AR MOLHADO [TRPG] - ON

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Padre Judas
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Mensagem por Padre Judas » 19 Mai 2018, 09:38

AR MOLHADO

Parte 1: Viagem para Vila Marlim

Capítulo 1: Encontros

Vollendann
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Hongari. Daqui é dito ser o lugar mais pacato do Reinado. Sem monstros, sem guerras. Embora Portsmouth insista em ser um espinho no pé e Triumphus seja um antro de criminosos imortais, o país como um todo é o lugar menos “aventuresco” de todo o continente. Em um mundo de problemas, Hongari é a calmaria no olho da tempestade.

Mas há exceções. Como já dito, tanto a fronteira com Portsmouth quanto a infame Triumphus são focos de preocupações para os pacíficos halflings. E há Vollendann..

Comparanda com outros portos, a cidade de Vollendann é um lugar bem tranquilo. Mesmo assim não deixa de ter sua cota pessoas estranhas, viajantes obscuros e piratas que aproveitam a tranquilidade local para relaxar um pouco. E este porto é um dos principais pontos de chegada e saída de Moreania, o que agrega um elemento extra à situação. Apesar de tudo, Vollendann é um bom lugar para aqueles que precisam de problemas para viver: os aventureiros.

Abgail

Guiada pelo caos a menina chegou à Vollendann.

Fome. Uma sensação familiar. Abgail caminha entre as pessoas sentindo o estômago reclamando. Sente o peso da bolsa ao cinto – felizmente não lhe falta dinheiro. Hora de almoçar!

Uma pequena confusão ocorre à sua frente. Uma garota, ruiva e de cabelos cacheados, um pouco menor que ela mesma, passa rapidamente e lhe dá um esbarrão. Instintivamente a jovem leva a mão à cintura e percebe que a bolsa não está mais lá!

Ao se virar para correr atrás da garota sente uma mão forte e calosa agarrando seus braços finos. Ao virar-se dá de cara com um anão mal-encarado.
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- PEGUEI VOCÊ, SUA RATA DESGRAÇADA! GUARDAS! GUARDAS! PEGA LADRÃO! ME DEVOLVA MEU DINHEIRO, YOU WHORE!
Off:

Abgail perdeu todo o seu dinheiro.
Arion Tigernach

Estranhos são os caminhos pelos quais os deuses conduzem os homens.

Arion Tigernach, cruzado da Justiça, havia chegado à Vollendann seguindo a vontade de Khalmyr. Em uma estrada de Bielefeld encontrara um homem com problemas com sua carroça. O homem chamava-se “Pai Adolfo” e era um humilde pregador servo dos deuses que viajava com sua filha – eles traziam todos os seus pertences consigo, na carroça, e dependiam da ajuda das pessoas. “E da misericórdia dos deuses”, completava.
Pai Adolfo
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- Soube de um lugar além do oceano chamado Moreania onde nunca ouviram falar nos Grandes Deuses. Meu objetivo é viajar e levar a Palavra às almas ignorantes que lá vivem.
Quando questionado sobre como pretende comprar duas passagens para uma terra tão distante o velho fala com fervor.
Pai Adolfo
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- Os Deuses nos levarão! Mãe Valkaria abençoa minha ambição e o próprio Lorde Oceano abrirá as portas de seus mares para que nós o cruzemos, se necessário!
Junto com o pregador ia sua filha, a jovem Collette de treze anos. Embora sua vida fosse na estrada, não parecia lamentar.
Collette
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- O senhor deseja vinho? Não precisa se preocupar, estamos em uma missão sagrada, meu pai e eu, em ação de graças por minha vida.
A própria menina narrou sua história. Sua mãe faleceu no seu nascimento e ela mesma veio ao mundo doente, entre a vida e a morte. Seu pai jurou que dedicaria sua vida à pregação da Palavra Divina se os Deuses salvassem sua única filha. Ela melhorara e agora viajavam juntos.

