar, e demonstraria desespero, mas ja faziam 8 dias, oito dias que não tinha contato íntimo. O estresse já estava bem acumulado.

Desistir de ser sutil deu resultado, pois mal havia notado que chegou a Mansão Montaine.

Audamor abriu a porta e comprimentou, porém não parecia ser reconhecida.

Estranhou.
Clarissa D'ante
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Nos conhecemos ontem Audamor,  nos apresentamos e voce apertou meus braços quando soube dos Montaine, que eu estava com eles.
A mão esquerda de clarissa tocava o antebraço direito no ponto que Audamor havia apertado e a mão direita fazia o mesmo no antebraço esquerdo, mas ao cruzar os braços daquela forma, só fazia o busto se destacar e elevar em conjunto com a respiração.
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Perdoe-me por isso, milady.
Clarissa ainda estranhou o fato dele, Audamor Montaine não ter dito o sobrenome dela, pois ela se apresentou ontem!
Clarissa D'ante
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Tudo bem. Como estão Sibila e Priscila? Neasa é sua ... o que mesmo?
Uma pequena possibilidade de ser um impostor ali se passava agora na cabeça de Clarissa.

Audamor estava realmente confuso e não compreendia o motivo das perguntas.
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Minha mãe e minhas irmãs estão bem. Obrigado por olhar por elas, milady
Só então Clarissa percebeu o porque  -- memória -- Ela havia feito um treino intensivo e poderia se lembrar de várias coisas, mesmo só as vendo uma vez, outros sem isso precisam de tempo para fixar a memória sobre algo.

E o encontro dela e o sacerdote realmente fora breve.
Clarissa D'ante
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Eu diria que foram elas que cuidaram de mim, mesmo assim agradeço.

Hoenhein tem um assunto a discutir agora com voce.
A partir de agora deixou-se ser conduzida, de acordo com o plano iriam apenas conversar e voltar.

Que assim fosse.
Off:
Intuição 19, Audamor estranhou as perguntas.
Irá seguir as decisões de Hoeinhein

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RoenMidnight
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Re: Herança Tirânica

Mensagem por RoenMidnight » 27 Mar 2019, 13:10

https://www.youtube.com/watch?v=2qVMJrMiV4U
Naruto Soundtrack - Fooling Mode

Clarissa era um tanto... err.... atirada. Se aproximou de Hoen para lhe passar a informação e não esperou que ele se abaixasse para que ela lhe falasse o ouvido e ficou nas pontas dos pés com o corpo colado no dele. Ouviu com atenção o que ela lhe falava, focando a visão em um ponto fixo na parede. Quando ela se desvencilhou soltou um suspiro. Sentia uma queimação no peito.

Olhou para os outros que o acompanhariam e disse.
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- Venham, vamos indo.
No caminho tentou desanuviar a cabeça se focando no objetivo para tirar alguns dos pensamentos impuros que a mulher acabou lhe provocando. Ela então levantou a possibilidade de ainda existirem Kobolds mesmo que não o estivessem vendo.
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Mesmo estando de dia, melhor irmos em silêncio para evitar kobolds, vamos tentar não deixar claro onde Audamor esta refugiado.
Num misto do incomodo que sentia e na raiva dos Kobolds a voz do paladino saiu mais alta do que planejava.
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EU QUERO MAIS É QUE VENHAM MESMO!

ME OUVIRAM?! QUE VENHAM!!
E deu alguns passos mais a frente.
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Que parte de irmos quietos pela segurança da familia do Audamor você não entendeu?
Aproveitou que pelo o angulo em que estava a moça não poderia ver seu rosto e não escondeu a cara de pastel que fazia naquele momento.
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Mas é exatamente isso, eu não tenho porque me esconder.
Não pensava muito naquela hora, só queria chegar na casa de Audamor, ver se estava vivo e se estivesse resolver o problema dele. Ainda não confiava muito nos dois ali e a mulher parecia ter dificuldade em respeitar o espaço alheio, não sabia identificar se por algum motivo ou se por pura falta de consciência do que causava nas pessoas.
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Ifrit, quer nos contar mais sobre isso de voce ser um "experimento"?

Muito passou pela minha cabeça, desde que fizeram isso por voce ter nascido Qareen ou o experimento o tornou um.
Ouviu ela dizer. Não tinha comentado antes, quando o homem havia contado sua história, mas aquilo era absurdo. Pretendia não ficar falando sobre aquilo a não ser o necessário, principalmente quando se tratam de memórias ruins as pessoas não costumavam reagir muito bem quando não existia intimidade.

Sua mente voltou a uma questão que já havia notado por conta de Sabbah e agora Ifrit ajudava a confirmar: Como existiam pessoas de coração frio, desacreditadas e machucadas no mundo por conta das ações de pessoas ruins.
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. . .
. . .

