Nome: Tristan.
Raça: Humano.
Classe: Cavaleiro do Panteão.
Tendência: Caótico e bom.
Sexo: Masculino
Idade: 19 anos
Divindade: Valkaria
Tamanho: Médio
Deslocamento: 9m
Idiomas: Valkar
Signo: Pégaso
Desvantagem: Mira ruim.
Habilidades:
FOR 19 (+4),
DES 18 (+4),
CON 14 (+2),
INT 10 (+0),
SAB 10 (+0),
CAR 12 (+1)
CA: 17 (+1 nível, +4 Des, +2 Con)
PV: 36
PE: 3
PA: 1
Resistências:
Fortitude: +5
Reflexos: +7
Vontade: +3
Ataques:
Área de Ameaça: 1,5m
Corpo-a-corpo: +7
Ataque desarmado +8 (1d6+5, x2) ou +6 (1d6+9, x2).
Combater com Duas Armas +4/+4 (1d6+5, x2).
Separar +12 (2d6+10, x2 contra objetos).
Distância: +5
Ira do Dragão (3/dia): 4d6+5, x2. CD 18 para evitar ser empurrado 3m.
Perícias:
Atletismo +10, Conhecimento (religião) +6, Iniciativa +10, Percepção +6.
Talentos:
[Classe] Usar Armaduras (leves, médias e pesadas), Ataque Desarmado Aprimorado, Casca Grossa, Fortitude Maior, Reflexos Rápidos, Vontade de Ferro.
[Regional] Aventureiro Nato.
[Desvantagem] Foco em Arma (ataque desarmado).
[Obrigações e Restrições] Fúria Divina.
[Humano] Ataque Poderoso, Combater com Duas Armas.
[Nível 1] Separar Aprimorado.
[Nível 3] Conhecimento de Golpes.
Habilidades Raciais:
+2 em Força, +2 em Destreza
2 perícias e talentos extras.
Habilidades de Classe:
Dano desarmado (1d6), devoto (Valkaria), sentir o cosmo, voto sagrado, queimar o cosmo +1, o mesmo golpe, poder divino (3º).
Golpes: Aparar ataque corpo a corpo, golpe duplo.
Magias
Nível 3 (CD 18): Soco de Arsenal (3/dia)
Dinheiro: 70 TO ; TP ; TC .
Equipamentos:
Kit do aventureiro (10 TO).
Cinto de poções (20 TO).
Poção da velocidade (250 TO), poção de curar ferimentos leves x5 (250 TO).
Histórico de Tristan
A família Maedoc possui diversos ramos conhecidos, mas muitos obscurecidos pela bastardia. Muitos descendentes da Rainha Eterna, a dragoa dourada que reinou no Deserto da Perdição há muitos séculos, são desconhecidos pela história tradicional tão preocupada em relatar e datar fatos.
Aconteceu em Portsmouth. Mark Maedoc II era o líder da Companhia Dourada, como foi seu pai e seu avô antes dele. Mark era um homem duro que não tinha tempo para o amor de uma mulher, apenas para a guerra. Junto de outras companhias mercenárias, juntou-se à rebelião que provocou a guerra civil em Bielefeld. Entretanto, Mark morreu no campo de batalha e não saboreou os louros da vitória. Muitos diriam que foi melhor assim, o mundo estaria livre da sede de sangue e guerra de Mark.
É conhecido que Mark nunca se casou. Mas não quer dizer que sempre esteve sozinho. Entre alguns casos com mulheres bem nascidas e outras nem tanto, nasceu duas crianças.
Serena foi a primeira filha de Joyce, uma prostituta que acompanhava acampamentos dos mercenários para arranjar seu sustento na guerra e também para se proteger dos tempos incertos nas estradas. Joyce, é claro, nunca contou a Mark sobre sua gravidez, preferindo sumir na floresta por um tempo até o nascimento de sua filha. Serena a acompanhava nos acampamentos, mas ninguém lhe dava bola. Joyce era a favorita de Mark e sempre estava em sua tenda e, por isso, Serena conheceu seu pai de relance, embora ele não gostasse de crianças.
A menina Serena cresceu na dificuldade, aprendendo desde cedo como funcionava o mundo dos homens: violência, pouco apego à vida e uma espécie de camaradagem na hora da morte. Joyce engravidou de novo seis anos depois. Nessa época a guerra estava no auge, então nem a floresta era segura. Joyce escondeu-se em um dos poucos templos do panteão abandonado e lá teve seu segundo filho. Um garotinho de cabelos loiros e olhos azuis como os da mãe, diferente de Serena. A menina era toda o pai. Cabelos e olhos castanhos.
Joyce, infelizmente, acabou falecendo no parto de seu filho e Serena acabou acolhendo o bebê que tomou a vida da pessoa mais importante de sua vida. Mesmo assim, a menina criou o bebê. O alimentou, o protegeu do frio e dos perigos incipientes. Tornou-se mãe aos seis ou sete anos e deu o nome de Tristan à criança, em homenagem a um mercenário que sempre lhe dera uma maçã quando a via.
Quando se esgueirou pelo antigo acampamento da Companhia Dourada, Serena descobriu que seu pai havia morrido. Mark Maedoc II acabava com o nome dos Maedoc e, para a história tradicional e oficial, o ramo dos Maedoc em Portsmouth acabava ali mesmo. Mas esta é a história de um daqueles descendentes da Rainha Eterna que ninguém conhece.
Uma das primeiras lembranças de Tristan é no orfanato já, com seus três ou quatro anos. Sua irmã, sempre calma e tranqüila, zelava por ele ainda mais que as adeptas de Lena donas do lugar. Serena nunca lhe deu detalhes da vida em Portsmouth, mas ela sempre pareceu distante e quieta. Nunca se entrosou muito com as outras crianças do orfanato e nem com as adeptas de Lena que tentavam constantemente em fazê-la uma noviça.
