Atentado Mortal em Villent

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Mælstrøm
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Atentado Mortal em Villent

Mensagem por Mælstrøm » 26 Ago 2019, 21:59

Parte um: A Pedra de Goldheart

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Após o ataque de Crânio Negro, de Arsenal e das Guerras Táuricas no mesmo ano, o Reinado alcançou alguns anos de calmaria instável. Os reinos não sentiam-se mais seguros como antes, o Exército do Reinado, criado para combater a maior ameaça de Arton, a Tormenta, se esfacelou. Os governantes sentiam-se inseguros, desconfiados de seus vizinhos e a insatisfação com o Reinado causavam muitos problemas à Rainha-Imperatriz Shivara Sharpblade.

Tapista controlava o oeste, com o Império de Tauron. Salistick, Callistia e Nova Ghondriann formavam a Liga Independente e Tyrondir sofria com a ameaça constante da Aliança Negra. Mesmo os grandes heróis do mundo não podiam fazer nada quando o medo tomava conta do coração das pessoas.

E então, em Villent, uma explosão de grande magnitude chamou atenção das autoridades...

***

Hoenheinn chegava a Villent, uma das maiores metrópoles de Deheon e do Reinado. Construções de pedra espalhavam-se por uma planície com uma pequena elevação onde torres de castelos buscavam o céu. Villent era conhecida por ser uma cidade rica, onde antigas famílias nobres viviam desde os tempos imemoriais. As minas de ouro e prata fizeram a cidade prosperar por décadas, mas desde os últimos anos, o lugar mudou um pouco seu panorama.

O paladino de Valkaria agora via as muralhas forradas por soldados em guaritas e catapultas espalhadas em torres, circundando a cidade. Havia uma gorda fila de carroças e carruagens saindo pelo portão de ferro principal. Hoenheinn acabou descobrindo à boca miúda que essas caravanas saíam com frequência da cidade. Havia um clima pesado e bélico pelas ruas de Villent e alguns diziam que Yuden estava tramando algo.

Em determinado momento de sua estadia na grande cidade, o paladino foi abordado por um cavaleiro da grande ordem dos Patrulheiros da Deusa - cavalaria dedicada a proteger as fronteiras do reino. Ele vestia uma armadura completa, brilhante, onde a deusa em súplica desenhava-se em alto relevo. Tinha uma capa púrpura longa e garbosa sobre o escudo nas costas. Tinha uma espada de lâmina cumprida, sobre uma espada menor, acinturadas. Era um homem alto, sem cabelos e com um olho cego.
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Hoenheinn Mitternach, paladino de Valkaria? É um prazer em conhecê-lo, senhor. Me chamo Borgoran, cavaleiro de Valkaria. Foi-me destacado a honra de encontrá-lo para entregar-lhe uma mensagem da Igreja de Valkaria.

Não sei se está ciente do que aconteceu há poucos dias, mas houve um ataque sorrateiro a esta cidade. Explosões que aconteceram em alguns estabelecimentos comerciais ligados à família Goldheart. A Igreja de Valkaria, em parceria com o Conselho de Villent, deseja formar uma equipe de aventureiros... então o senhor foi escolhido para liderá-los. Deverá comparecer amanhã à Estalagem do Falcão Prateado para uma reunião com Helloram Brokeshield, do Conselho.
***

Após muito tempo basicamente vivendo todos os dias em perigo, Aldred decidiu retornar para casa em um merecido descanso. Lutou ativamente auxiliando células rebeldes dentro do Império de Tauron e encontrou enormes dificuldades. É verdade que conseguira algumas vitórias, mas o domínio táurico estava consolidado, de modo que a cada cidade tomada pelos rebeldes, semanas depois era retomada por um contingente maior de minotauros. Ao passo em que muitas pessoas morriam nas batalhas e menos pessoas começaram a apoiar a causa rebelde. O medo venceu a esperança, pelo menos naquele momento.

Retornou a Valkaria e passou a virada do ano em casa, com seus pais e sua irmã. Os fogos e as festividades eram famosas na maior metrópole do mundo conhecido. Dias depois, seu pai fazia aniversário e foi neste dia que aconteceu outro chamado de aventura.

Era um entardecer quente em Valkaria quando Aldred foi encontrado por seu pai em casa. Mesmo com mais de cinquenta invernos, o ginete não perdia sua postura altiva de um verdadeiro herói do seu tempo.
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Tu lembras da história que lhe contei sobre como tua mãe e eu nos conhecemos? Pois então, Iryna Ullott, ex-vampira das trevas, enviou-me uma carta depois de todos esses anos. Ela passa bem e toca os negócios de seu falecido pai, Darvos. Ela também requisita a minha ajuda, por confiar em mim. Infelizmente, tu sabes, eu já encerrei meus trabalhos e não pretendo me envolver em assuntos desse porte. Por isso, quero pedir a ti que fosse em meu lugar. Posso contar contigo?
***

As três semanas passaram mais rápidas do que Jihad e sua esposa Mitra queriam. A viagem pelo Império de Tauron demonstrou-se menos perigosa do que o esperado: estradas pavimentadas e cidades seguras. Por isso, puderam aproveitar com divertimento e deleite a estadia em boas estalagens e apreciar apresentações artísticas. Quando menos esperavam, já avistavam a colossal estátua de Valkaria. Mitra insistiu em se mudar para a capital de Deheon quando seu marido ficou sem dinheiro e, assim recomeçar a vida na maior metrópole do mundo.
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Vou abrir um negócio. Um bazar. Acho que vai dar tudo certo. E você ainda pode reencontrar o Aldred e brincar em suas aventuras. O pai ainda não desistiu da ideia de casar Jana com ele. Hahaha.
Estava bastante empolgada.

Porém, o qareen não sabia se seu amigo estava na capital. As últimas notícias que tivera dele resumia-se a notas de rodapé na Folha Imperial, jornal dos minotauros, noticiando um atentado de "rebeldes sem causa". Jihad sabia que Aldred estava envolvido em pelo menos alguns deles, mesmo sem seu nome estar citado.

Depois de alguns dias, o casal conseguiu alugar uma casa onde ela poderia iniciar seu bazar (ainda sem nome) e Jihad foi "liberado" para encontrar aventuras. Não foi difícil descobrir que em qualquer taverna da cidade havia quadro de anúncios, onde toda sorte de pessoas necessitava de aventureiros. Além disso, o qareen também ficou sabendo da chegada de seu antigo companheiro de aventuras, Aldred, por intermédio de um mensageiro goblin que ficou espiando a casa dos Maedoc por um tempo para avisá-lo.

***

Alecrim havia se aventurado por algum tempo e ainda assim não se considerava uma druida de verdade. Apesar de sua conexão com Allihanna ser harmoniosa e cada vez mais profunda e cheia de significados, a jovem meio-dríade sentia-se sempre incompleta.

Vagando por Arton, através de bosques, florestas, montanhas e pradarias, ela não divisava as demarcações da civilização, os nomes dados pelas populações que ali viviam e, por isso, não saberia dizer quando encontrou o Rio da Fortitude e, dias depois, a imensa cidade de Villent.

