Traidores da Pátria
Enviado: 27 Ago 2019, 16:57
Parte um: O Inimigo
Yuden, o Exército com Uma Nação, possuía o maior poderio militar humano do mundo, rivalizando com o Império de Tauron e a Aliança Negra. Desde a queda de Mitkov Yudennach e ascensão de Shivara Sharpblade, o reino passou por anos difíceis de dificuldades internas. Yudenianos sempre foram unidos, tendo como base o preconceito com estrangeiros e não humanos. Mas dessa vez a união acabara. Alguns era legalistas e apoiavam a nova rainha, embora não gostassem dela. Afinal, pela hierarquia militar, tinham que obedecer o comandante que chegou ao poder pela lei. Outros, desconfiados, não gostavam dos novos ares que a estrangeira sentada no trono trazia.
Um clima de insatisfação pairava no ar de Yuden, trazendo mais insegurança às estradas. Então, um atentado ocorreu na fronteira com Zakharov e um carregamento de armas fora roubado. Os culpados precisavam ser encontrados e aventureiros seriam contratados...
***
Kannilar, a capital de Yuden, era uma metrópole impressionante. Construída numa planície elevada, possuía a maior muralha que se tem notícia no mundo todo. Seus prédios impressionantes, suas ruas pavimentadas e sua incrível limpeza eram realmente dignas de nota. Não havia sequer mendigos em canto algum, coisa comum em grandes cidades.
Angra seguia a pista do infame Lanceiro Negro, o homem que raptou sua filha e matou a todos que amava. Depois de alguns anos na estrada, conhecendo toda sorte de gente, desde aventureiros até o povo comum, a paladina de Thyatis encontrou a aridez de diversidade numa cidade tão grande. Eram todos humanos de rostos pálidos e semblante fechado. Alguns possuíam olhares agressivos numa expressão belicosa congelada. Não era um lugar agradável, mas descobrir que seu maior inimigo era um yudeniano e estava em Kannilar era o suficiente para levá-la até lá.
Havia algumas possibilidades na cidade. Estava diante de um entreposto comercial onde comerciantes vendiam verduras do campo. Logo ao lado, uma das centenas de guaritas militares da cidade, onde dois guardas postavam-se na porta com olhares atentos. Seguindo a rua, Angra podia ver a Estalagem do Dente de Keenn, uma construção horizontal feita pedra onde ostentava-se o símbolo de Yuden e Keenn. Na verdade, ambos os símbolos eram comuns em boa parte dos prédios e casas da cidade. Além disso havia um pátio com uma única árvore, de terra batida, onde famílias yudenianas se reuniam para aproveitar o sol do verão. Nenhuma família, entretanto, prestava-se ao piquenique, mas divertiam-se com armas de madeira em brincadeiras mais belicosas.
***
A Escola Zurhwein de Kannilar, capital de Yuden, possuía a maior e melhor bibliotecas de História da Guerra, assunto de interesse de Konrad. Seu passado de "Sabbah" agora parecia distante, depois de meses intensos no Exército com Uma Nação. Ser um lefou era motivo para jamais ter acesso àquela biblioteca, mas depois de auxiliar um duque de mente aberta num plano contra fieis partidários de Mitkov Yudennach, o jovem lefou adquiriu o respeito e o direito de poder estudar em Kannilar.
A confiança em sua pessoa e a recuperação de seu nome de direito, entretanto, não tinha alcance por toda Yuden. Na verdade, apenas no ducado de Leon Goretzka Konrad sentia-se em paz. Em Kannilar, apesar de ter os documentos oficiais assinados pela própria Rainha-Imperatriz, encontrou dificuldade e má vontade por parte de todos à sua volta para prosseguir seus estudos militares.
Em um de seus dias rotineiros de estudos na capital de Yuden, viu sombras projetarem-se sobre seus livros. Eram ao todo, seis homens trajando um robe vermelho com capuz, com símbolos do Leopardo em negro.
***
Sir Vladimir voltava de uma cavalgada matinal quando avistou uma comitiva de cavaleiros sob o estandarte de Yuden. Boa coisa não era. A Marca de Minsk era próspera dentro da região de Kor Kovith e por isso era quase sempre visada pela administração de Yuden. Nos últimos anos, com a ascensão da Rainha-Imperatriz Shivara Sharpblade, os impostos até diminuíram e as visitas de comitivas yudenianas eram cada vez mais raras. Então, era estranho ver aqueles cavaleiros com suas armaduras brilhantes sob o forte sol do verão.
