Uma Pequena História de Tormenta

Tormenta é o RPG mais completo do Brasil. São tantos suplementos que você vai mesmo precisar conversar com o pessoal para acompanhar tudo!
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Uma Pequena História de Tormenta

Mensagem por Pyromancer » 31 Jan 2017, 01:40

Pessoal, atendendo a uma recomendação, vou postar aqui a versão um pouquinho recauchutada de um texto que eu escrevi há cerca de um ano sobre a história de publicação do cenário de Tormenta. É um texto longo, por isso vou dividir ele em vários tópicos que serão referenciados neste primeiro post. O texto tenta trazer uma ordem cronológica dos lançamentos para o cenário em diversas áreas, mas é um texto corrido -- não tem uma lista organizada de lançamentos por ano. Isso eu tenho pronto também, e provavelmente será postada num futuro próximo, quando ela for melhor organizada. Até lá, acho que esse texto quebra bem o galho e traz outras informações legais também. Com o tempo, posso ir atualizando os posts e melhorando as informações.

Capítulos
1992 e 1993 - Taskan Skylander e os Power Rangers contra o Dragão de Aço (ou quase isso)
1994 - Nasce a Dragão Brasil
1995 - Concorrência e o "Primeiro" Romance
1996 - A Origem do Trio Tormenta
1997 - A Ascensão e Queda de Só Aventuras
1998 - Holy Avenger e a "Primeira" Mini-Série em Quadrinhos
1999 - Tormenta, um Novo Mundo de Aventuras
2000 - Tormenta - 2ª Edição
2001 - Tormenta 3E
2002 - O Reinado
2003 - A(s) Verdadeira(s) Terceira(s) Edição(ões)
2004 - O Início do Fim
2005 - Um Novo Começo
2006 - A Origem da Tormenta
2007 - A Tormenta Tomará a Tudo e a Todos
2008 - O Fim de uma Era
2009 - Interlúdio
2010 - Tormenta RPG
2011 - O Nascimento de Ledd
2012 - O Dia de Tormenta
2013 - O Fim da DragonSlayer
2014 - Quinze Anos de Tormenta
2015 - O Desafio dos Deuses
2016 - O Dragão Renasce!
2017 - A Joia da Alma e Miniaturas
2018 - o ano em que as lendas tornaram-se reais
2019 - 20 anos de Tormenta

Introdução
Tormenta é hoje o cenário de RPG mais popular do Brasil. Mais que isso, ele é todo um universo próprio de mídias que há muito extrapolaram o RPG -- revistas, artigos online, quadrinhos, livros-jogo, adesivos, audiodramas, game, contos, romances, músicas, pôsteres e streams online. Nascendo quase despretensiosamente das páginas da antiga revista Dragão Brasil, ele conseguiu superar as expectativas dos próprios criadores e se tornar mais querido para o público brasileiro que cenários consagrados como Forgotten Realms, Dragonlance, Ravenloft e muitos outros, que contavam com toda uma megaestrutura que só o maior e mais conhecido RPG do mundo (Dungeons & Dragons) poderia garantir.

Criado pelo trio Marcelo Cassaro, J.M. Trevisan e Rogério Saladino e publicado pela primeira vez em 1999, Tormenta já existia, de alguma forma, desde pelo menos o ano de 1992. Germinando ao longo de muitos materiais elaborados pelo Trio ao longo dos anos, ele assumiu seu estágio final na edição 50 da revista Dragão Brasil, na forma de um suplemento-brinde que reunia todos estes elementos em um cenário único, coeso e com características muito próprias, que vêm se desenvolvendo nestes quase 20 anos que se passaram. Novas pessoas passaram a integrar a equipe de produção e também muitos fãs deixaram sua marca em Tormenta, que amadureceu e se expandiu. Este artigo tem como objetivo retomar um pouco desta história, relembrar um pouco da trajetória de Tormenta desde antes de seu nascimento até os dias atuais -- uma breve viagem pelo tempo que começa no ano de 1992, nas páginas da revista Heróis da TV.

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Re: Uma Pequena História de Tormenta

Mensagem por Pyromancer » 31 Jan 2017, 01:44

1994 - Nasce a Dragão Brasil
A história mais conhecida do cenário de Tormenta começou, publicamente, no ano de 1994, com o lançamento da revista Dragon #01. A Dragon foi a primeira revista especializada em RPG do Brasil, sendo publicada pela Trama Editorial -- a primeira casa oficial do cenário. Na época, o cenário de Tormenta ainda estava longe de ser criado, e de seu Trio de criadores somente Marcelo Cassaro participava da revista (juntamente de Grahal Bennatti e Roberto Moraes). Entretanto, já em sua primeira edição começaram a surgir os elementos que dariam forma ao cenário. Foi na Dragon #01 que apareceram pela primeira vez o vilão Mestre Arsenal (um dos vilões mais icônicos de Tormenta), o bardo Luigi Sortudo (que apresentava as Notícias do Bardo) e as bioarmaduras, ainda como elemento mais próximo da ficção científica.

