Escolinha do Professor Talude (Aula de Magia)

Avatar do usuário
Aldenor
Mensagens: 17601
Registrado em: 09 Dez 2013, 18:13
Localização: Curitiba, PR

Re: Escolinha do Professor Talude (Aula de Magia)

Mensagem por Aldenor » 20 Nov 2017, 12:32

Será que aquele ambiente estava quente demais? Alynor sentiu gotículas de suor brotarem na testa quando a professora foi curta e grossa ao informá-lo ser o último a falar com ela sobre as aulas. Mas a aula de grimórios havia sido ONTEM! Como podem ter sido tão rápidos! Até o Nagi? Alynor deu uma respirada longa, mas discreta, e liberou a tensão nos ombros.

Enquanto Lorelinena era direta, curta e grossa, Alynor movia a cabeça para um lado e para o outro - de maneira recatada - para massagear o pescoço e provocar um ou outro estalo. Alynor lutava para transparecer normal e ao mesmo tempo para relaxar. Agir com naturalidade, mesmo após a intimidação daquela elfa. Quando o veredito foi favorável, Alynor sentiu os ombros caírem e um quase sorriso esboçar no rosto. Mas se segurou.
Alynor
Imagem
Agradeço.
Fez um meneio com a cabeça e virou-se para sair. Estava nervoso e muito ansioso, não conseguia ficar ali nem mais um segundo. Passou por sua tia e nem virou-se para olha-la.
Therese
Imagem
...
E passou também por Nereus, aquele quem lavou o chão com suas entranhas depois de lutar contra Drahomira. Alynor queria perguntar a ele sobre a professora com quem teve bons e estranhos momentos ao longo de sua estada na Academia Arcana, mas naquele momento até disso sua mente não o deixou lembrar.
Nereus
Imagem
...
Mesmo do lado de fora, Alynor ainda pensava em como Lorelinena reparava em suas botas molhadas e na porta chorosa. Aquilo poderia marcá-lo. Será que aquela elfa iria persegui-lo por ser rude com uma reles porta? Não era possível! Alynor sentiu o punho de Dankovich em sua mão esquerda e retirou dali imediatamente, como se tomasse um susto. Instintivamente estivera preparado para se defender.

Penélope e Dankovich falaram amenidades tirando-o do seu torpor.
Penélope
Imagem
Ela é um amor, não é?

E sabe aquelas pessoas ...
Dankovich
Imagem
Eu não queria dizer nada, mas ...
Alynor
Imagem
Que?
Alynor tinha ouvido, mas as palavras só fizeram sentido depois de já ter perguntado. Dankovich estava em conflito sobre a personalidade de duas elfas (uma elfa e meia!). Mas Penélope mudou de assunto, felizmente, sem querer entrar em imbróglios com sua espada mágica.
Penélope
Imagem
Agora que seu trabalho está feito por hora, eu estava pensando...

Tenho esse horário livre ainda, depois do almoço. Não quer dar um pulo comigo no zoo? Quero falar com o professor Jungle Dore e você pode me falar mais sobre esse lance de conselheira...
Alynor a olhou como se fosse a primeira vez. Ela parecia leve, com expressão relaxada e de bom humor. Ora, será que não sentiu a pressão de estar numa sala com tantas criaturas poderosas e respeitáveis? E ainda ter falado com a professora mais carrancuda da Academia? Alynor abaixou os olhos pensando que talvez o problema fosse ele mesmo, de se inferiorizar em relação a pessoas poderosas assim... bom, ele falaria disso com Therese quando a encontrasse. Talvez.
Alynor
Imagem
Você quer mesmo minha companhia?
Viu-se perguntando e logo se arrependendo, não dando tempo dela responder.
Alynor
Imagem
Tá, beleza. Tanto faz. Vamos lá.
Tentou passar uma imagem de segurança, distante e que não se importava. Mas na verdade fazia tempo que não andava com uma garota além de Cellica, sua amiga de infância. Durante o caminho, Alynor ficou em silêncio, ou monossilábico. Mas chegando perto do Zoo, decidiu falar algo banal. Tinha que experimentar essas coisas, afinal.
Alynor
Imagem
Jungle Dore, ham. Tive dois cursos com Jungle Dore. Práticas Aventurescas III e V. Na terceira eu fui muito bem, estava no meu auge de empolgação e tal. Mas na quinta eu fui bem mal, passei raspando. Foi quando eu fui bem com Teoria e Práticas dos Itens Mágicos I, com a Drahomira... enfim.
Lembrou que Penélope havia perguntado sobre o lance de conselheira. Tinha que saber mais sobre ela para usar de argumento de sua escolha.
Alynor
Imagem
E você, Penélope? Eu nem sei seu sobrenome... n-não que isso seja tão importante assim pra mim... digo, me importo com família sim, ainda que só tenha conhecido meus tios e primos por parte de pai... tsc! O que eu tô tentando dizer é que sei pouco de você. Quais matérias tu fez, gostou mais, odiou mais... quais professores favoritos, e aqueles que você detesta... quais suas ambições, o que quer fazer depois da Academia Arcana e tal. Isso tudo é só pra eu saber mais de você... é um interesse puramente pragmático, para ser minha conselheira... n-não p-pense b-besteiras.
Falou como um tagarela sem noção. No fim, ele estava corado e querendo sair correndo dali.
Alynor vai passar a tarde com ela até a hora do Movimento Estudantil (16h05 até 19h) quando irá convidá-la para o acompanhar na reunião.
Imagem Imagem Imagem Imagem Imagem Imagem Imagem Imagem Imagem
Imagem Imagem

Avatar do usuário
Khrjstjano
Mensagens: 6436
Registrado em: 09 Dez 2013, 20:07
Localização: Atrás de você.
Contato:

Re: Escolinha do Professor Talude (Aula de Magia)

Mensagem por Khrjstjano » 02 Dez 2017, 20:12

Imagem
Nadeemah
Imagem
Mais um dia se foi na Grande Academia Arcana; quem furunfou, furunfou, quem não furunfou, não furunfa mais.

Mas vamos dar uma olhada no que houve com nossos alunos; também estou curiosa para saber.
Imagem

Alynor

Alynor acordou mentalmente disposto, apesar de tudo que passou no dia e noite anteriores e de seu corpo sentir os efeitos das lutas. As dores o acompanharam o dia todo, mas mesmo assim o jovem ainda passou a manhã praticando esportes no Complexo Esportivo. Seu rendimento foi abaixo de sua própria média, mas ainda bastante alto para um atleta comum. Não fosse pelos outros praticantes de ogroboll a quem acompanhou estarem muito inspirados aquela manhã, não teria feito feio. De qualquer forma, talvez devido à sua clara aparência debilitada, que deixava ainda transparecer hematomas e cicatrizes não removidas pelas curas mágicas de Nina na noite anterior, seu esforço atraiu a simpatia do que praticavam com ele ou assistiam a tudo. Não deixou de notar os olhares de algumas garotas interessadas, embora elas parecessem acompanhadas. Ou seriam só amigos?

Após, passou algum tempo com sua colega de grêmio, Penélope, com quem viveu uma pequena aventura para conseguir passagem por uma porta falante e muito geniosa, e assim encontrar a professora que procurava. Conseguiu finalmente passar por ela e encontrar Lorelinena, de quem teve a impressão de que o julgava pela forma como lidara com a porta, mas ao menos finalizou seu trabalho de marcar um horário para os membros do Grêmio do Dragão aprenderem com ela a magia que o professor Talude lhes informar ser imprescindível ser capaz de executar para prosseguir com as aulas do curso de Grimórios e Preparação Avançada de Magias. Penélope se divertiu vendo-o se bater com tudo aquilo e, no fim, quis convidá-lo para acompanhá-la até a Área de Contenção de Espécimes. A meio-elfa, que já ia bastante com sua cara, acabou se aproximando mais dele e aceitado sua proposta de ser "sua conselheira", como ele dizia, embora ela confessasse que achava aquilo um pouco engraçado.

Em seguida, gastou o restante da tarde envolvido com a política estudantil da Grande Academia Arcana. Foi até a sede e ajudou os líderes do movimento a organizar o local. Trabalho físico naquele dia, falou-se pouco sobre política em si, ao contrário do dia anterior, onde por conta do planejamento para o semestre os três líderes então presentes haviam falado sobre tudo e mais um pouco do assunto. Alynor achou que isto se deu principalmente porque o líderes do movimento de cada Grêmio não estavam ali naquela tarde, provavelmente estando em aula ou resolvendo assuntos externos, segundo ouvi comentários dos presentes. De qualquer forma, havia bastante coisa para se fazer. Papéis para preencher, formulários a serem criados, autenticados e preparados para uso ao longo dos próximos dias e do semestre, estantes e mesas para organizar, salas para realocar e todo tipo de trabalho processual. Então aquilo não era só falatório? Pensou ele. Política também envolvia trabalho físico, apenas provavelmente eram os peixes pequenos que tinham que cuidar daquelas coisas. Balançou aqueles pensamentos da cabeça apesar de qualquer descontentamento, pois no fundo sabia que era sempre assim. Para se chegar ao topo é preciso começar de baixo e encarar a subida no braço, qualquer que seja o campo de atuação.

