Ontem.Grande Templo de Vitória
Quando o Deus das Pragas surgiu, criou para si seu próprio mundo e o chamou Malebolgia, “Fosso do Mal”. Era uma terra doentia habitada por mortos-vivos e criaturas abomináveis nascidas de seu corpo deteriorado. As pessoas que tinha a infelicidade de renascer neste lugar morriam rapidamente, contaminadas pelo próprio ar – uma atmosfera carregada de doenças de todos os tipos. Outros não tinham tanta sorte e terminavam como criaturas infelizes marcadas por deformações, dores e sofrimento mental e físico perpétuos.
Isso mudou quando Vitória nasceu. Tão logo veio à Criação, a Deusa dos Heróis declarou guerra a seu irmão. Não criou um mundo para si, mas conquistou o mundo dele. A cada pedaço de território tomado seu poder expandia-se e o purificava. O lugar foi criado para ser um repouso para os de coração nobre e valoroso que em vida se sacrificaram pelos fracos e indefesos e também como uma oportunidade de redenção para os vis e cruéis que obtinham a oportunidade de aprender e fazer o que era certo. Assim nasceu Aurora, o Reino de Vitória.
A própria Divindade nunca teve um lar para si neste mundo: passou toda sua curta existência (em termos divinos) combatendo Sartan e nunca teve descanso. Entretanto, quando ela confrontou-o, destruiu Dite (a fortaleza que servia de base para o vil Deus) e o aprisionou a custa do próprio sacrifício, seus devotos ergueram um magnífico templo em sua homenagem. Este é o Grande Templo de Vitória, sede dos remanescentes do culto.
Aurora hoje é uma fração do que já foi. Em todo o lugar há desertos e dureza. Almas não renascem mais aqui. As poucas pessoas e criaturas benévolas que o habitavam concentravam-se no Grande Templo, que funcionava como uma grande metrópole. Todo o resto do mundo é tomado por bestas perigosas que, no passado, serviam de material de teste para as almas malignas, que precisavam provar-se merecedoras antes de gozar dos prazeres que Aurora proporcionava aos heróis.
O Grande Templo, por outro lado, foi um pequeno pedaço do paraíso... até o retorno dos sartanistas. De surpresa eles tomaram o lugar, massacraram os habitantes. Uma parte conseguiu fugir, mas os mais bravos e valorosos heróis e criaturas sagradas que aqui viviam deram sua vida para salvar os mais fracos – como sua Deusa esperaria que fizessem, se estivesse viva.
Tudo isso vocês aprenderam durante a reunião, da parte de Mazzlein, principalmente. No fim o plano ficou delineado e claro.
O Exército do Reinado entraria no território que correspondia ao Grande Templo por um gigantesco portal aberto pelo Mestre Talude e por Lorde Vectorius, os grandes arquimagos de Arton. O Exército seria comandado por Azog Irkhazad, o mais experiente entre os generais presentes. A decisão causou certa celeuma e os yudenianos em particular demonstraram estarem ofendidos, mas Célia calou-os e deu seu apoio ao Príncipe de Kalevala. O cerco seria empreendido pelas forças do Reinado enquanto os Clérigos de Vitória acompanhariam os Heróis do Disco – vocês – até o Santo dos Santos, o centro do templo onde teria sido travada o duelo final entre Vitória e Sartan e onde havia sido erguido um altar em homenagem à Deusa. Ali os sartanistas congregam-se, após conspurcar a capela, preparando o sacrifício de Ankaa que permitiria o retorno do Deus das Pragas.
Seria necessário que os três Portadores: Capella (Ordem), Lilith (Neutralidade) e Anser (Caos) carregassem as Partes consigo até aproximarem-se do portal em si (que já estava sendo aberto naquele momento). Ao chegar perto o suficiente as Partes deveriam ser unidas – o Disco inteiriço era muito instável por envolver três forças naturalmente antagônicas e só se mantinham desta forma por pouquíssimo tempo. Então um dos Heróis (de preferência o mais hábil) deverá arremessar o Disco no Portal. Isto causará seu colapso, fechando-o. O Disco voltará a se dividir. Este não será o fim do combate, pois os Heróis ainda terão que lidar com os remanescentes que, provavelmente enlouquecidos, continuarão lutando por vingança. Mas terá prevenido a entrada de Sartan. Claro, isto só seria possível se não sacrificassem Ankaa. Quando a garota morresse, sua essência se uniria ao Portal e o abriria definitivamente, permitindo que Sartan emergisse em toda sua glória. Neste caso tanto os Heróis quanto os demais atacantes só poderiam esperar uma morte rápida, pois a ira do Deus das Pragas seria avassaladora.