Quando finalmente haviam chego na casa de Audamor esse apareceu na porta antes que batessem. Clarissa conversou brevemente com o sacerdote e então Hoenheinn assumiu.
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Hoenheinn, é bom vê-lo. Você deve ser Clarissa, não é?
Esse olhou para Ifrit e fez um comentário enquanto apontava para cadeiras de madeira na varanda.
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Vejo que tem um novo amigo. Como estão os outros?
Pela a forma com que o homem agia parecia que haviam tempos que não se encontravam. Se permitiu um sorriso de canto de boca.
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Bem, amigo é uma palavra muito forte. Digamos que estamos apenas andando em conjunto. Os outros estão bem, se recuperando na igreja.
Olhou para as cadeiras que lhe eram oferecidas e balançou a cabeça em negação enquanto levantava a destra espalmada para a frente.
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Perdão a falta de educação, mas não pretendemos ficar muito tempo. Descobrimos onde Desmond se encontra ontem a noite, precisamos de alguém para cuidar das pessoas enquanto seguimos em direção ao covil do vilão.
Tomou ar.
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Não vimos Kobolds essa manhã. Isso é muito estranho, estou realmente preocupado com o que vai acontecer daqui para frente. Espero que Bror consiga voltar com ajuda em caso de falharmos.
Olhou de soslaio para o horizonte. Audamor respondia.
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Estava mesmo pensando em como prosseguir. Por um acaso do destino, minha familia está viva e bem. Tenho conhecimento amplo da cidade e de algumas familias... pretendo organiza-las antes que a noite traga os kobolds novamente.
Voltou a olhar para o servo de Khalmyr.
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Eu espero voltar com uma solução, mas preciso de alguém que tome conta da população. Se tudo der errado, alguém que esteja aqui para cuidar dessas pessoas.
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Eu espero estar a altura desta tarefa, se assim Khalmyr quiser.
Olhou para os outros dois, para ver se falavam mais algo com ele...
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Lord Seph
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Re: Herança Tirânica

Mensagem por Lord Seph » 27 Mar 2019, 14:24

Finalmente as coisas começavam a avançar. Ficar trancado naquela igreja não faria bem para a mente de Ifrit.

Caminhou junto da dupla, conversavam amenidades, mas o grito do Guerreiro quase fez o Qareen rir. Mas a pergunta de Clarissa fora mais indiscreta.
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Não sei muito bem como funcionava a pesquisa, também não sobrou muito do local depois de minha partida.
Ifrit fala sem emoção alguma.
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Não sei quem era meu pai, minha mãe foi vendida aos Magos e eu nasci um pouco depois.

Os anos seguintes me obrigavam a tomar drogas para aumentar meu poder mágico, então um dia me colocaram para matar alguns monstros.

Eu tinha 15 anos quando matei uma quimera, era a minha mãe e isso levou a explosão da Torre.
Ifrit se silencia logo após dizer aquilo.

Logo volta a falar.
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Não sei se sou um Qareen Nato, se o experimento me transformou em um ou simplesmente Wynna acha divertido me transformar nessa aberração.

Quanto aos Magos não tenho nenhuma informação, até tentei procurar, mas acabei saindo do Reino e vagar sem rumo usando esse poder maldito.
A voz de Ifrit apresentava um certo cansaço e nada mais disse até chegarem ao Clérigo.

O mesmo faz uma pergunta que faz o Guerreiro Santo responder rapidamente, aquilo divertia Ifrit.
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Os melhores amigos surgem em momentos de necessidade, Audamor, e como diria um famoso Bardo que esqueci o nome: quero ter um milhão de amigos.
Ifrit sorri, aguardando a ação seguinte. Queria queimar algo, ou alguém.
Melhor queimar do que apagar aos poucos.
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Maggot
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Re: Herança Tirânica

Mensagem por Maggot » 29 Mar 2019, 08:25

Tudo corria como devia correr. Ele apenas suspirou, enquanto o tabuleiro era montado. Ele já tinha suas peças. Ifrit, um Mago recém adquirido. Clarissa trazia um peão útil ao mesmo, que podia ser convertida em Rainha em breve. Lyanna era sua, nas palavras dos Goblinoides, Carruagem de Ragnar. Inflexível, mas móvel e que não podia ser descartada ainda. Não enquanto pudesse sacrificar ela para salvar o Rei. E havia, claro, a Rainha. Ou Ayrrak, nas palavras dos hobgoblins. Hoenhein. Seu carisma movia o jogo que ele fazia ali. O homem era, por hora, a figura heróica central. Clarissa podia ser formada uma nova Rainha, porém, dependendo das circunstâncias. Se assim fosse necessário, ela não tinha escolha. Planos e mais planos eram tecidos. Sabbah já havia descartado seus primeiros planos, e passado para os próximos. Tinha cerca de quatro ou cinco correndo para o mesmo objetivo. Não estava feliz com a ideia de perder mais, mas acontecia.
E agora, ele precisava tirar qualquer garantia de rainha do inimigo. Não podia deixar que ele convertesse um certo peão em uma Rainha. Mais importante, tinha de garantir todas as peças para si ou retirá-las do jogo. O tabuleiro e o jogo eram de Sabbah.