Ao fim do dia, apesar de um pouco de dificuldade para manter-se firme e não dormir no processo, levou a cabo o trabalho de escrever um relatório sobre a noite na biblioteca para o professor dragão. Arrastando-se como podia, levou-o até a sala do professor naquele prédio, sendo cumprimentado pelo funcionário Jackes no caminho. Voltou para seu dormitório e caiu na cama, dormindo o sono dos guerreiros cansados.

No fim de tudo, não conseguiu encontrar a outra professora com quem precisava marcar hora para seu grupo. Não teve sorte em encontrar sua amiga Drahomira. Ou será que não tinha se esforçado tanto? Afinal, se eram amigos, ele deveria saber melhor quando e onde encontrá-la, não é verdade? Será que não estava apenas fantasiando sua proximidade com a professora e no fundo não passava de mais um aluno babão?


Nina

Nina acordou com calma, pensando no dia anterior, fazendo curativos nos ferimentos que sua magia não fizera sumir. Era interessante como mesmo com tanto poder curativo quanto ela dominava, graças em grande parte à sua deusa amada, o corpo nunca voltava ao seu estado realmente perfeito. Podia agir normalmente, mas uma dor aqui ou ali, um roxinho lá e inchaço acolá sempre sobravam. Era uma lástima, mas quando se olhava para o estado de suas roupas... O manto tão querido estava reduzido a frangalhos, todo recortado pelas páginas laminadas dos horríveis monstros que tiveram que enfrentar. Ela ainda pensava em consertá-lo, mas era visível que sem auxílio mágico jamais conseguiria transformá-lo em mais do que um amontoado de remendos e retalhos.

Depois de colocar a cabeça no lugar, começou a fazer o que tinha que fazer. Primeiro o tal relatório que o professor Illieth havia requisitado. Escreveu-o com todo cuidado que lhe era característico, então levantou-se pensando em apaziguar duas brigas com uma só acalmada. Já que tinha que entregar o relatório ao professor e este também lhe havia pedido para que avisasse a sua amiga Dafne, a quem coubera o livro no qual viera de brinde um pequeno dragão-fada, para que o encontrasse quando pudesse, pensou em levá-la junto consigo até lá. Assim, sendo foi procurá-la, o que a levou ao necrotério. Mas claro, onde mais uma necromante que se preze passaria a maior parte de suas horas, não é? Óbvio, não Nina? Poderia ter começado a procurar ela por lá.

Infelizmente, sua amiga estava atolada de coisas para fazer. Nina lembrou-se então que Dafne já lhe havia dito que seu único momento livre desta semana seria naquele mesmo Tirag, porém à noite. Que lástima! Para mudar de assunto, perguntou-lhe sobre a recepção do primeiro dia de aula, mas a resposta que obteve não foi muito explicativa. Segundo Dafne, ela havia tomado todas e não lembrava do que acontecera, exceto que devia ter sido muito bom, pois acordara bem feliz. Nina então lhe deus as instruções para que achasse a sala do professor dragão na biblioteca quando fosse lá, o que ela provavelmente faria à noite, e se despediu, deixando-a com seu companheiro zumbi, a quem ela dissera que devia alguns favores e estava pagando com seu trabalho naquele momento.

Nina então rumou para a biblioteca, entregar o relatório de uma vez. Ao chegar à sala do professor, tocou o sino, mas nada aconteceu. Ele devia estar ocupado com alguma coisa... Ah, claro Nina, ele devia estar dando aula, é óbvio! Pensou ela. Se quisesse falar com ele, tinha que vir à noite ou num de seus momentos de folga, se é que ele tinha algum. Enfim, deixou a sala para trás, pensando em voltar mais tarde. Era hora de almoçar.

Após uma ótima e praticamente curativa refeição — notou que estava com bastante fome, provavelmente devido a todo o esforço da noite passada, — foi cumprir com suas atividades extracurriculares diárias. Bem, na verdade, naquele primeiro dia não iria realmente fazer o que sempre fazia — aulas de reforço para alunos de matérias nas quais ela obtivera resultado exemplar, — mas sim gastar o dia divulgando as aulas. Não adiantava nada fornecer um serviço se ninguém sabia nada sobre aquilo, não é verdade? Sendo assim, foi afixar alguns avisos que escrevera em pergaminhos sobre seu trabalho, horário e local onde atendia. Deixou alguns próximo à sala de aulas da cadeira de Primeiros Socorros e outros na Enfermaria, onde a enfermeira recepcionista a reconheceu de pronto e a ajudou a encontrar um bom lugar no quadro de avisos e garantiu que a indicaria aos alunos que vinham até lá para as aulas práticas e estágios.

Por fim, foi fazer o mesmo em um lugar inédito: o Necrotério. No semestre passado, havia surpreendido a si mesma ao surpreender ninguém menos do que o professor Thanatus, o lich, com quem estudou Almas e Vida Após Morte, com sua performance, especialmente por seu espírito adamante frente às atividades práticas. Dissera o professor que raramente encontrava alguém tão bravo para participar de suas atividades, visto que por mais que se tratassem de experiências acadêmicas tradicionais, coisas que envolviam morrer costumam deixar as pessoas "um pouquinho" tensas. E por um pouquinho tensas ele queria dizer "completamente borradas". Não teve dificuldade para encontrar o professor, sendo conduzida até sua sala por um simpatissíssimo esqueleto mensageiro que mancava de uma perna. Em vida, tinha a síndrome do membro fantasma, contou, e mesmo com a morte ao que parecia sua mente não se curara daquele distúrbio. Nina achou aquilo muito curioso e ficou pensando por um tempo se não haveria algum motivo além do normal para algo assim. Em seus conhecimentos sobre mortos, almas e mesmo religião não se recordava de nada. Haveria outra matéria que estudaria algo assim? Ela podia jurar que já ouvira a respeito, mas não conseguia recordar qual. Por fim falou com o professor Lich, que levou apenas um segundo para reconhecê-la, abrindo um horrivelmente carismático sorriso putréfato. Ao ouvir sua proposta de aulas de reforço, ao contrário do que Nina poderia esperar, o professor achou a ideia muito boa. Ele até mesmo lhe deu uma dica preciosa.

"O maior problema de muitos alunos deste curso não é de ordem lógica, mas emocional. Há os que são atraídos pela morte e os que a estudam por temê-la. Os últimos precisam de mais apoio do que explicações, quando desenvolvem sua coragem começam a entender tudo facilmente por si sós."

Por fim, o professor designou dois assistentes zumbis para que fossem com ela afixar seus pergaminhos nos locais mais apropriados, dos quais um Nina achou bastante curioso. Um ficou na entrada no Necrotério, e outro no quadro de avisos do andar superior, mas um último foi colocado dentro de uma tumba aberta no fundo das catacumbas abaixo do prédio, onde morcegos dormiam por todos os lados, fazendo com que tivessem que andar em silêncio. Estava tudo completamente escuro, mas Nina via perfeitamente devido à sua visão privilegiada — herança de sua ascendência angelical. Um dos zumbis, que atendia por Finário Finório, lhe explicou que aquele lugar atraia alunos com diversos tipos de "particularidades", mesmo quando já não estudavam mais no necrotério, os quais muitas vezes tinham dificuldades com os estudos devido as seus hábitos "muito saudáveis", dizia ele. Não sabia explicar porque não tinham boas notas com tão bons hábitos, mas afinal, pensar sobre as coisas lhe era mesmo difícil, já que só possuía meio cérebro; o restante havia sido esfacelado por uma marretada de um pedreiro furioso para quem perdera uma aposta em vida e que não conseguira pagar, motivo este de sua morte.

