ATO 1 - Solrac

Dthanatus
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ATO 1 - Solrac

Mensagem por Dthanatus » 23 Out 2017, 21:04

Solrac havia acordado a algum tempo, ainda estava escuro, sempre estava escuro, tem sido assim por alguns dias. Já havia se tornado impossível ignorar o burburinho, há estalagem estava superlotada e por causa disso o dono do lugar ja havia reajustado o preço nove vezes em seis dias, para piorar era assim em todo lugar que pudesse alugar um quarto, incluindo as casas do povo.
Desde que o sol se apagou começou o pânico e quando os mortos vieram, o êxodo. Pelo que se podia ouvir toda Arton estava assim. As vilas e cidade pequenas começaram a se tornar cidades fantasmas, algumas literalmente, as pessoas abandonaram suas casas e suas terras em busca de cidades maiores, mas apenas as que possuem ao menos uma paliçada. Tudo estava um caos. Era impossível administrar a entrada e saída, portões foram fechadas, ninguém mais entrava, logo grandes acampamentos se formaram em volta das cidades, cheios de pessoas com esperança de serem aceitos dentro das muralhas. Obviamente nem todos querem esperar sua vez, logo subornos começaram a acontecer, as pessoas davam o podiam, animais, pertences, dinheiro, joias, até mesmo a castidade, tanto próprias quanto de suas filhas. Cadáveres também começaram a surgir.
Na sala comunal, Solrac sorvia uma bebida com 9 partes de água e 1 de cerveja fraca, enquanto comia um guizado insosso de batatas e cebola, ele estava esperando há algum tempo enquanto ouvia as conversas no salão. Logo uma estrangeiro entrou, uma parte das pessoas o olhou com desconfiança, o resto o ignorou, ele sentou com Solrac, houve uma conversa fria. O homem tinha a pele morena, cabelo trançado, usava brincos de ouro numa orelha, ambos se entreolharam, Solrac lhe passou uma bolsa haviam muitas moedas, e o estrangeiro lhe deu um livro, após folheá-lo Solrac assentiu, ambos levantaram e saíram do lugar.
Após achar um lugar calmo, Solrac começou a lê-lo com calma, estava tudo lá, um conjunto de mapas e anotações sobre o Deserto, bem como os locais com probabilidade da aparição de tornados que areia, não quaisquer tornados, mas tornados especiais que permitiam a ligação entre mundos, bem como uma nota.
Nota escreveu:"Solrac, caro amigo, como prometido lhe entreguei o mapa e anotações de Abdul Alha'zred. Ao menos tudo que pude traduzir, quanto ao resto você será deixdo por sua conta e riscos. Mas, se me permite, aconselho-te, abandona este intento suicida, compreendo que anseias encontrar tua amada, porém lhe rogo que não metás nos desertos, pois há um vento macabro, e antigos terrores ocultos que haviam sido soterrados sob as inclementes areias do tempo estão se erguendo. Este foi o aviso que Jahred, o sacerdotes do Sagrado Sol nos deu antes de desaparecer após o último crepúsculo. Eu sei também que minha tentativa de dissuadi-lo será infrutífera, então desejo =-lhe boa sorte e que o Sagrado Sol possa guia-lo em segurança.

De seu amigo, Ilh'mater"
Viajar sozinho sempre é perigoso, ainda mais quando apenas uma pálida lua poderia iluminar o caminho, mas isso apenas tornava o desafio a ser superado ainda mais suculento.
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Chapéu Preto
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Re: ATO 1 - Solrac