Ele se aproximou de Gwendolyne quando todos haviam ido embora. Lyanne dormia. Ela fazia atividades pequenas para ajudar os civis. Era útil.

- Gwendolyne.

A voz fria de Sabbah se manifestou no cômodo. A adaga estava fria em seu pulso. A mulher se virou na direção dele.

- Eu... peço desculpas por como lhe abordei antes. Paranóia toma seu preço. Abri mão de enfrentar Desmond por vias marciais. Não mais irei o atacar com minhas armas. Mas eu tenho algumas perguntas a mais para você.

Ela sorria. Ele quase, quase teve pena. Em alguma outra vida, talvez.

- E quais seriam?

- Você cultua a que deus? - o rapaz se aproximou, olhando a mulher de cima com sua vantagem de altura.

- Nos ensinaram a cultuar Lena, mas gosto de Khalmyr por ser mais sofisticado.

Típico. O monstro forçou um sorriso de canto de rosto, mas aquela era uma emoção quase fabricada. Ele usava movimentos calculados.

- Porque não à Kallyadranoch, como Desmond? - Sabbah murmurou, se colocando a ajudar a mulher com as atividades.

Use a familiaridade.

- Não conheço este deus. Desmond nunca me falou dele.

O vermelho em seus olhos brilhou.

- Nunca mesmo? Curioso. Ele é um patrono da magia, afinal. E se você já apresentou uma certa... predisposição para isso.

- Ah aquilo? Foi coisa minha.

Ela tinha um orgulho próprio. Ela tinha um indivíduo por baixo da devoção e emoções de base que pareciam dominar sua mente. Isso era bom. Isso era muito bom.

- Sua então? Pois bem, não cabe a mim esse tipo de coisa. Mas saiba, lhe seria bom o poder que Kallyadranoch tem a oferecer. É um deus de ordem e poder, assim como Khalmyr, mas com um ênfase maior em uma busca pessoal por sucesso e cumprir seus objetivos. Em amor ou guerra. Acho que ele lhe seria bem vindo. Mas estou divagando. Queria lhe perguntar uma coisa. Desmond confia em você?

O rosto dela se iluminou ao ouvir sobre como poderia melhorar. Sobre como poderia se aprimorar para o amado, ou talvez até para si mesma. Se atrai mais abelhas com mel do que com vinagre. Mas a luz sumiu quando ele perguntou sobre a confiança de Desmond.

- A-acho que ele não me dá muita importância a ponto de confiar alguma coisa.

O rapaz agora estava por trás dela. Via sua silhueta de costas, seu corpo claramente tendo mudado de porte ao pensar em Desmond. Era bom que ela estivesse de costas. Apenas a voz de Sabbah seria ouvida.

- Gostaria de mudar isso?

Ela se eriçou. Ele havia pego ela.

- Você pode fazer isso mudar?

- Não sou um mago minha cara. Sou um político. Mas tenho interesse em mudar isso. Seria vantajoso para todos os envolvidos. O que eu quero é sua ajuda. [...]


------------

Sabbah saía da sala minutos depois. Ergueu o capuz sobre a cabeça. As peças se moviam de forma favorável a ele. Heróis sempre eram peças nas mãos de gente como ele. Mas era melhor que os menos iluminados estivessem sob o discreto controle e influência daqueles entre eles que eram mais... Intelectualmente avantajados. Ele estava jogando um jogo arriscado agora, de longo termo.

"Check, Desmond."
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- Six shots...
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Astirax
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Re: Herança Tirânica

Mensagem por Astirax » 29 Mar 2019, 11:04

Entre as ruas do bairro, antes de chegar à Mansão Montaine, Ifrit revelava um pouco (ou todo) de seu passado.

Aquilo era sem dúvida complicado de lidar, Clarissa não sabia como proceder, como orientar, como conversar com uma pessoa que passou por trauma.

Pensou e só encontrou a resposta depois que terminou de conversar com Audamor.

A resposta vinha de Hector.
***
Imagem
"Na dúvida, pergunte a si mesmo as três máximas da Sabedoria e Conhecimento:
1 - Como
2 - Onde
3 - Por que
Ao repetir as três, o bastante obterá o que procura.
***
Clarissa começou a questionar, ja sabia como onde e porque do Ifrit, respectivamente experimento, Wynlla e Soldado.