O sucesso da revista levou ao lançamento da Dragon #02, que trazia outros elementos que mais tarde seriam incorporados ao cenário: o vilão Andrus Fasthand (o Aranha) e as Feras-Cactus, além ter a primeira edição da Barraquinha do Orc (que mais tarde, em Holy Avenger, apareceria como easter egg em Vectora). A partir de sua terceira edição, a Dragon mudou de nome para Dragão Brasil -- como forma de evitar confusões com a Dragon estadunidense, a revista oficial da TSR (até então a editora que publicava Advanced Dungeons & Dragons) --, nome que ficou eternizado na história. Apesar do nome novo, pouco mudou na estrutura da revista, que continuou com o mesmo estilo e equipe. A Dragão Brasil #03 ficou marcada por trazer aquela que se tornaria a primeira aventura clássica de Tormenta: A Vingança de Slash Calliber. O ano de 1994 se encerrou com a publicação da Dragão Brasil #04, que não trazia muitos elementos novos que iriam ser aproveitados em Tormenta, mas era a primeira vez que em seus Pergaminhos dos Leitores (seção de cartas) era citado o Paladino como respondedor de cartas. Este viria a ser um elemento importante futuramente.

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Re: Uma Pequena História de Tormenta

Mensagem por Pyromancer » 31 Jan 2017, 01:46

1995 - Concorrência e o "Primeiro" Romance
Em 1995 a Dragão Brasil segue com força, crescendo em público e tamanho e consolidando-se como uma importante publicação de RPG a nível nacional. Novos colaboradores surgem, sendo que alguns dos mais regulares eram Marcelo Del Debbio e Fernando Lalo. Nesse período, que vai da edição #05 até a edição #13, surgiram muitos novos elementos que mais tarde comporiam o cenário de Tormenta, inclusive: a aventura O Disco dos Três (DB #05 e #06), os Pterodracos (DB #06), a Shorder, o anão Mxyzplk e o conto Vingador de Aço (DB #07), o Dragão-de-Aço e Raven Blackmoon (DB #08), a aventura-solo Assalto ao Mestre Arsenal (DB #11, primeira aventura-solo relacionada com Tormenta), o deus Hedryl (no conto O Guerreiro e o Dragão) e as Montanhas Sanguinárias (na aventura Garras, Presas e Asas; ambos na DB #12). Além disso, outros elementos vão surgindo e se consolidando na seção Pergaminhos dos Leitores, como o Paladino e a Princesa Rhana.

Com o crescimento e o aumento de popularidade, os autores da Dragão começaram a se aventurar em outras paragens. Foi nessa época que surgiu a revista Só Aventuras, um spin-off da DB produzido pela mesma equipe, mas só com material de jogo (sem notícias, cartas, etc.). Nesse primeiro ano, foram publicadas duas edições da Só Aventuras (que era menos regular que a DB), cujas matérias incluíam os Golens-Árvore (SA #01) e elementos que mais tarde seriam aproveitados no Tormenta - 3ª Edição, como Kurak Iapetus e Mxyzplk (ambos na SA #01). Além disso, a Só Aventuras #02 marca a primeira participação de J.M. Trevisan na editora, com o roteiro do quadrinho Who Wants to Live Forever? (arte de Evandro Gregório). Além da Só Aventuras, foi publicado nessa época o primeiro romance ligado, de certa forma, ao cenário de Tormenta: Lua dos Dragões. Escrito por Marcelo Cassaro, o romance foi publicado em formato digital no site Livro Acesso e trazia vários elementos que mais tarde fariam parte da ilha de Galrasia, em Tormenta.

Mas nem só da Trama Editorial vivia o RPG em revista no Brasil. O crescimento do mercado nacional de RPG fez com que uma nova revista de RPG surgisse no Brasil, concorrendo com a Dragão Brasil: a Dragon Magazine, da Abril Jovem. Apesar de concorrente, a equipe da Dragon (capitaneada pelo editor Rogério Saladino) mantinha boas relações com a equipe da Dragão Brasil, que faria inclusive com que colaboradores de uma revista escrevessem matérias para a outra. Nas páginas da Dragon Magazine também apareceram alguns elementos que mais tarde seriam incluídos em Tormenta, como o guerreiro Katabrok (que apareceu pela primeira vez na história em quadrinhos Cuidado com o Kobold!, com história de Rogério Saladino, na DM #02; e mais tarde retornou na matéria Seu Bárbaro!, na DM #03) e as Dragoas-Caçadoras (que aparecem no quadrinho Dragoas de Chult, com roteiro de Marcelo Cassaro, na DM #08).

