Conflitos no grupo

[Fallen]

Boa tarde pessoal!
Meu grupo vem passando por uma fase tensa, onde vem surgindo alguns conflitos dentro da mesa (personagens com visões e tendencias diferentes) e fora (Jogadores que por serem mais "expansivos" acabam "dominando" a sessão, e um ou outro que é mais quieto e quer começar a participar mais se incomoda, por que se sente colocado de lado nas decisões, etc). Então, isso tem me preocupado, porque o nosso passatempo deve ser algo leve, pra divertir todo mundo...

Gostaria de algumas opiniões e orientações, pois não sou muito experiente e estou queimando os neurônios para deixar todos de boa.

[Khrjstjano]

por que se sente colocado de lado nas decisões

Você pode citar exemplos de situações em que isto ocorreu? (O que aconteceu na história e o que o jogador disse ao se queixar).

[BURP]

Eu já tive caso do contrário, um jogador muito expansivo que se incomodava quando eu tentava dar mais atenção pros outros. Mas a coisa chegou num ponto que o grupo todo encheu o saco, e, juntos, tomamos a decisão de excluir ele do jogo. Tipo, ele chegou ao ponto de matar todo mundo no final da aventura, largando uma magia de explosão num aposento pequeno durante um combate.

Acho que a melhor solução pra não chegar nesse extremo é mesmo o diálogo. Conversar com o jogador que tá atrapalhando e ver se ele passa a dar mais espaço pros outros, ou até a ajudar os mais tímidos a se soltarem mais.

[ISMurff]

Uma bruxa com a maldição de troca de corpos. Cada player passa a controlar a ficha de outro player. Veja se o jogador continua expansivo ou se ele é apenas mais um combista com ego exaltado.

[Khrjstjano]

Me parece que vocês estão julgando muito apressadamente. Não sabemos quem tem culpa de que. Da forma como o autor do tópico apresentou a questão, a culpa (se é que há alguma) pelo mal estar pode ser tanto dos jogadores expansivos, quanto dos mais quietos, quanto do mestre. Nós nem sabemos se há realmente um problema no jogo. Ele diz que Fulano sente que foi colocado de lado. Isso não quer dizer nada. Não quer dizer que ele foi, nem que não foi. Só que se sente assim.

Sugiro aguardar mais detalhes antes de dar dicas que podem apenas causar mais confusão.

[Fallen]

O grupo encontrou aleatoriamente um velho comerciante e uma criança precisando de ajuda, pois sua carroça estava com a roda quebrada. Prontamente decidiram ajudar, como o tempo estava bem ruim, todos passaram a noite juntos e decidiram seguir o resto da viagem escoltando os dois npcs ja que o caminho era maio perigoso (Eles ja tinham esbarrado com um urso atroz, etc). O grupo foi atacado por uma matilha de lobos, e o velho não resistiu. Para dar um tempero a mais, eu revelei ao grupo que a menina era Lefou (diante de algumas situações, ferimentos sofridos no combate, o choque da morte do avô, etc). Bem, o grupo procurou saber havia mais alguém responsável pela menina, e diante da informação de que não havia, a Ranger aflorou se instinto maternal... Considerem que ela é um elfa, refugiada de Lenórienn, que após um longa campanha nas Uivantes usou a pequena porção de terra que conquistou para criar um refúgio para elfos e alguns não-elfos encontrarem um novo lar. Ela queria levar a criança para o seu refúgio, não querendo que a mesma crescesse em Tollon (onde tudo aconteceu) tanto pela cultura ser relativamente machista aos seus olhos, quanto pelo fato de Tollon estar sob o domínio dos Minotauros. O Samurai se absteve da situação. O Paladino de Valkaria, se sentiu responsável por não ser capaz de proteger os dois, e acreditava que o melhor seria deixar a criança com as clérigas de Lena e um povoado próximo, onde ela seria educada, e o fato de ser uma Lefou seria aceito, e sob os dogmas de uma deusa bondosa ela poderia seguir uma vida virtuosa longe do toque da tormenta. Bem, aí o bicho pegou...
Nenhum dos dois personagens cedeu, e chegou ao ponto da Ranger puxar o arco para o Paladino.
Entre os jogadores, a jogadora da Ranger é mais retraída diferentemente do jogador do Paladino, que por ser mais extrovertido ele acaba sendo mais participativo, mais ativo e mais experiente. Então, criou-se uma tensão.

