Isekai RPG: ON

[DiceScarlata]

Dimitrius


- Entendido. Meu nome é Henrique de fato, mesmo sendo o segundo. As pessoas geralmente tem problemas com a pronúncia do primeiro.

*Foi impossível não sorrir, com tão pouco o general falara muito. Tinha dado certo. Foi bom saber que independente da língua que falassem, seriam entendidos, provavelmente era o meio de falar com os invocados. Patriótico em excesso, pode ser um fanático (ou fingir ser um), mas a verdade é certa: Fugir seria inconcebível no momento. Eles tem poder, militar e aparentemente mágico, algo não existente em seu mundo. E por falar em mundo: 1000 anos atrás, outros foram trazidos aqui. Descobrir a tradição e o que fizeram quando vieram também seria muito útil. Traços da personalidade do general, que havia demonstrado gostar de exibir e estar no dominio, seriam uma ferramenta depois. O caminho de resistir não era o correto. Deviam seguir o fluxo por hora. Mas, se o pensamento deles fosse similar ao nazista... Seria dificil manter o papel.*

*Olhou para José Carlos, parecia humilde e com potencial. O terceiro rapaz não se apresentou... tinha um olhar estoico, parecia perdido ou não conseguia acompanhar/entender a conversa ou a situação. Preocupante, poderia ser um peso depois. Acabou não se apresentando e perguntou sobre a ameaça. Isso seria valioso pelo menos*

*Entretanto, sua tensão e concentração foram quebradas, quando sua memória fez um "click" com o nome Kaito e José*

- Kaito?

*Olhou para o lado, perdendo sua postura de atuação*

- Com licença, general. Kaito? Se chama de Kaito, mas seu nome é José? Você por acaso não joga 3d&t pelo telegram, não é ?

*Havia um frio na barriga de excitação, caso fosse a mesma pessoa. Seria um conhecido ali. Mas as chances eram TÃO ridiculamente pequenas, que no fim, foi mais uma de suas apostas.*

*Mas ei, sem apostas, sem arriscar e sem erros, não teria aprendido tanto quanto agora. Já estava mais facil saber como lidar com o general. Se tivesse um amigo ali.. Perfeito*

- Oh desculpe... Creio que meu colega aqui, tinha uma pergunta que nos interessa também...

[kaito sensei]

É... Mandar a real falando que era fraquinho não colou. Então naquele mundo havia um "poder" especial que era concedido apenas a pessoas de outro mundo. Kaito pensava no quão legal seria ter poderes, afinal, quem nunca sonhou com isso? Quem nunca fez um jutsu depois de ver Naruto? Quem nunca jogou uma tampa de tupperware no irmão fingindo que era o escudo do Capitão América? Enfim, todo mundo quer poderes!
Mas o que o preocupava era a fonte daqueles poderes. Aqueles símbolos o incomodavam. Imaginava que tipo de significado teriam naquele mundo. Afinal, mesmo em seu mundo, a suástica nem sempre foi um símbolo ligado a coisas ruins, sendo utilizado em muitas culturas. Estava absorto em pensamentos quando Dimitrius lhe chamou a atenção com uma pergunta um tanto inusitada. Ele responde atônito.

Kaito

Hã? Quem, eu? Jogava sim! Atualmente eu estava mestrando duas mesas online de 3D&T e participando de mais algumas. Mas... Como sabe disso???

Apesar de ter ouvido a pergunta de Edwin, não lhe deu a devida importância. Estava mais curioso sobre como aquele rapaz sabia sobre ele.

[DiceScarlata]

Dimitrius


- Cara, eu sou o Dice! Que coisa!!

*Dane-se o general, levantou-se e ofereceu a mão em cumprimento a Kaito, o puxando em seguida para um abraço*

- Nossa, nunca pensei que ia te encontrar aqui!! HAHAHAHA

*Depois de cumprimentar com o humor elevado e sem se importar mais com o jeito de se comportar, apenas se entregou ao momento e voltou ao lugar. Já havia conseguido o que queria com a abordagem inicial mesmo*

- Desculpe interromper general, mas parece que invocou pessoas que se conhecem. Talvez isso lhe dê vantagens, não?

[kaito sensei]

Kaito leva a mão ao queixo, pensativo.

Kaito

Humm... Dice... Dice... Um que tinha uma namorada asiática? E que curtia teatro e artes marciais? E que vivia falando que era ruivo e por isso fazia personagens de cabelo vermelho?

Pausa dramática.

Kaito

Yo no lo conozco señor!

Ele começa a rir desenfreadamente. Ele aceita o aperto de mão e o abraço

Kaito

HAHAHAHAHAHA! DICE! Sempre quis te conhecer ao vivo. Quem diria que a gente teria que ir a outro mundo para isso acontecer?

Ele dá uma olhada para o outro rapaz que ainda não havia se apresentado.