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Re: Uma Pequena História de Tormenta

Mensagem por Pyromancer » 31 Jan 2017, 01:49

1996 - A Origem do Trio Tormenta
O ano de 1996 marca um momento importante nesta história, fundamental para a origem do cenário de Tormenta. A Dragão Brasil seguiu firme e forte no mercado, lançando diversas novas matérias e artigos com elementos que iriam contribuir para a origem do cenário: a aventura O (Quase) Imortal (com Odara, Auk e Aleph Olhos Vermelhos, na DB #14), as Nereidas Abissais (na DB #15), o retorno de Hedryl (DB #17), Mask Master, Kaneda Shimaru, o deus menor Laan e as Dragoas-Caçadoras (DB #18) e a aventura Praga Verde (DB #20). Uma novidade também é que a revista começou a trazer, em alguns de seus números, pôsteres-aventuras, para serem destacados e lidos. O primeiro e mais marcante destes, que acompanhava a Dragão Brasil #19, foi o pôster de Triunphus - um bom lugar para morrer, que trazia também vários elementos importantes, como a cidade de Triunphus, o Oráculo, Luigi Sortudo, Princesa Rhana, Salini Alan e o Moóck.

Enquanto isso, a Só Aventuras continuava como uma revista praticamente semestral, rendendo duas edições (#03 e #04) nesse ano, cujos artigos mais marcantes incluem a aventura A Rebelião dos Insetos e o conto O Paladino e a Ladra (ambos na SA #03). A Dragon Magazine também avançava, chegando até sua edição #14. Os destaques para os fãs de Tormenta nesse período ficam para as histórias em quadrinhos com Katabrok publicadas nas edições #10 e #11, com roteiro e arte de André Vazzios (e que incluíam também o Tasloi e Saiga, uma versão inicial de Abdullah). Entretanto, a decepção com sua linha de RPGs fez com que a Abril Jovem cancelasse a DM. Esse momento coincidiu também com uma reformulação na equipe da Dragão Brasil, uma vez que os colaboradores de longa data Grahal e Roberto Moraes deixaram a equipe da revista.

O resultado é que o editor executivo da DB, Marcelo Cassaro, convidou Rogério Saladino para se juntar a ele nesta função. Além disso, outros colaboradores conhecidos passaram a contribuir mais regularmente para a revista -- inclusive J.M. Trevisan. Esse era o início da parceria que resultaria, anos depois, na criação de Tormenta. Sob a nova equipe, a Dragão rendeu mais três edições ainda neste ano (#21, #22 e #23), que incluíam a aventura-solo Missão Desgaste (com o Paladino, na DB #21), matérias e quadrinhos com Katabrok (pela primeira vez na Dragão Brasil, na DB #22) e a aventura O Monstro Atrapalhado (na DB #23).

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Re: Uma Pequena História de Tormenta

Mensagem por Pyromancer » 31 Jan 2017, 01:50

1997 - A Ascensão e Queda de Só Aventuras
O ano de 1997 não foi marcado por grandes novidades em materiais pré-Tormenta, mas por modificações nas duas linhas de revistas já existentes: a Dragão Brasil e a Só Aventuras. Agora a única grande revista de RPG no Brasil, a Dragão Brasil seguiu sendo a principal fonte de matérias originais que mais tarde seriam inclusas em Tormenta. Os destaques nesse período (que começa na DB #24) foram a aparição do Camaleão (DB #25), dos Elfos-do-Mar (inclusive Lenora, Deenar e o Senhor das Profundezas, na DB #27), novos Antropossauros (DB #30), Thwor Ironfist, Khalifor e a Aliança Negra (DB #31) e a aventura O Legado de Saliz'zar (DB #34, a última do ano), além de diversas aparições de Katabrok, Vladislav Tpish e Arkam Braço Metálico. A DB passou por algumas modificações nesse período: Rogério Saladino deixou a edição da revista na DB #27, abrindo espaço para J.M. Trevisan assumir como editor assistente. Na DB #32, a revista muda do formato grande original para o formato americano, para se aproximar do publico dos comics nas revistarias. Por fim, na DB #33, Saladino volta como editor assistente e o trio de editores principais da Dragão estava definitivamente formado.

Outra revista que passou por modificações foi a Só Aventuras. Seu sucesso nos anos anteriores fez com que ela voltasse com uma frequência maior, agora bimestral. A equipe renovada contribuiu para o avanço da revista, e muitos elementos importantes de Tormenta apareceram nessa fase: o Protetorado do Reino, Arkam Braço Metálico e Salini Alan (SA #05), a aventura-solo Assalto ao Mestre Arsenal (SA #06, retornando), as Braquiolampréias e os Varanos-de-Krah (SA #07), o Paladino, a Paladina, Katabrok, Vladislav Tpish, o Circo dos Irmãos Tyahnnate, Arkam e o Protetorado (SA #08). A partir de sua nona edição, a Só Aventuras viria reformulada num novo formato: cada edição traria regras próprias de RPG (do sistema Daemon), personagens prontos e uma aventura pronta para iniciantes. O novo modelo,entretanto, acabou fracassando, e encerrou após duas edições, a #09 (com uma aventura de U.F.O. Team) e a #10 (com A Espada de Morkh Amhor e o grupo de Vladislav Tpish e Katabrok), resultando no cancelamento da revista.