Vendo que o trajeto dos dois passava perigosamente perto da Floresta de Jeyfar (e percebendo que os dois não pareciam se importar do risco que isso representava), o cruzado decidiu acompanha-los pelo resto da viagem. Foi apropriado, pois tiveram alguns pequenos contratempos. Nada realmente de grande risco, mas sua presença com certeza foi útil. O velho não era desprovido de dons divinos e mesmo a garota demonstrava um talento invulgar com a pequena besta que possuía. No fim formavam um grupo singular e curioso que podia dar conta de ameaças menores.

Em Coronna, uma vila portuária perto da floresta, os dois conseguiram encontrar um navio que iria para Moreania e estavam dispostos a levar consigo dois passageiros. Arion bem ficou preocupado com a tal tripulação, mas notou que o capitão, um tal roddenphordense (“hersheyano”, corrigia) chamado Edvard Orelov, não era um homem ruim e seus subordinados eram pessoas decentes.
Edvard Orelov
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- Peço apenas que não fique com pregações ou cultos durante a viagem, padre. Respeito-o como homem, mas não sou devoto.
Antes de seguirem viagem, entretanto, deveriam fazer uma última escala em Hongari para comprar mantimentos e obter mercadorias. Sem nenhum motivo maior para ficar o jovem Tigernach decidiu seguir seus instintos e ir também.

E agora estavam em Vollendann. Arion não tinha certeza se queria continuar em frente, cruzar o oceano até uma terra desconhecida. Talvez lá bem precisasse de justiça, como dizia o velho. Mas Arton também possuía muitos problemas e muito mal a ser combatido.

Vagava pelas ruas sozinho, perdido em pensamentos, quando ouviu uma confusão no mercado.
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- PEGUEI VOCÊ, SUA RATA DESGRAÇADA! GUARDAS! GUARDAS! PEGA LADRÃO! ME DEVOLVA MEU DINHEIRO, YOU WHORE!
Um anão com pecha de comerciante agarrava pelo braço uma garota ruiva que devia ter mais ou menos a mesma idade que o cruzado, talvez um pouco mais nova. O que estava acontecendo?

Thalassa Eidothea

Aquele era mais um dia como qualquer outro. Thalassa acordou, foi à praia e orou ao Oceano. Retornou ao templo para os afazeres diários e encontrou a sacerdotisa responsável, Neka Águazul.
Madre Neka
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- Bom dia, Thalassa.
Após o dejejum era hora de trabalhar. A jovem serva do Oceano havia chegado à Vollendann em suas viagens pela costa do continente e não pretendia permanecer por muito tempo, mas por enquanto podia viver ali. Vollendann era uma das poucas cidades do mundo seco a ter o Oceano como seu deus padroeiro. Mesmo outras cidades costeiras acabavam por escolher Khalmyr, Valkaria, Tauron ou outros deuses.

Mas Vollendann era uma exceção. As missas eram lotadas e sempre havia muito trabalho. Neka despediu-se após algum tempo, pois teria uma reunião com o burgomestre para discutir pequenas reformas na igreja. Levou sua aprendiz, Gina, consigo e deixou Eidothea cuidando do lugar. Recordou-lhe do homem ferido que os pescadores haviam encontrado e que ainda estava em seu leito.
Madre Neka
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- Acredito que já está melhor e poderá levantar-se hoje.
E a halfling se foi com Gina atrás.

A mulher terminava de limpar o salão quando percebeu alguém entrar pela porta sempre aberta. O vulto correu e escondeu-se rapidamente atrás de alguns bancos. Ao se aproximar viu uma garota com óbvia aparência de mendiga, cabelos ruivos cacheados, olhando-a assustada. Falou sussurrando.
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- Ééé... oi. A senhora poderia me deixar ficar aqui um pouquinho? Juro que não vou incomodar!
Gregor

Gregor abriu os olhos na pequena cela que as clérigas haviam reservado para ele. Sentia-se bem melhor.