O capitão da tropa se destacou. Era um homem robusto, de armadura completa.
***
Foram alguns meses até Ladon conseguir uma pista de onde o grupo de Fellana agia e acabou por chegar a Zakharov. Era uma cidade pequena na divisa com Yuden, perto de uma grande massa florestal a norte, mas a proximidade de Zakharin mexia com o coração do lefou. Estava perto da capital do reino onde suas duas irmãs estavam escondidas, viviam suas vidas sem o sobrenome Brimstone.
As elfas Fellana e Nyx, o goblin Crim, o lutador Riot e o sacerdote Tyr. Juntos, eram a Liga de Valkaria. Ladon não teve oposição em se juntar ao bando, que estavam investigando o roubo de cargas de armamento vindos de Zakharin para Kannilar, capital de Yuden.
Em um ataque ao acampamento dos ladrões, descobriram que eram homens fortemente armados. Eram yudenianos roubando do próprio governo! Numa luta sangrenta, Riot, Crim e Tyr acabaram mortos. Nyx desapareceu sem que Ladon pudesse ver o que realmente aconteceu e Fellana fora raptada. O guerreiro lefou foi deixado em um descampado a beira da morte... até ser encontrado por uma patrulha de soldados. Obviamente, ele foi levado para a prisão em Kannilar por ser um lefou. A desconfiança para os não-humanos era comum em todos os yudenianos.
Algumas semanas depois, comendo uma vez por dia e pegando sol apenas três vezes na semana, Ladon foi visitado por um homem metido em uma armadura esmaltada em vermelho. Tinha um ar solene e parecia ser experiente.
Os meses em Valkaria ao lado de Orgo, Tyr, Klimerio e Kasina foram de grande aprendizado a ChaoFan. Sua arte marcial, aprendida a duras penas com seu mestre, desenvolvia-se cada vez mais. Os aventureiros de Valkaria, patrocinados pelo aristocrata William Davenport, o levavam para lutas cada vez mais desafiadoras.
Até que em determinado momento, Davenport dispensou o grupo por um tempo. Tyr, o goblin banqueiro, explicou ao grupo que ele estava envolvido com atividades ilícitas ligadas as Irmandades criminosas. Precisaria se afastar de Valkaria e evitar uma provável prisão... Assim, cada um dos aventureiros seguiu seu caminho separadamente. ChaoFan tinha apenas Orgo como um companheiro fiel e leal. Ambos dividiam o mesmo barracão na Favela Goblin e promovia confrontos amistosos entre eles. Um rival e amigo. Ambos acabaram se tornando lutadores clandestinos em torneios noturnos na Arena Imperial.
Porém, depois de um tempo, o homem-lagarto decidiu procurar seu mestre. Seu orgulho de homem-lagarto, domado pela civilidade da arte marcial, aflorou a vontade de mostrar tudo que evoluíra com o tempo. Sua busca pelo seu mestre foi desafiadora e, sozinho, o encontrou. ChaoFan e seu mestre passaram um tempo juntos, com o artista marcial realizando pequenas missões para seu mestre até que por fim, decidiu não estar pronto ainda.
Havia muito o que realizar e descobrir. Voltando ao seu rumo desconhecido... até encontrar um cenário desolador. Em uma planície distante de qualquer vilarejo, encontrou quatro carroças viradas, com caixas de madeiras destruídas e muita palha espalhada. Havia homens metidos em roupas idênticas, como uniformes militares. Estavam todos mortos a golpes de espadas. E a julgar pelo cheiro, moscas e os corvos sobrevoando, estavam mortos fazia alguns dias...
Yuden, o Exército com Uma Nação, possuía o maior poderio militar humano do mundo, rivalizando com o Império de Tauron e a Aliança Negra. Desde a queda de Mitkov Yudennach e ascensão de Shivara Sharpblade, o reino passou por anos difíceis de dificuldades internas. Yudenianos sempre foram unidos, tendo como base o preconceito com estrangeiros e não humanos. Mas dessa vez a união acabara. Alguns era legalistas e apoiavam a nova rainha, embora não gostassem dela. Afinal, pela hierarquia militar, tinham que obedecer o comandante que chegou ao poder pela lei. Outros, desconfiados, não gostavam dos novos ares que a estrangeira sentada no trono trazia.
Um clima de insatisfação pairava no ar de Yuden, trazendo mais insegurança às estradas. Então, um atentado ocorreu na fronteira com Zakharov e um carregamento de armas fora roubado. Os culpados precisavam ser encontrados e aventureiros seriam contratados...