À noite, já depois do jantar, Nina sentia-se bastante cansada. Queria ainda procurar a professora Drahomira para resolver o assunto que ela e Grizzel não haviam conseguido encerrar, mas sentiu que se fizesse isso poderia acabar apagando no caminho. A noite anterior cobrava seu preço. Voltou à biblioteca para procurar o professor Illieth e entregar seu trabalho, mas mesmo isso já lhe parecia muito custoso. Conseguiu a muito custo chegar até o local, mas estava realmente exausta a esta altura. Tocou o sino e teve que sentar-se para descansar um pouco antes que o professor aparecesse, e acabou dormindo ali mesmo. Algum tempo depois sentiu que alguém a carregava, mas não conseguia abrir os olhos para ver quem era. O som de passos metálicos a fizeram sonhar com armaduras de metal animadas que a serviam e carregavam para todos os lados. Foi um sonho realmente bem estranho, mas divertido.


Salazar

Salazar acordou cedo, como todos os dias. Não havia estado na biblioteca, pois aquela era uma tarefa para os representantes dos grêmios da sala de Grimórios e ele não era um deles. Algo que lhe passou pela cabeça foi como aquela era apenas uma de suas três matérias do semestre, mas o fato de ser ministrada por Talude a fazia parecer tão mais importante que as outras. De repente, parecia que as coisas começam a orbitar em torno daquela aula... Mas aqueles pensamentos logo ficaram de lado quando ele começou a lembrar do sonho que tivera. Que maluquice! Tentava se lembrar se já tivera um sonho tão significativo quanto aquele, mas parecia que não. Não era a primeira vez que tinha um sonho assustador com seu pai, o grande tirano Sckhar, Dragão-Rei dos vermelhos, mas nunca nada tão elaborado. Será que aquilo tinha algum significado especial? Talvez devesse consultar um oniromante...

Após trocar algumas palavras com seu companheiro de quarto, realizar sua memorização de magias diária e tomar seu café da manhã — parte ao mesmo tempo, — seguiu para o Templo de Aulas Teóricas onde teria suas primeiras aulas com a professora mais amada da escola: Lady Esplenda. Já a conhecia muito bem, era impossível não conhecê-las, pois era assunto constante das conversas dos alunos e alunas, por motivos distintos, mas nunca havia tido aulas com ela. Neste semestre, no entanto, teria duas: Boas Maneiras e Direito Mágico I. Hum, Boas Maneiras... Lembrou dos eventos do dia anterior. Talvez ter escolhido esta matéria para este semestre tivesse sido algum tipo de premonição...

A primeira aula foi agradável e Salazar quis aproveitar os últimos momentos para pedir uns conselhos a Esplenda. Ao falar com ela, contou-lhe sobre as situações desagradáveis que causara com as alunas de seu grêmio na aula de Grimórios e sentiu-se acuado pelos comentários da professora. Em suma, o que ela lhe dissera era que se preocupava demais com o que acreditava que as situações com que tinha de lidar eram e de menos com as pessoas com quem lidava nelas. Falta de tato, era o que Esplenda lhe dizia que tinha. Pensava sobre ideias enquanto lidava com pessoas, numa ordem de importância invertida. Típico de um mago inteligente, mas sem o menor traquejo social, pensou Salazar, mas ele não deveria ser assim. Olhou-se em um reflexo e viu um sujeito carismático, bonito. Ao que parecia, no entanto, tinha armas que simplesmente não sabia usar, pois fizera todos antipatizarem com ele em apenas uma aula. Devia ser algum novo recorde.

Apesar de lhe dar valiosas dicas, Salazar sentiu uma certa aspereza na forma com que Esplenda lhe falara naquele momento, porém. Observou-a com atenção, tentando intuir o que havia de errado naquilo, mas não conseguiu. Acabou deixando pra lá. Ao fim da aula, apenas mudou de sala junto com a professora e teve sua aula de Direito Mágico I, que não foi muito instrutiva. Talvez não tanto por culpa da professora, pois o assunto parecia complicado e ele ficou a aula toda tentando pegar a manha do assunto, mas sem sucesso. Direito não passava de leis e isto não era algo em que ele fosse um leigo, no entanto o que conhecia do assunto era sempre provindo das leis dos reinos e seus sistemas de governo. Ali lidava com uma legislação completamente diferente, com bases lógico-filosóficas totalmente distintas, e que ele precisava entender antes de mais nada para poder se situar. Não conseguiu, mas não saiu abalado; sabia que esse tipo de assunto era assim mesmo, no começo parece um bicho de setenta e sete cabeças, que só um pinéu que reza pra Nimb de ponta cabeça poderia ter inventado, mas no fundo sempre chegava no mesmo ponto. Leis não passavam de tentativas de um certo grupo colocar outro sob controle. Normalmente seu controle e dos princípios e ideias que lhes agradavam.

O resto era conversa pra paladino dormir.

Após o almoço, tinha muitas coisas em mente, estava bastante animado, mas acabou não fazendo nada daquilo. Não tinha tempo. Resolveu parar de procrastinar suas atividades diárias reais e foi à biblioteca estudar. Quis procurar algo sobre a matéria do professor Talude, mas foi em vão. Mesmo com ajuda dos atendentes da biblioteca, não encontrou nada. Na verdade, lhes disseram que não faziam nem ideia de onde procurar algo assim, pois nunca haviam ouvido falar no assunto. "Preparação Avançada de Magias". Acabou que só perdera, tempo procurando por coisas que lembravam este título, mas absolutamente nada tinham a ver com o assunto. Em dado momento parou para pensar e lhe pareceu óbvio o porquê. Talude já havia dito que o que aprenderiam naquela matéria era completamente revolucionário, uma técnica vinda de outro mundo, muito além dos conhecidos, e mudaria a vida dos magos de Arton. Era totalmente óbvio que não encontraria nem cheiro de sombra de coisa alguma sobre aquilo em lugar algum, nem daquela, nem de biblioteca alguma de qualquer mundo que visitasse. Deu um tapa na própria testa, recriminando-se por perder tempo com algo tão óbvio. Não restou mais lá muita coisa naquele período, praticamente o desperdiçando todo com aquilo, pois logo tinha outro compromisso.

Celeste! Celeste era tudo de bom. Após um período com ela, falando de amenidades e festas de dia das bruxas, sentindo sua pele macia em seu rosto e sua mão e o toque de seus lábios nos seus, o resto do mundo parecia ter pouca importância. Aquilo lhe dava forças para seguir em frente e continuar tentando, não importava o quanto e quão duro a vida lhe batesse. Ao fim do dia, apesar de qualquer coisa, sentia-se determinado.

À noite, após o jantar, foi procurar o Clube de Jogos e teve sorte. Era o único horário do dia em que havia alguém lá e encontrou seu colega de classe, Matt, e Al-Khwarismi, o enxadrista com quem falara na recepção do dia anterior. Conversou com eles sobre o clube e recebeu a chance de juntar-se a ele.

Aceitou. Era agora um membro do Clube de Jogos da Grande Academia Arcana.


Zyrr

Zyrr acordou sobressaltado com os roncos de Thunder Shade, seu pitoresco e infernal companheiro de quarto. Fez planos para matá-lo, mas acabou deixando-os de lado em prol de um curso de ação mais seguro, embora pensar sobre aquilo lhe desse um prazer realmente gostoso. Seu corpo rijo afundando num lago distante da mata que cercava a Academia e sendo engolido inteiro por alguma criatura mágica enorme cruzou sua mente de relance, num último suspiro de seus planos vilanescos. Acordou Thunder com um disparo de sua arma arcana, só por diversão, então o deixou e foi tomar um agradável e merecido banho matinal e depois foi à Enfermaria tentar fazer algo a respeito dos últimos ferimentos que lhe restavam devido a Nina não ter conseguido mais curá-los com sua magia. Somente então foi tomar seu café da manhã.

Em seguida, rumou para a biblioteca, onde cumpriria com suas horas de leitura regulares autoimpostas. Aproveitou para pesquisar a respeito do livro monstro que derrotara e agora diziam que o servia, mas do qual ele ainda não sabia nada de muito instrutivo. Conseguiu algumas informações muito interessantes e que o colocaram no caminho de entender seu livro monstro, mas ao que parecia colocar a coisa em prática requereria tempo e esforço, a não ser que tivesse alguma ótima ideia, coisa que não lhe ocorreu no momento.

À tarde, após o almoço, rumou para sua única aula do dia: Raios e Pontaria Mágica, com Drahomira. Esta mesma, a quem Nina, Grizzel, Alynor, Penélope e outros tanto procuravam. Para ele, no entanto, aquilo nada representava, pois em seu grêmio, o Grêmio da Serpente não havia ninguém tão inútil que não pudesse aprender uma magia ridícula como Marca Arcana, por isso não precisam dela para nada. Desta forma, pode dedicar sua total concentração à aula em questão, na qual tinha muito interesse. Zyrr desejava tornar-se o melhor atirador já visto em todos os mundos, nada menos. E já na primeira aula a professora foi da teoria à prática, com treinos no Centro de Testes, onde puderam por em prática seus ensinamentos. Realmente, era uma cadeira perfeita.

