Nadeemah
Mais um dia se foi na Grande Academia Arcana; quem furunfou, furunfou, quem não furunfou, não furunfa mais.
Mas vamos dar uma olhada no que houve com nossos alunos; também estou curiosa para saber.
Alynor
Alynor acordou mentalmente disposto, apesar de tudo que passou no dia e noite anteriores e de seu corpo sentir os efeitos das lutas. As dores o acompanharam o dia todo, mas mesmo assim o jovem ainda passou a manhã praticando esportes no Complexo Esportivo. Seu rendimento foi abaixo de sua própria média, mas ainda bastante alto para um atleta comum. Não fosse pelos outros praticantes de ogroboll a quem acompanhou estarem muito inspirados aquela manhã, não teria feito feio. De qualquer forma, talvez devido à sua clara aparência debilitada, que deixava ainda transparecer hematomas e cicatrizes não removidas pelas curas mágicas de Nina na noite anterior, seu esforço atraiu a simpatia do que praticavam com ele ou assistiam a tudo. Não deixou de notar os olhares de algumas garotas interessadas, embora elas parecessem acompanhadas. Ou seriam só amigos?
Após, passou algum tempo com sua colega de grêmio, Penélope, com quem viveu uma pequena aventura para conseguir passagem por uma porta falante e muito geniosa, e assim encontrar a professora que procurava. Conseguiu finalmente passar por ela e encontrar Lorelinena, de quem teve a impressão de que o julgava pela forma como lidara com a porta, mas ao menos finalizou seu trabalho de marcar um horário para os membros do Grêmio do Dragão aprenderem com ela a magia que o professor Talude lhes informar ser imprescindível ser capaz de executar para prosseguir com as aulas do curso de Grimórios e Preparação Avançada de Magias. Penélope se divertiu vendo-o se bater com tudo aquilo e, no fim, quis convidá-lo para acompanhá-la até a Área de Contenção de Espécimes. A meio-elfa, que já ia bastante com sua cara, acabou se aproximando mais dele e aceitado sua proposta de ser "sua conselheira", como ele dizia, embora ela confessasse que achava aquilo um pouco engraçado.
Em seguida, gastou o restante da tarde envolvido com a política estudantil da Grande Academia Arcana. Foi até a sede e ajudou os líderes do movimento a organizar o local. Trabalho físico naquele dia, falou-se pouco sobre política em si, ao contrário do dia anterior, onde por conta do planejamento para o semestre os três líderes então presentes haviam falado sobre tudo e mais um pouco do assunto. Alynor achou que isto se deu principalmente porque o líderes do movimento de cada Grêmio não estavam ali naquela tarde, provavelmente estando em aula ou resolvendo assuntos externos, segundo ouvi comentários dos presentes. De qualquer forma, havia bastante coisa para se fazer. Papéis para preencher, formulários a serem criados, autenticados e preparados para uso ao longo dos próximos dias e do semestre, estantes e mesas para organizar, salas para realocar e todo tipo de trabalho processual. Então aquilo não era só falatório? Pensou ele. Política também envolvia trabalho físico, apenas provavelmente eram os peixes pequenos que tinham que cuidar daquelas coisas. Balançou aqueles pensamentos da cabeça apesar de qualquer descontentamento, pois no fundo sabia que era sempre assim. Para se chegar ao topo é preciso começar de baixo e encarar a subida no braço, qualquer que seja o campo de atuação.
Ao fim do dia, apesar de um pouco de dificuldade para manter-se firme e não dormir no processo, levou a cabo o trabalho de escrever um relatório sobre a noite na biblioteca para o professor dragão. Arrastando-se como podia, levou-o até a sala do professor naquele prédio, sendo cumprimentado pelo funcionário Jackes no caminho. Voltou para seu dormitório e caiu na cama, dormindo o sono dos guerreiros cansados.
No fim de tudo, não conseguiu encontrar a outra professora com quem precisava marcar hora para seu grupo. Não teve sorte em encontrar sua amiga Drahomira. Ou será que não tinha se esforçado tanto? Afinal, se eram amigos, ele deveria saber melhor quando e onde encontrá-la, não é verdade? Será que não estava apenas fantasiando sua proximidade com a professora e no fundo não passava de mais um aluno babão?