Alecrim havia conhecido outras cidades humanas e algumas até apresentavam muralhas ou paliçadas, mas esta era diferente de tudo que já vira antes. Villent ostentavam armas de guerra feita de madeira e pedra sobre a grande muralha mais alta do que muitos carvalhos. Dentro, era possível divisar ainda casas de humanos enormes, feitos de pedra e aço. A jovem de repente se viu no meio de uma multidão de pessoas indo e vindo por uma passagem gigantesca no meio da muralha, e foi entrando com alguns, atabalhoada. Não demorou muito para um homem metido em aço interpelá-la.
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Está perdida, menina?
Perguntou sem paciência, enquanto olhava para seus olhos verdes.

***

Arton era um mundo de maravilhas. Havia uma enorme quantidade de pessoas distintas, de culturas e saberes diversos. Mas mesmo num lugar tão colorido quanto este, havia aqueles que se destacavam por sua estranheza adversa. Este era o caso de Teldruk, o viajante do espaço. Ele estava acostumado a ser confundido com um meio-elfo, por suas orelhas, seu corpo delgado e por sua vasta barba grisalha.

Ele chegara a Villent fazia poucos dias, logo após um evento que aqueles povos chamavam de "ano novo", quando os mundos dos deuses completavam seu giro em torno de Arton. Teldruk procurava seu amigo de longa data, o qual precisava de "ajuda", embora não fosse muito claro na natureza dela. Agora o sklyrine lançava-se a mais uma aventura no mundo mais cobiçado do universo.

O encontrou numa taverna bem arrumada, onde grupos distintos, equipados com itens de aventureiros, sentavam-se na maioria das mesas, sendo servidos por um elfo atendente de olhar esnobe e desconfiado. Seu amigo, Oskar Stonespear, bebia uma cerveja num copo de vidro muito grande. Mesmo após muitos anos, Teldruk reparou apenas uma nova linha na testa do anão. De resto, apresentava a mesma barba loira da qual tanto se gabava.
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Olá, meu caro Tel. Quanto tempo, você ficou realmente velho! Vamos, puxe uma cadeira e sente-se. Peça uma cerveja anã, eu pago. A dessa taverna é realmente boa, feita por anões, é claro. Como anda a vida no além?

Veja, quando te chamei pedindo ajuda, na verdade não é pra mim. É para um primo meu. Ele é famoso, até rico... é de uma família importante aqui na superfície, os Goldheart, que em Valkar significa "coração de ouro" na língua de Doherimm. Ele precisa de aventureiros e eu achei que você pudesse se interessar... o que acha?
Dados dos Personagens: Inventário, XP, Riquezas
Imagem - Hoenheinn Mitternach <> PV: 53 PA: 1 PM: 5 PE: 6 CA: 17 <> Música de bardo: 5 <> Destruir o mal: 1 <> Bênção da Durabilidade: - <> Domínio da Viagem: 1 <> Condição: Normal
Imagem - Aldred C. Maedoc III <> PV: 55 PA: 1 PE: 6 CA: 21 <> Amaldiçoado: - <> Munição: 30 <> Condição: Normal
Imagem - Scarlata Jihad <> PV: 48 PA: 1 PM: 23 CA: 17 <> Flechas: 20 <> Varinha de mísseis mágicos: 50 <> Desejo: 1 <> Voo: 1 <> Condição: Normal
Imagem - Alecrim <> PV: 48 PA: 1 PM: 21 CA: 21 <> Forma selvagem: 6 <> Magias preparadas: - <> Condição: Normal
Imagem - Teldruk Banok <> PV: 39 PA: 1 PM: 17 CA: 13 <> Luta Galante 6 <> Condição: Normal

Próxima Atualização: 29/08
Editado pela última vez por Mælstrøm em 28 Ago 2019, 00:10, em um total de 2 vezes.

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Aldenor
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Re: Atentado Mortal em Villent

Mensagem por Aldenor » 27 Ago 2019, 01:37

Aldred respirou fundo, abrindo a porta, sentindo nostálgico o cheiro de seu quarto lembrando da última vez que pisara ali. Lembrou de Fargrimm, todo educado e formal; de Jihad e Ash brincalhões e do sisudo Ladon, quando os Vingadores de Arton conheceram a Morada dos Maedoc. Parecia outra vida.

Sua mochila, cheia de terra e cicatrizes, foi deixada sobre a cadeira de madeira em frente a sua escrivaninha abarrotada de pergaminhos e livros bagunçados. Com um dedo, Aldred constatou pela camada de pó sobre um livro o passar do tempo.
Aldred
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Dois anos... e ninguém limpou isso aqui? Tsc.
Comentou sozinho, com um sorriso sem graça, largando sua surrada jaqueta no chão. Sua camisa vermelha, feita de pano onde o símbolo Yamada estava costurado, agora possuía muitos cortes e remendos, de modo que parecia um trapo. Aldred também a jogou no chão pensando em jogar tudo fora. Sim, passou por sua cabeça descansar os ombros pesados, lavar suas cicatrizes no peito e nos braços em um longo banho e finalmente se acalmar em casa. Aposentar-se. Ele merecia.

Sua espada bateu no armário que dava na porta do seu lavabo, impedindo seu avanço. Hikari-Katto era uma katana especial, presente de seu mestre desaparecido Satoshi Yamada e que agora possuía um encantamento bem-vindo de uma de suas aventuras no Império de Tauron. Aldred havia se despido de suas roupas de aventureiro, mas não de sua espada.
Rainha Eterna
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Ela é o reflexo da sua essência, descendente. Não consegue largá-la, faz parte de você.
A criança agora estava um pouco mais alta, de cabelos dourados longos, soltos e olhar mais sereno. Havia crescido após uma batalha no mar em que quase todos os rebeldes aliados de Aldred morreram nas mãos dos tapistanos. Sua aparição, antes precedente de dor de cabeça, agora era apenas um leve incômodo.
Aldred
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Eu quero descansar.
Disse num longo suspiro. Ele retirou sua espada da cintura e depositou com carinho sobre o suporte em cima da cama. Em poucos momentos, estava mergulhado em sua banheira numa água morna e agradável. Afinal, era verão em Valkaria e estava muito quente. A Rainha Eterna sentava-se num banquinho e apoiava os braços sobre a borda da banheira de cerâmica.
Rainha Eterna
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Seu descanso tem de ser curto.
Sorriu ansiosa, desaparecendo em seguida. Aldred afundou aliviado por ficar sozinho e sem pressão.

***

Estava na biblioteca, com seu roupão vermelho favorito, sentindo-o um pouco apertado. Aldred desenvolveu músculos e abriu os ombros durante esses dois anos. Seu corpo o colocava numa condição de estranho na velha rotina. Lia um livro qualquer na mesa quando sua irmã apareceu de camisola branca com desenhos infantis bordados. A moleca de sempre. Era noite e Aldred não havia aparecido para o jantar.
Maryanne
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E aí, irmão. Tá tudo bem com você?
Geralmente sua mãe tinha o papel de conversar sobre tudo com os filhos. Era uma encantadora poderosa, estudiosa da mente, então era a mais indicada a aconselhar sobre as agruras da vida. Maryanne nunca se interessou em saber da vida de Aldred e vice versa. Porém, aquela aproximação inédita até então, provocou um efeito curioso. Aldred sentiu-se a vontade para conversar.