Após a aula, saiu para pesquisar algo a respeito dos clubes de alunos dos quais ouviu falar durante a aula. Parece esse anos havia maior foco nesta atividade na Academia Arcana, algo que quem foi à recepção do primeiro dia, o que não era o caso dele, havia descoberto devido aos anúncios de Talude, o reitor. Esteve em três clubes, durante o tempo que tinha disponível: os de Tiro e Arquearia, de Mecânica e o Literário. Conversou brevemente com os responsáveis de cada um e com a placa de "Fechado" do clube de tiro, pois não havia ninguém lá no momento. Quando já ia escurecendo, enquanto andava pelo bosque procurando por mais sedes de clubes para conhecer, se deu conta de que já estava muito tarde e lembrou que ainda tinha que escrever o relatório para Illieth.

De volta a seu quarto, usou o que lhe restava de energia mental para escrever um bom resumo do que houvera no dia anterior na biblioteca e de energia física para levar o trabalho para o professor. Após deixá-lo em sua mesa e tocar o sino, voltou para o dormitório e sonhou com os anjinhos. Caídos.

Algumas informações importantes:
- Todos marcaram hora com Lorelinena para Kalag à tarde.
- Ninguém marcou hora com Drahomira.
- Só Salazar juntou-se a um clube (Jogos) e fechou seu horário semanal.

- Alynor aumentou sua afinidade com Penélope e conseguiu uma conselheira. Também fez alguns fãs no ogrobol.
- Nina divulgou com sucesso suas aulas de apoio.
- Zyrr conseguiu informações sobre o livro monstro.
ESSE POST ENCERRA O DIA — NÃO O RESPONDA.
Editado pela última vez por Khrjstjano em 21 Jan 2019, 06:26, em um total de 2 vezes.
Imagem

Avatar do usuário
Khrjstjano
Mensagens: 6436
Registrado em: 09 Dez 2013, 20:07
Localização: Atrás de você.
Contato:

Re: Escolinha do Professor Talude (Aula de Magia)

Mensagem por Khrjstjano » 16 Dez 2017, 17:28

Imagem

Morag 6 sob Luvitas, 1400 do calendário élfico.

Os alunos chegavam para a segunda aula na sala de Grimórios e Preparação avançada de magia. A manhã estava fresca e nuvens finas cobriam a maior parte do céu, diminuindo a luminosidade tanto no céu, como na superfície. A câmara e os corredores que antecediam a sala, especialmente, cujos vitrais banhavam o ambiente com cores esfuziantes quando o sol estava a pino, agora tinham uma aparência bem menos radiante do que na última aula. Apesar disso, o animo da maioria dos alunos que por ali chegavam parecia o mesmo de sempre.

Exceto o de um deles, que observava por uma janela aberta.
Mwana
Imagem
Um dia triste para os servos do Sol... Mas é na tristeza e adversidade que devemos nos mostrar mais fortes e tementes.
Conforme iam chegando, alguns alunos iam formando pequenas rodas de conversa fora da sala, enquanto outros se aproximava da porta mágica criada por Talude.


Imagem

Os que ainda lembravam o que fazer, atravessavam-na quando se abria, vendo-a fechar-se logo em seguida. Os que não lembravam, tinham que contar com a ajuda de seus colegas, quando havia algum por perto.

Ou esperar.
Para determinar o que acontece nessa parte:
  • - Alynor rola 2d4+2 minutos. É o tempo que leva para vir da sala de aula anterior até essa nos 10 minutos de intervalo.
    - Nina, que tinha aula livre de manhã, pode escolher ter usado o tempo para fazer algo antes desta aula. Se fez isto, rola 1d10-1 minutos para quantos minutos antes da aula ela chega.
    - Salazar rola 1d4+6 minutos. É o tempo que leva para chegar de sua atividade em 10 minutos de intervalo. Um teste de Diplomacia CD 15 aumenta o tempo em 5 minutos. Se falhar por 5 ou mais pontos, ao invés disso diminui seu tempo em 5 minutos (pode atrasar).
    - Zyrr rola 1d4+6 minutos. É o tempo que leva para chegar de sua atividade em 10 minutos de intervalo.
Conforme estes resultados, narrarei o que acontece em termos de quem chega quando e o que faz (NPCs inclusos), mas:

1. Pode narrar sua manhã, mas notem que só Nina tem aula livre (e se ela quiser ter feito algo, será resolvido sem resposta, por rolagens).
2. Mwana chegou cedo. Quem quiser interagir com ela no corredor ao chegar, já pode fazê-lo.
3. Quem quiser chegar e entrar direto na sala, pode narrar que tenta fazê-lo, mas não poste nada sobre "como entra na sala". Me mande uma MP dizendo bem simples "o que é preciso para passar pela porta".
4. Preciso de resposta a esse post logo, se possível. Dependendo de como for, posso já dar sequência com quem responder e quem não o fez chegará atrasado na aula.

PS: quem for procurar por como entra na sala, não se assuste se achar uns ??????? nos posts antigos.
PPS: usem o http://rpgautomails.com/pbemdice e enviem para thanaroxxx@gmail.com
Editado pela última vez por Khrjstjano em 17 Dez 2017, 17:11, em um total de 3 vezes.
Imagem

Avatar do usuário
LordVrikolaka
Mensagens: 520
Registrado em: 05 Fev 2014, 13:01
Contato:

Re: Escolinha do Professor Talude (Aula de Magia)

Mensagem por LordVrikolaka » 16 Dez 2017, 18:20

Nina acordou sobressaltada por um instante. Céus, ela dormiu! Foi tipo uma piscada, e do nada estava no seu quarto, até coberta certinho. Aquilo foi bizarro, pra caramba inclusive. Agora imaginava se algum dos alunos tinha visto ela dormir. E ficava bastante assustada com isso. Será que algum dos alunos era meio "stalker"? ...Apesar que duvidava que fosse um aluno que entraria ali pra levá-la pra sua cama. Já que, bom, entrar no quarto de outro aluno, ainda por cima de outro sexo era bem provável que era proibido. Suspirou. Bom, ela tinha aula de Grimórios hoje. A grade de horário dela era bem bizarra na verdade. Ela tecnicamente só tinha aula três dias da semana (não que ela reclamasse, longe disso!), ainda por cima nos mesmos horários. Era até engraçado. Então podia planejar tudo com bastante calma, e tinha horários livres pra ela cuidar dos seus afazeres. Tecnicamente tinha um horário livre de manhã, que ela queria deixar livre por uns tempos, pra "eventualidades". Talvez devia procurar um dos clubes... Mas não sabia se tinha nenhum clube que ela estava muito interessada. Era péssima cantora, jogos não era com ela, e briga? Tá. Senta lá querida.

Depois do café da manhã, não fez nada de muito importante. Tomou um bom café da manhã, deu uma olhadinha na enfermaria, só para ver se tinha alguma novidade (ir até as masmorras poderia causar atrasos, então veria as masmorras depois das aulas), se algum aluno já tinha demonstrado interesse, e seguiu direto pra aula de Grimórios. Provavelmente ia ficar lendo o livro dela lá, e se inteirar na aula. Ela ia ter graves problemas para aprender aquilo. E não teria nem como pegar aulas de reforço, ela era da primeira turma! Suspirou. Quando chegou até a sala, se lembrou do... portal. Como que atravessava aquilo mesmo? Ela tentou entrar, mas estava hesitante de como o fez.

Mas notou que a moça estava ali. Era uma das moças do Dragão, não? Ela não conheceu ninguém do Dragão, fora o próprio Alynor, e ele pareceu "uma pessoa decente". Brigona e com sérios problemas de paranóia, mas ele era uma pessoa decente. Ah é, tem o Grizzel, e ele também não pareceu alguém muito "tirânico". Claro, era tudo esteriótipos, as pessoas podiam sim ser gentis, vindo de qualquer casa ou história, assim como uma pessoa pode ser ruim vinda de qualquer casa ou história. Era um esteriótipo idiota. Então, quando viu a moça, cumprimentou-a com educação.
Nina escreveu:Imagem
...Bom dia, moça.
Ela disse, educada. Ela não tinha muito o que falar, mas queria ser educada, e respeitosa à moça. Era uma mulher de aparência exótica, o que fazia ela imaginar de onde ela vinha. Apesar que ela não fazia ideia como iniciar uma conversa com ela, sinceramente.
Nina escreveu:Imagem
...O que tá achando das aulas de Grimórios? Tá... gostando?
Tá que, tecnicamente falando... Não teve nada na aula de grimórios. Só um combate e uma brincadeira com o professor, com aquela magia de "objetos"... Esperava na verdade que finalmente as aulas começassem pra valer...
Editado pela última vez por LordVrikolaka em 17 Dez 2017, 21:16, em um total de 1 vez.