Porque tocar no assunto. Para criar laços, aumentar amizade. Por que conseguir amizade dele? Para salvar sua alma e assim cumprir o Destino de Clarissa. Como pretende faze-lo?

Essa era a pergunta certa, e enquanto Hoenhein conversava com Audamor, se aproximou do Qareen e falou.
Clarissa D'ante
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Fiquei sem palavras porque eu não sabia o que te dizer antes, minha infância foi cheia de amor e carinho. A única coisa que faltou foi a presença do meu pai, nunca o conheci.
Um pouco do passado por outro, mas o ponto não tinha sido alcançado. Ifrit apesar do que sofreu.. Era civilizado, contido, calmo.
Clarissa D'ante
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Voce é um exemplo de superação, por seu comportamento considerando o que passou.

Gostaria apenas que pensasse no que vou dizer agora.

Uma faca pode ser usada para cozinhar ou matar. Entre tantos outros usos, ela é uma ferramenta, pessoas são boas e ruins, o mesmo digo da magia.

Pessoas ruins usaram a magia de forma maldosa, e cruel.
Só agora fazia sentido, Ifrit havia comentado que "Conjuradores Arcanos não deveriam ser livres para usar magia como bem entende, eles precisam de controle e ele era um desses que querem promover esse controle."
Clarissa D'ante
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As leis de Vectora, o Mercado nas Nuvens são o ideal. Não prejudicar pessoas, não conjurar magias restritas e não portar tóxicos.
Tudo de acordo com a vontade e passado de Ifrit. Sob o ponto de vista de Clarissa, a semente de esperança havia sido plantada, restava esperar.
Off:
Conhecimento de Barda: Local (Vectora) escolhendo 10, total 15.

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Lord Seph
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Re: Herança Tirânica

Mensagem por Lord Seph » 29 Mar 2019, 13:28

A garota parecia querer um estudo acadêmico com Ifrit. Não, ela queria conhecer ele e no geral todos que conheciam acabavam mortos.
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Não se engane, senhorita Clarissa, eu tenho plena consciência de ser um homem quebrado.
Ifrit sorri, aquilo era divertido e ela parecia realmente preocupada com ele.
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No geral minha fúria é destinada ao campo de batalha, afinal foi para isso que fui criado.
Ifrit não mostra emoção ao dizer isso.
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Por outro lado detesto a aceitação passiva para atos de tirania, por isso falei aquilo diante de Gwendolyn, mas não sei se ela captou a mensagem.
Aquilo era uma encenação? Ou o Feiticeiro estava realmente se abrindo?
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Eu sou apenas um mercenário no momento, um dia talvez consiga a convencer essas mudanças de visão sobre como a magia deva ser posta em prática, mas agora temos que ver o presente.
Fazia tempo que conversava com alguém sem que a mesma não estivesse em chamas.
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Mælstrøm
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Re: Herança Tirânica

Mensagem por Mælstrøm » 29 Mar 2019, 20:00

Parte 1: A Decadência

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Igreja de Khalmyr

O dia seguinte veio menos frio que nos outros. O vento soprava do leste, e o céu estava claro. Gwendoline estava usando botas e uma calça maleável de couro, além de uma capa.
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Estou pronta.
Anunciou.

***

Antes, durante a noite, Gwendoline não foi vista boa parte do tempo. Estava ajudando a distribuir os pertences recuperados entre as pessoas idosas desalojadas pelos aventureiros. A noite, Lyane despertou renovada, com o corpo menos dolorido. Porém, era tarde e os aventureiros acharam por melhor não sair da igreja durante a noite, quando os kobolds podiam estar à espreita. Mas Gwendoline apareceu um pouco antes do grupo resolver dormir.
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Eu decidi ir à caverna com vocês. Quero falar com Desmond, fazê-lo desistir dessa ideia de... controlar a cidade. Estamos gratos pela ajuda, mas agora precisamos nos reerguer. E ele precisa de alguém forte ao seu lado quando os "três poderes do Reinado" chegarem... ele precisa de mim.
Estava decidida. Nada que falassem naquele momento poderia demovê-la da sua decisão.

***

Os aventureiros saíram da igreja pela manhã, após o fraco desjejum. Gwendoline andava no meio deles com olhos bem abertos, tímida e sem jeito. A cidade agora recuperava-se da tempestade e apresentava poças e lama. A desolação de Mehnat contrastava com a beleza do dia, os raios solares provocando um arco-íris no horizonte.