E conversaram. A madrugada inteira. Aldred falou de suas histórias e descobriu que ela havia se tornado uma heroína, uma aventureira. Havia treinado secretamente com Satoshi, aquele velho pilantra, todas as técnicas do estilo Yamada-ryuu de uma vertente diferente. Aprendeu sobre Ahlen, Gorsengred, Prado Verde, Vectora e seus colegas aventureiros, Millyan, Valvadis, Leonhard, Seiber, Nadinah, Pelleas, Zidane e John Lessard, o cavaleiro.
Aldred
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Esse cavaleiro... então, você e ele? Maryanne, não sabia que curtia os tipos certinhos malas.
Maryanne
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Não seja idiota, não aconteceu nada demais... além disso, ele já foi embora.
E então, ambos olharam para a lareira, onde a criança subitamente estava deitada com um olhar tranquilo.
Rainha Eterna
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É a sina dos meus dois mais proeminentes descendentes terem azar no amor.
Os irmãos trocaram olhares e confirmaram que viam a mesma menina dos cabelos dourados e olhos cor do céu. A Rainha amaldiçoara a ambos.
Maryanne
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Não é hora de crianças estarem dormindo?
A Rainha suspirou virando o rosto para o lado.
Rainha Eterna
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Não sou uma criança, respeite minha secularidade.
Aldred
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Vai ver tu tá certa mesmo. Quando te contei da minha investida contra os tapistanos, não mencionei o mais importante: eu havia conhecido o amor da minha vida.
***

Fenyra Hagar era natural de Tollon, o Reino da Madeira. Povo sisudo, trabalhador e obstinado e ela era exatamente assim. Num reino onde mulheres sofriam com a opressão masculina, ela se sobressaiu ao aprender artes marciais com uma amazona da floresta, aprendendo segredos antigos de um clã extinto. Se tornou aventureira e com alguns grupos, enfrentava os minotauros e outras ameaças ao povo comum do oeste de Arton.

Aldred a conhecera em Malpetrim, durante a reunião de heróis da Guilda de Aventureiros de Valkaria, terminada em plena confusão e cadeia. A noite começara com uma dança amigável e terminou na cadeia. Foi assim que ele e os Vingadores de Arton acabaram se esbarrando com Lucien e com uma trama complexa que envolvera até mesmo Nekapeth, o poderoso antigo sumo-sacerdote de Sszzaas.

Os dois acabaram se reencontrando em Malpetrim novamente, muitos meses depois, por obra do acaso, em uma briga de taverna. Um halfling provocara um grupo de minotauros que tentaram tirar satisfação usando de intimidação... mas encontraram um sono tranquilo nos punhos de Aldred e Fenyra.
Fenyra
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Não precisava de ajuda.
Aldred
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Eu ajudei o rapazinho...
E a partir deste contato, os dois acabaram formando um grupo com outros indivíduos e partiram para auxiliar grupos rebeldes por todo o território do Império de Tauron. Faziam ataques a carregamento de armas em Petrynia para distribui-las aos rebeldes, escoltaram uma caravana de adoradores de Nimb que pregariam contra Tauron em Fortuna, combateram orcs e postos corruptos de minotauros em Lomatubar, atacaram leilões de escravos e ajudaram em suas fugas em Tollon. Fizeram parte de reuniões secretas incitando a liberdade em porões de cidades, em clareiras nas florestas e junto a piratas do Mar Negro.

O amor entre eles surgiu naturalmente, pela comunhão dos interesses e visão de mundo de cada um. Aldred e Fenyra se tornaram unha e carne, sempre juntos em todos os lugares, se ajudando, se completando até mesmo na luta. Um tempo depois, não se aventuravam mais com outras pessoas que queriam sair da rotina de rebeldia e serem aventureiros heroicos de masmorras. Fenyra e Aldred continuaram sozinhos em suas atividades. A luta contra o Império de Tauron era mais importante que o heroísmo egoísta dos rastejantes de masmorras.

Até que Aldred um dia demonstrou desejo também de descansar. Fenyra não queria parar nunca. O gênio difícil da artista marcial, sua maneira metódica de ver a vida contrastava com a leveza e desleixo do lutador. Brigas começavam a se tornar constantes, tendo a personalidade diferente de ambos como pano de fundo. Isso tudo, aliado ao fato dos dois perceberem não estarem conquistando muitas vitórias contra os minotauros, piorou bastante a relação dos dois.
Aldred
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Não adianta essa merda toda. A gente tá há meses nessa e nada muda. Nada vai mudar e você sabe o por quê. Nós somos apenas dois, eles são um império! Nossas vitórias são vazias, duram alguns dias, quiça uma semana e eles retomam tudo. Não vamos mudar nada com nossos punhos, sem mudar a estrutura de poder de Tapista.
Fenyra
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Você quer apenas desistir. Eu notei que você se acomodou muito, faz tudo no automático. E agora está usando isso de desculpa, de muleta para voltar pra Valkaria e voltar à sua vida de diletante.
Aldred
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Talvez eu queira mesmo, pois vejo que sou inútil aqui. Não fazemos diferença.
Uma ventania abriu as janelas quebrando a madeira, derrubando a cadeira e afastando o pesado baú da cama. Era uma manifestação dos poderes de Fenyra, que controlava os ventos e o ar.
Fenyra
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Pode ser! Mas salvamos vidas diariamente e pra essas pessoas, faz diferença. Eu quero ficar e continuar meu trabalho, mesmo que não consiga fazer meu nome ser gravado nos anais da história como você sempre quis. Isso não me interessa. Eu quero é ajudar o povo a lutar contra os minotauros.
Disse rubra.

E nada mais foi dito. Aldred só não partiu imediatamente porque havia pago a estalagem e eles precisavam ficar uns dias afastados para evitarem chamar atenção demais dos legionários que ocupavam aquela vila.

***
Rainha Eterna
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Foi uma lástima. Fenyra era uma boa candidata.
Aldred revirou os olhos sem paciência para as palavras sem sentido da criança. Maryanne ponderou com o dedo nos lábios.
Maryanne
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Então, vai parar também?
A Rainha esboçou uma expressão de ultraje, como se estivesse sendo ofendida.
Aldred
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Talvez. Eu tenho já vinte e cinco anos, faço vinte e seis no meio do ano. Se eu parar por muito tempo, daqui a pouco tenho trinta e aí já viu.
Maryanne assentiu. Ela havia "pendurado a chuan", sua arma tamuraniana, fazia dois anos. Estava feliz tocando e cantando em pequenas apresentações na Baixa Vila de Lena. Sua decisão de parar de se aventurar trouxe profunda tristeza à Rainha Eterna, que necessitava dos esforços combinados dos irmãos para recuperar seus poderes até sua plena forma. Como Aldred estava se pondo a prova praticamente todos os dias por dois anos, acabou suprindo a necessidade de Maryanne desenvolver seus poderes.
Rainha Eterna
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Você não pode parar, descendente. Ela, tudo bem parar, pois já cumpriu o que me prometeu. Mas você não, você prometeu me trazer de volta à minha antiga forma.
Aldred
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Eu não vou parar. Mas vou descansar por um ano, ou dois. Relaxa que antes dos trinta tu volta ao normal, pirralha.
Aldred bagunçou os cabelos da menina, já se acostumando com aquela nova altura de quem aparentava ter doze anos. Era estanho pensar que há dois anos ela era uma mulher mais alta que ele, exuberante e poderosa.