Quando seu mestre, Lannyloriell, enviou-lhe para o mundo o jovem feiticeiro não imaginou que já encontraria problemas logo no início. Meses haviam se passado desde que abandonara sua terra natal no norte e cruzado Trebuck. Chegara à Sambúrdia em busca de trabalho e terminara no Balneário de Zannar. Ali pegara um navio que devia leva-lo à Khubar.

Mas uma tempestade no meio do mar os pegara de surpresa e seu navio fora a pique. Ele naufragou e sabe-se lá quantos dias ficou à deriva, agarrado a um pedaço de madeira. Foi resgatado por pescadores halflings e levado à Vallendann onde permanecera vários dias desacordado, entre a vida e a morte, à mercê das sacerdotisas locais.

Mas isto era passado e sentia-se bem melhor. Levantou-se e encontrou suas coisas em um baú perto do pé da cama, como Madre Neka havia lhe dito. Vestiu-se e saiu de seus aposentos.

Após andar por um curto corredor viu-se na nave da igreja. Havia outra mulher lá e ele reconheceu como Thalassa, uma peregrina que fazia sua estadia por ali. Ela conversava com alguém que estava agachado atrás de um dos bancos.
Off:

É isso, começou. Vamos postar, povo. Embora tenha dito que iria atualizar semana que vem, posso fazê-lo antes se tiver tempo então postem rápido porque aí eu fico tranquilo.
Editado pela última vez por Padre Judas em 24 Mai 2018, 19:36, em um total de 1 vez.
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Re: AR MOLHADO [TRPG] - ON

Mensagem por Aldenor » 20 Mai 2018, 10:23

A Cruzada de Khalmyr ficou para trás.

Os anos de duros treinamentos não despertavam necessariamente uma saudade, mas Arion havia se acostumado à rotina de carregar peso, treinar com a espada, estudar os dogmas nos pergaminhos desgastados pelos séculos e a dormir em um chão duro abraçando a espada. A Cruzada de Khalmyr havia lhe deixado marcas profundas e mesmo estando "em missão" como eram designados aqueles formados e agraciados pela fé de Khalmyr, Arion ainda preferia dormir em solo duro abraçado à sua espada.

A espada de um devoto de Khalmyr é uma de suas melhores companheiras, o instrumento sagrado da justiça e na ordem da Cruzada de Khalmyr essa relação era levada a um intimismo muito mais profundo. Alguns diziam que podiam se comunicar com suas espadas. Arion não chegou a esse ponto, mas frequentemente, enquanto orava para Khalmyr, fazia um ou outro comentário tendo somente sua espada como testemunha.

Arion pegou-se pensando nisso enquanto viajava na carroça de Pai Adolfo e sua filha Collete. Ambos devoto dos deuses, ambos tementes que desejavam espalhar a palavra do Panteão para Moreania, um lugar mítico de homens-feras ou algo parecido.
Arion
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Somente Khalmyr pode levar a justiça aos povos e somente através de sua justiça eles podem encontrar o equilíbrio da paz, prosperidade e liberdade.
Disse, mas o homem era talvez um inocente em sua fé infantil. Parecia ver o Panteão como um único deus, ignorando suas incoerências, disputas internas. Arion não gostava de pregar a quem não queria ouvir, portanto, decidiu ignorá-lo durante a jornada.

Sua filha era igualmente devota e igualmente inocente, mas pelo menos tinha o resplendor da juventude para justificar sua infantilidade. Arion era um homem quieto, apenar de ser muito jovem, não parecia devido suas marcas de treinamento e do pequeno cavanhaque precoce. Seus olhos repousavam sobre Collete com alguma frequência fazendo-o lembrar de Karen, sua irmã do meio. Deviam ter mais ou menos a mesma idade. O cruzado havia oferecido ajuda à dupla para margear a Floresta Jeyfar, um lugar dito perigoso. O velho Adolfo parecia ter alguns dotes simplório dos deuses e sua filha sabia encaixar o virote em uma besta, mas Arion não os julgavam capazes de se defender apropriadamente.

