Jogando com personagens pouco convencional

[D C Lemos]

Me desculpa a intromissão. Mas primeiro, se tratando do seu caso em relação a mesa e o mestre, faça como já falaram aqui "procure outros amigos", "muda de mesa", "vira mestre", talvez seja o mais sensato e saudável a se fazer.

Sobre o personagem não convencional ou algo assim. "Escreva uma história que faça sentido" era o que eu ouvia quando tentava fazer algo diferente, e passo algumas horas com o mestre da mesa conversando sobre histórias e formas de construir o personagem - mas sempre haverá as modificações.

Aproveito pra perguntar a galera, caso algum jogador queira jogar com um monstro que ele criou/sonhou ou viu num filme/desenho, vocês, mestres, dariam a liberdade para ele criar o personagem monstro utilizando o livro Manual de Criação de Monstros?

[Lord Seph]

Por mim ele poderia ser uma ameba, ia sofrer igual aos outros.

O problema para mim é balancear a criatura. É por isso que existe ajuste de nível para modelos.

[Pontus Maximus]

Obrigado Iron Man e pessoal aqui presente, mas algo que precisa ser visto, concordo que algumas campanhas exige um limite, mas eu já fui vítima de preconceito religioso e de regras que foram vetadas mesmo o universo do jogo permita, tem mestre que está mais preocupado com estética do que com possibilidades que podem até mesmo melhorar a opinião dos autores de um mundo de jogo.

[RoenMidnight]

O que eu ia comentar o Khrjstjano já comentou por mim, mas eu senti um certo tom neste tópico e eu gostaria de comentar algumas coisas.

Este tópico ao ler aos poucos, eu fui sentindo muito uma necessidade de desabafar um sentimento preso dentro do teu coração mais do que de fato debater o assunto proposto a principio. Talvez pelo o forum possuir outros jogadores e que algum deles talvez pudesse se sentir disposto a lhe ouvir...

O sistema base é um, nem todos os mestres são obrigados a utiliza-lo (e eu até recomendo cada mestre fazer suas alterações para que ele fique mais palatável), eu particularmente fiz algumas house-rules (que mais tarde foram melhoradas por uma amiga) para que jogadores pudessem jogar como monstros/criaturas em mesa sem ficarem desbalanceados com outros jogadores, até ai tudo bem. Entretanto alguns jogadores de RPG são extremamente puristas e não estão dispostos a muda-lo, e outros ainda criam regras mais limitantes sem tanto sentido (seja tanto mecânica quanto interpretativamente).

Eu levo uma máxima comigo quando se planeja criar para o sistema ou fazer alterações nele: É preciso conhecer as regras antes de querer quebra-las. E isto é algo que digo que boa parte dos jogadores não sabem ou querem/tem paciência para aprender.

Algumas palavras amargas tem que ser ditas aqui, muitos jogadores de RPG não jogam para se divertir de fato ou tem uma ideia muito estereotipada de diversas coisas. Alguns estão ali apenas porque tem prazer em testar a paciência do mestre, outros estão ali porque querem testar suas construções, outros infelizmente não tem uma visão ampla de como as coisas funcionam e estão mais interessados em de certa maneira satisfazer o próprio ego.

Joguei em uma mesa onde um mestre simplesmente jogava contra os seus jogadores e toda a situação e plano bem feito (e até mesmo rolagens absurdamente boas) resultavam em penalidades e mais penalidades aos jogadores e em outra mesa em que o mestre quase que te obrigava a jogar com um personagem feminino e ficava em off tentando negociar vantagens com você se você fizesse a sua personagem agir da maneira que ele desejava (tentando resultar geralmente em fazer sexo, este explicito a todos os jogadores da mesa, com um dos NPCS dele). Também já joguei com mestres que queriam ditar como o MEU personagem deveria agir em determinada situação, baseado apenas na visão que ele tinha do mesmo. Já joguei com jogadores que não queriam resolver a situação proposta pelo o mestre que se esforçava para criar algo divertido e apenas pensavam em atropelar tudo em seu caminho. E também claro, não posso esquecer do "mAlzÃO" que acha que ser mal é só ser o cara de cartola e bigode fino amarrando mulheres em trilhos de trem.