***

Houve o aniversário de Aldred II, o ginete. Um bolo de chocolate, alguns convidados famosos como Arkam Braço Metálico e outros antigos companheiros de aventura do namalkahniano, como o eremita João e a espiã Jun. Therese, sua esposa, fez um de seus discursos emocionados sobre como Aldred era um homem completo e importante para o mundo. Seu filho, Aldred III, sentiu-se tocado.

Ser um herói aventureiro era mais do que uma vocação ou um simples divertimento. Era praticamente um dever para com o povo artoniano. Por em uso suas habilidades para ajudar e proteger as pessoas comuns. Decidiu que não ficaria para trás por muito tempo, que não penduraria sua katana, e procuraria logo alguma taverna atrás de quem precisasse de ajuda.

Quatro dias depois, acolchoado em seu quarto e com seus livros, Aldred quase se entregou à comodidade do conforto de seu lar. Foi quando seu pai o encontrou.
Aldred
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Tu lembras da história que lhe contei sobre como tua mãe e eu nos conhecemos?
Aldred
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Hmmm... aham, vocês lutaram contra o Senhor do Fogo ou algo assim.
Aldred
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... Senhor da Montanha. Pois então, Iryna Ullott, ex-vampira das trevas, enviou-me uma carta depois de todos esses anos. Ela passa bem e toca os negócios de seu falecido pai, Darvos. Ela também requisita a minha ajuda, por confiar em mim. Infelizmente, tu sabes, eu já encerrei meus trabalhos e não pretendo me envolver em assuntos desse porte.
Aldred foi tentando se lembrar dos detalhes da história, mas não era muito bom nisso. Principalmente envolvendo algo "romântico" dos pais. Aparentemente, foi nessa aventura que eles se beijaram pela primeira vez. Um beijo com gosto de fuligem, após derrotarem um ser humanoide poderoso dentro de um vulcão em erupção. Seu pai parecia estar contrariado nas próximas palavras:
Aldred
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Por isso, quero pedir a ti que fosse em meu lugar. Posso contar contigo?
Aldred ergueu uma sobrancelha e deixou solto um sorriso de canto.
Aldred
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Foi minha mãe que pediu pra tu me passar essa, né? Fala a verdaaaade... Hahahaha sei que tu queria ir.
Seu pai segurou o sorriso, desviou o olhar e coçou sua barba rala.
Aldred
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Queres ou não queres? Posso passar a outro...
Aldred deu dois tapinhas nas costas do velho pai.
Aldred
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Você já derrotou Arsenal, pai. Tá na hora de descansar. Deixa os novos cuidarem das coisas... passa pra cá o endereço e eu tô partindo no fim de semana.
Faltava ainda alguns dias para isso.
Aldred
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Te arruma para ir amanhã. Atrevido já está entediado demais de Valkaria. Vamos, pode pegar uma mochila minha.
No dia seguinte, sorridente, o jovem Aldred tirou a katana do suporte, sentindo o peso da arma. Foram apenas alguns dias sem tocá-la, mas para quem ficou quase dois anos carregando-a todos os dias, ficar um tempo sem senti-la era estranho.

Colocou outra camisa com o emblema dos Yamada, vestiu sua jaqueta e pôs um óculos escuros, também presente de seu pai.
Aldred
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É hora de ir, Atrevido. Partiu Villent.
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Chapéu Preto
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Re: Atentado Mortal em Villent

Mensagem por Chapéu Preto » 27 Ago 2019, 09:35

Alecrim a pouco sofria com uma vertigem tão intensa que a fez desmaiar na saída de uma estalagem e quando acordou estava confortável deitada em meio a folhas e raízes. A primeira coisa que notou, fora a presença divina no cervo a sua frente. Sentia uma sensação inebriante de estar presente a um mensageiro de sua divindade.

A jovem não sabia como se comportar nessa situação, provavelmente por não ter terminado seu treinamento druídico e por isso, apenas ficou parada até o mensageiro começar a se mover, a druida seguiu-o logo após.

Percorreram a floresta que aparentava não acabar, o rio que passara a muito estava para trás. A fauna e a flora já haviam mudado, não pareciam fazer parte da mesma floresta e muito provavelmente não eram.

Quando finalmente encontraram o final da floresta, também fora o fim da presença divina no animal, este voltando para a sua vida natural. A Mãe Natureza nada disse, apenas guiou a sua druida em direção a algo estranho para a mesma. Uma cidade humana.

A meio-dríade não entendeu o motivo de Allihanna, mas ela só iria descobrir caso fosse a cidade. A jovem preferia não ir, queria encontrar seu pai que estava desaparecido e só em pensar, sentia um aperto em seu peito. Todavia se convenceu a acreditar que a Mãe Natureza sabia das frustrações de sua serva e ao fim desta jornada encontraria uma pista do paradeiro de seu amado pai.

Sempre que chegava em uma nova cidade sentia-se triste e decepcionada, os humanos não conseguiam viver em comunhão com a natureza mais. A flora nas cidades era como se fosse um animal lutando para ficar vivo. Villent era uma floresta de pedra como todas as outras que conheceu, só que muito maior e com mais pessoas.

Ao adentrar na cidade, sentiu-se incomodada. Muitas pessoas, muito barulho e muito movimento. Tentava se concentrar em aguentar este incomodo e procurar o motivo da sua convocação. Sua missão mal havia começado e já estava sendo probatório.
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Está perdida, menina?
Perguntou sem paciência, enquanto olhava para seus olhos verdes.

O doce pai de Alecrim havia lhe ensinado a distinguir as pessoas de acordo com suas vestes e sua raça. Não era o jeito mais fácil para isso, mas muitas vezes mostrou-se eficaz.
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- Capacete simples de ferro, armadura simples de ferro, acho que humano... – Alecrim movia sua cabeça para saber qual tipo de arma ele estava guardando. – Lança simples e bravo... Um... Soldado. Senhor soldado, eu não estou perdida, na verdade eu fui enviada aqui pela Mãe Natureza. Você sabe se está acontecendo algo ruim para o ciclo natural da vida nesta cidade? Se não souber, pode me levar para o seu chefe, talvez ele saiba alguma coisa.
Bando do Chapéu Preto:
All dead.