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Re: Uma Pequena História de Tormenta

Mensagem por Pyromancer » 31 Jan 2017, 01:55

1998 - Holy Avenger e a "Primeira" Mini-Série em Quadrinhos
É engraçado pensar isso, mas o ano de 1998, aquele que precede a criação de Tormenta, foi um dos que menos contribuiu quantitativamente com material para as origens do cenário. Uma certa mudança no estilo da Dragão Brasil, que agora passava a dar um enfoque maior em adaptações de outras mídias (quadrinhos, animes, séries, filmes…), fez com que o ritmo do material original de fantasia diminuísse. Da edição #35 à edição #42 da Dragão, pouquíssimo material viria a ser incluso no cenário (a principal exceção é o quadrinho A Face do Paladino, na DB #38, que inclui o Paladino de Arton, Tasha e o dragão-rei Heart). Entretanto, as últimas três edições deste ano mudariam este panorama significativamente, trazendo aquelas que seriam algumas das bases fundamentais do cenário em seu início.

A Dragão Brasil #43 trouxe a primeira parte de uma matéria sobre o Grupo do Mal, incluindo as descrições da amazona Ellen Redblade e do dragão Sillith; a Dragão Brasil #44 trouxe a primeira parte da aventura Holy Avenger (um marco fundamental pré-Tormenta, que incluía personagens como Lisandra, Tork, Odara e os toscos, além de Sszzaas e das Montanhas Uivantes), a descrição da ilha de Galrasia (o Mundo Perdido) e o quadrinho Chamado da Natureza (com Lisandra e o Paladino de Arton); e a Dragão Brasil #45, finalmente, trouxe a segunda parte do Grupo do Mal (com Arthur Donovan III e a Ordem dos Cavaleiros da Luz), um pôster e a segunda parte de Holy Avenger (incluindo personagens como Niele, Sandro Galtran e Arkam Braço Metálico) e a primeira parte do quadrinho Estrela (com Loriane, Raven Blackmoon e a Arena Imperial).

Quase tão importante quanto todos estes elementos foi o lançamento da mini-série em quadrinhos de Lua dos Dragões, a primeira com elementos que mais tarde seriam relacionados a Tormenta. Com roteiro de Marcelo Cassaro e arte de André Vazzios, ela se passava em uma lua habitada por antropossauros, que incluíam as Dragoas-Caçadoras, adoradoras da Divina Serpente -- todos estes elementos mais tarde foram adicionados à ilha de Galrasia no cenário de Tormenta. A mini-série teve quatro de suas seis edições lançadas neste ano.

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Re: Uma Pequena História de Tormenta

Mensagem por Pyromancer » 31 Jan 2017, 01:58

1999 - Tormenta, um Novo Mundo de Aventuras
No início de 1999, a produção da Dragão Brasil continuava a todo vapor. As primeiras edições do ano traziam materiais importantes: a terceira parte de Holy Avenger e a segunda parte do quadrinho Estrela (DB #46), a terceira parte do Grupo do Mal (DB #47) e a Flauta de Crand (DB #48). As últimas duas edições da mini-série em quadrinhos Lua dos Dragões também foram lançadas, encerrando assim a saga de Keyla e das dragoas-caçadoras. Mas a verdadeira bomba viria na Dragão Brasil #49: o anúncio de um cenário de RPG oficial da Dragão Brasil, a ser lançado no Encontro Internacional de RPG! A revista trazia ainda uma prévia deste cenário - a descrição da cidade de Vectora, incluindo o mago-prefeito Vectorius. Não tardou para o anúncio se tornar realidade: junto da Dragão Brasil #50, lançada no EIRPG, vinha encartado o primeiro módulo básico do cenário, Tormenta - 1ª Edição.

O sucesso foi estrondoso. As mais de 500 cópias disponíveis no local esgotaram antes do fim do evento. O primeiro módulo reunia muitos dos elementos apresentados ao longo de tantas edições de revistas e materiais do trio Marcelo Cassaro, Rogério Saladino, J.M. Trevisan e dos tantos colaboradores de seus projetos. Essa primeira edição de Tormenta ainda era bem simples - havia apenas quatro cidades principais (Valkaria, Malpetrim, Triunphus e Vectora), algumas regiões distantes (Montanhas Sanguinárias, Uivantes, Galrasia, Oceano, Lannestull, Grande Savana, Deserto da Perdição, etc.), alguns artefatos e NPCs icônicos e duas grandes ameaças (a Tormenta e a Aliança Negra). Sua publicação como encarte gratuito da Dragão permitia que viesse com regras para os principais sistemas de fantasia da época (AD&D, 3D&T e GURPS), o que era um atrativo a mais para os leitores e durou durante toda esta primeira fase do cenário.

