Herança - Ato XVIII - A Cidade Velha

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Mago Dzilla
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Re: Herança - Ato XVIII - A Cidade Velha

Mensagem por Mago Dzilla » 31 Mai 2018, 22:08

Keitarô escreveu: — Não vamos tentar ajudar? — olhou com certa dúvida, misturada a compaixão, para Kenlee.
— Se estamos mesmo no passado do mundo como o conhecíamos, estamos também em uma condição precária. - tentou explicar Kenlee — Qualquer alteração que impusermos agora ao fluxo de acontecimentos que ocorreria sem nossa presença pode comprometer uma quantidade incalculável de acontecimentos futuros. Para o bem ou para o mal, não temos como prever!

— O melhor seria voltarmos ao tempo a que pertencemos. O que quer que esteja dentro daquela caixa foi o que nos trouxe para cá. Deixem-me... deixem eu me concentrar um pouco e tentar manuseá-la outra vez? Signorina Selene, percebi que seu manto parece também canalizar força mística. Quem sabe se juntarmos esforços consigamos um contato mais preciso?

Kenlee estende ambas as mãos, pela caixa e pelo manto.

— Avalio que tenhamos tempo para fazer uma tentativa. Depois disso, de um jeito ou de outro, teremos que sair daqui.

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Keitarô
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Re: Herança - Ato XVIII - A Cidade Velha

Mensagem por Keitarô » 02 Jun 2018, 13:48

Alyssa não entendia. Não podiam estar no passado, por um simples motivo: o passado não contava com eles ali, quando aconteceu. Dessa forma, algo a dizia que, embora o ambiente pudesse ser o passado, já se tratava de uma outra versão, ou qualquer coisa assim. Isso a fez vasculhar lembranças, quando ela percebeu algo curioso: quando se lembrava de quando era criança, por exemplo, podia observar a memória de duas maneiras. A primeira era como assistir a um teatro do qual ela era mesma uma personagem. A segunda era interagir com a lembrança, mas, neste caso, a pequena Alyssa da memória já não era mais criança em termos de pensamento. Ela a Alyssa de hoje agindo numa lembrança antiga.

Então, será que passado de verdade existia? Se sempre que se tenta agir numa memória se faz com a cabeça de hoje, então, o passado pode ser alterado a qualquer momento, ainda que apenas em termos de pensamento. Depois conversaria com o mago sobre isso. Sentia-se confusa, e talvez ele pudesse orientá-la de maneira mais certa.

— Eu posso ajudar? — ela se aproximou, sem saber se seria útil, mas com muita vontade. O pensamento da criança sequestrada havia sido esquecido pela reflexão temporal e a urgência do pedido de Kenlee.

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asbel
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Re: Herança - Ato XVIII - A Cidade Velha

Mensagem por asbel » 02 Jun 2018, 18:53

Gard não estava entendendo coisa nenhuma. O bruxo de pele metálica parecia querer continuar escondido. Já a garota raposa parecia tão incomodada com algo quanto um troll que acabou de comer um halfling com uma espada.

– Okh start n'ko modhanw, kekominina?

Depois olhou com curiosidade para fora. Se sentia confiante com sua tocha e seu escudo novo.

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Mago Dzilla
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Re: Herança - Ato XVIII - A Cidade Velha

Mensagem por Mago Dzilla » 02 Jun 2018, 19:05

Keitarô escreveu: — Eu posso ajudar? — ela se aproximou, sem saber se seria útil, mas com muita vontade. O pensamento da criança sequestrada havia sido esquecido pela reflexão temporal e a urgência do pedido de Kenlee.
— Você e Gard poderiam vigiar para garantir que nenhuma interrupção seja repentina. Isso seria desastroso, por isso a ajuda de vocês nesse sentido é muito valiosa!