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RoenMidnight
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Registrado em: 28 Jan 2014, 12:39

Re: Atentado Mortal em Villent

Mensagem por RoenMidnight » 27 Ago 2019, 23:52

https://www.youtube.com/watch?v=VT9BfLVbnI8
Undertale OST - Ruins Extended

As semanas após o que aconteceu em Mehnat foram complicadas para Hoenheinn, alguns poderiam chamar de vitória o que ocorreu lá, mas para o paladino foi um duro golpe.
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A cidade se encontra mais uma vez segura e livre de Kobolds, espero que a companhia mercantil que chegou nela a alguns dias ajude na proteção. Desmond, o Cavaleiro Dragão se encontra derrotado e entregue a justiça.
Infelizmente não consegui faze-lo se arrepender de seus pecados e procurar o caminho correto. Espero que a justiça de Samburdia seja mais justa do que ele próprio foi para esse povo.
Enviarei mais novidades assim que possível.
Att,
Hoenheinn Mitternach
Dizia a carta que enviou para sua mestra dias atrás.

Nas estradas se alimentava com a água da chuva e acabava comendo o pouco de ração de viagem que levou da cidade, não podia exigir muito de um povo que estaria se reconstruindo. Apesar disso, o reino de Samburdia era rico e conseguir comida nos vilarejos em que passavam não era difícil em troca de um pouco de trabalho honesto. Os pedaços de sua espada tilintavam as vezes em sua mochila, os ferreiros que encontrava no seu caminho trabalhavam apenas com ferramentas do dia a dia e não possuíam o conhecimento necessário para trabalhar com uma arma.

Junto dele permanecia o Qarren chamado Ifrit, para falar a verdade não gostava muito dele, mas era melhor do que continuar andando sozinho naquela situação. Ao menos ele ajudava com as fogueiras durante a noite. Alguns monstros apareceram pelo o caminho, mas nada fora do normal, os problemas que encontravam eram quase que triviais para aventureiros e o paladino começava a ficar entediado.

Duas semanas depois alcançaram a cidade de Tallban, era bom estar em uma cidade grande novamente, caminhando no mercado atrás de algum trabalho para conseguir algum dinheiro para dormir com um teto sob a cabeça naquela noite ouviu o fuxico de como os impostos cada vez mais aumentavam. Os motivos que davam a população sempre eram diferentes, uma ponte que precisava ser construída, estradas que deveriam ser reparadas, a milícia que tinha que ser paga… mas nem se quer uma peça de ouro parecia retornar para qualquer uma dessas coisas. Alguns casos de cobrança forçada a pouco começaram a aparecer.

Durante a noite quando seguia para a taberna após o dia de trabalho, viu um grupo de milicianos extorquindo uma vendedora. Ao interferir o ocorrido acabou entrando em combate com eles, munido apenas com um pedaço de pau derrubou os oponentes um a um, restando apenas um deles que saiu correndo. Agradecida, a mulher explicou o que acontecia naquela cidade desde que o filho do prefeito havia retornado de uma longa viagem do reino de Wynlla. Quando deu conta se viu envolvido em uma trama onde o jovem havia sido dominado pelo o espírito de um antigo mago que estava preso em um artefato.

Após o confronto o paladino saiu vitorioso, no quarto do vilão baús com o ouro dos cidadãos. Por pouco talvez a cidade não viraria talvez uma segunda Mehnat caso não tivesse aparecido a tempo... pensar naquilo o deixou com um gosto azedo na boca.

Quando terminou de devolver o ouro, continuou suas andanças de cidade em cidade, derrotando monstros e levantando o animo de plebeus e levantando sua espada contra tiranos, fazendo dessa a sua principal forma de espalhar a palavra de sua deusa. As pessoas precisavam de alguém que olhasse por elas mas que fosse próxima, alcançável e que pudessem se identificar.

Quando já chegava em Pondsmânia, Ifrit já tinha ficado para trás seguindo o seu próprio caminho e seguir sozinho parecia uma boa ideia até… mas como na vida de aventureiro é normal, logo teve uma grata surpresa ao alcançar o reino das fadas…

Quando alcançou a fronteira uma cena que ressoou em sua memória quando passava por Wynlla tempos atrás novamente parecia se repetir. Do alto de uma árvore, onde frutos verdes que pareciam rosas adornavam seus galhos, uma moça de revoltos cabelos vermelhos o observava com um sorriso em seus lábios.
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-Me diz, como que você faz para sempre me encontrar?

E pela primeira vez após muito tempo o paladino sorriu de verdade, sorriu com seu coração.
Viajar junto de Arkam, a feiticeira que havia sido nomeada em homenagem ao grande herói porque sua mãe esperava um menino, dava uma perspectiva totalmente diferente para a atividade. Junto dela pode atravessar Pondsmânia pelas suas bordas quase que sem interferência direta das fadas.

A mulher parecia estar acostumada com elas e era sempre ela a negociar com as estranhas criaturas ou de afasta-las. Conversar com Arkam parecia nunca perder a graça, só tinha que manter o olho sempre nela, que as vezes como um gato ela parecia se entediar e sair andando. Passavam os dias contando as histórias que haviam vivido longe um do outro e as noites abraçados ao lado de uma fogueira. Ela havia encontrado fadas que deram um norte sobre a essência dos poderes da feiticeira, como esse poder se ligava a estruturas do próprio universo e como talvez aquele pergaminho que ela tinha lido tinha sido o responsável por fazer essa ligação. O fato dela ser uma feiticeira apenas tinha facilitado o processo.

Quando alcançaram Trebuk passaram quase que imediatamente, o objetivo era Scharshantallas e voltar. Quando indagado o porquê, o paladino apenas respondia:
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-Turismo

Chegar a aquela terra árida e quente era algo que o próprio Hoenheinn tinha estabelecido como meta quando havia saído de Valkaria anos atrás. Era a ponta leste dos reinos de Arton e ali terminava a primeira parte de sua peregrinação, era hora de voltar.

Avançou até a cidade de Darllan e lá encontrou uma caravana que iria seguir até de volta a Trebuk, era uma boa forma de conseguir algum dinheiro enquanto fazia o caminho de volta. Entretanto, ali esbarrou com um grupo de mercenários liderados por alguns filhos de Schkar que não viam com bons olhos estrangeiros.

Acabaram entrando em conflito e junto da feiticeira o paladino conseguiu afastá-los em um primeiro momento, o combate com aquele grupo se repetiu outras duas vezes até finalmente abandonarem a fronteira do reino. Hoenheinn acabou deixando um ferimento em um dos filhos de Schkar e junto disso ainda levando a mochila do mesmo.
Quando chegaram em Tyros o paladino finalmente se lembrou dos pertences, ao abrir a mochila se deparou com uma pequena fortuna em jóias e uma grande quantidade de um metal claro que Arkam disse ser Mitral.
Aquilo fagulhou uma ideia na cabeça do loiro, deu algumas das joias para Arkam, que botou um anel no dedo, levantou contra o sol para ver a esmeralda que o adornava brilhar e disse:
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-Você nunca me deu um anel de noivado. Acho que esse aqui vai servir.
Trocaram um beijo.
Mais tarde naquele dia o loiro foi atrás de um ferreiro que integrava a caravana, após observar a pedra que ele trazia abriu um sorriso. Como agradecimento ele reforjaria a espada do paladino.
Arkam e Hoenheinn ficaram em Tyros por um tempo, aproveitaram um pouco o rendimento da última aventura que haviam feito.