A boa resposta do público fez com que os autores se apressassem em pensar em novos materiais. Uma das principais lacunas do módulo básico era a ausência de uma descrição dos deuses de Arton. Isso começou a ser solucionado na Dragão Brasil #52, com a publicação da primeira parte de uma matéria sobre os deuses de Tormenta e seus servos (que trazia oito deuses). A DB #53 trazia mais sete deuses, mas foi a edição #54 da revista que solucionou de fato o problema. Ela trazia como encarte gratuito o suplemento Panteão - 1ª Edição, que trazia todo o conteúdo das duas matérias e todos os deuses faltantes, além dos vinte sumo-sacerdotes, deuses menores e um capítulo explicando a origem e os poderes do Paladino de Arton. Mas o ano não acabou aí: a Dragão Brasil #55 trouxe uma matéria sobre Goblins em Arton (incluindo o Goblin Herói); a Dragão Brasil #56 trouxe o quadrinho No Templo do Inseto-Rei (com Sandro e Niele) e o novo encarte gratuito que foi o primeiro Escudo do Mestre para Tormenta 3D&T, que trazia na ilustração vários personagens icônicos do cenário; e a Dragão Brasil #57 trouxe a primeira parte da aventura Aliança Negra e o retorno das Feras-Cactus.

Além do material puro de RPG do cenário, 1999 marcou também o lançamento de outro fenômeno relacionado a Tormenta: a série em quadrinhos de Holy Avenger. A revista mensal, lançada próxima do fim do ano, chegou a ter quatro edições em 1999. Com roteiro de Marcelo Cassaro e Erica Awano, ela contava a história dos personagens principais da aventura Holy Avenger (Lisandra, Niele, Tork e Sandro) no mundo de Arton, e trazia sempre em suas páginas finais um novo material para RPG (nestas primeiras edições, incluía as descrições dos Druidas, Elfos, Trogloditas e Centauros). Num período em que Arton ainda era pouco explorado e desenvolvido, Holy Avenger teve um papel fundamental na tarefa de ir dando forma e vida ao cenário, além de abrir as portas para muitos novos leitores de mangá chegarem ao RPG (e vice-versa).

Outro elemento importante, fundamental para a expansão do cenário, foi desde este início a colaboração dos fãs. Neste período, a principal comunidade de fãs do cenário se tratava da Lista Tormenta, uma lista de discussão por emails sobre o cenário, cujos integrantes se empenhavam em produzir diversos artigos e matérias para preencher o mundo de Arton. Os próprios autores oficiais consultavam a Lista com frequência, e muitos de seus membros vieram a contribuir com material oficial para o cenário, como veremos a seguir. Uma curiosidade: foi neste ano também que foram lançados os dois volumes do Guia de Itens Mágicos, da Daemon, que traziam inúmeras referências (não-oficiais) a Tormenta, inclusive uma versão em ruínas de Vectora, tomada por mortos-vivos e demônios.

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Re: Uma Pequena História de Tormenta

Mensagem por Pyromancer » 31 Jan 2017, 02:02

2000 - Tormenta 2ª Edição
A virada do século foi um ponto de afirmação para o cenário de Tormenta. Já consolidado como um dos mais populares cenários de fantasia do Brasil, ele demandava cada vez mais material. A revista Dragão Brasil continuou dando suporte ao cenário, com diversas matérias ao longo desse período (que foi da DB #58 à DB #67): a segunda parte da aventura Aliança Negra (#58, que revelava os planos de Thwor Ironfist para Khalifor), a descrição dos Halflings e de seu reino (DB #59), o grifo morto-vivo Kaska (DB #59), a aventura A Volta do Camaleão (que envolvia o roubo de Rhumnam, DB #65) e os quadrinhos Matando Aula (com Vincent e Toede, da Academia Arcana, DB #59) e Algo não cheira bem (com Tork, na DB #61). Entretanto, os fãs antigos da revista reclamavam do excesso de espaço que o cenário estava ocupando na Dragão.

Para resolver esse problema, os autores resolveram lançar a Revista Tormenta, uma nova revista especializada no cenário, que seria responsável por preencher todas as suas lacunas dali em diante. A revista de estreia vinha acompanhada de um pôster duplo com Mestre Arsenal e Thwor Ironfist e incluía matérias sobre Gorendill (a cidade do leitor), Doherimm, a Grande Feira de Malpetrim, o Martelo de Estos, os Demônios da Tormenta (que eram pouquíssimo descritos anteriormente) e a primeira parte do conto O Cerco. A RT #02, que saiu ainda em 2000, trazia a Taverna do Minotauro (Gorendill), uma descrição de Tapista, dos Elfos Negros, Trobos e a segunda parte de O Cerco. É nessa revista que foi citado pela primeira vez o nome de Tauron, que mais tarde viria a substituir a Divina Serpente como deus maior no Panteão.