Kaito

Seria engraçado se a gente conhecesse você também... Aposto que seria o Atmo!

Kaito lembra que estavam na presença de pessoas importantes... Meu Deus que vergonha!

Kaito

Mil desculpas general, guru... Por favor, continuem...

[Padre Judas]

Mahasainapati Andrarya
– Não é um problema que se conheçam. Pode até ser melhor, como diz.

– Agora, antes de responder sua pergunta, rapaz, deveria se apresentar.

Os dois permanecem em silêncio, encarando Edwin. O general olha rapidamente para o guru, que corresponde.

Guru Sydaka
– Imagino que em sua terra não seja comum o costume de se apresentar. Peço que reconsidere.

Então o jovem sente seu pescoço arder, queimar. Todos podem ver estranhos sinais, como runas, surgirem no pescoço dele – como uma coleira de luz dourada. Ele leva a mão ao pescoço, a dor é terrível.

Mahasainapati Andrarya
– Apresente-se, Herói.

Off:

Edwin sofreu 1 ponto de dano e está paralisado pela dor, embora possa falar com dificuldade.

[Kaidre]

A conversa parecia fluir bem, principalmente entre Henrique e José. Nem conseguir dizer mais nada visto a empolgação dos demais. De fato, até o general e o ancião ficaram calados. Pensar que finalmente chegou o dia em que encontraria esses dois. Mal pude acreditar, mas não consegui dizer nada. As palavras me faltaram, o nervosismo me consumiu, e tudo que pude fazer foi observar em silêncio, estático, aquele encontro que jamais acreditou acontecer. E talvez fosse melhor não ter acontecido. Ao menos, não sob aquelas circunstâncias desfavoráveis.

- ARGH!

Antes que conseguisse lembrar onde estava ou o que fazia, uma dor lancinante começou a queimar pelo meu pescoço. Me retorci de dor. Uma sensação impossível de descrever pois jamais havia experienciado algo igual. Suponho que jogar álcool em uma ferida aberta deveria ser mais confortável. Meus olhos marejaram, não apenas pela dor que fora o gatilho final, mas pela emoção que acabava de experimentar.

No entanto a causa daquele desconforto era clara. A dupla exigiu uma resposta sem permitir tempo hábil para tal. Mal tinha voltado de meus devaneios quando o ardor me atingiu. Mas agora eu confirmava a suspeita que mais temia. Eles precisam de nós, mas não nos querem. Somos vistos apenas como ferramentas.

Infelizmente não sou bom ator e não sei esconder minhas expressões por mais que tente. Por esse motivo sempre me forcei a sentir-me bem com tudo. No entanto, diante de um golpe surpresa desses, talvez não tenha conseguido evitar olhá-los com desprezo. Gilgamesh riria desses tolos indignos da posição que ocupam. Mas não sei porque lembrei dele nesse momento. Apenas senti vontade de sorrir.

- Foi... Mal... Me... Dis...Tra...Í.

[kaito sensei]

Kaito ainda estava feliz por encontrar um conhecido naquele mundo estranho, por isso nem percebeu a ordem de Mahasainapati para que o outro rapaz se apresentasse. Quando se deu conta, Edwy já estava no chão se contorcendo com a dor. Instintivamente foi até ele tentando ajudar.

Kaito

Ei cara! O que está acontecendo, você está bem?

Reparou nas runas no pescoço do mesmo e se lembrou da dor que havia sentido antes. Levou a mão ao pescoço assustado. Finalmente "caia a ficha": eles não eram heróis coisa nenhuma, apenas escravos. Ele fala com fúria no olhar.

Kaito

Além de trazer pessoas para seu mundo à força vocês colocam coleiras nelas para machuca-las só por não dizerem o nome? Porque isso?

[Padre Judas]

Mahasainapati Andrarya
– Não temos má intenção, trata-se apenas de estabelecer hierarquia e criar disciplina. Nós sabemos que a educação é deficitária entre outros povos do universo e já tivemos problemas com rebeldes e recalcitrantes antes. Vocês são do Brasil, não é? Ao que parece seu povo é desregrado e não valoriza regras. Mas é uma grande honra servir à glória de Agarta e de Sua Potência o Manu.

A dor no pescoço de Edwin diminui rapidamente e desaparece, como se nunca tivesse ocorrido.

Mahasainapati Andrarya
– Basta apenas que obedeçam às ordens sem questionar e ficará tudo bem. Com o tempo podemos até dispensar este artifício. Agora, levante-se e se apresente, rapaz.

[Kaidre]

Segurei o braço de José e ao conseguir sua atenção balancei a cabeça negativamente. Confundir opressão com disciplina era um erro bem comum dos covardes. Bem queria jogar isso em suas caras, mas fazer isso só serviria para alertá-los, não para corrigi-los. Não valia a pena se exaltar por algo tão trivial. Teríamos problemas bem maiores pela frente. Principalmente porque tenho a sensação que os problemas gostam de mim. Mas logo a dor parou e pude levantar pra falar.

