O DISCO DOS TRÊS - ON

[Lord Seph]

- Bakula, é um desprazer em vê-la. Diga logo o que quer, além de parecer estar trabalhando para Sartan.

Lilith deixa a sua criatura mágica diante si para uma proteção extra.

- Tom, já pegou o medalhão? Se sim vamos sair daqui logo. Com a morte do anão temos que arrumar uma forma voltar para terra.

Lilith mantém os olhos em Bakula enquanto fala.

[Padre Judas]

Ilha da Caveira , 13/06/1312

Templo da Caveira

Enquanto conversam Capella percebe a presença de uma intenção hostil, mas ela é ainda difusa, imprecisa.

Tom

- Hahahaha! Eu não devo nada! A única coisa que quero são as outras partes que estão com vocês! E vão me entregar!

Ele põe o elmo.

Tom

- Durante muitos anos eu convivi com vocês por não ter alternativa. Meu Deus estava morto e éramos perseguidos. Fiz o necessário para sobreviver! Mas agora... agora é diferente! Orbe, venha! Lutemos juntos novamente!

O Orbe:

- Isto não acontecer, Tom. Primeiro, não irei colaborar com esta trama. Segundo... você já está morto.

Neste instante uma lança afiada brotou do peito de Tom, perfurando carne, ossos e metal. Ele caiu, amparado pelos braços de Bakula, que agarrou a pesada armadura como se fosse papel e depositou-o calmamente no chão.

Tom

- Argh! O quê? Por quê...?

A antropossaura remove o elmo com delicadeza e passa a mão banhada em vermelho por seu rosto. Nada diz enquanto o homem tosse sangue.

Tom

- Agora eu entendo. Entendo. Obrigado...

Seu corpo perde as forças e fica inerte. Bakula deita-o no solo, retira uma bolsa de couro e se ergue. Arremessa a bolsa aos pés do paladino.

Bakula

- A Parte Neutra está aí. Segurar a bolsa não trará problemas, mas somente alguém que não esteja alinhado a nenhum dos braços da balança pode tocar a Parte diretamente. O tempo está acabando, vocês devem ir.

Ela gesticula e um portal circular se abre à esquerda de vocês. Do outro lado é possível ver a praça de Malpetrim onde tudo havia começado.

Bakula

- Vão e encontrem Mazzlein. O destino deste mundo depende de vocês.

Off:

O que vocês fazem?

CONDIÇÕES

• Lilith está com Corpo Elemental (água) ativo, Renegeração 1 PV/turno. 15 PMs.

Capella, PV(15) 7, PM(15) 4. PE: 1.
Mirach, PV(10) 10, PM(10) 0.
Ikki de Fênix, PV(15) 15, PM(30) 0. PE: 5.
Lilith, PV(20) 20, PM(56) 24. PE: 1.

[Lord Seph]

Lilith tudo acontecer rápido demais e olha para Capella.

- O que faremos?

Lilith fala enquanto ordena a criatura pegar a bolsa.

- Vamos ter que deixar nossos companheiros para trás se formos agora, Capella.

Lilith volta a falar enquanto olha para Bakula, mas o nome que ela cita não lhe é estrango.

[Kaidre]

Todo o desenrolar de acontecimentos foram demasiadamente surpreendentes. Tom fazia parte do culto de Sartan, Bakula o assassinando, as palavras finais de Tom. Aquilo, era demais. O paladino não sabia como reagir. Apenas, o cometário de Lilith o trouxe a "realidade", fazendo-o se lembrar dos companheiros que ficaram para trás.

Capella

- Tem razão Lilith. Ainda precisamos buscar Mirach, Balah e Sandra. Embora esses dois últimos não temos como saber onde se esconderam.

Mas o cavaleiro ainda estava incomodado. A forma de agir de Bakula e as palavras de Tom ainda o incomodavam. Foi quando lembrou-se de uma velha história sobre um deus traidor e seu culto dizimado.