Quando a arma ficou pronta ela era praticamente irreconhecível, o material novo tinha a deixado mais leve, sentia o fio vencer o ar com mais facilidade. Agradeceu ao ferreiro e dias depois o casal abandonou a cidade.
Juntos viajaram por Callistia e nas coxilhas de Namalkah debaixo de um grosso manto foi que passaram a virada do ano tomando o chá feito pelos nativos do reino.

Infelizmente tiveram que se separar assim que chegaram em Villent. Arkam tinha que continuar a seguir até Wynlla, iria se encontrar mais uma vez com Sakashima, o mago que ela havia aberto o pergaminho que havia tornado as suas chamas brancas.

Hoenheinn estranhava a visão de tantos soldados e as movimentações de carroças e armas de guerra chamaram sua atenção e algo o fez seguir até lá, mais do que apenas curiosidade.

Logo quando entrou ouviu a conversa de alguns dos cidadãos.
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- … não consigo pensar em outro motivo. Isso é coisa de Yuden, to te falando. Pode ver, ta todo mundo fugindo da cidade! Essas carroças que saem você acha que são o que? É claro que são os mercadores sentindo o cheiro de combate.
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-Esses Yudenianos são uns loucos.
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-E o que vamos fazer? Vamos continuar aqui como uns dois de paus enquanto isso tudo acontece? Olha, eu acho que a gente de...
Uma carroça passou e eles se afastavam. A barriga do paladino roncou. Sentia fome. Encontrou uma moça que vendia pães em um carrinho, comprou também um pouco de manteiga e leite. Procurou um lugar quieto, e encontrou uma escadaria onde se sentou.
Cortou o pão e espalhou a manteiga pelo alimento. Mergulhou então no leite e mordeu. Mastigava com gosto sentindo o sabor da massa. Engoliu. Mergulhou mais uma vez e quando olhou para frente quase deu um salto para trás. Logo a sua frente se encontrava um homem vestido de metal da cabeça aos pés e armado até os dentes. Se não fosse o reconhecível símbolo da deusa em súplica em sua armadura teria se colocado de pé.
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- Hoenheinn Mitternach, paladino de Valkaria? É um prazer em conhecê-lo, senhor. Me chamo Borgoran, cavaleiro de Valkaria. Foi-me destacado a honra de encontrá-lo para entregar-lhe uma mensagem da Igreja de Valkaria.
O paladino engoliu o pão que quase entalou em sua garganta e respondeu com um semi-sorriso um pouco encabulado de ser pego daquela forma.
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-Sim, sou eu.

Senhor? Não estou acostumado a ser chamado dessa forma, não é necessária toda essa formalidade.
Como você me encontrou? Não sabia que era tão reconhecível… mas me diga, qual é essa mensagem?
O homem então prosseguiu. Hoenheinn levou uma mão ao queixo, enquanto ouvia atentamente o que ele tinha a dizer.
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Não sei se está ciente do que aconteceu há poucos dias, mas houve um ataque sorrateiro a esta cidade. Explosões que aconteceram em alguns estabelecimentos comerciais ligados à família Goldheart. A Igreja de Valkaria, em parceria com o Conselho de Villent, deseja formar uma equipe de aventureiros... então o senhor foi escolhido para liderá-los. Deverá comparecer amanhã à Estalagem do Falcão Prateado para uma reunião com Helloram Brokeshield, do Conselho.
Coçou o queixo, aquela situação era um tanto fora do comum.
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- Eu cheguei tem pouco tempo, não sei ainda os detalhes do ocorrido apesar de ter ouvido alguns comentários na cidade. Não imaginava que a Igreja teria algum interesse em assuntos mercantis, algum motivo para tal?
Guardou o pão e o leite em seu saco de comidas, se levantou, ficando um pouco mais alto agora que o homem por conta da posição dos degraus. Desceu alguns e ficou ao seu lado, mantendo em uma altura pareada.
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- Poderia me mostrar o caminho para a estalagem? Você vai também integrar o grupo, Borgoran?
Respirou fundo. Eram muitas perguntas, mas estava curioso. Havia sido escolhido para liderar uma missão. Não tinha qualquer idéia de como ocorriam as decisões dentro da igreja, estava afastado a pelo menos três anos e como preferia agir em campo não sabia nem mesmo como era conhecido pelos seus iguais. Entretanto, para ter sido escolhido, alguma estima ou motivo deveriam existir… como um todo sentia o coração palpitar, sabia o que era aquilo. O sentimento de que algo maior estava prestes a acontecer.
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DiceScarlata
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Re: Atentado Mortal em Villent

Mensagem por DiceScarlata » 28 Ago 2019, 00:07

Jihad, mestre dos desejos
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Mitra
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- Tá atrasado.
"Eu sei"

"Foi a resposta de Jihad, antes de tirar a camisa, entrar na casa de sua esposa e abraçá-la da maneira mais humana que conseguia. Era bom estar de volta ao lar*


AREIA E FOGO
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*A lua parecia incandescente naquela noite. Um farol guia para os perdidos na escuridão e um holofote prateado para a exuberância sensual de Mitra, enquanto cavalgava sobre seu corpo. Mesmo depois do ato, a lua ainda lhe fazia companhia, trocando olhares com o Qareen que acariciava os cabelos de sua amada adormecida. Ou nem tanto*
Mitra
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- Sem sono? Vai dizer que quer mais ?
*Ela esfregava o olho preguiçosamente e o desafiava num tom brincalhão*
Jihad, mestre dos desejos
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- Vai me chamar de frouxo se eu disser que não aguento?

Mitra
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- Vou.

*E se amaram. Se amaram sob faiscas arcanas. Flutuando pelo quarto. Sob calafrio de gelo invocado contra a pele e o calor de chamas a faiscar. Jihad alterava sua forma, as vezes a irritando, as vezes a fazendo rir e até mesmo a excitando mais. Torrou boa parte de seu poder mágico em alguns minutos de amor. Era o tanto que aquela mulher valia a pena*

*Com um beijo final, selaram o término daquela guerra carnal*

Mitra
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- Desculpe.
Jihad, mestre dos desejos
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- Relaxa, as marcas vão sair.

Mitra
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- Não, idiota. Desculpe por não ser útil a você... E te tirar das suas aventuras, para vir cuidar de mim e usar o tesouro que consegue..
Jihad, mestre dos desejos
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- Ei. Você foi a escolha que eu não tinha como não tomar. O desejo que tive de realizar. Eu amo você Mitra. Como achei que não conseguiria fazer.

Mitra
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- Bobo..
*Ela se aninhou mais no peito do ruivo*
Mitra
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- Com o dinheiro que trouxe... Ao invés de gastá-lo como você falou, pensei em nos mudarmos. Sair da casa do Papai e eu começar um negócio. Assim posso render meu próprio dinheiro e você não se preocupa tanto.
Jihad, mestre dos desejos
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- Se é o que deseja, milady. O dinheiro e os sonhos são seus. Se eu puder ajudá-la a realizá-los, não terei tido felicidade maior. E que tipo de negócio?

Mitra
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- Eu não faço idéia...
*A risada de Jihad morreu na garganta com o som de madeira partindo-se,, seguido de um guinchar. Mitra assustou-se, cobrindo corpo e fazendo menção para se levantar*
Mitra
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- O que foi is....
Jihad, mestre dos desejos
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- Fique aqui.