Mensagem por Chapéu Preto » 24 Out 2017, 08:30

Solrac já estava cansado de esperar, as anotações de Abdul haviam demorado para chegar e o Viajante Planar sabia que o tempo era o seu pior inimigo. Porém, mesmo já possuindo as anotações e o mapa, ainda lhe faltava um plano. Ir sozinho realmente era suicídio, mas na situação atual, até os mais insanos aventureiros estavam receosos em sair da segurança das muralhas.
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- Ilh'mater", você se preocupa atoa. Eu não vou morrer, não antes de resgatar Lina. Também não posso morrer porque isso seria uma afronta para Jahred, ele foi corajoso e conseguiu anotações preciosas, estas anotações podem ser extremamente importantes para o contra-ataque dos mortais frente a Tenebra, só preciso encontrar alguém que consiga lê-las. - Novamente Solrac conversava consigo mesmo. Sempre gostou de ouvir sua voz e isso sempre ajudou à espantar a solidão.
Após comer todo o guisado e terminar aquilo que eles estavam vendendo como cerveja. utilizou de alguns minutos para analisar as figuras ali presentes, procurando naquela multidão de desamparados o fogo da coragem, esta que guiará os mortais escolhidos na luta contra a Tenebra. Obviamente não estava pensando em unir-se nesta causa, mas com certeza seria útil para encontrar Lina.
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-Informação é poder, e com essas anotações de Abdul, já é possível prever quando e onde irão surgir os Tornados Planares. Talvez não com exatidão, mas já é um início. Com isso, com certeza será possível formar um grupo para dar um sacode na esposa de Khalmyr... Porém há um problema... Ela é uma Deusa Maior com poder Infinito em seu Plano... Bem, não é problema meu.
Solrac tentará notar dentre os aventureiros ali presentes quem estava ansioso em busca de: Um grupo para acabar com o domínio das trevas, um grupo visando encontrar Azgher, algum mago ou clérigo de Deus Bondoso que possa ler as anotações que Ilh'mater" não conseguiu traduzir.
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Dthanatus
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Re: ATO 1 - Solrac

Mensagem por Dthanatus » 26 Out 2017, 20:40

Os sentidos de Solrac se espalharam pelo salão comunal analisando as figuras presentes, a maioria eram plebeus com um misto de pavor e desamparo, haviam também alguns homens de armas por tando lanças, espadas e arcos enquanto vergavam armaduras, mas o simbolo de um dragão tirânico em suas flamulas revelava sua afiliação, soldados de Sckarshantallas. logo, você chegou a conclusão, este não era um lugar onde aventureiros se reúnem, bem por isso este havia sido o lugar escolhido por Ilh'mater, discreto o suficiente para uma transação rápida e uma saída sutil.
Porém num canto alguém chamou sua atenção, uma jovem mulher de pele branca como neve. Ela tinha longos cabelos negros, amarrados em um coque sobre a cabeça. Ela vestia um qipao vermelho bordado em ouro, ela lia um livreto com os olhos rasgados que confirmavam sua origem, era tamuriana. Na sua esquerda estava um homem tamuriano de feições rigidas, e expressão séria, ele usava uma armadura vermelho-sangue composta de centenas de escamas de metal, no peito da armadura a face de um tigre grava em prata. Na mesma mesa destoando com o grupo havia um velho tamuriano, trajando roupas simples, ele ja tinha ambos cabelo e barba brancos, e nesse momento olhava discretamente para você pelo canto dos olhos.
Ele sorriu suavemente, um sorriso que não era um sorriso como um cumprimento discreto, mas você notou que a simpatia não tingia seu olhar.
Pouco depois o homem de armadura, um samurai, o olho de forma direta. só então a jovem de vermelho olhou em sua direção, naquele instante o mundo parou, por uma fração de segundos tudo ficou silencioso e sem cor, e então tudo voltou ao normal. Parecia que ninguém havia notado nada, nem mesmo o grupo tamuriano naquele canto.
Seu coração saltou, e você sentiu um impeto fervente atravessando suas veias. Aventureiros. Ele rapidamente desviaram-se de volta a seus afazeres, como se não houvessem lhe visto.

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Chapéu Preto
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Re: ATO 1 - Solrac

Mensagem por Chapéu Preto » 27 Out 2017, 08:10

Enquanto por dentro Solrac estava feliz por encontrar aventureiros, por fora tratou de não demonstrar tal sentimento. Por alguns segundos demorou para levantar-se, estava pensando no que falaria para o trio. Por não ser uma pessoa espontânea, sempre foi um problema para o rapaz iniciar uma conversa sem antes pensar nas possibilidades. Decidira por uma abordagem simples, sabia que o líder era o velho, afinal era o mais sábio dentre eles.
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- Olá. - Para cumprimentar, Solrac abaixou a cabeça imitando os cumprimentos que sempre vira em filmes e desenhos japoneses. Preferiu usar a palavra "olá", pois na situação atual dizer "bom dia" ou "boa noite" poderia parecer leviano. - Olhando pela armadura e expressões faciais, acredito que não são simples plebeus, o que os trazem aqui? - Solrac não queria ser tão direto, mas não poderia dar-se o privilégio de ser lento. Sua amada estava em perigo e cada minuto perdido, seria um minuto à mais que ela estaria sofrendo neste mundo. Todavia percebendo que fora direto de mais, o rapaz emenda e ao final dá um sorriso. - Com certeza não foi a comida.
Bando do Chapéu Preto:
All dead.

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