Resultado da situação: O Responsável da cidade jogou todos na cadeia por uma noite para esfriar a cabeça, deu um sermão, retirou todos os equipamentos e dinheiro, e a criança ficou sob sua guarda, e os enviou em uma missão de resgate de cidadãos desaparecidos. Na verdade, os colocou para trabalhar em equipe dependendo das habilidades uns dos outros.

Ao meu ver, in game, Ok, ações de acordo com a visão dos personagens. Mas off game, queria tentar dar uma amenizada nesse clima...

[Lord Seph]

Se dentro do jogo está ok, qual o problema fora? Os jogadores estão ciente que é só um jogo? Pois nesse caso ambos estão certos, apesar que a Ranger tem mais razão nessa questão, já que o culto a Lena não é tão aberto e pode por a vida da criança em risco, por outro lado levar uma criança até as Uivantes pode ser ainda mais arriscado, o velho já morreu.

Em minha opinião o Paladino aparenta mais não ter mais responsabilidade com a vida da criança. A questão é e o resto do grupo o que acha? Eles não podem ficar completamente neutros nesse caso.

E lembre sempre que RPG é faz de conta e brigar dentro do jogo é normal e não se deve levar para o lado pessoal.

[Fallen]

Fora de jogo, ficou o clima de que o jogador do Paladino está tomando toda as decisões, conduzindo o grupo, etc. Na verdade, a situação do jogo serviu de gatilho para trazer isso a tona. Tenho esse jogador que é mais experiente, que naturalmente acaba tento essa facilidade em manter uma participação maior na partida.

[Pontus Maximus]

Como mestre já tive muita decepção com o grupo de minha cidade e como jogador também, é complicado quando se não é respeitado e ainda por cima é traido levando uma flechada nas costas de um amigo no meio de uma batalha importante, ele fez isso porque meu personagem era bom e ele queria ser assassino.

Outra coisa que me levou a sair e banir os meus amigos do grupo que jogo e do meu facebook foi o boicote ao meus personagens e minhas ideias, algumas discordâncias eu até posso concordar mas em trpg eu já até queria fazer um personagem nativo da Terra que foi parar em Arton, o ex-mestre meu me trouxe explicações do sistema Ação para justificar dizendo que os humanos da Terra são mais fracos (nunca vi isso nas regras oficiais de tormenta), e usar outro sistema pra isso foi dificil de engolir, sem contar a intolerância religiosa entre outros fatores.

ele me disse que quando um viajante de um mundo vai para outro o mundo que ele veio deixa de existir para ele, tó com isso engasgado na minha garganta até agora mas eu já botei em pratos limpos e sai fora. Depois se quiser te falo mais das minhas desventuras com meu antigo grupo da minha cidade, então tive que escolher: Agradar os outros ou ficar sozinho sem grupo, escolhi ficar sem grupo e viver, mas eu digo isso apenas dos players de minha cidade, não estou falando de ninguém daqui do forum não.

[Donovan Liadon]

Infelizmente algumas pessoas não sabem diferenciar o jogador do personagem. Na minha mesa tem um cara que é meio complicado. Certa vez durante a pilhagem na qual ele não estava presente a armadura de um miniboss ficou para o ranger, porém o jogador ficou pistola, pois já tinha lido a aventura (algo que eu havia aconselhado a não fazer) e já queria a armadura para o personagem dele. Quando ele descobriu que o ranger ficou com a armadura (algo decidido pelos demais participantes do grupo) o personagem dele teve como motivação entregar o grupo para o inimigo e, quando não conseguiu, assassinar o ranger. Por esse motivo essa mesa acabou e tivemos que começar uma nova campanha, e só fizemos depois que o jogador esqueceu da raiva pelo cara que controlava o ranger.
Nessa nova campanha, enquanto o grupo lidava com um inimigo poderoso o personagem desse mesmo jogador acabou morrendo, e a motivação do jogador passou a ser criar um personagem para matar o colega de grupo que ficou invisível perto do monstro para poder sobreviver. Ele alegou que a culpe do personagem ter morrido foi que o parceiro de grupo ficou invisível (sobrando apenas o personagem dele para ser atacado Corpo-à-Corpo) e também por minha causa como mestre por ter matado ele. Ele ficou com muita raiva e quase perdeu a amizade com todo o grupo pq saiu chingando os jogadores e eu.
Pessoas como ele acabam tornando o jogo pesado e sempre trás os conflitos do jogo pra fora, portanto devem ser tratadas com cuidado. Se alguém tiver sugestões de como resolver esses problemas com ele eu agradeceria.