Então, sem dificuldades, os aventureiros deixaram Mehnat para trás, seguindo a orientação do halfling Trigo Passadeiro. A estrada era fácil ser encontrada, com alguns cuidados, o grupo a seguiu pela terra batida, ladeada por árvores grandes e sem folhas. O outono encarregava-se de cobrir a passagem com folhas amareladas e o vento trazia um pouco de frio, embora menos do que os outros dias.

Após uma hora, os aventureiros alcançaram a orla de uma vasta floresta, um borrão esverdeado no caminho.

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Guiando na frente do grupo, Clarissa via árvores nunca antes vistas por ela. Eram altas demais, com folhagens diferenciadas das que estava acostumada em Khubar e também em alguns lugares de Deheon e outros reinos mais a sul. Nada que atrapalhasse seus conhecimentos sobre a natureza. Guiava-se com maestria, encontrando facilmente esconderijo de animais para a caça, um córrego de rio para abastecer os odres e até mesmo abrigo em uma "caverna oculta", que nada mais era que um buraco no chão.

Uma hora depois, entretanto, Clarissa via-se perdida. E neste caso, Ifrit conseguiu encontrar por acaso uma trilha no meio da floresta. Com o tempo de caminhada, o grupo percebeu como a vegetação mudava. O mato deu espaço para arbustos floridos e o som de pássaros pôde ser ouvido pela primeira vez. Então, ao final da trilha, os aventureiros viram um grande carvalho no centro de uma clareira. E próximo a ele havia uma jovem mulher de cabelos ruivos, vestindo folhas como roupas. Montava um cervo enorme, além de haver outros animais ali próximos, como um javali, lobo, raposa, coruja e outros.

Imagem

A jovem mulher se aproximou do grupo em sua montaria.
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Estão perdidos, aventureiros?
Ela tinha uma postura altiva e orgulhosa, olhando-os de cima.

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Dados dos Personagens: Inventário, XP, Riquezas
Imagem - Hoenheinn Mitternach <> PV: 30 PA: 1 PM: 5 PE: 3 CA: 15 <> Música de Bardo: 5 <> Destruir o Mal: 1 <> Domínio da Viagem: 1 <> Bênção da Durabilidade: - <> Condição:
Imagem - Sabbah <> PV: 18 PA: 1 CA: 18 <> Condição:
Imagem - Lyane Sylvanna <> PV: 30 PA: 0 CA: 23 <> Orgulho 1 <> Contatos: 1/semana <> Riqueza: 1/semana <> Condição:
Imagem - Clarissa D'ante <> PV: 24 PA: 2 PM: 8/5 CA: 19 <> Cortesã Sedutora 3 <> Carícias Revigorantes: 3 <> Dança Excitante: 3 <> Condição:
Imagem - Ifrit Diablos <> PV: 32 PA: 1 PM: 12 CA: 14 <> Desejos: 1 <> Voo: 1 <> Condição:

Próxima Atualização: 02/04

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RoenMidnight
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Re: Herança Tirânica

Mensagem por RoenMidnight » 29 Mar 2019, 23:00

Ao retornarem para a igreja Hoen se sentia um tanto estafado. Não participou da conversa de Clarissa e Ifrit, resolveu ficar quieto prestando a atenção nela enquanto se afundava em pensamentos.

Lyane acordou quando já era noite, dado o horário todos concordaram deixar para partirem para o próximo dia. Quando terminaram de aprontar para a dormir. Se surpreendeu com a presença de Gwendoline e a forma resoluta com que ela apresentava o fato que queria acompanhar os aventureiros.
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Eu decidi ir à caverna com vocês. Quero falar com Desmond, fazê-lo desistir dessa ideia de... controlar a cidade. Estamos gratos pela ajuda, mas agora precisamos nos reerguer. E ele precisa de alguém forte ao seu lado quando os "três poderes do Reinado" chegarem... ele precisa de mim.
O Paladino, que já estava deitado no chão entre dois bancos se levantou e ficou sentado encarando a mulher.
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-Não vou te impedir dessa decisão. Esse é o seu sonho, seu objetivo, sua ambição, o que te motiva a levantar de manhã e seguir em frente... entretanto, esteja avisada que o nosso caminho é perigoso e que eventualmente pode ocorrer de não podermos garantir sua segurança.

Tem certeza disso?
A mulher parecia resoluto apesar de seu aviso. Não disse mais nada, fez apenas um aceno com a cabeça e deitou novamente.

No outro dia, Hoenheinn ativamente evitava comer a comida da população se resguadando a comer a própria comida que havia sobrado. Quando estavam prontos, o Paladino tomou a frente e com ambas as mãos empurrou as portas da igreja deixando que a luz da manhã banhassem o recinto. Aqueles as suas costas podiam ver sua silhueta contra a luz da manhã, sua capa balançava levemente com a brisa da manhã.