Quando chegaram em Coronna, Arion manteve-se distraído sem se importar com as pessoas à sua volta, pensando em sua retidão moral quando olhava para Collete. Por fim, acabou conhecendo um capitão de um navio para levá-los à Moreania, embora tivessem que fazer uma escala em Vollendann, outra cidade um pouco maior.
Arion
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Se me permite, capitão Edvard Orelov, gostaria de acompanhar Pai Adolfo e Collete até pelo menos Vollendann. Posso ajudar na limpeza em seu navio enquanto isso.
Disse melancólico, mas este era seu estado natural.

Arion se despediu do navio e de seus dois "companheiros de aventura" pedindo a Khalmyr para protegê-los. Um dia, talvez, fosse à Moreania para visitá-los, mas não era o momento de abandonar Arton no qual acabara de começar sua missão.

O jovem cruzado andava com a cabeça baixa pelas ruas de Vollendann perdido em pensamentos, lembrando-se de Collete e de sua irmã Karen até que ouviu um berro alto. Olhou com os olhos estreitos, a mão erguida até o cabo de sua enorme espada presa às costas — um reflexo rápido de anos de treinamento militar. O anão pedia ajuda para à guarda para punir a ladra. Uma garota ruiva, bem jovem. Pelo exaspero de sua voz, Arion temeu que a punição a esta jovem fosse incompatível com seu delito. Aproximou-se deixando o pequeno medalhão de Khalmyr à mostra.
Arion
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Eu sou Arion Tigernach, sacerdote de Khalmyr. Senhor anão, diga-me o que está acontecendo aqui e eu poderei ajudá-lo para que haja justiça.
Disse sério ao homem que agarrava a jovem. Não mencionou o nome de sua ordem e achou isso curioso. Ele realmente nunca se sentiu um membro efetivo da Cruzada de Khalmyr, mas um lobo solitário...
Editado pela última vez por Aldenor em 24 Mai 2018, 16:52, em um total de 1 vez.
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John Lessard
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Re: AR MOLHADO [TRPG] - ON

Mensagem por John Lessard » 20 Mai 2018, 11:34

Abgail não sabia ao certo como havia chegado em Hongari, se lembrava de andar, passar por muitos lugares, ver muitas pessoas, mas nunca havia planejado estar ali, assim como nunca planejava estar em lugar nenhum. Apenas batia perna, conversava com pessoas e ia onde bem entendesse, para onde o sol brilhasse mais forte... As vezes para onde ele não não brilhava. A questão, era que a jovem havia chegado até o porto halfling de Vollendann. Abgail adorava halflings, pequenos e gorduchos, eram muito fofos. Porém, o que lhe reservava não era nada bom. Uma jovem passou correndo, enquanto a samaritana pensava em almoçar e lhe levou sua bolsinha de moedas. Antes que pudesse correr atrás da ladra um anão feio e fedido lhe agarrou o braço, falando que ela havia o roubado. Aquilo era um ultraje, afinal ela acabara de ser roubada. Abgail não gostava de anões. Os olhos verdes esmeraldas o encararam semicerrados.
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- Ora, pois, me largue seu bocó, não fui quem te roubou, eu mesma acabei de ser roubada, bananão.
A garota tentou puxar seu braço inutilmente, quando um outro homem se aproximou, alto, bonito, sério, imponente e... Servo de Khalmyr.
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- Ai meu Nimb, já era meu dinheirinho... Sai daqui devoto engomadinho, vai querer me prender também em nome de Khalmyr, eu não roubei nada!
Mostrou a língua para então, fazendo um barulho de flatulências.
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Padre Judas
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Capítulo 1: Encontros