Avatar do usuário
RoenMidnight
Mensagens: 2020
Registrado em: 28 Jan 2014, 12:39

Re: Escolinha do Professor Talude (Aula de Magia)

Mensagem por RoenMidnight » 17 Dez 2017, 11:04

Salazar acordou naquele dia de bom humor. Estranho, logo ele de bom humor? Diferente dos outros dias onde tivera dificuldade de dormir a noite, havia dormido muito bem em comparação com a noite anterior e seu Chandro parecia não ter roncado tanto. Conversar com Celeste no final do dia e perder um tempo em contemplação em seus próprios erros parecia o ter impulsionado e dado nova vida, seus cabelos até pareciam ter mais força, veja só.

Enquanto se arrumava abotoando seu casaco e fazendo o nó de sua gravata se permitiu trocar um sorriso com sua imagem do espelho. Seguiu sua rotina diária e foi preparar suas magias antes de tomar seu café e aproveitar o tempo que havia livre naquela manhã para pegar alguns livros sobre teorias dos jogos e estratégias básicas. Queria ler um pouco sobre a teoria que havia por trás da maioria dos jogos, sabia que havia um bocado de matemática envolvida em boa parte deles e estratégia era um fator fundamental para como manipular os números e chances, isto claro combinado com uma boa dose de sorte e jogo de cintura e intuição. Céus, como algo que em teoria servia para pessoas descansarem sua mente envolvia tantas nuances?

De qualquer forma os membros do clube de jogos pareciam tão empenhados quanto qualquer outro e aquilo o animava, interagia com eles e em seu primeiro dia ali procurou entender a "dinâmica" do ambiente, quais eram os costumes, os rituais de cada um quando chegavam ali e principalmente observar cada um dos membros.

De qualquer forma aquele era um dia de aula com Talude e para Salazar isto tinha uma certa importância, tentava sair um pouco mais cedo para chegar lá a tempo.
Daqui para frente começa alguns "Se"
Após isto seguiu para a Aula de Grimórios, estava especialmente animado para aquela aula. Iria novamente ver Talude e aquilo o enchia de expectativas, boas e ruins. Havia uma palavra em Anão que descrevia bem Talude, All Might. A mera presença dele era o suficiente para inspirar competência e isto o fazia vibrar, entretanto todos estes pensamentos lhe foram cortados ao ver a imagem de Mwana ali perto da sala. Aquilo tirou um bom tanto do teu humor e o sentimento de receio veio para dentro de si, sentiu o estomago embrulhar por um momento.
"Se" Mwana tiver sozinha
Respirou fundo. Se ia conversar com ela, melhor hora era aquela. Endireitou suas costas, aprontou a sua melhor postura e seguiu com passos com o máximo de confiança que podia reunir.
Salazar
Imagem
Mwanahawa. Bom dia...
Mwana
Imagem
??
Sua voz havia saído mais baixo do que havia planejado. Limpou a garganta e repetiu o que havia começado a falar novamente.
"Se" Mwana ela não tiver sozinha.
Salazar olha com um sorriso meio forçado para todos, e seus olhos vão de um lado a outro observando-os.
Salazar
Imagem
Bom dia, meus bons.
Desculpe o incomodo, posso tirar um minuto para falar com Mwanahawa?
De qualquer forma o que ele irá falar com ela é:
Salazar
Imagem
Perdão.

Mwanahawa. Bom dia, eu sei que é um tanto cedo para isto, mas preciso de um minuto do seu tempo, preciso dizer algo a você.

No outro dia, eu acredito que nos desentendemos. Não. A verdade é que eu agi de maneira indevida com você, fui desrespeitoso para com sua fé e principalmente com sua pessoa.
E então algo intimo brotou em seu coração, a lembrança daquele sonho.
Schkar(?)
Imagem
É assim que demonstra sua coragem?!?
Aquilo o encheu de um sentimento estranho e este sentimento se tornou em motivação para falar o que diria em seguida. Falava com o coração.
Salazar
Imagem
A princípio eu estava movido apenas pela a motivação de estarmos na frente dos outros sem pensar naqueles que estavam ao meu lado, estava cego pela a ambição e por isto agi de maneira covarde.

Apenas recentemente pude realizar, não se pode viver de maneira covarde, não se pode viver com medo. E medo de falhar foi o que me fez agir como agi antes, medo era o que eu sentia até falar com você agora, e apenas conseguindo superar este eu posso dizer: Por favor, me perdoe.
"SE" deu tudo bem e o Salazar identificar que existe algo de errado com ela.
Salazar
Imagem
Esta tudo bem com você?
E existe algo que eu posso fazer para te ajudar?
Salazar também pretende se desculpar eventualmente com Nazira (e se tiver tempo acabara fazendo), mas por conta do tempo curto ele da prioridade para Mwana. Se ninguém mais falar com o Salazar ou qualquer coisa puxe a atenção dele ele vai entrar na sala de aula.

Se acabar vendo Zyrr irá fazer um comprimento amigável com a cabeça a distancia, o mesmo será para Nina.
Se sobrar algum tempo irá buscar por Alynor de qualquer forma ele senta do lado do Salazar mesmo.
Editado pela última vez por RoenMidnight em 19 Dez 2017, 09:31, em um total de 1 vez.
Me pague um café pelo o PicPay: @RoenMidnight
Grimório TRPG
=====Homebrew=====
Paladino Rework
Sectário do Crepúsculo

========================================================================================
PBF - Sangue e Desonra: Tsuru[TRPG]

Avatar do usuário
jamilkender
Mensagens: 849
Registrado em: 11 Dez 2013, 17:31
Localização: Yuvalin
Contato:

Re: Escolinha do Professor Talude (Aula de Magia)

Mensagem por jamilkender » 17 Dez 2017, 22:02

Zyrr começava a se ajustar ao novo ritmo desse novo mundo.

Acordou uma porção de vezes com os roncos de Thunder Shade, mas se esforçou para dormir rápido e ter uma noite de sono completa. A tentação de simplesmente disparar um animar corda e colocar o colega para dançar na ponta da corda era alta, no entanto. O único problema é que o quarto não tinha candelabro no teto.

Pela manhã, aproveitou mais uma vez as facilidades de banho do dormitório, energizou suas cápsulas e paramentou-se com todo seu equipamento, incluindo os livros que tomara emprestado no dia anterior na biblioteca. Tomou um café da manhã rápido e retomou sua rotina de leituras, dividindo sua atenção entre referências técnicas da aula de Raios e Pontaria Mágica e o divertidíssimo Dicionário Etnológico de Gírias e Regionalismos, de Wymma Rannis-Rosa.

De lá, partiu apressado para a segunda aula do curso de Grimórios e Preparação Avançada de Magias.

Será que finalmente iria conhecer os membros restantes do Grêmio da Serpente?

A luz mortiça no corredor o agradava imensamente, e chegou de bom humor para a aula, cumprimentando os alunos de quem se lembrava com meneios de cabeça. Pretendia esperar até algum de seus coelgas de Grêmio ou um dos companheiros da aventura na biblioteca entrarem pela porta para acompanhá-los, já que lembrava que a porta mágica pedia uma senha, mas não conseguia se lembrar qual era a despeito de sua excelente memória. Provavelmente um efeito do charivari causado por sua recente viagem planar?
Zyrr
Imagem
...pra que se esforçar se você se pode trapacear?
@alvarofritas / RPGista

BURP disse: Eu fico imaginando como é pra vocês ver um autor como o Jamil. Normalmente autores tem uma visão bem conservadora do próprio jogo - combo é apelão, não pode estragar meu jogo, o mestre tem que proibir. O Jamil ouve um combo desses e ainda manda "olha, faz isso e isso e tu ainda consegue fazer a mesma coisa três vezes por rodada." =P

Avatar do usuário
Aldenor
Mensagens: 17601
Registrado em: 09 Dez 2013, 18:13
Localização: Curitiba, PR

Re: Escolinha do Professor Talude (Aula de Magia)

Mensagem por Aldenor » 18 Dez 2017, 14:00

Um sono agitado fechou o ciclo do dia e iniciou outro. Sempre que tinha um dia inadvertidamente animado ou cheio de eventos novos, Alynor tinha sonhos complicados e confusos. No começo, quando era um calouro na Academia Arcana, o jovem zakharoviano sempre tinha noites agitadas, sonhos pesados, conflituosos. Era um reflexo do dia sempre novo, sempre com alguma coisa diferente. Afinal, das ruas de Zakharin direto para a Academia Arcana proporcionava um choque bem grande. Nada era mundano, tudo era extraordinário.