*Magia estalou em seus dedos, conforme um sorriso riscava seu rosto*
Jihad, mestre dos desejos
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- Cuidar de pobres almas que tentam invadir meu lar, é um dos muitos prazeres que a vida me dá...


*E assim o feiticeiro do caos atravessou sua janela, completamente nu e voou por cima da propriedade do pai de Mitra em direção a cerca partida que devia a protegê-la. O frio não o incomodava, pois a ansiedade em incinerar inimigos com seu novo poder adquiridos lhe aquecia o coração.*

*Infelizmente, não teria o massacre que desejava, pois quando chegou os inimigos jaziam derrotados. Quatros gnolls, desacordados e sem graves feridas, cada um com um inchaço em uma área não letal de seu corpo. Ao centro deles, uma mulher*

Angra dos cabelos de fogo
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- Boa noite.. Você percebe que esta nu?
____________________________________________________________

*Seu nome era Angra. e com a permissão de Mitra - que deu uma bela bronca no Qareen por se exibir pelado por ai, embora a paladina ruiva não ter parecido dar importância - amarrou os quatro Gnolls pelos quais foi contratada a capturar naquela noite, devido a seus inúmeros assaltos a viajantes noturnos. Depois de garantir que não fugiriam, ofereceu dinheiro pela cerca, mas eles negaram, alegando que seria fácil repará-la pela manhã*
Mitra
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- Senhora Angra... Você não tem medo? Uma mulher sozinha, a noite contra quatro feras? Eu não conseguiria.
Angra dos cabelos de fogo
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- A espada e a coragem não escolhem o gênero, Sra. Scarlata. Nós quem devemos escolher empunhar ambos. Tenho certeza que conseguiria. Olha só como você domou o Sr. Jihad.
Jihad, mestre dos desejos
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- Ei!


*O qareen havia viajado apenas com homens por um bom tempo. Então aquela amizade instantânea das duas o deixava feliz. Lembrava-o como quando conheceu Aldred e logo se tornaram parceiros no primeiro dia, fugindo de minotauros Serviu-se de chá - que odiava mas não admitia - e deixou que falassem*
Mitra
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- Para onde vai, depois de entregar os criminosos?.
Angra dos cabelos de fogo
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- Para onde minha busca me levar. Marcharei para Tollon e de lá Deheon. Talvez Yuden..
Mitra
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- Yuden? Mas lá é perigoso... Ouvi dizer que a guerra só tornou tudo pior... O que você busca tanto que a levaria a arriscar sua vida? .
Angra dos cabelos de fogo
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- Esperança. Uma chama tola, mas imortal que queima em meu peito. Sim.. Vou atrás da minha esperança.
Mitra
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- Oh...
Jihad, mestre dos desejos
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- Fala bonito, né amor? Conheci um meio-elfo que tinha jeito com as palavras também. Lembra do Ash amor?Orelhudo, quase tão bonito quanto eu


*Riram por alguns minutos. Então perceberam que Jihad ainda estava pelado e ela o combeou com uma chuva de golpes de panela. Quando o Qareen finalmente voltou vestido, Angra preparava-se para partir*
Mitra
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- De jeito nenhum! Os gnolls estão bem presos não é? Então vai passar a noite aqui sim. Amanhã a milicia a ajudará a levá-los! Vamos, tira essa armadura que vamos arrumar uma cama para você.
Jihad, mestre dos desejos
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- Ué, ela pode dormir conosco, amor.

Mitra
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-JIHAD!!!!.
Jihad, mestre dos desejos
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- Qual problema? Você quer transar mais?


*E foi nocauteado. Sorte que Angra tinha o dom da cura*
Angra dos cabelos de fogo
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- Olha eu não me importo...
*E quando Mitra começou a corar Angra lhe fez um cafuné apaziguador sorrindo. No fim das contas Jihad foi para o celeiro e a recém amigas dormiram juntas. Azgher raiou no dia seguinte e Jihad foi o ultmo a se levantar. A milicia já ia embora com os criminosos e Angra deixou a contragosto de Mitra, um parte do pagamento pela cerca e pela hospedagem. A ruiva também deixou um manuscrito nas mãos da garota, pedindo que lesse assim que partisse*
Jihad, mestre dos desejos
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- Ja vai ruiva? Aventureiros não conseguem parar quietos mesmo né...

Angra dos cabelos de fogo
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- É o mesmo com você, não é?
*Com escudo munido e armadura montada a paladina aproximou-se do Qareen e tocou-lhe o peito. Fechou seu olho por um instante*
Angra dos cabelos de fogo
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- Não tenho o dom da profecia... Mas sinto um grande poder em você, Jihad das areias vermelhas. Não sei se nossos caminhos se encontrarão novamente, mas a chama imortal me diz que nosso destino está ligado. Algo grande e cruel está vindo e vai se espalhar por toda Arton.. Rezo para que proteja quem é importante para você.
Jihad, mestre dos desejos
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- Valeu dona Angra. Ei, em breve eu vou recuperar todo o meu poder. Quando eu tiver o dom dos desejos novamente, se você não tiver achado sua esperança, me procura. Basta pedir que trago para você.

Angra dos cabelos de fogo
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- Assim eu farei. Não importa o meio.. Encontrarei o que procuro.
Jihad, mestre dos desejos
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- Heh. Você ouvirá falar de mim. Quando ouvir sobre Aldred, o dragão brigão, saiba que Jihad, o poderoso estará lá tambem. Sou um aventureiro também afinal.


*Angra abraçou o casal e partiu. Jihad sentia um furor em seu peito. Encontrar aquela mulher, com uma simples troca de histórias de aventura durante a noite, um olhar e um toque, sentia o chamado para a aventura. O desejo de reencontrar seu amigo e desafiar O MUNDO DE ARTON, novamente.*
Mitra
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-Amor... .
*Seu devaneio foi rompido, quando encarou sua esposa, cujos olhos estavam marejados e um sorriso lhe encantava face. Contra o peito, ela abraçava o manuscrito deixado por Angra*
Mitra
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-Vamos... Agora mesmo! Vamos para Valkaria! Eu quero ver o mundo! E Valkaria é onde o mundo todo passeia! Eu vou abrir uma taverna... Ou um bazar!! Conversarei com todo tipo de gente, igual a você! Igual a Angra! Posso não ser uma guerreira ou uma maga, mas meu negocio irá crescer e meu nome será tão famoso quanto o de vocês! Esse é o meu desejo!
Jihad, mestre dos desejos
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- Heh. Seu desejo é uma honra, minha mestra. Eu vou continuar como aventureiro. Mitra, eu preciso trazer a Flora de volta. Eu preciso recuperar minha força. Preciso acertar as contas com Tetra e acima de tudo, eu QUERO viajar com o Aldred de novo. Tudo bem ??

