[T20 Playtest 2.0] Considerações de um grupo regular

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Dart
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[T20 Playtest 2.0] Considerações de um grupo regular

Mensagem por Dart » 02 Out 2019, 21:38

Antes de tudo, eu e meu grupo entendemos que alguma terminologia precisa ser acertada, como a habilidade de Caçador se chamar poder do caçador na tabela e poder da caçada na descrição. Mas isso é algo compreensível e que pode naturalmente ser corrigido em um próximo playtest. Assim, levamos em conta que o material apresentado não passa de um calibrador para as funcionalidades do jogo (a despeito das criticas severas de um determinado membro do grupo em relação à descrição de certas coisas). Deste modo, tudo aqui escrito deve ser interpretado como críticas construtivas que visam (de acordo com o nosso ponto de vista) melhorar a diversão de todos.

Raças
Parecem estar equilibradas, MAS o elfo herdou dos humanos de D&D 3.0 e 3.5 o “defeito” de ser a única raça que progride conforme aumenta de nível. No caso dos humanos eles ganhavam perícias, no caso do elfo de Tormenta20 ele ganha PM. É compreensível que os autores queiram dar um ar arcano aos elfos, mas fica a sugestão para em vez de aumentar os PMs fazer com que as magias arcanas lançadas por um elfo tenham uma CD de +1 ou +2. Ou algo assim e não uma habilidade que progrida.


Classes
Estão mais customizáveis. A mecânica de seleção de habilidades permite uma maior variedade de possibilidades, tanto é que parece não haver incentivo suficiente para progredir numa mesma classe, tornando o multiclasse mais atrativo (quase obrigatório). Isso chega a ser estridente no guerreiro, onde caso um indivíduo queira ser um combatente especializado em uma única forma de luta (armas de duas mãos, por exemplo), simplesmente vai chegar uma hora na classe que a única coisa que vai poder escolher será o aprimoramento nos atributos. Uma atenção especial ao Caçador e à sua Marca da Presa. Não há incentivo para o uso da habilidade (pelo menos de acordo com o jogador que testou a classe) comparada à habilidade de outras classes. Ela usa uma ação maior e tecnicamente faz menos coisas. O maior problema se encontra na ação, pois comparada a outras escolhas que se pode ter a ultima coisa que se irá fazer (se atacar a distância tem o tiro rápido, se atacar corpo a corpo teria de estar colado ao inimigo) é usar a marca da presa. Ainda em Caçador, seria interessante explicar como se comporta o companheiro animal de ranger + companheiro animal de druida. Um jogador que já jogou o TRPG vai presumir que só acumule os níveis, as que estiver começando não vai ter a mesma visão.

Origens
Nada a comentar. Apenas uma sugestão, se os autores quiserem um pouco mais de trabalho e aprofundamento, podem fazer origens iguais com benefícios diferentes dependendo do reino. Por exemplo, o acólito de Deheon pode ganhar um beneficio diferente do acólito da União Púrpura.

Perícias
Aqui entendemos que são uma questão mecânica algumas escolhas, como testes de ataque ser por jogadas de perícias (afinal, a habilidade marcial é uma coisa que é treinada), mas fica um pouco estranho coisas como Fortitude. Bom, pelo bem da mecânica não é algo que vá fazer muita diferença. Houve uma condensação de perícias e suas funcionalidades e o desmembramento de outras. Entendo que faz mais sentido algumas pericias serem separadas e a única critica que meu grupo encontrou foi no caso de Religião ser baseado em sabedoria e não em inteligência. Tanto a descrição da perícia quanto a suas funcionalidades dão a entender que ela seria mais coerente baseada em inteligência.
A sugestão nas pericias fica limitar a funcionalidade delas para uma determinada quantidade de pessoas, como por exemplo o uso de acampamento em sobrevivência, onde é descrito que um teste bem sucedido garante recuperação para o indivíduo e seu grupo, mas grupo de até quantos? Cinco? Seis? Dez? vinte? Cem? Mil?

Talentos
Nada fora do comum. A única coisa que não ficou clara é a funcionalidade da multiplicação de dano por parte da carga de cavalaria. Na fria interpretação da palavra podemos entender que o dano é dobrado em todas as suas variáveis, como bônus por força e habilidades, mas como isso interage com um acerto crítico? Aliás como é feita a multiplicação de um acerto crítico em relação a uma carga de cavalaria crítica e o uso de habilidades como a vindicação do paladino? Um exemplo seria bem vindo à descrição.

Deuses
Ahhh, sim.. os deuses... fonte de discussão acalorada no meu grupo de jogo. Não ficou claro como funciona a mecânica de devotos/poderes concedidos e isso pode ser ligado a algumas outras classes. Por exemplo, a habilidade devoto do druida diz que ele ganha UM poder concedido à sua escolha. Isso acontece também com a habilidade abençoado do paladino. Ok. Mas a habilidade devoto do clérigo diz que ele recebe OS poderes concedidos, isso quer dizer que druida e paladino recebem apenas um poder enquanto o clérigo recebe todos? O maior problema nem é este, mas sim que na descrição de Poderes Concedidos é dito que seus devotos recebem todos os poderes. Então clérigo recebe todos os poderes, paladino e druida recebem um e um devoto outro qualquer também recebe todos os poderes? Estranho. Uma atenção especial à arma preferida de dois deuses, Khalmyr e Valkaria. Enquanto a arma de Valkaria tinha sido o mangual em versões passadas, ela passou a ser a espada longa após a Libertação de Valkaria. Quanto à arma de Khalmyr, nunca foi espada longa, mas sim a espada grande — montante em Tormenta20 — e suplico aos deuses que tenha sido uma descrição equivocada colocarem espada longa. Se fosse para mudar, faria muito mais sentido a arma de Khalmyr ser uma espada bastarda e não uma espada longa. Na própria descrição das armas diz basicamente que a espada longa é arma de soldado e a bastarda arma de cavaleiro.

Equipamento
Em primeiro lugar cabe constar que a tabela de preços esta um pouco confusa, com valores em T$, TC, TP (condução marítima), e valores quebrados de T$. Por que valores quebrados e TC na mesma tabela? Por que não colocar os valores quebrados em TC?
Em segundo lugar, fica a sugestão apara alteração do nome das melhorias afiada e pungente para temperada e revenida respectivamente.
Em terceiro lugar, fica a duvida de como funciona a barraca em relação a testes de sobrevivência. É descrito que a barraca fornece um bônus para os testes de sobrevivência para acampar para até 2 pessoas, mas um teste de sobrevivência para acampar é feito apenas por um personagem e vale para o grupo todo. Então a barraca fornece bônus para todos ou só para que a possui? Por exemplo, o caçador Felipe, O Seboso, realiza um teste de sobrevivência com resultado 13. Caso seus companheiros —o guerreiro Lucas, O Samoco, e o arcanista Jonas, O Morfético— tenham barracas, o teste contará como 15 para eles e 13 para Felipe, o Seboso?

Magias
Por fim, ficou um pouco estranho a relação da duração “cena” com algumas magias (e isso foi uma observação do mestre), pois não é especificado com precisão o que é um cena, quando começa ou quando acaba. Abrir e subjetivar de tal maneira acaba gerando umas interações bizarras com a duração de algumas magias. Pelo menos aparentemente.

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