Enquanto os materiais em revistas continuavam a trazer regras multissistema (AD&D, 3D&T, GURPS e Daemon), os suplementos de RPG passavam por um problema: não poderiam ser vendidos independentemente contendo regras de sistemas que não pertenciam aos autores de Tormenta. Entendendo esse complicado entrave, os autores decidiram aproveitar seu sistema próprio no cenário: o 3D&T. Mas havia um problema: até então as regras do 3D&T estavam espalhadas por várias revistas separadas, e era necessário um manual que reunisse todas elas e desse um suporte aperfeiçoado para jogos de fantasia medieval. Para corrigir esse problema, foi lançado como encarte da Dragão Brasil #60 o Manual 3D&T (de capa vermelha) -- que, apesar de teoricamente ser genérico, era claramente voltado para Tormenta, inclusive trazendo todos os deuses do cenário com nomes genéricos. Resolvido o problema do sistema, foi lançado o novo módulo básico do cenário (uma vez que o antigo estava esgotado), Tormenta - 2ª Edição, agora de modo independente e reunindo todo o material do Tormenta - 1ª Edição e do Panteão - 1ª Edição, além de novas magias e algumas matérias adicionais da Dragão Brasil.

Se no RPG Tormenta estava se organizando, nos quadrinhos ia de vento em popa. Holy Avenger avançou até sua edição #13 neste ano, continuando a trazer vários materiais novos para o cenário em suas páginas finais (inclusive informações sobre Sszzaas, a Estalagem do Macaco Caolho, Elfos-do-Mar, o Capitão James K., a espada Rhumnam, a aventura-solo Caminho do Herói e a republicação de alguns quadrinhos da DB, como No Templo do Inseto-Rei e Estrela). Estas edições também traziam cards de personagens (de Arsenal, Lisandra, Niele, Odara, Sandro e Tork) e adesivos (de Lisandra e Mestre Arsenal) de brinde. O sucesso de Holy abriu caminho para outras iniciativas. A principal desse ano foi a mini-série Victory, com roteiro de Marcelo Cassaro e arte de Edu Francisco. Se passava na Terra atual, com personagens ligados a Arton, e tinha como protagonista a semideusa Vitória. Foi publicada em formato fechado de três edições. Por último, foi lançada também a revista Defensores de Tóquio, que tinha como objetivo dar espaço para novos artistas exibirem seus talentos. Duas edições foram publicadas em 2000, sendo que cada uma trazia um quadrinho novo de Tormenta: Ímbriells na DT #01 (com os personagens de Victory; roteiro de Petra Leão e Fran Briggs, e arte de Edu Francisco) e Viagem com Escalas na DT #02 (por André & Adriano, com Niele e Sandro Galtran).

A importância da Lista Tormenta cresceu muito neste ano e foi fundamental para a expansão do cenário. Diversos materiais importantes do cenário surgiram primeiro na Lista (os Halflings da DB #59 foram criados por Álvaro "Jamil" Freitas, e os Demônios da Tormenta da RT #01 foram obra de Wallas "Dragon Knight" e Danilo "el Brujo" Martins), e até mesmo versões preliminares de todo o sistema de magias do novo manual de 3D&T (e da nova edição de Tormenta), do Guia de Monstros de Arton e da Linha do Tempo do cenário foram submetidos à Lista pelos autores, saindo de lá com muitas adições. Outros fãs fora da Lista também tiveram participação importante no cenário, como Antônio Augusto "Shaftiel" (o criador dos Elfos Negros) e Marco Poli de Araújo (que descreveu o Império dos Minotauros, Tapista).

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Re: Uma Pequena História de Tormenta

Mensagem por Pyromancer » 31 Jan 2017, 02:07

2001 - Tormenta 3E
Em 2001, já consolidado, Tormenta não parou de se expandir. Era o momento de deixar de ser um cenário de poucas cidades para se tornar um mundo completo com muitos reinos, cidades e lugarejos. Na Dragão Brasil (que vai da #68 à #79 nesse período), apesar de diminuir um pouco, o suporte ao cenário continuou. Várias aventuras foram publicadas, como Dado Selvagem (DB #68), Torre dos Pesadelos (DB #71) e Reino da Escuridão (DB #77, que introduzia os Reinos dos Deuses). Saíram também alguns quadrinhos, como Dia Ruim (com Arkam Braço Metálico, na DB #69), um sobre a Vitória (DB #76) e um crossover de humor com o Capitão Ninja (DB #71), e outras matérias, sobre Dragões (DB #70), Poder Infinito (com a ficha da Vitória, DB #72), Dragão-de-Aço e Holy Avenger para D&D 3E (DB #76) e personagens aproveitando as novas combinações de raças e classes de D&D 3E (DB #78). Vários pôsteres de Tormenta saíram na Dragão nesse período -- incluindo um com o Kaska (DB #72), um com Victory II (DB #76) e um com Holy Avenger (DB #78) -- e foi nessa época também que o AD&D começou a ser substituído pelo D&D 3ª edição nas regras do cenário.