***
Kannilar, a capital de Yuden, era uma metrópole impressionante. Construída numa planície elevada, possuía a maior muralha que se tem notícia no mundo todo. Seus prédios impressionantes, suas ruas pavimentadas e sua incrível limpeza eram realmente dignas de nota. Não havia sequer mendigos em canto algum, coisa comum em grandes cidades.
Angra seguia a pista do infame Lanceiro Negro, o homem que raptou sua filha e matou a todos que amava. Depois de alguns anos na estrada, conhecendo toda sorte de gente, desde aventureiros até o povo comum, a paladina de Thyatis encontrou a aridez de diversidade numa cidade tão grande. Eram todos humanos de rostos pálidos e semblante fechado. Alguns possuíam olhares agressivos numa expressão belicosa congelada. Não era um lugar agradável, mas descobrir que seu maior inimigo era um yudeniano e estava em Kannilar era o suficiente para levá-la até lá.
Havia algumas possibilidades na cidade. Estava diante de um entreposto comercial onde comerciantes vendiam verduras do campo. Logo ao lado, uma das centenas de guaritas militares da cidade, onde dois guardas postavam-se na porta com olhares atentos. Seguindo a rua, Angra podia ver a Estalagem do Dente de Keenn, uma construção horizontal feita pedra onde ostentava-se o símbolo de Yuden e Keenn. Na verdade, ambos os símbolos eram comuns em boa parte dos prédios e casas da cidade. Além disso havia um pátio com uma única árvore, de terra batida, onde famílias yudenianas se reuniam para aproveitar o sol do verão. Nenhuma família, entretanto, prestava-se ao piquenique, mas divertiam-se com armas de madeira em brincadeiras mais belicosas.
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A Escola Zurhwein de Kannilar, capital de Yuden, possuía a maior e melhor bibliotecas de História da Guerra, assunto de interesse de Konrad. Seu passado de "Sabbah" agora parecia distante, depois de meses intensos no Exército com Uma Nação. Ser um lefou era motivo para jamais ter acesso àquela biblioteca, mas depois de auxiliar um duque de mente aberta num plano contra fieis partidários de Mitkov Yudennach, o jovem lefou adquiriu o respeito e o direito de poder estudar em Kannilar.
A confiança em sua pessoa e a recuperação de seu nome de direito, entretanto, não tinha alcance por toda Yuden. Na verdade, apenas no ducado de Leon Goretzka Konrad sentia-se em paz. Em Kannilar, apesar de ter os documentos oficiais assinados pela própria Rainha-Imperatriz, encontrou dificuldade e má vontade por parte de todos à sua volta para prosseguir seus estudos militares.
Em um de seus dias rotineiros de estudos na capital de Yuden, viu sombras projetarem-se sobre seus livros. Eram ao todo, seis homens trajando um robe vermelho com capuz, com símbolos do Leopardo em negro.
Impuro, venha conosco em silêncio.
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Sir Vladimir voltava de uma cavalgada matinal quando avistou uma comitiva de cavaleiros sob o estandarte de Yuden. Boa coisa não era. A Marca de Minsk era próspera dentro da região de Kor Kovith e por isso era quase sempre visada pela administração de Yuden. Nos últimos anos, com a ascensão da Rainha-Imperatriz Shivara Sharpblade, os impostos até diminuíram e as visitas de comitivas yudenianas eram cada vez mais raras. Então, era estranho ver aqueles cavaleiros com suas armaduras brilhantes sob o forte sol do verão.
O capitão da tropa se destacou. Era um homem robusto, de armadura completa.
Um pergaminho enrolado e lacrado com o escudo de armas dos Sharpblade foi entregue a Vladimir. Uma pequena comoção se formou pelas janelas do Castelo Vigia do Poente. Curiosos com aquela aproximação, com a abordagem ao herdeiro da Marca, criando uma tensão no ar.
Sir Vladimir Minsk, tenho um ofício da coroa de Yuden assinado pela Rainha Shivara Sharpblade, com ordens que nos acompanhe em escolta para Kannilar.
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Foram alguns meses até Ladon conseguir uma pista de onde o grupo de Fellana agia e acabou por chegar a Zakharov. Era uma cidade pequena na divisa com Yuden, perto de uma grande massa florestal a norte, mas a proximidade de Zakharin mexia com o coração do lefou. Estava perto da capital do reino onde suas duas irmãs estavam escondidas, viviam suas vidas sem o sobrenome Brimstone.