Capella

- Sei que nosso tempo é curto, mas precisamos buscar os outros primeiro. Mirach disse que nos alcançaria, então deve estar no Vale do Rei agora, ajudando os sobreviventes.

[kaito sensei]

Tom se revela um traidor, mas pelo visto Bakula o traiu também e o empalou traiçoeiramente! Era traição demais para a cabeça da fênix.

Ikki

Mas o que diabos está acontecendo?

Bakula abre um portal que leva a uma cidade. Ikki não conhecia Malpetrim. Olhou para o paladino falando sobre esperar os demais. Ele chega perto do paladino e fala em tom baixo, tapando o bico com uma das asas.

Ikki

oe! oe! oe Capella! Acha mesmo que é seguro confiarmos nela? Tá certo que ela nos entregou uma parte do disco... Mas ela acabou de empalar o cara na nossa frente!

O paladino podia notar que Ikki estava em choque. Realmente não esperava que a situação fosse se desenrolar daquela maneira.

[Padre Judas]

Ilha da Caveira , 13/06/1312

Templo da Caveira

A morte abrupta de Tom havia interrompido a sensação de ameaça eminente sentida por Capella. Bakula escuta suas objeções com uma expressão indecifrável naquele rosto reptiliano.

Bakula

- Isto não é um problema.

A mulher gesticula e quatro figuras surgem ao lado de vocês. Mirach está de pé, como se estivesse conversando com alguém, e olha ao redor confusa. Kitalpha está ao seu lado.

Mirach

- O quê? Mas eu conversava com Gua-Bao... ó, não!

Ao lado dela estão Balah e Sandra.

Ambos mortos. Seus corpos destroçados.

Bakula

- Estes dois cairam em um fosso profundo, um buraco natural na floresta, enquanto fugiam. Nada pode ser feito quanto a isso. Agora vão!

Sua voz era imperativa, dominante. Não havia ali nenhuma admissão de discordância.

Off:

O que vocês fazem?

CONDIÇÕES

• Lilith está com Corpo Elemental (água) ativo, Renegeração 1 PV/turno. 15 PMs.

Capella, PV(15) 7, PM(15) 4. PE: 1.
Mirach, PV(10) 10, PM(10) 0.
Ikki de Fênix, PV(15) 15, PM(30) 0. PE: 5.
Lilith, PV(20) 20, PM(56) 24. PE: 1.

[Kaidre]

kki sussurra aos ouvidos do paladino sobre sua desconfiança a respeito de Bakula. Após rápida ponderação, ele lhe responde no mesmo tom.

Capella

- Não. Não acho que ela seja digna de confiança. Mas não sinto nada hostil vindo dela. Além disso, tenho a impressão que nosso fracasso trará mais prejuízo a ela que a qualquer outro.

Mas antes que algo fosse definitivamente decidido, Bakula trouxe Mirach e seus outros companheiros até eles. Infelizmente Balah e Sandra já não estavam mais entre os vivos.

Capella

- Balah! Sandra!

Mirach

- Pelos Deuses! O que está acontecendo?

A escudeira ficara espantada. Ninguém esperava que mais companheiros estariam mortos. A antropossauro explica sobre as condições de falecimento de seus companheiros com rosto impassível.

Capella

- Droga! Lilith, como anda o aprendizado do pergaminho? Algum progresso?

Infelizmente a resposta da fada não é animadora.

Capella

- Droga! Melhor nos apressarmos ou o destino de nossos amigos irá se estender a muitos mais. Lilith, peça a sua criatura que atravesse primeiro.

Movimento:
Ação:
FA (Capella):
FD (Capella):
FD (Heroísmo):

Capella:
PVs: 07/15
PMs: 04/15
Extra:

[Lord Seph]

Lilith vê o corpos mortos de seus companheiros e trinca os dentes.