Felizmente o ritual em questão é muito longo – então levaria um bom par de horas para o sacrifício ser realizado. Ainda havia tempo para vocês. As tropas de Azog partiram imediatamente e a batalha começou, mas vocês só precisariam entrar em ação quando o caminho para o Santo dos Santos estivesse aberto. Assim foram-lhes providenciados quartos, um banho e um bom jantar. Um novo dia amanheceu quando foram chamados. Iam entrar na batalha.
Antes de partir foi-lhes dada a chance de escolherem itens diversos do arsenal real – o que achassem melhor para se preparem. A Academia Arcana e o governo de Vectora providenciaram pergaminhos e poções raríssimos. Tudo o que acreditavam precisar.
Agora..
Uma bola de fogo esverdeada explodiu ao lado de sua posição, varrendo os soldados que ali estavam. Diante de vocês estava o Santo dos Santos, mas para avançar era preciso lutar. Embora o caminho até aquele ponto tivesse sido conquistado a duras penas pelas forças artonianas, era o momento de vocês agirem.
No princípio parecia simplesmente uma questão de seguir em frente. Voo foi cogitado, mas bestas voadoras tomavam os céus e derrubavam de lá os guerreiros montados em grifos e engajavam-se de igual para igual com dragões prateados (devotos de Vitória) e dragões brancos (enviados por Beluhga). Naquele combate titânico talvez por cima não fosse a melhor solução.
Azog fez um brilhante discurso sobre o poder da união de toda a Criação contra a destruição e vocês sentiram seu espírito se elevar.
Mazzlein avança montado em um unicórnio de pelo alvo e chifre dourado (muitos clérigos montam tais criaturas e elas parecem ser comuns em Aurora – mesmo unicórnios selvagens estão presentes à batalha). À direita, à esquerda e atrás de vocês estão os clérigos de Vitória, reunidos como um pelotão.
Uma aura de energia positiva espalha-se do corpo do sacerdote e cobre todos como um manto. Vocês sentem suas energias restaurarem-se.Mazzlein
- Guerreiros! Hoje enfrentaremos a maior ameaça a este mundo desde a Primeira Guerra do Disco! Lutaremos e venceremos! Por Arton e por Vitória!
Neste momento um campo translúcido cerca a posição do inimigo, como uma barreira.
As primeiras fileiras avançam e colidem contra a muralha enquanto os arqueiros mais atrás disparam flechas. A barreira tremula diante do ataque.Mazzlein
- O inimigo cobriu sua posição com uma muralha mágica! Devemos destruí-la! CARGA!
Off:
Todos subiram uma escala (sim, agora são Sugoi – parabéns!). Todos vocês receberam 20 Pontos de Experiência. Podem usar estes pontos para aumentar suas Características, comprar Vantagens, Poderes de Kit ou itens mágicos diversos (permanentes ou não), como acharem melhor. Lilith pode gastar até 5 PEs para comprar qualquer magia dos livros ou do meu Baú (exceto as referentes à Tormenta, que ainda não existem), incluindo magias raras ou avançadas (respeitando os limites e demais exigências, claro – mas, sim, dá pra pegar Desejo ou Permanência se tiver os requisitos para tanto). Escolha sabiamente. Vocês também podem guardar PEs para usar durante a batalha das formas previstas nas regras.
O primeiro desafio a ser superado é uma barreira mágica que cederá após sofrer certa quantidade de dano. Efeitos de Cancelamento de Magia podem ser tentados mediante Magia Extrema (gastando PEs para Poder Surpreendente). Vantagens Lendárias estão permitidas mediante o gasto de PEs, a partir de Poder Surpreendente. O mesmo vale para magias em geral (Magia Surpreendente).
Não há necessidade de rolar Iniciativa e Aparência Inofensiva não tem uso aqui (os sartanistas sabem bem do que os Heróis são capazes). Vocês agem primeiro, mas estão sob fogo cerrado (a muralha só atua em uma direção, impedindo o que está fora de entrar, mas não o contrário).
Anser, PV(20) 20, PM(20) 20. PE: 0.
Capella, PV(15) 15, PM(15) 15. PE: 1.
Mirach, PV(10) 10, PM(10) 10.
Ikki de Fênix, PV(15) 15, PM(30) 30. PE: 5.
Lilith, PV(20) 20, PM(56) 56. PE: 1.