Mas com o tempo as noites de sono tranquilo se tornaram mais frequentes até que a agitação se tornou rara. Alynor tornou-se uma pessoa menos impressionada. Não que ainda não se surpreendesse diariamente com tudo, afinal a Academia Arcana era um lugar de magia e esquisitices, mas ele aprendeu a fazer pouco caso delas. Por incrível que pareça, coisas mais mundanas começaram a afetá-lo.
Penélope
Imagem
Agora que seu trabalho está feito por hora, eu estava pensando...

Tenho esse horário livre ainda, depois do almoço. Não quer dar um pulo comigo no zoo? Quero falar com o professor Jungle Dore e você pode me falar mais sobre esse lance de conselheira...
Alynor abriu os olhos de uma vez, sentindo todo o sonho desaparecer entre os dedos. Exceto pela última parte, vívida, de Penélope lhe chamando para ser uma companhia. Era estranho pensar nela naquele jeito.

Enquanto lavava o rosto, o jovem tentava recordar dos detalhes do dia anterior. As mocinhas observando seu jogo de ogrobol não despertavam nenhum interesse. O encontro com a porta, entretanto, fez uma veia saltar na testa. E daí Penélope no zoológico. Ela achava engraçado a coisa toda de "conselheira". Será que Alynor estava levando a sério demais um cargo meramente figurativo?
Alynor
Imagem
Ela devia é me agradecer.
Pegou-se dizendo com os dentes rilhados enquanto colocava suas roupas.

Lembrou-se vagamente do trabalho braçal na sede do movimento estudantil, pois isso não era digno de nota. Esforço físico lhe era bastante natural. Só não podia admitir ficar sempre naquela posição, como um cachorro leal ao seu dono. Ou um cavalo que puxe a carroça. Ele queria comandar.
Alynor
Imagem
Em breve eu serei o dono...
Disse sozinho enquanto saía do alojamento sem falar com ninguém, portando Dankovich na cintura. Interrompeu-se, pois parecia uma afirmação ridícula, digna de um granfino do dragão. Algo que ele sempre desprezou.

"Pro caralho". Pensou enquanto caminhava pro refeitório. Viu Cellica por lá rodeada de rapazes e moças. Era realmente uma menina popular, mas às vezes isso atrapalhava, pois ele detestava estar cercado por pessoas... mas era sempre divertido conversar com ela durante as refeições...
Nina escreveu: Imagem
A-ahm... ...olá...eu... me lembro. Você é o Representante do Dragão, não é?
A lembrança veio rápida. Foi quando ele conversou com Nina na primeira vez, no refeitório. Foi uma noite reveladora até certo ponto. Muitos altos e baixos naquela noite que parece ter durado semanas em um único dia.

Depois de comer sozinho, Alynor encaminhou para fora do refeitório incólume, sem ser visto ou notado por quem o conhecia. Ele gostava disso, de andar no meio de uma multidão e ser só mais um. Sorriu.

A aula de Psicologia II era instigante, é verdade, mas Alynor não estava num bom dia. No ano passado, em Psicologia I, ele estava mais empolgado. A aula era com sua tia e a matéria bacana, sem muitos percalços. Fora um semestre tranquilo, só com coisas que ele gostava. Mas agora ele tinha outras preocupações, pensava em política pela primeira vez, era o representante de seu grêmio na aula de Grimórios com o próprio Talude... por isso as aulas de Psicologia II agora pareciam difíceis de prender atenção.

Pensou em Drahomira e em como poderia encontrá-la depois. Perguntaria a alguém na aula de Grimórios. Talvez ao próprio Talude! Ocorreu em sua mente o fato dessa amizade com a professora ser puramente uma invenção de sua cabeça, mas não deu muita importância a isso, pois ele era diferente dos demais, não tinha como Drahomira ser tão dissimulada.

Após o fim da aula, Alynor quase esqueceu da pressa que tinha que ter pra chegar a tempo na sala. Apressou os passos no final do corredor e viu Mwana...
Situação Um
... com Salazar. Conversavam. Alynor franziu o cenho e passou por eles ignorando-os completamente.

Porém, lembrou-se que havia um truque, uma sacanagem para abrir a porta. Alynor não tinha mais paciência com portas. Na verdade, Alynor odiava portas. Sem cerimônias, ele se vira para Salazar e Mwana interrompendo-os.
Alynor
Imagem
Nunca mais abro uma porta mágica. Algum de vocês podia abrir pra mim, por gentileza?
Usou um tom irônico para fingir educação.

Alynor entraria com a cara fechada até ver Nina, quando daria aquele sorriso forçadão que mais parecia de um animal feroz querendo devorar sua presa e acenaria com a mão. Após isso, buscaria seu lugar pra deixar sua espada encostada na mesa e abriria seu livro para folheá-lo.
Situação Dois
... sozinha. Alynor passou por ela fazendo um aceno com a cabeça, movendo as sobrancelhas. Pararia em frente a porta e lembraria do truque, uma sacanagem para fazê-la se abrir. Alynor não tinha mais paciência com portas. Na verdade, Alynor odiava portas.
Alynor
Imagem
Bom dia, Mwana, certinho? Escuta... marquei com a Lorelinena a nossa aula. Tenho que marcar com mais algum professor para algum outro aluno?
Disse trivialmente encostando o ombro na parede enquanto cruzava os braços. Olhava para a sacerdotisa de Azgher nos seus belos olhos escuros.
Alynor
Imagem
Ei, cê sabe abrir essa porta? Esqueci totalmente como se faz... pode ter passado só dois dias pra todo mundo, mas pra os representantes parece que se passou muitas semanas...
Sorriu, calmamente. Alynor parecia à vontade com Mwana.

Alynor entraria com um semblante desinteressado até ver Nina, quando daria aquele sorriso forçadão que mais parecia de um animal feroz querendo devorar sua presa e acenaria com a mão. Após isso, buscaria seu lugar pra deixar sua espada encostada na mesa e abriria seu livro para folheá-lo.
Situação Três
... com Salazar. Ela não parecia a vontade com a conversa com ele. Alynor franziu o cenho e parou ao lado da sacerdotisa, encarando o rapaz.
Alynor
Imagem
E aí Salazar, certinho com você? Preciso de tua ajuda numa parada.
Dizia ameaçadoramente, andando em sua direção firmemente. Envolveria o braço nos ombros do rapaz ruivo de cabelos sedosos e o arrastaria - com força, se ele resistisse - até alguns metros de distância de Mwana.
Alynor
Imagem
Dá tempo ao tempo. Espera mais. Nosso grêmio tem que ser unido nessa bagaça e ela não parece ter superado a sua ousadia de antes.
Disse ríspido, mas claramente tentando dar algum conselho, embora esse não fosse seu forte. Alynor depois daria tapas nas costas dele o empurrando sem muito disfarce para afastá-lo mais. Depois se dirigiria à porta e lembraria que havia um truque, uma sacanagem para abrir a porta. Alynor não tinha mais paciência com portas. Na verdade, Alynor odiava portas. Ele se voltaria para Mwana dessa vez.
Alynor
Imagem
Bom dia, Mwana... cê sabe abrir essa porta? Eu esqueci totalmente... sabe, tive dias tão longos e cheios que é difícil guardar todos os detalhes.
Falou meio constrangido. Mas esperava que ela tivesse apreciado sua atitude de tirar o incômodo Salazar de perto dela.
Imagem Imagem Imagem Imagem Imagem Imagem Imagem Imagem Imagem
Imagem Imagem

Avatar do usuário
Khrjstjano
Mensagens: 6436
Registrado em: 09 Dez 2013, 20:07
Localização: Atrás de você.
Contato:

Re: Escolinha do Professor Talude (Aula de Magia)

Mensagem por Khrjstjano » 26 Dez 2017, 09:10

Imagem

Chegada para a Aula — Salazar e Nina (Parte 1)

Nina adentrou o escuro corredor que levava à sala de aula deixando o dia parcialmente nublado e fresco para trás. O calor do ambiente fechado a fez sentir-se aliviada; apesar dos dias ainda não estarem realmente frios, a mudança de clima no início do inverno fazia os dias parecerem menos agradáveis do que poderiam ser para quem já estivesse acostumado a eles. A manhã passara rápido até ali; havia passado na enfermaria apenas para descobrir que ainda nenhum aluno se mostrara interessado em suas aulas de reforço até então. É claro, pois o semestre havia recém começado e nenhum aluno que realmente precisasse de ajuda nos estudos teria consciência ou daria atenção a isso tão prematuramente. Conversou um pouco com algumas enfermeiras que puxaram conversa, no entanto, e assim a hora voara.