Se virou e olhou para todos e começou a falar.

https://www.youtube.com/watch?v=9YsAyO9oW00
[High Quality] Chrono Trigger OST 19 - Frog's Theme
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Agora avançamos em direção ao responsável dos problemas dessa cidade. Temos um objetivo claro que nos motiva, o objetivo de irmos atrás de um tirano e voltarmos com um governante. Entretanto, acima disso tudo temos um dever para com essa cidade, para com essas pessoas.

Mantenham-se firmes e lutem com toda a sua força, esse é o jeito dos heróis. Lutamos hoje pelo o que é certo e essa é a nossa motivação.

Caminhem ao meu lado e juntos cavalgaremos contra as ondas do mal. Agora ouçam minha voz porque esse é o código dos heróis. Nós precisamos vencer no final e ao meu lado eu espero que estejam até o final e juntos devemos vencer.
Se virou com um movimento que fez sua capa balançar, seu olhar obstinado encarava o caminho a frente.
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Venham! Temos uma cidade para salvar.
E deu o primeiro passo andando de forma confiante, estavam indo em direção a Desmond, logo aquilo tudo terminaria para o bem ou para o mal.

. . .

O caminho através da floresta foi mais complicado do que esperava. Clarissa e Ifrit se mostraram mais capazes do que o esperado no que significava guia-los através daquele ambiente. Caminharam por pouco tempo até que em uma clareira foram abordados por uma mulher que cavalgava um cervo e que vestia folhas.

Parecia uma druída que tomava conta daquela floresta. Estava rodeada de animais, não parecia alguém maligna, mas não tinha vontade de dar sorte para o azar.
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Estão perdidos, aventureiros?
Hoenheinn deu um passo a frente e foi direto, não via motivo para esconder a motivação do grupo.
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Estamos indo de encontro a Desmond, o Cavaleiro-Dragão. Pretendemos terminar a conquista dele sobre Mehnat e nós estamos apenas de passagem pela floresta. Você sabe a melhor rota até seu covil?
A mulher o encara nos olhos.
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Vocês vieram da cidade, então. A única coisa que sei é que não recebo mais encontros com fazendeiros inescrupulosos há muito tempo. Se ele conquistou a cidade e ninguém vem mais me importunar, então eu gosto de Desmond.
Aquilo não era bom. Hoenheinn trincou os dentes e respondeu.
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Desmond matou pessoas, sacrificios em nome de seu deus, o que ele fez não foi criar paz mas oprimir pessoas e matar sua vontade. Você não vê mais fazendeiros porque eles mal tem coragem de sair de suas casas por conta do terror dos Kobolds comandados por ele. Aliás, os Kobolds não molestam a floresta?
Ela sorri em desafio ao ver a reação de Hoenheinn.
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Nenhum kobold se atreve a desafiar Elandra, a Senhora da Floresta.
Diz com orgulho.

Hoenheinn sorriu com a resposta da mulher, mas ainda havia um problema ali... a mulher parecia não se importar com o sofrimento das pessoas pela atitude delas em uma passado. Não a julgava por suas motivações, mas aquilo se tornava um problema agora.
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DragonKing
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Re: Herança Tirânica

Mensagem por DragonKing » 30 Mar 2019, 09:33

O cavalo trotava acompanhando a velocidade do grupo, infelizmente ele era necessário pois já carregava equipamentos pesados demais para ela sozinha. Talvez estivesse na hora de contratar um escudeiro para auxiliá-la e poupar o pobre animal.

De onde estava olhou para o paladino e como ele rapidamente se colocou a frente motivando as pessoas, aquilo era de se admirar e colocou um sorriso no rosto sisudo de Lyane, contudo não havia concordado com a presença de Gwendoline apesar de que ela pudesse ser um bom trunfo contra Desmond.

O caminho através da floresta era sempre demorado e cansativo, era necessário atenção a sua volta e por onde andava, a sensação de estar sendo observados e seguidos era constante como se as árvores pudessem ver e ouvir...Provavelmente elas podiam. Clarissa e Ifrit tomaram a dianteira em encontrar um caminho, Lyane apenas acena concordando e se mantinha vigilante e calada.

Então da mata surgiu a criatura rodeada de animais, uma protetora das matas, uma druida de certo. Ela interrompia nossa peregrinação sem temor, confiante. Lyane também estaria se estivesse em vantagem e ela claramente estava. O paladino tratou de iniciar a conversa o que acabou revelando que aquela guardiã da natureza não parecia ter compaixão pela vida das pessoas.