Mensagem por Padre Judas » 20 Mai 2018, 12:49

Vollendann
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Abgail & Arion Tigernach
Arion
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Eu sou Arion Tigernach, sacerdote de Khalmyr. Senhor anão, diga-me o que está acontecendo aqui e eu poderei ajudá-lo para que haja justiça.
O anão avalia Arion de cima a baixo, estreitando os olhos. Então fala.
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- É esta pirralha! Ela roubou minha bolsa!
A garota esperneia e tenta se soltar, inutilmente. Mas o anão a observa por um instante.
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- Agora que estou vendo melhor... de fato, a outra garota era menor e o tom do cabelo era mais forte! Desculpe!
O anão solta o pulso já meio dolorido da menina.
Gotharom Weissbier
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- Sou Gotharom Weissbier, mercador de Doherimm ao seu dispor! Me ajude a recuperar meu dinheiro, padre! Por favor! Sou devoto de Khalmyr e um generoso contribuinte para Sua causa!
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Re: AR MOLHADO [TRPG] - ON

Mensagem por Toyoda » 20 Mai 2018, 13:14

Ao andar pelo pequeno corredor, Gregor pode se lembrar como havia ficado debilitado pelo naufrágio. Não fosse o resgate, sua morte era certa. Mas Nimb rolara bons dados a ele naquele dia. O azar lhe trouxe a sorte, e assim ia.

Quando chegou a nave, pode avistar a peregrina, e aproximando-se em passos lentos digno de quem ficara muito tempo de cama, Gregor acena e diz.

Gregor
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Bom dia! Digo, estamos de dia? Caso não, boa tarde!
Thalassa é seu nome não senhorita? O meu é Gregor! Obrigado por me ajudar, ouvi madre Neka falando seu nomemais cedo. E...
Para de falar por um instante, pois percebe que Thalassa esta dando atenção a alguém em uma posição agachada sob um dos bancos.
Assim, se aproxima das duas figuras.
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DragonKing
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Re: AR MOLHADO [TRPG] - ON

Mensagem por DragonKing » 20 Mai 2018, 13:42

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O som do mar ao amanhecer era um chamado, as gaivotas iniciavam sua rotina matinal de caça pela praia. Thalassa abriu os olhos como sempre fazia todos os dias, sempre acordou ao amanhecer e orava ao Oceano nos primeiros raios de sol quando o mar está mais calmo. Os pecadores faziam o mesmo e já iniciavam a rotina de pesca. Os pequenos Halflngs eram pacatos e gostavam de uma vida mansa , porém isso não os tornava menos trabalhadores que as demais raças.

Thalassa era uma humana, uma humana diferente dos demais da sua especie, ela era quase como um peixe e naquele momento era um peixe literalmente fora d'água. Sentia a areia da praia ainda fria da noite entre os dedos dos pés, respirou o ar cheio de maresia e caminhou até o mar, sentiu as marolas e cada vez mais seu corpo era preenchido pela água do mar, um banho matinal para sentir a presença do seu deus salvador tocando seu corpo e purifica-la.

Retornou ao singelo templo construído para cultuar o mar onde encontrou a Madre Neka reverenciando-a com e costume, não era uma sacerdotisa e não tinha muito jeito para esses costumes sociais preferindo o mar , mas se esforçava o quanto podia. Thalassa confirmou com a cabeça sem falar muito, sorriu tinida e se arrumou para inciar seus afazeres, como havia prometido. Porém quanto varria o salão principal do templo viu um vulto passar pela porta aberta e esconder-se atrás dos bancos.

Thalassa franziu a testa e se aproximou curiosa e viu a criança de cabelos vermelhos como os seus. Ela estava suaja e ofegante. Thalassa olhou para o lado de fora e novamente para e menina, colocou a vassoura encontrada no banco e se agachou encarando-a.-Você parece precisar de ajuda, venha! Vamos limpar você e lhe dar roupas limpas.O café da manhã é muito bom também, podemos comer juntas o que acha?-Thalassa ergueu a mão para a criança, nunca foi mãe nem pretendia ser, era um pouco tímida com os adultos mas gostava das crianças, apenas imitou como sua mãe agiria e sorriu.