Seguiu até a sala, tranquila, seus olhos abençoados lhe permitindo ver mesmo onde as sombras mais escondiam o ambiente.
Nina
Imagem
...
No entanto...


Imagem

Havia um obstáculo. A porta mágica criada pelo professor Talude. Como é que se entrava mesmo? A última aula havia sido há apenas dois dias, mas tanto acontecera que pareciam meses. Nina não fazia mais ideia do que tinha que fazer.

Ficou ali parada, olhando para a porta.

...

Após alguns momentos, desistiu, olhando em volta. Não tardou a perceber outra aluna, antes oculta por um grande pilar, que observava o ambiente externo por uma janela. Não era de seu grêmio, mas Nina se esforçava para ser o mais tolerante e aberta possível. Ela parecia bastante concentrada em algo familiar... Oh, pensou Nina, ela estava orando. Permaneceu assim por pelo menos dois ou três minutos; no corredor só haviam ela, sob a luz que entrava pela janela, e Nina, silenciosa.

Quando ela finalmente terminou e se virou em sua direção, Nina a cumprimentou.
Nina
Imagem
...Bom dia, moça.

...O que tá achando das aulas de Grimórios? Tá... gostando?
A mulher lhe devolveu o cumprimento e a observou de longe, como que esperasse para ver se ela se aproximaria ou algo assim. Como Nina queria iniciar uma conversa, apesar de não saber bem como, o fez e puxou assunto.
Mwana
Imagem
Até o momento, achei bastante satisfatória... Não, na verdade, me agradou bastante. Imagino que muitos não serão capazes de perceber, mas... Bem, já aprendemos mais do que antes sonhávamos existir.

É capaz de entender?
Mwana permanecia imóvel, os braços cruzados sob seus mantos dourados, observando a menina. Não apenas esperando sua resposta, mas também observando-a como um todo.
Neste ponto do tempo, Nina pode interagir com Mwana por alguns minutinhos antes que qualquer outro aluno chegue. É possível conversar ou agir de forma que gere algumas respostas e contra respostas, de acordo com o interesse do jogador. Caso o jogador opte por explorar essa possibilidade a fundo, a cena será resolvida fora do tópico, por chat, e o resultado transposto no próximo post.

Nota: Durante a conversa com Mwana, Nina vê três outros alunos entrarem na sala, sendo um deles Takanagi, que entra junto a outra moça desconhecida, e um outro sujeito que entra depois e ela também nunca viu. A porta oscila quando eles passam, mas não desaparece.

Alguns Minutos Depois...

Terminado o primeiro período de aulas da manhã, outros alunos começavam a chegar para a aula de Grimórios. Salazar atravessou a porta que levava para dentro do prédio, deixando o céu nublado e o ar fresco da manhã para trás. Saíra mais cedo do Clube de Jogos, onde fizera os primeiros contatos com seus membros e de onde trouxeram três pequenos livros sobre estratégia que conseguiu emprestar do clube no primeiro dia, graças a uma grande habilidade de negociação.

Por algum motivo, sentia-se bastante hábil para conversar com as pessoas aquela manhã.
Salazar
Imagem
Nada mal... Isto aqui já deve me entreter por uma semana ou duas. Uma se for fácil, três se muito difícil.
Diplomacia + 4 + 4 convívio. Total 29.
Chegando à sala de aula, notou que havia bem poucos alunos por ali. A menina com orelhas e cauda de gato estava parada em frente à porta da sala, fechada. Próximo à uma janela, está Mwana, da qual o elfo do mar de seu grêmio se aproxima. (Nina pode estar ali ainda, de acordo com suas ações.) Salazar lembrou-se de que havia uma senha para entrar na sala e rapidamente notou que a menina gata talvez não a lembrasse, pois parecia frustrada. Não que ele se importasse, já que nem mesmo era de seu grêmio.

Se aproximou dos seus, pois tinha algo importante a resolver.
Salazar
Imagem
Bom dia, meus bons.

Desculpe o incomodo, posso tirar um minuto para falar com Mwanahawa?
Nemos
Imagem
Bom dia.
Respondeu o elfo do mar, observando-o. Mwana fez apenas um sinal com a cabeça, sem esboçar qualquer reação. Especialmente as simpáticas. Ao que pareceu ser um movimento de ambos entendimento e grande polidez, o elfo do mar imediatamente pediu licença e se afastou. (Se Nina estiver ali ainda, Mwana lhe pede com um sinal para os deixe a sós. Negar a tornará inamistosa, exceto se rolar Diplomacia X Intuição dela. Falhar por 5 ou mais a deixará hostil.)

Em seguida, Salazar anunciou o que desejava...
Salazar
Imagem
Perdão... Mwanahawa. Bom dia, eu sei que é um tanto cedo para isto, mas preciso de um minuto do seu tempo, preciso dizer algo a você.

No outro dia, eu acredito que nos desentendemos. Não. A verdade é que eu agi de maneira indevida com você, fui desrespeitoso para com sua fé e principalmente com sua pessoa.
A mulher apenas o encarava.

Salazar não teve com não sentir um aperto no coração. E um nó na garganta. O filho de Sckhar estava prestes a descer do lugar mais elevado em que um ser humano pode se colocar.

O alto de seu orgulho!

E à sua frente, os olhos da pessoa por quem faria isto nem sequer piscavam.
Mwana
Imagem
...

......

.........
Mas então uma voz ecoou em seu coração, poderosa!
Sckhar(?)
Imagem
É assim que demonstra sua coragem?!?
Aquela voz fez sua alma estremecer, mas de alguma forma, preencheu-o com a determinação para acabar o que começara.

Engoliu seu temor e falou com o coração.
Salazar
Imagem
A princípio eu estava movido apenas pela a motivação de estarmos na frente dos outros sem pensar naqueles que estavam ao meu lado, estava cego pela a ambição e por isto agi de maneira covarde.

Apenas recentemente pude realizar, não se pode viver de maneira covarde, não se pode viver com medo. E medo de falhar foi o que me fez agir como agi antes, medo era o que eu sentia até falar com você agora, e apenas conseguindo superar este eu posso dizer...
Salazar
Imagem
Por favor, me perdoe.
Permaneceu ali, parado. Observando Mwana. Ela o observando.

De repente, notou algo atrás dele.

Virou-se.

Havia uma pessoa parada exatamente atrás dele. Todo o tempo, ele sabia em seu coração.
Salazar
Imagem
O que?!?
Penélope
Imagem
Quem é você e o que fez com o membro mais arrogante de nosso grêmio?
Salazar foi pego totalmente desprevenido e não soube como reagir.
Penélope
Imagem
Humpf. Talvez haja alguma esperança pra você, afinal de contas.
Falou Penélope, esboçando um sorriso de aprovação. Antes que Salazar pudesse dizer qualquer coisa, no entanto, ela se virou e foi em direção à sala.
Diplomacia +4 + 4 convívio +2 situacional (Esplenda) -2 afinidade, VS. Intuição. Total 11 x 10. Sucesso.
Salazar virou-se novamente, desta vez ao ouvir a voz de Mwana.
Mwana
Imagem
Palavras sinceras. Aparentemente. A penitência por uma de suas faltas parece ter sido cumprida. Terei isso em mente.

Quanto a mim... Suas desculpas devem ser dadas aquele que tudo vê. Sua ofensa não foi a mim, mas a ele. Ele se esconde de você...
Disse a clériga de Azgher, virando-se e apontando o sol atrás das nuvens através da janela. Salazar sentiu como se o Deus Sol realmente virasse seu rosto para ignorá-lo.

Mwana fez sinal de abandoná-lo ali, deixando com um conselho.
Mwana
Imagem
Talvez queira lhe fazer uma oração? Se Ele o desculpar, em verdade nada me deverá.
Diplomacia +4 + 4 convívio +2 situacional (Esplenda) +2 situacional (Penélope) -2 afinidade , VS. Intuição. Total 16 x 20, falha.

Para completar o pedido de desculpa, Salazar pode fazer uma oração do Deus Sol, que pode lhe dar um bônus de +2 ou mais, conforme a oração. Forçar palavras bonitas, mas não sinceras, pode dar penalidade.

Como deu pra ver, Salazar ainda não chegou no ponto em que iria entrar na sala. Fale o que faz sobre isto no próximo post.
Enquanto Salazar considerava o que fazer, Mwana alcançou Nemos, que estava pouco adiante, e rumou com ele em direção à sala.
Se Nina estiver com eles ainda, pode descrever suas reações ao que houve ali, mas se agir ativamente só mudará o que acontece a partir desse ponto. Se Mwana estiver inamistosa ou hostil, as consequências acontecerão deste ponto em diante também, no próximo post.