Mitra
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-Hehehe.... Eu não o amaria se desejasse menos que isso, senhor dos desejos!!
______________________________________________________________________
Jihad das areias vermelhas
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*A viagem foi maravilhosa. Caminharam de mãos dadas pelas floresta de Tollon, participaram do baile de máscaras em Ahlen e até viram a neve juntos pela primeira vez nas Uivantes. Jihad derrotou alguns inimigos no caminho e motivado pelas palavras de Angra, tentou se tornar mais forte. Concentrou-se dia após dia a mergulhar mais fundo em sua magia, buscando as profundezas. Graças a isso, mais de sua força despertou. O que o deixou orgulhoso*

*Mitra usou o dinheiro que recebera e comprou um presente para Jihad. Uma varinha mágica, capaz de reproduzir sua magia favorita: Os misseis mágicos. Jihad por sua vez, adquiriu algumas essências de mana, para nunca mais se esgotar em momentos críticos*

*Finalmente em Valkaria, usaram o resto do dinheiro para adquirir o novo negócio de Mitra. Produtos de todos os lugares de Arton seriam vendidos ali e Jihad acharia parceiros de negócios para Mitra em suas viagens como aventureiros enquanto ela administraria tudo. *

*Pensaram bem em um nome, mas no fim, somente um lhes agradou*

BAZAR AREIA E FOGO!
Tudo de bom, antigo e novo!

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*Tudo estava pronto. Sua esposa estava empolgada e feliz. Tinha onde dormir, tinha seu negocio e dinheiro para sobreviver. Agora restava apenas uma coisa a fazer*

*Beijaram-se intensamente e antes de partir, Mitra entregou o manuscrito de Angra para ele, dizendo que havia uma parte ali só para este lesse.. Sem entender, guardou o papiro na bolsa. Com certa dor no peito, Jihad montou em seu cavalo, chamado "Camelo" e cavalgou em direção a casa dos Maedoc. O goblin para o qual pagou alguns tibares o avisou que seu amigo estava ali. Se não fosse tão caótico e aleatório, acreditaria no tal destino que a paladina ruiva mencionou*

*Sem demora, disparou ao encontro de seu aliado, o avistando acima de seu próprio cavalo, pronto para deixar sua residência. Abriu um grande sorriso*


- EI!1 LÍDER DRAGÃO!!! ONDE PENSA QUE VAI SEM MIM????

*Parou a frente do lutador, faiscando sua magia*

- Temos um trato, não é mesmo????

*E assim, recomeça a vida de Jihad como aventureiro. Em busca de desafios, poder... E seus próprios desejos

Tribo Scarlata


- MUNDO DE ARTON: GRUPO MADEIRA DE TOLLON (on):Angra Cabelos de Fogo
- MUNDO DE ARTON: GRUPO AÇO-RUBI (on): Jihad das Areias Vermelhas
- MUNDO DE ARTON: GRUPO JADE (on):Sr. Fuu
- JOHNVERSE: PRESA DE FERRO (on): Jinx - Cruzado da Ordem dos cabeças de Dado
- JUDASVERSO: CRÔNICAS DA TORMENTA (on): Nagamaki no Gouka!
- FUI REENCARNADO COMO MONSTRO (on): Gizmo
- OUTONO (on): Sandman

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El toro fraco
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Re: Atentado Mortal em Villent

Mensagem por El toro fraco » 29 Ago 2019, 18:16

Um homem de idade caminha por um corredor de vidro, seus passos ecoam pela construção hermeticamente selada, o homem era esguio e alto com uma barba grisalha e óculos, em sua roupa haviam várias ferramentas espalhadas em vários bolsos, os passos pararam de ecoar e dão espaço a um grande som metálico de engrenagens e por fim de porta se abrindo, dando espaço a um grande domo que em especial continha uma casa com espaço para um pequeno grupo de aventureiros, mas ao contrário do esperado a casa estava vazia, sem ruido algum, exceto pelo do próprio senhor, suas ferramentas e uns eventuais estalos metálicos.
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Cheguei...
O homem vê uma parede repleta de troféus de aventuras passadas...por um momento ao ver aquilo seu peito se enche de felicidade e uma sensação de dever cumprido, sentimentos esse que são expulsos após perceber que ninguém respondera seu chamado...como sempre, o que resta em seu peito é saudades
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ahhh...parece que continua vazia...
com cuidado o homem fecha as portas, como se não quisesse acordar alguém, "Kryat não gosta de barulhos altos e sempre esta dormindo" foi o pensamento dele, mesmo sabendo que seu antigo companheiro há muito tinha partido para o reino dos deuses, afinal ninguém pode fugir do tempo.
Seus passos continuam até uma sala semelhante a uma oficina, as paredes eram repletas de suportes para ferramentas mas o que mais chamava a atenção era a mesa de trabalho, já que sobre ela havia um tubo metálico contendo alguns aparatos e um gatilho, aquilo era uma arma antiga, fruto de suas explorações com seus companheiros, provavelmente fruto de alguma guerra antiga ou algo do gênero.
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Ja faz um tempo amiga, creio que 10 ciclos se não me falha a memória hoho.
O homem puxa uma cadeira e começa a trabalhar naquela arma, com muita calma, ele estava aproveitando cada momento daquele reparo, de repente um sorriso surge em seu rosto, ele havia terminado!
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Tudo parece pronto, vamos ver o que o velho Oskar precisa...
Ao sair do recinto e passar novamente pela sala de troféus ele da um pequeno sorriso, uma mistura de saudades com felicidade
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Hoho, quem imaginaria que depois de tanto tempo o chamado para o desconhecido surgiria novamente... é uma pena que dessa vez será sem vocês.




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A cidade parecia estar comemorando o "ano novo", um evento que celebra o ciclo do reino dos deuses em torno de arton, Teldruk andava com uma postura ereta e dava passos firmes, um pouco travada e cautelosa para quem olhasse com mais cautela, isso se devendo ao fato de ser complicado se acostumar as mudanças de gravidade.
após um bom tempo procurando ele finalmente achou o local, Teldruk entrou na taverna e de longe viu alguém balançando os braços, Oskar, um amigo de longa data.
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Olá, meu caro Tel. Quanto tempo, você ficou realmente velho! Vamos, puxe uma cadeira e sente-se. Peça uma cerveja anã, eu pago. A dessa taverna é realmente boa, feita por anões, é claro. Como anda a vida no além?
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é claro que não poderia recusar tal convite!
[Teldruk puxa uma cadeira e se senta]
oh, quanto a vida la fora? ouvi dizer que há alguma interferência mágica em chassina, mas creio que seja só algum boato, quanto a minha pessoa, sendo sincero fora uma exploração em uma ruina antiga cravada em um asteroide nada de interessante ocorreu nesses ultimos anos, ah aliás o velho Dan continua perplexo com aquele dia hahaha
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Veja, quando te chamei pedindo ajuda, na verdade não é pra mim. É para um primo meu. Ele é famoso, até rico... é de uma família importante aqui na superfície, os Goldheart, que em Valkar significa "coração de ouro" na língua de Doherimm. Ele precisa de aventureiros e eu achei que você pudesse se interessar... o que acha?
um bate boca
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sabe Oskar ,
[Teldruk bebe um gole]
o bando se desfez...Na verdade devo dizer que seu chamado veio como uma mão na roda, a pasmaceira proveniente desses anos de estagnação era insuportável. Parece que Valkaria sorriu para mim, acho que isso merece um brinde! hoho

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