Nina
Nina acordou com calma, pensando no dia anterior, fazendo curativos nos ferimentos que sua magia não fizera sumir. Era interessante como mesmo com tanto poder curativo quanto ela dominava, graças em grande parte à sua deusa amada, o corpo nunca voltava ao seu estado realmente perfeito. Podia agir normalmente, mas uma dor aqui ou ali, um roxinho lá e inchaço acolá sempre sobravam. Era uma lástima, mas quando se olhava para o estado de suas roupas... O manto tão querido estava reduzido a frangalhos, todo recortado pelas páginas laminadas dos horríveis monstros que tiveram que enfrentar. Ela ainda pensava em consertá-lo, mas era visível que sem auxílio mágico jamais conseguiria transformá-lo em mais do que um amontoado de remendos e retalhos.
Depois de colocar a cabeça no lugar, começou a fazer o que tinha que fazer. Primeiro o tal relatório que o professor Illieth havia requisitado. Escreveu-o com todo cuidado que lhe era característico, então levantou-se pensando em apaziguar duas brigas com uma só acalmada. Já que tinha que entregar o relatório ao professor e este também lhe havia pedido para que avisasse a sua amiga Dafne, a quem coubera o livro no qual viera de brinde um pequeno dragão-fada, para que o encontrasse quando pudesse, pensou em levá-la junto consigo até lá. Assim, sendo foi procurá-la, o que a levou ao necrotério. Mas claro, onde mais uma necromante que se preze passaria a maior parte de suas horas, não é? Óbvio, não Nina? Poderia ter começado a procurar ela por lá.
Infelizmente, sua amiga estava atolada de coisas para fazer. Nina lembrou-se então que Dafne já lhe havia dito que seu único momento livre desta semana seria naquele mesmo Tirag, porém à noite. Que lástima! Para mudar de assunto, perguntou-lhe sobre a recepção do primeiro dia de aula, mas a resposta que obteve não foi muito explicativa. Segundo Dafne, ela havia tomado todas e não lembrava do que acontecera, exceto que devia ter sido muito bom, pois acordara bem feliz. Nina então lhe deus as instruções para que achasse a sala do professor dragão na biblioteca quando fosse lá, o que ela provavelmente faria à noite, e se despediu, deixando-a com seu companheiro zumbi, a quem ela dissera que devia alguns favores e estava pagando com seu trabalho naquele momento.
Nina então rumou para a biblioteca, entregar o relatório de uma vez. Ao chegar à sala do professor, tocou o sino, mas nada aconteceu. Ele devia estar ocupado com alguma coisa... Ah, claro Nina, ele devia estar dando aula, é óbvio! Pensou ela. Se quisesse falar com ele, tinha que vir à noite ou num de seus momentos de folga, se é que ele tinha algum. Enfim, deixou a sala para trás, pensando em voltar mais tarde. Era hora de almoçar.
Após uma ótima e praticamente curativa refeição — notou que estava com bastante fome, provavelmente devido a todo o esforço da noite passada, — foi cumprir com suas atividades extracurriculares diárias. Bem, na verdade, naquele primeiro dia não iria realmente fazer o que sempre fazia — aulas de reforço para alunos de matérias nas quais ela obtivera resultado exemplar, — mas sim gastar o dia divulgando as aulas. Não adiantava nada fornecer um serviço se ninguém sabia nada sobre aquilo, não é verdade? Sendo assim, foi afixar alguns avisos que escrevera em pergaminhos sobre seu trabalho, horário e local onde atendia. Deixou alguns próximo à sala de aulas da cadeira de Primeiros Socorros e outros na Enfermaria, onde a enfermeira recepcionista a reconheceu de pronto e a ajudou a encontrar um bom lugar no quadro de avisos e garantiu que a indicaria aos alunos que vinham até lá para as aulas práticas e estágios.