- Eu voltarei. Nada ainda, Capella.

Lilith fala enquanto olha o portal.

- Eu perderei meu contato com a criatura assim que ela atravessar. Mas de nada adianta discutirmos, vamos logo e ainda falta a terceira parte que espero estar com Plague.

Lilith olha uma ultima vez para Bakula e atravessa o portal com sua criatura afrente.

[kaito sensei]

Capella

- Não. Não acho que ela seja digna de confiança. Mas não sinto nada hostil vindo dela. Além disso, tenho a impressão que nosso fracasso trará mais prejuízo a ela que a qualquer outro.

Ikki

Entendo... Já percebeu que estamos tendo ajuda de um monte de gente estranha? Primeiro aquela deusa das pragas e agora a lagartixa... Talvez isso entre naquela regra: o inimigo de meu inimigo é meu amigo.

Ikki mal terminou seu raciocínio e viu que Bakula teleportou Kitalpha, Mirach e os corpos de Balah e Sandra.

Ikki

Macaquinha!

Bakula

- Estes dois cairam em um fosso profundo, um buraco natural na floresta, enquanto fugiam. Nada pode ser feito quanto a isso. Agora vão!

Ikki

E você mesmo sabendo disso não os ajudou antes? Sua...

Ikki até queria brigar ou descontar a raiva, mas parou ao ver que não tinha o que fazer. A mais ilustre membra daquele grupo em sua visão estava morta junto com seu "minion". Respirou fundo e se recompôs. Faz uma reverencia perto dos corpos.

Ikki

Creio que Thyatis não deixará que seu sacrifício seja em vão. Por hora descansem meus amigos, prometo que vamos traze-los de volta.

Depois disso a fênix ergue voo e passa pelo portal sem nem olhar para Bakula.

[Padre Judas]

Ramknal , 13/06/1312

Ramknal

Você senta-se sobre uma pedra após verificar cuidadosamente se não havia nenhum perigo, nenhuma armadilha. Nas últimas semanas, aprendera do modo mais duro como aquele mundo era perigoso.

Observou as ruínas por um instante, esperando. Quando chegara aqui recebera um inesperado convite para um “treinamento leve” que de leve não tinha nada. Seu mestre o testara até o limite, colocara-o em perigo real várias vezes. Até dormir ali era um risco – era preciso fazê-lo com um olho aberto.

O lugar originalmente era um deserto, mas sua curiosa maldição fizera a região florescer em poucos dias. Agora tudo estava tomado por gavinhas, cogumelos e árvores menores que cresciam desafiando as estruturas consumidas pelo tempo.

Não podia se esquecer dos que deixara para trás. Seu irmão, seus amigos. Ankaa. Algo se moveu na superfície à frente. Era quase imperceptível através da folhagem, mas então você notou que uma serpente, camuflada sobre a grama e as pedras. Ela o notou, mas não identificou ameaça e seguiu em frente. Neste momento uma rocha ergueu uma garra em forma de pinça e a capturou. O caranguejo-da-pedra era do tamanho de uma tartaruga marinha e ocultava-se perfeitamente entre as pedras, mas você havia aprendido que sua carne era bem gostosa e podia salvar a vida de um viajante perdido e esfomeado. Felizmente você tinha comida suficiente na bolsa, obtida através da caça – seu mestre só aceitava que você comesse o que capturasse com as próprias mãos. Até as plantas ali exigiam astúcia para serem colhidas. Um erro era a morte certa.

Encontrara viajantes alguns dias atrás que lhe disseram que aquele lugar era chamado “Forte Quebrado”. Não sabiam a história da estrutrua – já era assim há séculos. Antes de partirem os viajantes tentaram roubá-lo. Era algo comum.

- Há novecentos anos um sujeito chegou até este mundo. Ele não queria vir para cá, esperava renascer em um lugar de guerreiros fortes e poderosos, como Kundali ou Werra. Mas Ramknal era um mundo jovem e precisava de colonos. Todo tipo de gente veio para cá naqueles tempos.