Lyane se aproxima com o cavalo, demostrando não temer as falas da mulher, ficando frente a frente. A oficial encara os olhos da mulher por um tempo analisando-a, por fim falou.
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— Muito prazer, sou Lyane Sylvanna e no meu sangue corre o sangue elfico dos meus ancestrais. Não é nosso objetivo interfirir no seu dever sagrado, porém você está interferindo no nosso, nos fazendo perder tempo parados aqui. Pessoas inocentes, das quais nada fizeram a você ou a floresta, morreram, algumas estão na iminência de morrerem, outras perderam seus lares, tudo isso pela ação de um único homem. Não temos a intenção de entrar em conflito, não queremos ferir você e seus animais como também não queremos ser feridos e gastar os recursos que temos para cumprir nosso dever de salvar aquelas pessoas, mas se esta é a sua intenção...Os kobolds podem não se atrever a desafiá-la Elandra, Senhora da Floresta, mas nós sim.
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- Não vejo como esteja interferindo no seu dever sagrado, Lyane do Sangue Élfico. Para isso eu teria que me importar com vocês.

Lyane faz uma pausa, não gostava de perder tempo, muito menos ficar ouvindo asnerias enquanto algo tão importante estava em risco. Já haviam perdido tempo demais, já haviam cometido erros demais, e discutidos demais. Aquele era o momento de agir e aquela situação estava apenas sendo inconveniente e desnecessária.
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— Então como vai ser? Passamos pacificamente pela floresta com a sua amigável ajuda ou derramaremos mais sangue nessa terra já tão sofrida com os erros daqueles que perderam seu elo com a natureza?
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- Como falei, não possuo interesse em vocês. Não os conheço e, portanto, não sei se respeitam ou não a natureza. Podem ir embora pelo caminho que vieram e estaremos em paz. Porém, não se esqueçam, eu tenho olhos e ouvidos em todos os lugares...
Lyane a encara por um momento, cerra os olhos e vira o cavalo encarando os demais.
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— Vamos voltar e pegar outro caminho. Ela não tem intenção de nos ajudar e possui suas razões para isso. É perda de tempo e tempo é algo que não temos.

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Astirax
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Re: Herança Tirânica

Mensagem por Astirax » 02 Abr 2019, 02:12

Ifrit parecia se abrir, mostrar que era bem mais que o Soldado Mágico que o criaram para ser, um bom sinal.

Mas havia um "limite" do quanto tentar se aprofundar na intimidade de alguém em tão pouco, e aquilo definitivamente era um mergulho, qualquer outra informação deveria esperar.

Retornaram após a conclusão da conversa de Audamor com Hoenhein.

Era noite, basicamente a hora dos lagartinhos e criaturas que enxergavam sem luz, foi decidido que iriam até a Caverna bem de manhã.

No entanto, Gwen iria acompanhar, uma atitude talvez ... Não...
Gwen amava Desmond. Hoen queria Redenção de Desmond.
Talvez a conversa de Sabbah tenha ou dado muito certo, ou muito errado. Considerando a intenção de que ele queria que ela ficasse ou não.

Era hora de dormirem novamente, o problema nesses casos é a falta de cansaço para relaxar e dormir. Cansaço ou Conforto.

Procurou Sabbah, ou onde ele aparentava descansar e dessa vez ficou bem mais próxima.

Estava deitada à um braço de distância e se fosse verdade que Sabbah tinha uma arma sob o travesseiro, poderia mata-lá fácil.

A estranha sensação da presença fazia sentido agora. Lefou - Tocado pela Tormenta.

Deitada de lado, olhava para o rosto dele, sabia que estava acordado, e esperou até que seus olhos vermelhos se abrirem.

Um vermelho sangue, parecia o mesmo tom vivo do sangue que jorra de um corte fundo, e acima de tudo, parecia estar sempre se movendo.

Essa era a estranheza da Tormenta, quanto mais se tentava explicar, mais perguntas surgiam.

Contemplar e de certa forma temer esses olhos quase deixou Clarissa sem palavras, porém ela já havia preparado um discurso.
Clarissa D'ante
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Eu tive essa sensação "estranha" da sua presença desde o primeiro contato Sabbah.
Eu a ignorei.

Então durante o dia pensei, e lembrei de seus olhos, da sensação e conclui.
Estava desconfortável, por isso moveu o braço esquerdo para ser um " travesseiro" provisório, a Manta de Urso se moveu levemente revelando que Clarissa estava sem a camisa, pois faltava a alça da roupa nos ombros, porém os seios estavam cobertos pela mesma.
Clarissa D'ante
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Lefou - Tocado pela Tormenta.
Por isso a sensação sempre presente, de algo estranho.
Sua Voz demonstrava simpatia e empatia.
Clarissa D'ante
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As pessoas não nascem com ódio, aprendem a odiar, e foi por isso que ... mesmo com algo estranho ao meu redor, confiei em voce.