As elfas Fellana e Nyx, o goblin Crim, o lutador Riot e o sacerdote Tyr. Juntos, eram a Liga de Valkaria. Ladon não teve oposição em se juntar ao bando, que estavam investigando o roubo de cargas de armamento vindos de Zakharin para Kannilar, capital de Yuden.
Vamos chutar algumas bundas.
Podemos evitar o pior...
Porém, essa missão acabou mal.
Sim, temos que matá-los sem sujar as mãos. Pra isso existe a bola de fogo.
Em um ataque ao acampamento dos ladrões, descobriram que eram homens fortemente armados. Eram yudenianos roubando do próprio governo! Numa luta sangrenta, Riot, Crim e Tyr acabaram mortos. Nyx desapareceu sem que Ladon pudesse ver o que realmente aconteceu e Fellana fora raptada. O guerreiro lefou foi deixado em um descampado a beira da morte... até ser encontrado por uma patrulha de soldados. Obviamente, ele foi levado para a prisão em Kannilar por ser um lefou. A desconfiança para os não-humanos era comum em todos os yudenianos.
Algumas semanas depois, comendo uma vez por dia e pegando sol apenas três vezes na semana, Ladon foi visitado por um homem metido em uma armadura esmaltada em vermelho. Tinha um ar solene e parecia ser experiente.
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Ladon, eu sou o capitão Julian Draxler e tenho uma proposta a fazer. Aceite trabalhar para mim e receberá a informação onde a elfa loira está... Mas você pode decidir ficar aqui por mais um tempo. Quando sair, a prisão terá te quebrado tanto que não passará de um arremedo do que fora um dia. O que me diz?
Os meses em Valkaria ao lado de Orgo, Tyr, Klimerio e Kasina foram de grande aprendizado a ChaoFan. Sua arte marcial, aprendida a duras penas com seu mestre, desenvolvia-se cada vez mais. Os aventureiros de Valkaria, patrocinados pelo aristocrata William Davenport, o levavam para lutas cada vez mais desafiadoras.
Até que em determinado momento, Davenport dispensou o grupo por um tempo. Tyr, o goblin banqueiro, explicou ao grupo que ele estava envolvido com atividades ilícitas ligadas as Irmandades criminosas. Precisaria se afastar de Valkaria e evitar uma provável prisão... Assim, cada um dos aventureiros seguiu seu caminho separadamente. ChaoFan tinha apenas Orgo como um companheiro fiel e leal. Ambos dividiam o mesmo barracão na Favela Goblin e promovia confrontos amistosos entre eles. Um rival e amigo. Ambos acabaram se tornando lutadores clandestinos em torneios noturnos na Arena Imperial.
Porém, depois de um tempo, o homem-lagarto decidiu procurar seu mestre. Seu orgulho de homem-lagarto, domado pela civilidade da arte marcial, aflorou a vontade de mostrar tudo que evoluíra com o tempo. Sua busca pelo seu mestre foi desafiadora e, sozinho, o encontrou. ChaoFan e seu mestre passaram um tempo juntos, com o artista marcial realizando pequenas missões para seu mestre até que por fim, decidiu não estar pronto ainda.
Havia muito o que realizar e descobrir. Voltando ao seu rumo desconhecido... até encontrar um cenário desolador. Em uma planície distante de qualquer vilarejo, encontrou quatro carroças viradas, com caixas de madeiras destruídas e muita palha espalhada. Havia homens metidos em roupas idênticas, como uniformes militares. Estavam todos mortos a golpes de espadas. E a julgar pelo cheiro, moscas e os corvos sobrevoando, estavam mortos fazia alguns dias...
Dados dos Personagens: Inventário, XP, Riquezas
- Angra dos Cabelos de Fogo <> PV: 49 PA: 1 PM: 10 CA: 24 <> Fúria: 1 <> Música de barda: 8 <> Santa curandeira: 6 <> Condição: Normal
- Konrad von Merovech <> PV: 30 PA: 1 PM: 14 CA: 20 <> Zauberei preparados: a preparar <> Condição: Normal
- Vladimir Minsk XI <> PV: 81 PA: 1 PE: 3 CA: 26 <> Desafio: 5 <> Duro de Ferir: - <> Duro de Matar: 1 <> Patriota: 2 <> Condição: Normal
- Ladon Brimstone <> PV: 73 PA: 1 CA: 20 <> Fúria: 2 <> Condição: Normal
- Chaofan <> PV: 60 PA: 1 PE: 9 CA: 24 <> Condição: Normal
Próxima Atualização: 30/08