Por fim, foi fazer o mesmo em um lugar inédito: o Necrotério. No semestre passado, havia surpreendido a si mesma ao surpreender ninguém menos do que o professor Thanatus, o lich, com quem estudou Almas e Vida Após Morte, com sua performance, especialmente por seu espírito adamante frente às atividades práticas. Dissera o professor que raramente encontrava alguém tão bravo para participar de suas atividades, visto que por mais que se tratassem de experiências acadêmicas tradicionais, coisas que envolviam morrer costumam deixar as pessoas "um pouquinho" tensas. E por um pouquinho tensas ele queria dizer "completamente borradas". Não teve dificuldade para encontrar o professor, sendo conduzida até sua sala por um simpatissíssimo esqueleto mensageiro que mancava de uma perna. Em vida, tinha a síndrome do membro fantasma, contou, e mesmo com a morte ao que parecia sua mente não se curara daquele distúrbio. Nina achou aquilo muito curioso e ficou pensando por um tempo se não haveria algum motivo além do normal para algo assim. Em seus conhecimentos sobre mortos, almas e mesmo religião não se recordava de nada. Haveria outra matéria que estudaria algo assim? Ela podia jurar que já ouvira a respeito, mas não conseguia recordar qual. Por fim falou com o professor Lich, que levou apenas um segundo para reconhecê-la, abrindo um horrivelmente carismático sorriso putréfato. Ao ouvir sua proposta de aulas de reforço, ao contrário do que Nina poderia esperar, o professor achou a ideia muito boa. Ele até mesmo lhe deu uma dica preciosa.
"O maior problema de muitos alunos deste curso não é de ordem lógica, mas emocional. Há os que são atraídos pela morte e os que a estudam por temê-la. Os últimos precisam de mais apoio do que explicações, quando desenvolvem sua coragem começam a entender tudo facilmente por si sós."
Por fim, o professor designou dois assistentes zumbis para que fossem com ela afixar seus pergaminhos nos locais mais apropriados, dos quais um Nina achou bastante curioso. Um ficou na entrada no Necrotério, e outro no quadro de avisos do andar superior, mas um último foi colocado dentro de uma tumba aberta no fundo das catacumbas abaixo do prédio, onde morcegos dormiam por todos os lados, fazendo com que tivessem que andar em silêncio. Estava tudo completamente escuro, mas Nina via perfeitamente devido à sua visão privilegiada — herança de sua ascendência angelical. Um dos zumbis, que atendia por Finário Finório, lhe explicou que aquele lugar atraia alunos com diversos tipos de "particularidades", mesmo quando já não estudavam mais no necrotério, os quais muitas vezes tinham dificuldades com os estudos devido as seus hábitos "muito saudáveis", dizia ele. Não sabia explicar porque não tinham boas notas com tão bons hábitos, mas afinal, pensar sobre as coisas lhe era mesmo difícil, já que só possuía meio cérebro; o restante havia sido esfacelado por uma marretada de um pedreiro furioso para quem perdera uma aposta em vida e que não conseguira pagar, motivo este de sua morte.
À noite, já depois do jantar, Nina sentia-se bastante cansada. Queria ainda procurar a professora Drahomira para resolver o assunto que ela e Grizzel não haviam conseguido encerrar, mas sentiu que se fizesse isso poderia acabar apagando no caminho. A noite anterior cobrava seu preço. Voltou à biblioteca para procurar o professor Illieth e entregar seu trabalho, mas mesmo isso já lhe parecia muito custoso. Conseguiu a muito custo chegar até o local, mas estava realmente exausta a esta altura. Tocou o sino e teve que sentar-se para descansar um pouco antes que o professor aparecesse, e acabou dormindo ali mesmo. Algum tempo depois sentiu que alguém a carregava, mas não conseguia abrir os olhos para ver quem era. O som de passos metálicos a fizeram sonhar com armaduras de metal animadas que a serviam e carregavam para todos os lados. Foi um sonho realmente bem estranho, mas divertido.
Salazar
Salazar acordou cedo, como todos os dias. Não havia estado na biblioteca, pois aquela era uma tarefa para os representantes dos grêmios da sala de Grimórios e ele não era um deles. Algo que lhe passou pela cabeça foi como aquela era apenas uma de suas três matérias do semestre, mas o fato de ser ministrada por Talude a fazia parecer tão mais importante que as outras. De repente, parecia que as coisas começam a orbitar em torno daquela aula... Mas aqueles pensamentos logo ficaram de lado quando ele começou a lembrar do sonho que tivera. Que maluquice! Tentava se lembrar se já tivera um sonho tão significativo quanto aquele, mas parecia que não. Não era a primeira vez que tinha um sonho assustador com seu pai, o grande tirano Sckhar, Dragão-Rei dos vermelhos, mas nunca nada tão elaborado. Será que aquilo tinha algum significado especial? Talvez devesse consultar um oniromante...