Como pode ver, Salazar ainda não teve a oportunidade de entrar na sala.

Segurei a resposta de Alynor e Zyrr para não arriscar dar bolo com as ações de Nina e Salazar, que chegaram antes destes, mas elas já estão preparadas.

AVISO: prazo para próxima atualização é quinta feira, 10:00 da noite.
Editado pela última vez por Khrjstjano em 28 Dez 2017, 01:21, em um total de 1 vez.
Imagem

Avatar do usuário
LordVrikolaka
Mensagens: 520
Registrado em: 05 Fev 2014, 13:01
Contato:

Re: Escolinha do Professor Talude (Aula de Magia)

Mensagem por LordVrikolaka » 27 Dez 2017, 23:08

Nina notou que a moça estava orando, então era óbvio que não iria interromper a senhorita. Parecia ser uma clériga então. É claro que não iria colocar a moça em maus lençóis, ou interromper, seria extrema grosseria de sua parte. Então esperou que a moça parasse de rezar, para iniciar um assunto.
Nina escreveu:Imagem
A-aah.. eu entendo... Sim, foi bastante explicativa a aula, e espero aprender como faremos aquilo na prática, apesar que acho que podiamos ter aprendido mais ainda se o livro louco não tivesse aparecido...
Disse, mostrando um sorriso gentil para ela. A aplicação prática, de usar qualquer tipo de magia era simplesmente fascinante, e poderia transformá-la numa clériga muito mais poderosa, mesmo que suas curas mais fortes viessem direto do coração dela. Suspirou, de forma leve, com aquilo. Era bem óbvio que Nina era uma Clériga de Marah, e não precisava pensar muito para notar que ela detestou aquilo com todas as forças.
Nina escreveu:Imagem
Mas é... Bom, você sabe como entrar na sala? Eu acabei esquecendo, dois dias que aconteceram coisas demais ao mesmo tempo...
Disse, mostrando um sorriso sem graça. Não tinha motivos para ter vergonha de ter esquecido. Pior era fingir que sabia, e no fim das contas não saber fazer. Pensou por um instante, e perguntou, de forma gentil.
Nina escreveu:Imagem
Azgher né?
Disse, claramente se referindo ao deus que a moça se devotava.
Nina escreveu:Imagem
É uma divindade bastante interessante, na verdade. Eu não conheço muito dele, vejo poucos devotos de Azgher por aí... Como que é a religião de Azgher, de uma forma um pouco mais aprofundada? ...Eu sinceramente tenho curiosidade, é um deus que conheço relativamente pouco...
Disse, parecendo gentil enquanto ela falava. Queria genuinamente conhecer como era Azgher. E, bom, eram duas devotas, era legal as duas conversarem sobre um pouco de religião. As vezes só conversava com Irmã Corina sobre religião, e mesmo assim, não muito. Ela notou como alguns alunos entravam. Pretendia tentar imitá-los, por um instante, caso ela não soubesse responder. Se soubesse, é claro, daria atenção total a ela.

Nisso, até ela notar que alguém quisesse conversar com Mwana, e pediu para conversar a sós com Mwana. Ela disse, parecendo um pouco desconcertada.
Nina escreveu:Imagem
A-ah, p-perdão, podem conversar a vontade. Muito obrigada pela conversa, vou deixar os dois a sós.
Disse, já se afastando dos dois. Imaginava que agora saberia como entrar, que provavelmente, pela forma que ela entendeu aquilo, era simplesmente entrar dentro do portal.

Avatar do usuário
RoenMidnight
Mensagens: 2020
Registrado em: 28 Jan 2014, 12:39

Re: Escolinha do Professor Talude (Aula de Magia)

Mensagem por RoenMidnight » 28 Dez 2017, 00:43

A aparição de Penelope às suas costas pegou Salazar em completa surpresa, se fosse um Ladino tinha tomado um Ataque Furtivo. Não pode negar a surpresa de vê-la ali.
Penélope
Imagem
Quem é você e o que fez com o membro mais arrogante de nosso grêmio?
Salazar já ia começava a botar seu raciocínio para uma resposta mas Penélope já tomava terminava o que tinha a dizer.
Penélope
Imagem
Humpf. Talvez haja alguma esperança pra você, afinal de contas.
E foi embora tão rápido quanto tinha aparecido ali, mas acima de tudo o que deixava o ruivo realmente desconcertado foi o sorriso da elfa. Não sabia o porque, mas ficava um tanto aliviado com aquilo. De certa maneira poderia considerar alguma espécie de “bônus”?

De qualquer forma aquele não era o foco, voltou sua atenção a Mwana novamente ao ouvir a voz da devota de Azgher.
Mwana
Imagem
Palavras sinceras. Aparentemente. A penitência por uma de suas faltas parece ter sido cumprida. Terei isso em mente.

Quanto a mim... Suas desculpas devem ser dadas aquele que tudo vê. Sua ofensa não foi a mim, mas a ele. Ele se esconde de você...
O mago então observou a imagem do próprio deus sol a ignorá-lo. Sentiu como se o estômago estivesse embrulhando por um momento. Por um lado as coisas pareciam até que bem, se não fosse o deus da moça… porque eles tinham o costume de ficar se intrometendo tanto na vida dos mortais?

Ela fazia menção de sair dali, mas antes resolveu dar um conselho.
Mwana
Imagem
Talvez queira lhe fazer uma oração? Se Ele o desculpar, em verdade nada me deverá.
Salazar imediatamente se viu um tanto confuso com relação aquilo, não era dado a fazer orações, aliás, não era dado a ter fé exatamente.
Salazar
Imagem
De certo, a farei.

Agradeço pela sua generosidade. Não irei te segurar mais.
Precisava de um tempo para pensar em como faria a oração, não podia ser feita de qualquer forma, entretanto não sentia a fé em seu coração. Duvidou se seria capaz de ser ouvido.

Se aproximou da janela mais próxima e ficou observando o sol que se escondia por trás de nuvens pelo o tempo de duas batidas de coração. Fechou os olhos. Sua mente viajou, eram como se tivessem se passado pouco menos de um quarto de hora em alguns segundos.
Pensou, reúnindo o que conhecia da fé de Mwana e pensou em sí mesmo e o que havia em seu coração.

Abriu os olhos e uniu as mãos em um gesto de humildade e confiança. Seus olhos semicerrados.

Imagem

Engoliu um seco.
Salazar
Imagem
Não sei por onde começar.
A verdade era dura. Salazar não era dado a conversar com os deuses, era estranho falar com um deus longínquo quando toda sua vida havia estado do lado de um, até chegava a duvidar da existência destes algumas vezes.

Resolveu falar com o coração, como havia feito a momentos atrás.
Salazar
Imagem
Dizem que você é capaz de ver a tudo, nada escapa ao seu olhar. A verdade é que eu tentei fazer com que uma de suas devotas não cumprisse com seus deveres, apenas por puro egoísmo meu.
Era estranho, conversar sem receber resposta. Continuou.
Salazar
Imagem
De você eu não tenho como esconder a minha vergonha, não por ter faltado o respeito com você, mas por que a relação entre você e ela é algo que vai além da minha própria compreensão.

Consigo perceber agora que faltar com respeito a você é faltar com respeito a ela própria.
Se sentiu incomodado em ser tão verdadeiro assim, realmente não se importava com que o deus a priori, sua preocupação era sua companheira de grêmio e sua relação com ela.
Salazar
Imagem
Espero que não me entenda mal, não sinto desprezo por você, mas não consigo ter o mesmo sentimento que Mwana com relação a você. Por mais que eu tente, para mim é complicado sentir isto.

Por isso, eu peço o seu perdão para que a própria Mwana possa me perdoar. Para que eu próprio possa ser um amigo com o qual ela possa contar e que irá ajuda-la em seus momentos difíceis.
Respirou fundo e ergueu seus olhos a observar o sol.
Salazar
Imagem
Me ponho diante de seu julgamento e seja este qual for eu irei aceitar.
Esperava pela a resposta do deus…
Editado pela última vez por RoenMidnight em 28 Dez 2017, 08:07, em um total de 1 vez.
Me pague um café pelo o PicPay: @RoenMidnight
Grimório TRPG
=====Homebrew=====
Paladino Rework
Sectário do Crepúsculo

========================================================================================
PBF - Sangue e Desonra: Tsuru[TRPG]

Responder

Voltar para “Escolinha do Professor Talude”