Tristan sabia que seu pai havia sido um grande general de exércitos, mas que morreu em batalha. Uma história dessas deixava qualquer menino empolgado. Desse modo, o garoto sempre achou que fosse destinado a ser um grande general também. Os anos passaram e Tristan cresceu confiante, com algum conforto provido pelo orfanato. Era um garoto feliz e radiante. Porém, Serena parecia piorar cada vez mais. Quando chegou a sua adolescência, Serena não parava de vestir roupas negras e comia muito pouco. As poucas amizades que fez, Serena descartou. Ela desprezava como Tristan se parecia com sua mãe e ela carregava a aparência de seu horrível pai. Mesmo com isso, Serena sempre foi uma boa irmã. Cuidava com carinho dele e Tristan era muito apegado a ela. Serena era tudo para ele.
Um dia, Tristan acordou e não viu Serena na cama que repartiam. Achou que estivesse no refeitório, mas não estava. Foi no pátio e não a viu praticando com espadas de madeira e batendo em meninos mais fortes que ela. Tristan ainda foi ao quintal para ver se estava alimentando as galinhas, mas também não. Restou o confessionário. Ora, impossível sua irmã estar lá, afinal, ela sempre zombou de como as pessoas rezavam para os deuses. Mesmo assim Tristan foi lá e não a viu. Começou a se desesperar e iniciou buscas, primeiro com seus amigos e depois mobilizando as adeptas e a milícia. Serena nunca foi encontrada. Desapareceu sem deixar nenhum vestígio. Deixando Tristan, com dez anos, sozinho no mundo.
A partir daquele dia Tristan ficou desolado. Quieto, deprimido em seu canto. Um dia tingiu seus cabelos de negro para ficar parecido com o castanho de sua irmã. Outro dia, bateu violentamente um amiguinho por conta de uma brincadeira. Por fim, um ano em que a personalidade alegre de Tristan se moldou até ele se tornar mais parecido com a irmã.
Valkaria estava liberta! O mundo precisava saber. Hend Kalamar recebeu a visita da própria deusa no Templo de Valkaria. A recém liberta queria formar um grupo de notáveis defensores de suas palavras, com responsabilidades diferentes de um paladino ou clérigo comum. Valkaria queria formar uma elite de guerreiros para defendê-la.
Assim, o sumo-sacerdote iniciou sua busca pelos notáveis. Somente aqueles com potencial oculto e ainda crianças poderiam ser escolhidas para iniciar o treinamento de Cavaleiro de Valkaria. Muitos clérigos foram mobilizados para esta tarefa de buscar essas crianças escolhidas, mas o próprio Hend que encontrou Tristan no orfanato. Logo que bateu os olhos no menino de doze anos percebeu uma enorme energia, o cosmo, moldado selvagem em sua volta como uma aura invisível.
Quando recebeu o convite do próprio sumo-sacerdote da deusa que dava o nome para a maior cidade do mundo, Tristan aceitou prontamente. Seria sua chance de sair pelo mundo em aventuras e participar de grandes batalhas como as histórias de seu pai. E também para procurar sua irmã desaparecida. Tristan foi levado, então, para a Arena Imperial.
Neste dia ensolarado, centenas de outras crianças estavam ali com ele. O garoto pensou que talvez não fosse capaz de suplantar tantos meninos e meninas de sua idade que eram maiores e mais fortes. No encontro, o próprio Hend Kalamar explicou a todos a vontade de Valkaria. Explicou que todos ali tinham um poder oculto esperando para ser liberto. E explicou também o cosmo: uma energia primordial de que o mundo é feito e que serve de combustível para o poder dos deuses.
Sem entender como ele tinha tanto potencial assim, Tristan participou de testes físicos e mentais durante o dia inteiro e foi selecionado entre os dez escolhidos. Mal sabia o garoto que em suas veias corria o sangue da Rainha Eterna e era este o poder adormecido em sua alma. Após a seleção, Tristan ainda participou de um sorteio. Um local de treinamento onde ele aprenderia tudo sobre o que é ser um Cavaleiro de Valkaria.
E o local escolhido foi Sckhashantallas.
Somente a viagem até lá durou um ano inteiro. Nos próximos sete anos, Tristan viveu um regime de treinos duros diários. Valkaria preza pela aventura e ambição, então, os treinos eram divididos entre despertar e controlar o cosmo, praticar artes marciais e a se aventurar em lugares diferentes toda semana. Todos os dias ele tinha que roubar algo diferente ou aprender uma informação nova.
Depois de tantos anos, o teste final: escalar o vulcão mais ativo do Reinado e buscar sua armadura de bronze de dragão, incrustada em seu interior. Tristan venceu diversos candidatos como ele, seja sendo o mais rápido e o mais forte. Seja completando as pequenas missões diárias, seja em combate. Foi o escolhido pelos tutores, clérigos de Valkaria antigos, para o desafio final.
Tristan foi com tudo. Conseguiu entrar no vulcão e achar sua armadura dentro de uma caixa de ferro com correntes para ajudar a carregar nas costas como uma mochila. Por pouco o rapaz não perdeu a vida, mas conseguiu voltar são e salvo.
Infelizmente, a armadura montada dentro da caixa não se movia. Tristan ainda não estava pronto para vesti-la. Tendo concluído seu treinamento, o rapaz foi liberado para começar a cumprir seu destino. Teria que se aventurar o máximo que pudesse, angariar experiência, conhecimento e poder para ser digno de vestir a famigerada armadura de ouro e assim proteger Valkaria e seus interesses diretos em Arton.
Secretamente, entretanto, Tristan ainda nutre a esperança de um dia reencontrar Serena.