A Revista Tormenta teve o maior número de edições publicadas em um único ano, indo da edição #03 à #08. Os 28 reinos do Reinado finalmente foram descritos nas RT #04 e #05, saíram muitas novas matérias para Gorendill (o Conservatório Twilight, a milícia, o anão Farbos, o alfaiate Armanndy, o cemitério e a Guilda das Amazonas Livres), uma descrição da Academia Arcana (inclusive com novos monstros, RT #03), novas montarias (RT #04), a raça das Nagahs (RT #05), os Piratas do Mar Negro, embarcações e combate naval (RT #06), heróis da natureza e a aventura O Caminho para Doherimm (RT #07), o Protetorado do Reino, a primeira parte da descrição dos Reinos dos Deuses e uma descrição completa do reino de Deheon (RT #08). Saíram também vários contos (O Paladino e a Ladra, Amargura e Ressentimento, Arautos da Guerra, Vingador-de-Aço) e uma aventura-solo repaginada (Assalto ao Mestre Arsenal). Do mesmo modo que a Dragão, a RT também trouxe alguns pôsteres (um Mapa de Arton e o Rei Thormy na RT #04, e a Irmandade Pirata na RT #06) e começou a migrar do AD&D para D&D 3ª edição.

No campo dos livros e suplementos, foi lançado o Manual 3D&T - Revisado e Ampliado (que trazia abertamente elementos de Tormenta) para substituir o esgotado Manual 3D&T, e mais tarde foi lançada uma versão Fastplay (reduzida e simplificada) como encarte gratuito da Dragão Brasil #79. O primeiro suplemento dessa nova versão foi o muito popular Manual do Aventureiro, que trazia uma infinidade de kits e arquétipos de personagens baseados em Tormenta para 3D&T. Paralelamente a estes lançamentos, uma nova edição do módulo básico do cenário foi lançada, desta vez pela editora Daemon e sob edição de Marcelo Del Debbio - a Tormenta - 3ª Edição (com regras para 3D&T e Daemon). Esta edição, entretanto, saiu com muitos problemas resultantes da iniciativa de Del Debbio incluir vários elementos no livro sem consultar os autores originais. Isso fez com que os autores tivessem que destruir várias de suas novidades em materiais futuros. O único suplemento para esta edição do módulo básico foi o Guia de Monstros de Arton, o primeiro bestiário de Tormenta, também publicado pela Daemon (e também com regras para 3D&T e Daemon). Este livro, entretanto, foi muito melhor executado e bem recebido pelo público.

Com o desenvolvimento e princípio de popularização da internet, Tormenta começou a ganhar espaço nessa mídia também. A empreitada começou com a publicação do netbook Grimório de Arton, pela Daemon, corrigindo o problema da falta de um sistema de magias para 3D&T no módulo básico lançado pela editora. Mais tarde, surgiu também o site de Holy Avenger, que trazia diversos materiais relacionados ao quadrinho, incluindo biografias dos personagens, resumo dos episódios e páginas dos roteiros originais de cada capítulo. Outra série que ressurgiu na internet foi Lua dos Dragões, com o suplemento digital GURPS Lua dos Dragões, escrito por Marcelo Cassaro. O netbook havia sido escrito com o intuito de publicar como suplemento oficial para GURPS, mas diante da falta de resposta da SJG (publicante oficial do sistema) acabou sendo disponibilizado gratuitamente na internet.

E o cenário, que trazia muitos elementos aproveitados em Tormenta, ressurgiu também em mídia física. A Daemon publicou pela primeira vez o romance de Lua dos Dragões em formato impresso, enquanto a Trama lançou a edição encadernada da mini-série em quadrinhos. A revista Defensores de Tóquio acabou cancelada após sua terceira edição, mas os outros quadrinhos de Tormenta continuaram firmes. Holy Avenger foi do número #14 ao #25, ainda trazendo material de jogo em suas páginas finais (que incluem matérias sobre Goblinóides, as Montanhas Uivantes, Trolls, uma Linha do Tempo, a aventura-solo Aprendiz de Feiticeiro e alguns quadrinhos resgatados da Dragão Brasil). Foram lançados ainda os dois primeiros encadernados contendo os primeiros 16 capítulos da série, além da Holy Avenger Especial #1, com uma história solo de Sandro Galtran. Victory também ganhou uma edição encadernada, além de uma segunda mini-série em três edições - Victory II (com roteiro de Petra Leão e arte de Edu Francisco), que foi toda publicada neste ano.