Após trocar algumas palavras com seu companheiro de quarto, realizar sua memorização de magias diária e tomar seu café da manhã — parte ao mesmo tempo, — seguiu para o Templo de Aulas Teóricas onde teria suas primeiras aulas com a professora mais amada da escola: Lady Esplenda. Já a conhecia muito bem, era impossível não conhecê-las, pois era assunto constante das conversas dos alunos e alunas, por motivos distintos, mas nunca havia tido aulas com ela. Neste semestre, no entanto, teria duas: Boas Maneiras e Direito Mágico I. Hum, Boas Maneiras... Lembrou dos eventos do dia anterior. Talvez ter escolhido esta matéria para este semestre tivesse sido algum tipo de premonição...
A primeira aula foi agradável e Salazar quis aproveitar os últimos momentos para pedir uns conselhos a Esplenda. Ao falar com ela, contou-lhe sobre as situações desagradáveis que causara com as alunas de seu grêmio na aula de Grimórios e sentiu-se acuado pelos comentários da professora. Em suma, o que ela lhe dissera era que se preocupava demais com o que acreditava que as situações com que tinha de lidar eram e de menos com as pessoas com quem lidava nelas. Falta de tato, era o que Esplenda lhe dizia que tinha. Pensava sobre ideias enquanto lidava com pessoas, numa ordem de importância invertida. Típico de um mago inteligente, mas sem o menor traquejo social, pensou Salazar, mas ele não deveria ser assim. Olhou-se em um reflexo e viu um sujeito carismático, bonito. Ao que parecia, no entanto, tinha armas que simplesmente não sabia usar, pois fizera todos antipatizarem com ele em apenas uma aula. Devia ser algum novo recorde.
Apesar de lhe dar valiosas dicas, Salazar sentiu uma certa aspereza na forma com que Esplenda lhe falara naquele momento, porém. Observou-a com atenção, tentando intuir o que havia de errado naquilo, mas não conseguiu. Acabou deixando pra lá. Ao fim da aula, apenas mudou de sala junto com a professora e teve sua aula de Direito Mágico I, que não foi muito instrutiva. Talvez não tanto por culpa da professora, pois o assunto parecia complicado e ele ficou a aula toda tentando pegar a manha do assunto, mas sem sucesso. Direito não passava de leis e isto não era algo em que ele fosse um leigo, no entanto o que conhecia do assunto era sempre provindo das leis dos reinos e seus sistemas de governo. Ali lidava com uma legislação completamente diferente, com bases lógico-filosóficas totalmente distintas, e que ele precisava entender antes de mais nada para poder se situar. Não conseguiu, mas não saiu abalado; sabia que esse tipo de assunto era assim mesmo, no começo parece um bicho de setenta e sete cabeças, que só um pinéu que reza pra Nimb de ponta cabeça poderia ter inventado, mas no fundo sempre chegava no mesmo ponto. Leis não passavam de tentativas de um certo grupo colocar outro sob controle. Normalmente seu controle e dos princípios e ideias que lhes agradavam.
O resto era conversa pra paladino dormir.
Após o almoço, tinha muitas coisas em mente, estava bastante animado, mas acabou não fazendo nada daquilo. Não tinha tempo. Resolveu parar de procrastinar suas atividades diárias reais e foi à biblioteca estudar. Quis procurar algo sobre a matéria do professor Talude, mas foi em vão. Mesmo com ajuda dos atendentes da biblioteca, não encontrou nada. Na verdade, lhes disseram que não faziam nem ideia de onde procurar algo assim, pois nunca haviam ouvido falar no assunto. "Preparação Avançada de Magias". Acabou que só perdera, tempo procurando por coisas que lembravam este título, mas absolutamente nada tinham a ver com o assunto. Em dado momento parou para pensar e lhe pareceu óbvio o porquê. Talude já havia dito que o que aprenderiam naquela matéria era completamente revolucionário, uma técnica vinda de outro mundo, muito além dos conhecidos, e mudaria a vida dos magos de Arton. Era totalmente óbvio que não encontraria nem cheiro de sombra de coisa alguma sobre aquilo em lugar algum, nem daquela, nem de biblioteca alguma de qualquer mundo que visitasse. Deu um tapa na própria testa, recriminando-se por perder tempo com algo tão óbvio. Não restou mais lá muita coisa naquele período, praticamente o desperdiçando todo com aquilo, pois logo tinha outro compromisso.
Celeste! Celeste era tudo de bom. Após um período com ela, falando de amenidades e festas de dia das bruxas, sentindo sua pele macia em seu rosto e sua mão e o toque de seus lábios nos seus, o resto do mundo parecia ter pouca importância. Aquilo lhe dava forças para seguir em frente e continuar tentando, não importava o quanto e quão duro a vida lhe batesse. Ao fim do dia, apesar de qualquer coisa, sentia-se determinado.