Eu sou uma "estranha" na minha terra, na minha tribo.
Sorria e se ajeitava, tomando cuidado para não mostrar o que não deveria - ainda .
Clarissa D'ante
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De onde eu venho, a cor natural da pele nativa é negra, lendas diziam ser uma forma de  resistência à Azgher. E para os não nativo, viver muito tempo lá escurece e queima a maioria dos visitantes.
Clarissa devia tomar cuidado para manter a história interessante ou corria o risco do Sabbah dormir ouvindo.
Clarissa D'ante
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Isso até meu nascimento. Uma bebê com uma pele claríssima, por um momento acharam que Azgher me queimaria sem piedade, porém continuei com a pele clarissima.

E por isso, meu nome é Clarissa
Sabbah era inteligente, ja saberia nesse ponto qual era o ponto de ligação, qual a estranheza.
Clarissa D'ante
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Em toda a tribo, eu tinha um tom de pele diferente, me destacava por isso. Mas como disse de início, as pessoas não nascem com ódio, elas aprendem a odiar.
O outro braço, a outra mão de Clarissa ia lentamente de encontro ao rosto de Sabbah.
Clarissa D'ante
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Eu nunca recebi ódio de meus irmãos e irmãs, só amor.
O Ódio nos foi ensinado, para entendermos, e nunca por ele sermos guiados.
Clarissa realmente queria a morte de Desmond como Justiça, porém a Redenção dele parecia ser a maior justiça e seu pensamento anterior, talvez um deslize sobre os ensinamentos básicos, pois havia tomado a decisão não pelo Ódio, e sim para evitar o aumento do número de vítimas.
Clarissa D'ante
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Nunca vi a Tormenta, ou seus efeitos. Não vou odiar alguém apenas pela aparência, e sim por suas ações.
***
Se permitido ira tocar e acariciar
Se não, apenas repousa a mão próxima
Clarissa D'ante
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Sabbah, voce não fez nenhuma ato "ruim" , " malvado". Acredito que te odeiam por algo que não é sua culpa.
Já havia estendido demais a conversa (ou monólogo?) e precisava terminar. Dessa vez olhava os estranhos olhos dele, sem saber "onde" focar.
Clarissa D'ante
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Temos em comum sermos "estranhos".
Se não for cedo demais, tenho um pedido.
Pense bem e responde amanhã.

Quer ser meu amigo para tudo?
***

Clarissa acordou animada e se preparou rapidamente, não havia conseguido progresso com Hoenhein e Lyane, porém avançou um pouco com Ifrit e Sabbah.

A brisa fria teria arrepiado mais ainda se não fosse a Manta de Urso muito quente que usava, sentia falta dos climas que podia exibir suas tatuagens - e corpo - sem ficar tremendo.

Hoen discursava, e até sentiu vontade de conjurar montarias para todos, mas a lembrança do jeito "sutil" do paladino agir a fez decidir reservar seu poder para curar.

Seguiamos para fora de Mehnat, com informações de um tempo anterior ao testemunho de Clarissa.

A estrada fora seguida até os limites, indo de encontro a uma floresta intocada. Sempre ouvira histórias, testemunhos, mas essas eram especiais, altas e com folhas diferentes.

A distração durou pouco, ainda precisavam alcançar uma caverna, depois da floresta, essa floresta podia ser diferente, mas ainda era uma floresta, as mesmas técnicas valeriam.

Rios de água doce, variados animais de caça, entre outros pormenores acabaram fazendo o fatal.

Esqueceu de manter mentalmente para onde estavam seguindo. Em essência, se perdeu.

Felizmente Ifrit apontou uma trilha, pelo menos era um caminho a seguir. A trilha se mostrou mais viva, desde das plantas aos animais, até que chegaram à uma clareira e um grande carvalho pode ser visto no centro.

Vindo de encontro a eles, uma jovem ruiva montada num cervo e rodeada de outros animais.

Impressionante era a influência de Allihanna ali.

Então Hoenhein abriu a conversa, e ao terminar ficou claro que Elandra não se importa com nada não a afete diretamente.

Precisava escolher uma boa abordagem contra Elandra.

Então Lyane começou a falar. Uma tensão palpável vieram de suas palavras, mas felizmente não houve conflito, apenas neutralidade.

Não havia o que acrescentar numa conversa ja finalizada - alem de uma piora - portanto Clarissa nada disse ali.

***

Fora da clareira do carvalho, contudo quis falar.
Clarissa D'ante
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Aquilo foi... Intenso. E agora?
Clarissa já havia se perdido, nada poderia fazer a respeito.
Off:
Conhecimento de Barda: Lefou escolhendo 10, total 15. (Considerei que podia e sabia o básico no post)

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