Pensando mais um pouco, acrescentou:

— Se estivermos... em algum tipo de transe profundo, ou algo assim, apenas aproxime-se de mim e sussurre "Kenlee da Floresta Nevada". Mas evitem nos interromper por menos que assuntos de vida ou morte.

Acrescentaria aquele gatilho em sua concentração. Não seria difícil desviar a mente de uma concentração profunda ao ouvir aquela senha.

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asbel
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Re: Herança - Ato XVIII - A Cidade Velha

Mensagem por asbel » 02 Jun 2018, 20:23

Gard bateu no escudo, atendendo ao chamado do mago, e se posicionou para separar a entrada dos amigos usando o próprio corpo. Mas, um segundo depois, se lembrou do lince de gelo.

– Kenlü, ê oh pikolē dh jagwathiryka?

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Re: Herança - Ato XVIII - A Cidade Velha

Mensagem por Keitarô » 02 Jun 2018, 22:42

— Está bem, então... vamos, grandão!

Alyssa foi até Gard e bateu no braço do bárbaro. Voltou a se aproximar da porta, mas desta vez, ficou mais ou lado, quase perto de uma das janelas. Voltou a ficar atenta, recostada na parede a qualquer barulho diferente do normal. Tentou também verificar se a porta estava trancada e as janelas fechadas, para que dessa forma ninguém entrasse ali. Era improvável, e muito mais indesejável, segundo Kenlee.

Queria mesmo era entender onde estavam, e por que não podiam ajudar, mas seguiu o comando do mago.

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Re: Herança - Ato XVIII - A Cidade Velha

Mensagem por Tiagoriebir » 03 Jun 2018, 14:50

— Certo... Vamos tentar. Mas apenas toque nos objetos, não precisa segurá-los. — A ladina era naturalmente desconfiada, mas ainda mais com aqueles dois objetos: a caixa, por sentir que tem algum tipo de ligação com seu passado; e a capa, por ser sua primeira memória.

— Apenas, Alyssa e grandão — ela se voltou para os dois, que se encaminhavam em direção à porta. — Caso tudo isso seja realmente verdade e dê certo e a gente começar a balançar como agora há pouco, venham e toquem na gente. Se estivermos no passado, não queremos que vocês fiquem aqui presos, certo?

A ladina retirou com cuidado a caixa, agarrando com bastante força e oferecendo um lado para o mago tocar. Fez o mesmo com uma das pontas de sua capa.
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Re: Herança - Ato XVIII - A Cidade Velha

Mensagem por Armageddon » 11 Jun 2018, 16:38

O grupo formou uma corrente, todos unidos pelas mãos, enquanto Kenlee se concentrava ao máximo no objeto, com a ajuda das forças do manto mágico de Selene. Anotou mentalmente que, em um outro momento, gostaria de perguntar mais sobre aquele artefato à garota. Porém, agora, era preciso se concentrar. Mesmo temendo a força impossível que sentiu anteriormente no objeto, algo que Selene notou pela hesitação do colega, concentrou suas forças e tentou contato.

Em vão. Os segundos se passaram, e após mais algumas tentativas igualmente frustradas, suspirou profundamente e largou o artefato, contrafeito.

- O que aconteceu? - perguntou Alyssa - Ou melhor, o que era pra ter acontecido?
- Tive a esperança de que poderíamos retornar ao nosso próprio momento na história sem maiores adversidades - explicou Kenlee - Visivelmente, não é o caso. E a resposta é simples: não sabemos como chegamos aqui, por isso também não sabemos como voltar.
- Eu não sou maga, e não entendo nada de magia mas... - começou Selene, um tanto quanto envergonhada. Kenlee olhou para ela com uma sobrancelha arqueada, esperando que ela prosseguisse. - Está diferente, não é? Digo, a caixinha.
- Sim, está diferente - respondeu o mago, com um suspiro - Está inerte. Não tem magia nela agora. Talvez ela precise recarregar as forças, talvez se alimente de alguma energia que desconhecemos. Pode não ser nada disso também. Qualquer coisa em milhões de possibilidades. Absolutamente qualquer coisa.

