Discussão sobre o cenário de Tormenta

Tormenta é o RPG mais completo do Brasil. São tantos suplementos que você vai mesmo precisar conversar com o pessoal para acompanhar tudo!
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Lord Elrohiir
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Re: Discussão sobre cenários de TRPG

Mensagem por Lord Elrohiir » 12 Dez 2013, 17:18

Destruidor escreveu:Aí é que tá, Tarso poderia sim, abater um lorde ou dois. Mas mesmo sendo o mais poderoso do cenário, não conseguiria destruir a Tormenta em si. Isso porque existe a Anti-criação e infindáveis Lefeus que desconhecemos.

Quanto a questão do ND, não podemos levar tão a sério no que diz respeito aos lordes. Gatzvalith possui ND 46 e só seu poder especial de sedução já o torna quase invencível.
Temos que fazer a diferenciação entre "Tormenta" e "Anti-Criação".
O primeiro é a invasão Lefeu à Arton. Onde corrompem tudo, mas, também, pode-se dizer que são corrompidos. É possível dizer que todos os Lefeus de alguma importância estão em um processo de "Artonização", tanto é que estão sofrendo individualização.
Além disso, Tarso é, de fato, muito poderoso para qualquer criatura que esteja em Arton e, por tal motivo, ele faz o que ele quer, como já foi mencionado. Ele pode achar a Tormenta nada mais que uma chateação, algo que outros podem lidar, sem afetá-lo.
Fazendo uma analogia bem exagerada (e, definitivamente, absurda) eu tenho 1.81m de altura e peso mais de 100kg. Uma formiga escalando a parede ao meu lado é irrelevante, completamente. Mas, se essa mesma formiga me picar, eu (por reflexo, raiva, ou por qualquer outro sentimento) posso matá-la e, provavelmente, vou (com um xingamento). Pode ser assim que Tarso enxerga a Tormenta que está em Arton. "Fica aí de boa, que eu fico aqui de boa. Se tu vier encher o saco, eu te destruo. Ponto."
E tal pensamento é lógico. Se ele tinha poder suficiente para ascender ao Panteão como um deus maior, qual não seria o estrago que ele faria em qualquer área de tormenta que ele quisesse invadir? Convenhamos que Kally foi um diferencial razoável na guerra ocorrida, e ele não contava com todo o seu poder.

edit: A Anti-Criação é um lugar onde TUDO é Lefeu. Foram necessários todos os deuses do Panteão para destruí-la da primeira vez. E, ainda assim, eles falharam, pois não acreditavam/não sabiam que TUDO era Lefeu, inclusive o próprio espaço-tempo. Por mais poderoso que seja, Tarso não tem poder suficiente, sozinho, para destruir aquilo que 20 deuses maiores falharam. Ele precisaria dos outros deuses e, além disso, conhecimento suficiente para que não cometessem o mesmo erro.
Lord Seph escreveu:um personagem NL não deve nada a ninguém, que mania chata do povo achar que por ser leal o cara é obrigado a seguir leis.
Conforme já afirmado, um personagem LEAL não é, necessariamente, alguém que segue LEIS.
Existem diversos tipos de lealdade, e é muito válido mencionar isso, tendo em vista a discussão que se desdobrou. Eu POSSO, muito bem, criar um personagem leal ao DINHEIRO e chamá-lo, ironicamente, de Scrooge McDuck (Tio Patinhas). A forma como eu vou adquirir aquele dinheiro pode ser LEGAL ou ILEGAL, mas, ainda assim, eu não vou estar abandonando a tendência LEAL pro ter aniquilado uma família para adquiri-lo, ainda que isso seja, na maioria das cidades, algo completamente ilegal.
Numa outra analogia bem exagerada, pra quem assiste/assistiu Breaking Bad, Walter White ESCOLHEU se tornar um produtor de metanfetamina, pois sua "lealdade" (por mais deturpada que seja) está em sua família e, para ele, todos podem morrer, desde que não toquem em sua família.

Tanna-toh, é Leal ao conhecimento, e ao conhecimento apenas.
Ela pode, SIM, causar um genocídio para descobrir o porque dos indivíduos daquela determinada raça serem imunes a uma doença cujo índice de mortalidade é gigantesco (Praga Coral, em TRPG, ou, na vida real, a Peste Negra, na Idade Média), por exemplo.
Assim como ela PODE pegar todo o conhecimento adquirido no exemplo acima e distribuí-lo a uma comunidade assolada pela mesma doença (como o continente africano é pela AIDS).
Os meios não são importantes, aqui. Apenas o fim, qual seja, a aquisição de conhecimento. Nada mais.

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Aldenor
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Re: Discussão sobre o cenário de Tormenta

Mensagem por Aldenor » 12 Dez 2013, 20:22

Vcs tem opiniões tão fortes...
Bem, o que vcs tão falando é que LN = LM. Não tem diferença. O que eu digo é que um LN como Tanna-Toh não faria experimentos crueis, pq SABE que NÃO PRECISA recorrer a esses recursos para adquirir um novo conhecimento. Um LM não ligaria, de fato, para cometer genocidios, crueldades em geral em prol do desenvolvimento.
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ginani
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Re: Discussão sobre o cenário de Tormenta

Mensagem por ginani » 12 Dez 2013, 20:26

Acho que a diferença está que o LN poderia realizar uma ação maligna caso está não entrar em choque com seu código pessoal. Para um LM realizar a ação maligna seria o padrão. Pelo menos eu interpreto que uma única ação maligna não afeta a tendência de um personagem, é preciso ele adotar tal comportamento constantemente para tanto. Tento encarar as tendências de forma menos rígida, de forma a me adequar melhor a realidade. É claro, essa é minha visão apenas
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Re: Discussão sobre o cenário de Tormenta