Apesar de ter diminuído um pouco, a presença dos fãs na expansão do cenário não deixou de ser significativa. Todo o suplemento do Guia de Monstros de Arton passou pelo crivo e revisão dos membros da Lista Tormenta antes de ser publicado -- Lista essa que também gerou influência em vários pequenos elementos do cenário, como o herói Cyrandur Wallas (homenagem a Wallas "Dragon Knight"). Nela também foram publicadas materiais como um esboço preliminar do Reinado, regras de conversão de sistemas de jogo e mesmo um conto de Trevisan ("Era tarde, quase noite…"). Além disso, Antônio Augusto "Shaftiel" e Marco Poli de Araújo contribuíram com diversas matérias para a Revista Tormenta, incluindo as Nagahs, os Piratas do Mar Negro, embarcações e combate naval e O Caminho para Doherimm (Marco), e vários contos (Shaftiel).

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Re: Uma Pequena História de Tormenta

Mensagem por Pyromancer » 31 Jan 2017, 02:10

2002 - O Reinado
2002 pode ser considerado um interlúdio para o período de Tormenta na editora Trama. De um lado, a parceria com a editora Daemon foi encerrada (ao menos naquele momento); de outro, a própria Trama passou por uma mudança de nome e se tornou a editora Talismã. Saindo do grande boom de novidades de 2001, 2002 foi um ano provavelmente menos bombástico. Na Dragão Brasil (que foi da #80 à #90 neste ano) pouquíssimo material do cenário foi publicado, com louváveis exceções: alguns detalhes na matéria RPG como nos Games (DB #84), um novo quadrinho de Victory (DB #87) e o primeiro capítulo da série em quadrinhos Dado Selvagem, com roteiro de Marcelo Cassaro e Lúcia Nóbrega, e arte de Lydia Megumi (DB #90), que vinha também acompanhado de um pôster. Dado Selvagem estava sendo publicado inicialmente no site de Holy Avenger (que continuou com as biografias de personagens, resumos de capítulos e algumas novas páginas de roteiros), mas acabou migrando para o interior da DB.

A Revista Tormenta passou por um momento de indeterminação no qual chegou até a ser supostamente cancelada, mas acabou voltando com uma periodicidade menor. Nas três edições que saíram neste período (#09, #10 e #11), foram publicadas as duas partes finais da matéria sobre os Reinos dos Deuses, uma matéria de duas partes sobre os Dragões-Reis, uma série de matérias adaptando conceitos de Tormenta para D&D 3ª edição (Talentos Nativos do Reinado, regras para servos dos deuses, e caminhos da magia), Heróis Urbanos, Tiranos de Callistia, Meio-Dríade e matérias para Gorendill (frutas e bebidas e uma Guilda dos Ladrões). Foram publicados também os quadrinhos O Temerário (RT #11) e Jogo Perigoso (RT #10; primeiro da série Arton Eterna, de André Vazzios e André Valle, que continuou em edições seguintes mas nunca foi concluído).

No campo dos suplementos de RPG, várias novidades. O Bestiário Holy Avenger foi um encarte gratuito da DB #86 e trazia todas as criaturas da série Holy Avenger até ali adaptadas para 3D&T. Os demais suplementos também traziam regras para 3D&T. Saíram os dois primeiros volumes de O Reinado, série descrevendo em detalhes cada um dos 28 reinos da coalizão de reinos (e considerados até hoje como os melhores suplementos da história do cenário) e dois volumes de Só Aventuras (estes também com regras para D&D 3ª edição), que trouxeram aventuras clássicas da Dragão Brasil e Só Aventuras adaptadas para o cenário de Tormenta e para as regras novas dos sistemas. Saiu ainda o suplemento genérico Dicas de Mestre, uma coletânea de vários artigos da seção de mesmo nome da revista Dragão Brasil que incluía algumas coisas de Tormenta. Além destes, publicados pela Trama/Talismã, houve também o lançamento de Grimório, pela Daemon, um suplemento não-oficial mas que trazia elementos do antigo Grimório de Arton (este sim oficial).

Nos quadrinhos, Victory II ganhou uma edição encadernada. Holy Avenger foi do número #26 ao #35, aproximando-se do final da história e deixando de trazer material de jogo para dedicar suas últimas páginas a outras matérias. Saíram mais dois volumes encadernados da série, compilando mais 16 capítulos ao todo; e saíram também a Holy Avenger Especial #2 (com uma história solo de Lisandra) e Especial #3 (com a história solo de Niele). Outra novidade curiosa desse ano foi a produção do exemplar único de um garage kit da Niele, que foi sorteado no X Encontro Internacional de RPG; além da publicação de uma versão preliminar de um conto de Trevisan em seu blog, Gatos, Almas e Cinco Cents.

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