Se fosse para falar aqui de cada uma das más experiencias daria um texto enorme, o ponto que quero chegar aqui com tudo isto é: RPG tem um fator humano muito grande. E poucas, muito poucas pessoas, entendem isto. O jogo não é só interação entre personagens ali e rolagens de dados mas também uma relação entre os jogadores. Se você ignora isto quando esta jogando e começa a agir de forma babaca com os outros jogadores (e quando digo jogadores estou incluindo o mestre também) uma hora alguém vai se sentir incomodado e os resultados disto são os mais variados, desde o simples afastamento de pessoas a brigas e discussões (eu particularmente mando uns dois tomarem no cu sempre que os vejo até hoje, e se você que esta lendo for esta pessoa saiba que já estou te mandando neste momento). Seu personagem não é você, mas até ele tem seus limites e isto deve ser respeitado.

Sobre personagens pouco convencionais, volto ao que o Khrjstjano falou "Primeiro é necessário que exista um padrão". E particularmente não vejo muitos quando busco novos grupos para jogar, este negócio de "padrão" eu vejo muito nos old scholls que acreditam que tem que se prender aos clássicos ou apelam a esteriótipos.

[ISMurff]

O problema do jogador "old school" é que ele já deve ter jogado com tantas coisas bizarras que hoje em dia o esteriótipo clássico parece ser mais legal. Alguns desses viram mestres impedindo a criatividade dos jogadores enquanto se esquecem do quanto que se divertiram no passado com seu kobold ninja armado com um frango de borracha e que monta em uma mariposa gigante chamada Rubens.

[RoenMidnight]

Tinha que rolar uma atualização no forum para eu poder dar Likes em postagens como esta do IsMurff

[Khrjstjano]

...com seu kobold ninja armado com um frango de borracha e que monta em uma mariposa gigante chamada Rubens.

Essa foi a parte mais produtiva deste tópico, já valeu ter sido aberto.

[LordVrikolaka]

O problema do jogador "old school" é que ele já deve ter jogado com tantas coisas bizarras que hoje em dia o esteriótipo clássico parece ser mais legal. Alguns desses viram mestres impedindo a criatividade dos jogadores enquanto se esquecem do quanto que se divertiram no passado com seu kobold ninja armado com um frango de borracha e que monta em uma mariposa gigante chamada Rubens.

Eu tive que vir no tópico pra só falar isso aqui mesmo.

[Pontus Maximus]

O RoenMindnight resumiu tudo que já passei, mas para fazer essas questões que trago aqui eu esperei anos para que os jogadores e mestres de minha cidade tomarem consciência mas isso nunca aconteceu, por isso prefiro jogar pbf hoje nos fóruns .Concordo que todo game tem que ter certos limites, mas dependendo do cenário novos padrões e leques se abrem automaticamente, é preciso saber disso. E pra constar eu conheço o Trpg, só não é meu preferido, mas gosto e conheço o suficiente. Estou apenas deixando claro minha situação.

[Rui]

O RoenMindnight resumiu tudo que já passei, mas para fazer essas questões que trago aqui eu esperei anos para que os jogadores e mestres de minha cidade tomarem consciência mas isso nunca aconteceu, por isso prefiro jogar pbf hoje nos fóruns .Concordo que todo game tem que ter certos limites, mas dependendo do cenário novos padrões e leques se abrem automaticamente, é preciso saber disso. E pra constar eu conheço o Trpg, só não é meu preferido, mas gosto e conheço o suficiente. Estou apenas deixando claro minha situação.

Se não consegue achar uma mesa na sua Cidade, tambem existem programas para jogar Rpg de mesa online com outras pessoas...como o 2ic, RRPG firecast e Roll20.

Ha bastante mesas nesses programas de varios sistemas e uma boa para conhecer gente nova tambem.