Mensagem por Aldenor » 12 Dez 2013, 20:29

Concordo em geral. Mas para deuses, tem que ser algo muito definido e imutável. Afinal, eles são deuses. A neutralidade permite a Tanna-Toh ir além e fazer atos malignos, mas a inteligencia dela é alta demais, ela veria um meio diferente para alcançar o objetivo sem precisar recorrer a meios malignos. Afinal, ainda é um RPG, um jogo de heróis aventureiros hehehehe
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Re: Discussão sobre o cenário de Tormenta

Mensagem por Lord Seph » 12 Dez 2013, 20:37

Que mané meios malignos, Glórienn se pudesse teria trucidado os Goblinoides que massacravam seus elfinhos igualmente malignos ladrões de terras e xenófobos.

E não, não acredito nessas amarras que os autores tentaram colocar nos deuses, se for assim Khalmyr deve ser o maior vilão do cenário já que nem é capaz de ficar próximo de sua espada...

Melhor criar um tópico sobre isso, mas não aqui.
Melhor queimar do que apagar aos poucos.
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Re: Discussão sobre o cenário de Tormenta

Mensagem por Aldenor » 12 Dez 2013, 20:44

Ué, nao sei pra que continuar discutindo, vc já deu o veredito final e absoluto... :lol: :lol: :lol:

Mas aqui não é pra falar do cenário de Tormenta? Isso faz parte...
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Re: Discussão sobre o cenário de Tormenta

Mensagem por Lord Seph » 12 Dez 2013, 20:56

Na verdade isso faz parte da mecânica do sistema, é uma coisa que torço o nariz desde de sempre... Até em Vampiro: A Máscara eu fazia isso.
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Re: Discussão sobre o cenário de Tormenta

Mensagem por Aldenor » 12 Dez 2013, 21:58

Estamos falando sobre as ações, atitudes, pensamentos possíveis de um deus. Usando o sistema, claro, mas a base não é essa.
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Re: Discussão sobre o cenário de Tormenta

Mensagem por Nomead » 12 Dez 2013, 22:17

Na verdade, a base é essa desde que Tormenta passou a ter regras de D&D 3ed. Antes disso, deuses não possuíam tendências, mas sim instintos: Khalmyr fazia tudo pelo instinto primal daquilo que é justo; Wynna aceitaria a criação de mortos-vivos se isso facilitasse a difusão da magia (mortos trabalham, vivos estudam); Glorienn não se importava com nada que não fosse elfo, e assim por diante. O próprio Kally, nessa versão, seria muito mais interessado na busca incessante, continua e desprovida de moral por poder do que algo tão trivial quanto fazer o mal.
Kally pode agir como um tirano escravagista mau-que-nem-o-pica-pau, mas apenas se isso ampliar seu poder. Wynna também pode ser uma tirana escravagista, se isso espalhar a magia (escravizar as almas sem inteligência - esqueletos e zumbis possuem inteligência nula - torna-se válido se a população restante aprende magia).

Então, quando se trata de deuses, eu sou a favor de se abandonar os conceitos humanos de tendência, principalmente as vinculadas a ordem e caos, para se apegar a instintos e motivações de um deus.
Mesmo pq, a lei dos mortais não se aplica a divindades. Na verdade, as únicas leis que se aplica as divindades são as leis de Khalmyr, as quais Kally acompanhou a criação, Tanna-Toh arquivou e outros deuses leais seguem. E os deuses caóticos ignoram.
Editado pela última vez por Nomead em 12 Dez 2013, 22:20, em um total de 1 vez.
"Tenho prazer em ser vencido quando quem me vencer é a razão, seja quem for o seu procurador." Fernando Pessoa

"Se não há reclamação e criticas construtivas, não há como a editora esta ciente dos problemas e tentar resolve-los." - Durnnon.

Será que sou o único que relaciona o escrito "regra nº 5" com o inciso III do AI-5?

Dica Especial: se você quiser acessar o fórum antigo da jambo, acesse o site: http://www.jamboeditora.com.br/forum_antigo

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Re: Discussão sobre o cenário de Tormenta

Mensagem por ginani » 12 Dez 2013, 22:18

Bom, continuando o off topic por mais um tempo, eu acho que o grande problema do sistema de tendências é tentar tornar as coisas tão absolutas, sendo que a realidade (nesse ponto tanto em jogo quanto no mundo real) é diferente. Como o Lord Seph bem disse, Glórienn, uma deusa CB, não pensaria duas vezes em eliminar todas as raças Goblinoides da face de Arton se estivesse em seu poder (e ela não estivesse até hoje no Reino de Tauron em posição fetal xP), e genocídio é uma atitude intrinsecamente maligna. Tanna-Toh, em caso de não encontrar alternativa, não teria problemas em realizar atos malignos para gerar mais conhecimento. Tenebra é uma deusa N mas muitas de suas ações podem ser consideradas malignas, como enviar emissárias pra roubar a alma de homens (succubus) para o continente. E temos sempre Nimb, que pra mim representa o que é ser caótico neutro com precisão, isso pq hora ele comete atrocidades sem aparente razão pra depois se mostrar um 'poço' de bondade, salvando todos. Na teoria ele devia ficar na dele por ser CN. Resumindo, tendências são legais, mas tentar usá-las de forma rígida não é tão bom assim e nem é praticável, pelo menos na minha opinião
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