Logo sua atenção mudou para os passos que se aproximavam. Ergue-se e encarou o homem por um tempo, ele era um rapaz bonito e emanava poder. Desviou o olhar e pegou a vassoura sem saber muito como agir- Madre Neka me avisou que você estava melhor, eu estou com minha amiguinha aqui e estamos indo tomar o desejum, pode nos acompanhar se quiser..Thalassa voltou a atenção para a garota ainda erguendo a mão para ela, olhou novamente para o lado de fora, ela provavelmente estaria se escondendo de alguém ou alguma coisa.

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Re: AR MOLHADO [TRPG] - ON

Mensagem por Padre Judas » 20 Mai 2018, 16:52

Vollendann
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Gregor & Thalassa Eidothea

A menina olha meio ressabiada e se assusta um pouco com a chegada de Gregor, mas aceita o convite de Thalassa.
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- Acho... acho que vou aceitar sim. Obrigado, senhora.
Alguns minutos depois eles estão na modesta cozinha e sala de jantar do templo. A mesa é grande o suficiente para uma dúzia de pessoas e os três ocupam tranquilamente uma das pontas dela. Thalassa, já familiarizada com o ambiente, prepara uma refeição curta de pão, peixe e vinho. A garota diz se chamar Kênia e viver na cidade desde a infância. Além da idade – quatorze anos – ela não fala muito e limita-se a comer com sofreguidão.
Off:

Estou tratando como normal uma adolescente beber vinho, afinal de contas isso é cultural em vários países inclusive aqui mesmo no Brasil.
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Re: AR MOLHADO [TRPG] - ON

Mensagem por Toyoda » 20 Mai 2018, 17:18

Gregor olha as duas moças, não tivesse suja e maltrapilha, certamente poderia ser parente de Thalassa. E nesse instante lembra que ele mesmo era Ruivo, e poderia ser irmão das duas.
Um sorriso vem a boca ao pensar nisso, como se fosse um jogo mental. Mas então volta a si e fala para Thalassa:
Gregor
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Obrigado pela comida, estava ótima, apesar de não comer muito peixe em minha terra natal...
Toma um gole a mais do vinho e mais uma mordida de seu pão.
Gregor
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Sabe, vim parar aqui por acidente, meu destino era Khubar.

E você? O que te trás aqui Thalassa?
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Re: AR MOLHADO [TRPG] - ON

Mensagem por DragonKing » 20 Mai 2018, 17:46

Thalassa não chegava a comer , apenas beliscava um pouco do peixe e bebericava um pouco do vinho, ela se mantinha calda por um tempo apenas observando os dois, principalmente a menina ruiva que agora sabia o nome,Kênia. Ela comia como se estivesse a dias sem por um pedaço de pão na boca, essa era a realidade da civilização, tanta comida na natureza e crianças passando fome, aquilo me apertava o peito e pegou a comida do próprio e colocou no prato dela.

-Agradeça ao Oceano e a Madre Neka eu sou apenas uma visitante assim como você.

Thalassa encarou Gregor por longos minutos calada enquanto ele falava que estava indo para Khubar, a ranger se fez curiosa afinal tinha o arqueólogo como sua nova casa há muitos anos, muitos iam para Khubar atrás de especiarias e principalmente as suas tatuagens mágicas, mas outro possuíam desejos mesquinhos como os piratas da Enseada dos Selakos, Gregor não aprecia um pirata, mas hoje em dia era difícil distinguir apenas com o olhar e o cheiro de rum.

- Eu patrulho a costa, protegendo pescadores de criaturas do mar hostis e protegendo criaturas do mar de pescadores hostis. O que você iria fazer em Khubar?

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Re: AR MOLHADO [TRPG] - ON

Mensagem por Toyoda » 20 Mai 2018, 17:57

Gregor
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Na verdade não seria necessário que fosse a Khubar, apenas ia aproveitar para conhecer a ilha. Sou um feiticeiro em treinamento, e meu mestre me mandou viajar para adquirir mais experiências!
Então, enquanto fala pega um pedaço de pão, e com gestos das duas mão faz com que ele suma.
Gregor
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Aqui Kênia!
Então retira o mesmo pedaço por de traz da orelha da criança.
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