As vozes do lado de fora se aproximaram ainda mais da velha prefeitura, e Gard se dirigiu até a fresta na porta para espiar. Viu que o grupo de resgate à tal menina estava passando por eles, e logo iriam se distanciar na direção da floresta. Kenlee deixou a mente voltar até o lince mágico, e também constatou que haviam menos pessoas do lado de fora agora, mas o movimento ainda era incomum para aquela hora tardia. O bárbaro olhou para o grupo, esperando por uma decisão.

- Theï mohs ke ajür dahr. Oh U pikolē dh jagwathiryka vah therr eter.

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Re: Herança - Ato XVIII - A Cidade Velha

Mensagem por Tiagoriebir » 13 Jun 2018, 11:30

Selene, que estava cética sobre a história de viagem no tempo, parecia cada vez mais certa de que de fato estavam passando por algum outro tipo de situação. Não compreender aquilo a estava consumindo. Era hora de fazer alguma coisa.

— Bom, se não há para onde escapar, ficar aqui não vai resolver nada — disse, guardando a caixinha novamente entre as vestes. Precisamos entender o que está acontecendo lá fora. Eles precisam de ajuda. Se os ajudarmos, nossas chances de que nos ajudem depois são melhores.

Selene se aproximou de Gard e observou a situação lá fora. Os homens se afastavam em direção à floresta. Aguardou mais alguns instantes e voltou para seus colegas.

— Eles podem pensar que somos invasores, se nos verem saindo da prefeitura. Vamos sair sem fazer barulho e contornar até aquele lado — ela apontou o lado oposto de onde os homens estavam indo. — Uma vez lá, chamamos a atenção deles, dizendo que somos um grupo de aventureiros errante e que podemos ajudar.

A ladina fez gestos para Gard, colocando o dedo sobre a boca e movendo o corpo, na esperança de que o bárbaro entendesse que era para fazer silêncio. Quando se deu por satisfeita, não aguardou a resposta dos demais.

— Vamos — sussurrou.

E saiu para a rua, grudada na parede externa da prefeitura, na direção que havia indicado.
OFF
• Algum teste para tentar me fazer entender com Gard. A mensagem é "aja silenciosamente".

• Teste de Furtividade para seguir até onde indiquei.
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Re: Herança - Ato XVIII - A Cidade Velha

Mensagem por Mago Dzilla » 15 Jun 2018, 08:43

Tiagoriebir escreveu: — Bom, se não há para onde escapar, ficar aqui não vai resolver nada — (...)
Vamos sair sem fazer barulho e contornar até aquele lado — (...)— Uma vez lá, chamamos a atenção deles, dizendo que somos um grupo de aventureiros errante e que podemos ajudar. (...)
— Vamos — sussurrou.

E saiu para a rua, grudada na parede externa da prefeitura, na direção que havia indicado
Frustrado e irritado com a situação, Kenlee fez Gelynx se postar próximo à saída indicada por Selene para a vigiar e poderem sair sem mais surpresas. Acompanhou a iniciativa da garota, mais não fosse para protegê-la.

A cada interação com o artefato oculto naquela pequena caixa, mais Kenlee acreditava que a coisa não era um mero item mágico. Parecia ter algum nível de consciência ou, no mínimo, um propósito muito bem programado a atingir.

E a coisa estava usando eles para atingir tal propósito, qualquer que fosse.

Uma vez fora da prefeitura e em segurança de não ser confundido com um invasor, procurou o lugar natural para um grupo de aventureiros recém-chegado aparecer: a taverna local.

Chegando ao lugar, perguntaria ao taverneiro (normalmente o sujeito atrás do balcão enxugando um copo) se havia algum trabalho que um grupo de boa disposição como o deles pudesse fazer por algumas moedas para seguir viagem.

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