À noite, após o jantar, foi procurar o Clube de Jogos e teve sorte. Era o único horário do dia em que havia alguém lá e encontrou seu colega de classe, Matt, e Al-Khwarismi, o enxadrista com quem falara na recepção do dia anterior. Conversou com eles sobre o clube e recebeu a chance de juntar-se a ele.
Aceitou. Era agora um membro do Clube de Jogos da Grande Academia Arcana.
Zyrr
Zyrr acordou sobressaltado com os roncos de Thunder Shade, seu pitoresco e infernal companheiro de quarto. Fez planos para matá-lo, mas acabou deixando-os de lado em prol de um curso de ação mais seguro, embora pensar sobre aquilo lhe desse um prazer realmente gostoso. Seu corpo rijo afundando num lago distante da mata que cercava a Academia e sendo engolido inteiro por alguma criatura mágica enorme cruzou sua mente de relance, num último suspiro de seus planos vilanescos. Acordou Thunder com um disparo de sua arma arcana, só por diversão, então o deixou e foi tomar um agradável e merecido banho matinal e depois foi à Enfermaria tentar fazer algo a respeito dos últimos ferimentos que lhe restavam devido a Nina não ter conseguido mais curá-los com sua magia. Somente então foi tomar seu café da manhã.
Em seguida, rumou para a biblioteca, onde cumpriria com suas horas de leitura regulares autoimpostas. Aproveitou para pesquisar a respeito do livro monstro que derrotara e agora diziam que o servia, mas do qual ele ainda não sabia nada de muito instrutivo. Conseguiu algumas informações muito interessantes e que o colocaram no caminho de entender seu livro monstro, mas ao que parecia colocar a coisa em prática requereria tempo e esforço, a não ser que tivesse alguma ótima ideia, coisa que não lhe ocorreu no momento.
À tarde, após o almoço, rumou para sua única aula do dia: Raios e Pontaria Mágica, com Drahomira. Esta mesma, a quem Nina, Grizzel, Alynor, Penélope e outros tanto procuravam. Para ele, no entanto, aquilo nada representava, pois em seu grêmio, o Grêmio da Serpente não havia ninguém tão inútil que não pudesse aprender uma magia ridícula como Marca Arcana, por isso não precisam dela para nada. Desta forma, pode dedicar sua total concentração à aula em questão, na qual tinha muito interesse. Zyrr desejava tornar-se o melhor atirador já visto em todos os mundos, nada menos. E já na primeira aula a professora foi da teoria à prática, com treinos no Centro de Testes, onde puderam por em prática seus ensinamentos. Realmente, era uma cadeira perfeita.
Após a aula, saiu para pesquisar algo a respeito dos clubes de alunos dos quais ouviu falar durante a aula. Parece esse anos havia maior foco nesta atividade na Academia Arcana, algo que quem foi à recepção do primeiro dia, o que não era o caso dele, havia descoberto devido aos anúncios de Talude, o reitor. Esteve em três clubes, durante o tempo que tinha disponível: os de Tiro e Arquearia, de Mecânica e o Literário. Conversou brevemente com os responsáveis de cada um e com a placa de "Fechado" do clube de tiro, pois não havia ninguém lá no momento. Quando já ia escurecendo, enquanto andava pelo bosque procurando por mais sedes de clubes para conhecer, se deu conta de que já estava muito tarde e lembrou que ainda tinha que escrever o relatório para Illieth.
De volta a seu quarto, usou o que lhe restava de energia mental para escrever um bom resumo do que houvera no dia anterior na biblioteca e de energia física para levar o trabalho para o professor. Após deixá-lo em sua mesa e tocar o sino, voltou para o dormitório e sonhou com os anjinhos. Caídos.
Algumas informações importantes:
- Todos marcaram hora com Lorelinena para Kalag à tarde.
- Ninguém marcou hora com Drahomira.
- Só Salazar juntou-se a um clube (Jogos) e fechou seu horário semanal.
- Alynor aumentou sua afinidade com Penélope e conseguiu uma conselheira. Também fez alguns fãs no ogrobol.
- Nina divulgou com sucesso suas aulas de apoio.
- Zyrr conseguiu informações sobre o livro monstro.
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