Conversa Antes do Início da Aula - Parte 3
Alynor
Ofélia
Se trata do que está escrito aí, apenas.
Está preocupado?
Investigou a moça, gentil, mas sem dar maiores explicações sobre a notificação que entregara e fazendo sinal de partir.
Alynor
Então, não sabe de nada. Obrigado pelo recado, moça.
Respondeu Alynor, ríspido e educado ao mesmo tempo, virando-se, acreditando que ela já o deixaria.
Sentiu que ela parara e observava de cima novamente.
Ofélia
O ponto de vista é determinado pela posição.
Disponha.
Se Alynor tivesse olhado para trás naquele instante, não teria tido tempo de vê-la de frente, pois já partia e saíra pelo corredor oposto ao que usara para chegar até ele, o que o confundiria.
Nina a viu vir em sua direção, o que a fez temer por um segundo, mas ela a ignorou e passou direto, caminhando em direção ao fundo da sala. Na certa desejava deixar logo o lugar ao qual não pertencia. A jovem clériga da Paz então respondeu Alynor através do feitiço que este lançara para se comunicar com ela, entendendo que só precisa mesmo falar, sem nenhum truque — Nina não tinha mesmo nenhum jeito para entender magias que não conhecia, ou qualquer outra — e os dois trocaram ideias sobre os problemas do líder do Dragão. Ela parecia querer ajudá-lo.
Após, Alynor obteve ainda uma confirmação de que Salazar iria auxiliá-lo de alguma forma com o problema que enfrentava na sala, apresentado-o a alguém, sabe-se lá quem ou porquê.
Os 3 personagens estão envolvidos entre si nessa parte e não têm direito a responder esse trecho que se passou.
Zyrr
Zyrr observava seu novo companheiro, sentado ao seu lado, enquanto Ofélia passava por eles sem lhes dar atenção. Estava intrigado e confuso, atribuindo aquela sensação ao estranho efeito que aflige aqueles que viajam entre os mundos. Lembrou-se de ser advertido de que no caso de Arton poderia ser pior. O sujeito e seu gatinho, no entanto, logo percebeu Zyrr, eram os únicos que realmente lhe causavam aquela sensação.
O elfo sombrio ponderou a respeito.
Zyrr
(Seria um espírito, talvez? Um demônio...?)
Mas seus modos não eram humanamente excêntricos demais? Sim, havia algo estranho nele, disso Zyrr tinha certeza. Mas não, definitivamente não combinava com os modos de um lacharel. O que poderia ser, então? Poderou um pouco mais.
Foi então tirado de seus pensamentos pela secretária da escola que o abordou e teve que mudar o foco. A mulher gênio lhe cobrava que lhe conseguisse seu histórico escolar. De sua antiga escola em Magika. Um outro mundo. E urgentemente, ainda por cima.
Que incomodação!
Zyrr logo respondeu, ácido.
Zyrr
Sim, secretária. Pode deixar que vou providenciar uma viagem planar para obter um punhado de papéis. Parece um ótimo gasto de recursos mágicos, mesmo.
Nadeemah
Não é problema meu, não quero nem saber! Tenho muita coisa pra fazer, a administração que blablablá,
blablablá, blablablá e blablablá, não é meu trabalho...
Retrucou ela, enfezada, partindo antes mesmo de terminar o que dizia. Zyrr mal pode ouvir suas últimas palavras enquanto ela cruzou a porta, ficando a imaginar se as primeiras eram dirigidas somente a ele...
...Ou a mais alguém.
Talude
...
Uma dor de cabeça começava a amolar o elfo. Resolveu extravasar, soltando um comentário provocativo, em voz alta e clara.
Zyrr
A aula nem começou, mas já aprendemos hoje que a coragem de C E R T A S pessoas tem prazo de validade...
Alynor não poderia deixar de notar aquela voz irritante, logo que terminara de falar com Salazar. Mesmo que tentasse ignorá-la, assim elevada acima do burburinho geral, era especialmente infernal.
Nina, que passara alguns momentos notando que Dafne, sua companheira de carteira, estava mais quieta que o normal, foi pega de surpresa por aquilo e imaginou que o tumulto anterior à aula recomeçaria. Será que nem na presença do professor os alunos se comportariam?
Salazar se aborreceu porque perdera o que quer que Grizzel tivesse dito a Talude. Só conseguiu ouvir o mestre falar alguma coisa sobre entrar para algum clube ser a chave para o que ele queria. O clube de luta natural, seria? Achou que sim. Ouviu a voz de Zyrr no preciso momento em que Grizzel agradecia ao mestre, dizendo que seguiria seu conselho, antes de voltar a seu lugar. Virou-se instintivamente para ver o que se passava com o representante do Grêmio da Serpente, lá atrás.
Zyrr espiou para ver a reação da menina provocadora e de Takanagi, a quem o insulto era especialmente dirigido. Também queria analisar melhor o sujeito a seu lado, através de suas reações. Outros pensariam que ele apenas sorria, descontraído, mas Zyrr achou que ele ainda estava atento e se divertia com a situação toda. A menina, Zyrr não pode ver em lugar algum. Takanagi estava meio que cochilando sobre a carteira. Ao lado dele havia outra pessoa.
Takanagi
???
...
E essa agora?
Os próximos posts devem considerar que não tem mais ninguém falando com Talude. Ofélia e Nadeemah também não estão mais na sala, isso já foi. Suas respostas devem partir deste ponto em que Zyrr falou em voz alta.
Considerem que o Talude ainda vai levar um momento ou dois para se organizar e realmente começar a aula, interrompendo o andamento da cena como está, então ainda dá pra fazer alguma coisa. Os alunos estão sentados, mas ainda conversando livremente, baixinho.