A voz vinha de trás. Ao virar-se viu uma raposa branca. Branca não, albina. Seus olhos vermelhos te encaram – parecem sorrir. Suas nove caudas erguem-se desafiantes e belas. Tão grande como um leão, mas você não a notou chegando.



A raposa continua falando – falando! – com naturalidade, como um contador de histórias.

- Mas ele procurou sobreviver. Ergueu este forte, recrutou outros que pensavam como ele – que força e poder bruto eram superiores. E funcionou. Por algum tempo. Ele reinou sobre a região por mais de sessenta anos apenas pela força.

- Um dia os governados se cansaram de sua tirania e declaram-lhe guerra. Ele se fechou em seu forte e um impasse foi mantido por seis meses. Depois deste tempo os amotinados desistiram e como prova de sua boa vontade ergueram uma enorme estátua para seu mestre. Uma réplica em madeira do grande senhor montado em um magnífico cavalo de batalha. Era realmente impressionante, devo dizer.

- O senhor ficou maravilhado. Deixou os rebelados partirem – puniria os líderes depois – mas aceitou o presente. E o trouxe para dentro do forte. Naquela noite deu uma grande festa.

- Era um truque, claro. Inclusive o cerco. O seu líder, um clérigo da Astúcia recém-renascido no mundo, deu ao grande general a impressão de que este mundo podia ter suas regras ignoradas. O magnífico senhor acreditava que podia impor seus modos sobre Ramknal. Era um tolo, para dizer o mínimo.

- Veja, a estátua era oca. Dentro dela havia um pequeno grupo de soldados, incluindo o clérigo. Eles saíram enquanto todos estavam bêbados, tomaram o portão e o abriram. Então os amotinados retornaram e tomaram o forte. O tolo general foi morto na cama, nu e sem suas armas. Seu corpo foi arrastado e pregado nas altas muralhas. Depois disso o grande clérigo, cujo nome é Sindar, levou seu povo para fora deste vale maldito e eles ergueram uma grande cidade ao leste chamada Sindária. Você deveria visitar algum dia. Sindar ainda governa a cidade. O nome do grande general foi esquecido. Era um tolo e os tolos não merecem ter seus nomes registrados. Nem mesmo eu me recordo dele. Seu forte, sua grande criação, foi destruído pelo tempo, pelo vento. Tornou-se o lar para animais – cada um deles mais esperto do que ele nunca havia sido. Há uma lição a se tirar disso.

- Seu treinamento terminou, Anser. Pelo menos o que Hyninn possa lhe dar no curto tempo que tivemos.

Sim, pois aquele era Hyninn, Deus da Astúcia, padroeiro de políticos, mercadores, caçadores, ladrões e todos aqueles que dependiam da inteligência e argúcia para sobreviverem e prosperarem.

Hyninn, Deus da Astúcia

- Hoje você encontrará seu irmão e seus colegas. Não todos. Um deles se revelou um traidor. Tom era um servo do meu filho perdido, Sszzaas. Outro, Gael, caiu doente. Era fraco.

- O nagah, Balah, e sua companheira macaca morreram caindo de um abismo enquanto fugiam de um perigoso adversário. Uma morte indigna, mas raramente o fim é heroico. Você sabe disso muito bem.

- Vou enviá-lo à Malpetrim. Lá encontrará Mazzlein, na mesma praça onde seus colegas o encontraram da primeira vez. Ele terá outra aparência, mas para você isso não faz diferença, pois não estava presente na hora em que foram convocados.

A raposa olhou na direção de um arco que permanecia em pé naquela desolação. O ar tremeluziu e uma imagem surgiu – a de uma praça com uma fonte, à noite.

Hyninn, Deus da Astúcia

- Agora vá. O destino do mundo repousa em suas mãos.