- Pois bem, meu nome é Edwin Filho, segundo filho de meu pai, primeiro de minha mãe e pelo menos o quarto de meu nome. A pronúncia difere da escrita. Solteiro, enfermeiro formado em aguardo de promoção em meu serviço; técnico atuante com experiência mediana em emergência e pediatria e vasta experiência em centro cirúrgico; instrumentador formado, mas não atuante, com experiência variada em diversos procedimentos; cromoterapeuta, aurículo terapeuta, terapeuta floral pelos métodos de Bach e shiatsu terapeuta formado com boas indicações; faixa azul em judô; escritor amador; RPGista; gamer amador; cardgamer "aposentado", geek, otaku; conhecimentos rasos em cosmologia, astronomia, criptozoologia, paleontologia. Fator Rh "O" positivo, nascido sob a constelação de gemini com ascendente em virgo no ano da serpente do elemento terra.

[DiceScarlata]

Dimitrius


*Dimitrius tinha tendência a perder fácil seu temperamento. Tinha uma inteligencia emocional aguçada, que se por um lado o ajudava a lidar mais facilmente com pessoas, por outro fazia de sua emoção, sua guia. Então naquele momento mantinha seus dentes sob pressão e punho cerrados a ponto das unhas ferirem a pele das palmas. Ainda sim manteve imióvel, sorrindo, enquanto Kaito ajudava o rapaz*

"No que ele estava pensando? Quando chegaram lá, a primeira coisa que sentiram foi a dor na nunca. Eles tem magia. Aquele general era um patriota dominador cujo respeito de seus homens depende da imagem de sua força. Era óbvio que desáfia-lo geraria dor. Poderia colocar a vida de todos ali em risco! Mas mesmo assim..."

*Mesmo assim Dimi se enfurecia com a tortura. Com o prazer em humilhar. E pior... Ele ousou rebaixar a EDUCAÇÃO, área de seu estudo a aquele tipo de opressão. Sentia que poderia explodir. Em seu mundo, sua língua ácida já teria atacado o individuo com todo o seu veneno. Mas ali, só conseguiu abraçar seu personagem. Seu papel*

- General, se me permite. O luto emocional é algo transferido para diversas situações, não apenas a morte. Psicológos de meu mundo acreditam que existem sete estágios. Então, acredito que o senhor já esperava que reagiriamos de maneira diferentes. Que houvesse... resistência. Eu imploro senhor por sua paciência. A aceitação eventualmente virá e....

*Então Edwy respondeu. Imediatamente a palavra IDIOTA surgiu em sua mente. Arregalou os olhos e estava prestes a xingá-lo. Entretanto, foram tantas informações, que Dimitrius teve que conter o riso. O deboche foi tanto que até melhorou seu humor. Graças a isso se conteve*

- Edwy... Kaidre.

*Aquilo explicava muita coisa*

- Creio que mais nenhuma lição será necessária. Embora tenhamos visões diferentes de como ensinar e como se comportar, estou mais que disposto a aprender mais. Manter a mente a aberta. Sim, somos do Brasil, um país que embora tenha assinado o tratado dos direitos humanos, ainda tem autoridades que arbitrariamente o ferem e uma corrente de preconceito e odio, que gera ignorância e o emburrecimento da população, num país cujo mito da "liberdade social" se espalha aos quatro ventos. Ao menos, sua pátria parece ser mais sincera em suas cores.

*Aproximou-se um pouco*

- E agora percebo que cometi um erro. Seu simbolo... sua suástica. Ela não é nazista. Certa vez tive um amigo que fez um personagem cujos poderes se baseavam na cultura budista e hinduista. Ele me explicou que a suástica nazista tinha simbolo parecido dentro dessa religião e com um significado diferente. Isso está certo general? Pergunto, pois seus nomes lembram a cultura referente em meu mundo...

*Estava curioso de fato, mas gerar perguntas, desviaria o foco de punir uma segunda vez o jovem Edwy. Precisava aprender e proteger*

- O que me leva a segunda pergunta. De fato, se nos escolheu, sabia o que estava fazendo. Mas Kaito está certo, mesmo com meu treinamento marcial, sempre que fui agredido só consegui me defender e as poucas lutas que venci, foram em ambientes controlados, cujas regras desportivas não se aplicam a combates reais. Então gostaria de saber: Que tipo de poder podemos oferecer às suas forças ?

*Coçou o queixo*

- Seria interessante saber nossos benefícios. Vocês claro podem nos controlar com medo e força. Mas se tiverem recompensas por nossos atos, com certeza seremos mais eficientes e eliminará pensamentos de revolta. No fim, ambos queremos resultados não é ?

*Olhou de canto para os dois, vendo se ambos estão bem*

- Kaito, Kaidre. É bom estar aqui com vocês.