Herança - Ato XVIII - A Cidade Velha

Avatar do usuário
Keitarô
Mensagens: 1380
Registrado em: 09 Dez 2013, 19:58
Localização: Mahoyiga

Re: Herança - Ato XVIII - A Cidade Velha

Mensagem por Keitarô » 18 Out 2018, 02:42

— Ah!

Alyssa rapidamente levou a mão ao rosto em surpresa com a moeda de Thormy. Para disfarçar, rapidamente deslizou a mão para a bochecha, como se fosse coçar a pele suavemente. Sentiu-se engraçada. Estavam, por fim, no passado, e uma rápida troca de olhares com Kenlee os deixava inteirados da situação.

— Agradecemos pela ajuda, senhor. Até breve!

"Ou não, já que não faz sentido", pensou. Magia era mesmo incrível. Estavam no passado! Isso não fazia sentido por um lado, já que talvez pudesse influenciar seu próprio nascimento, gerando uma confusão maior que Nimb no que quer que se chame de "tempo". Então talvez, toda vez que se volte no tempo, visite-se uma versão paralela muito parecida com a original… dessa forma, seria possível captar as informações, mas não mudar o que já estava feito. A sensação fez seu círculo interior de poder brilhar e se fazer notar.

De toda forma, para quê pensar nisso agora? Não confirmaria sua intuição e precisavam seguir até os outros. Fora da taverna, pegou no pulso de Kenlee se aproximando.

— T-temos que ficar todos juntos! Não sabemos o que pode acontecer!

Avatar do usuário
asbel
Mensagens: 22
Registrado em: 24 Jun 2014, 23:14
Contato:

Re: Herança - Ato XVIII - A Cidade Velha

Mensagem por asbel » 23 Out 2018, 21:07

A ideia de viagem no tempo era algo que nunca tinha passado pela cabeça de um bárbaro das Uivantes. Mas Gard farejava a insegurança de Alyssa e o nervosismo do meio-golem. Ele sabia que estavam em uma situação delicada.

– Kwand'esphriawah, wowoa phaläwa kh thodu ynwern érha h myēzmw ynwern. Élha byzuyawa h cēw ê phaläwa kh nadhamudha.

O grandalhão tocou no ombro dos amigos e sorriu com a confiança dos que ignoravam o próprio destino.

Avatar do usuário
Armageddon
Moderador
Mensagens: 501
Registrado em: 07 Dez 2013, 17:22
Localização: Timbó, SC
Contato:

Re: Herança - Ato XVIII - A Cidade Velha

Mensagem por Armageddon » 24 Out 2018, 00:13

Imagem
Decididos a permanecer juntos, os três abandonaram a taverna (apesar dos protestos do taverneiro) e seguiram o caminho farejado pelo lince. A cidade estava praticamente deserta agora, com mulheres e crianças escondidas espiando vez ou outra por alguma fresta das janelas de madeira do casario, enquanto os homens certamente estavam todos embrenhados nas matas, caçando a ameaça.

Kenlee e Alyssa estavam visivelmente preocupados, mas seus rostos contrastavam com o brilho do sorriso na face de Gard, que sem entender o quão grave era a situação, procurava encarar tudo com otimismo.

- Aquela moeda era de nosso tempo - comentou Alyssa - Isso prova não apenas que estamos no passado como que há mais alguém do ano 1412 aqui além de nós.

- De fato, prova que há alguém de algum ponto no futuro - tornou Kenlee especialmente mau humorado - Mas não dá para termos certeza de nada até localizarmos os outros. Nós, no momento, estamos fazendo um mal irreparável apenas por existirmos aqui.

- Nemnium oh mein eh koulpah doh pohr eckzistïr - filosofou Gard com o escudo iluminado por velas ainda preso ao antebraço iluminando os caminhos do grupo.

- Talvez exista outro motivo, Kenlee - falou a dançarina olhando para o bárbaro porém, sem compreender absolutamente nada do que ele dizia - Talvez nós não sejamos o problema, mas sim a resposta.

- O que quer dizer com isso? - perguntou o mago.

- Eu acredito que nossas vidas tem um propósito maior, e que nada é por acaso. Talvez nós tenhamos sido predestinados a cumprir uma tarefa aqui. A corrigir um mal maior.

- Não acredito em destino - cortou o mago - Sou um prático.

- Bem, eu acredito. E acho que faz sentido, especialmente diante do fato de que alguém viajou no tempo antes de nós. Eu entendi tudo o que você disse, que é perigoso se, por exemplo, esse sujeito resolva evitar as Guerras Táuricas avisando o Reinado para atacar Tapista agora e não daqui há cinquenta anos, certo?

- Exato, as consequências seriam incalculáveis - concordou Kenlee - Não temos o direito de mudar o passado!

- Mas, e se nosso papel aqui for ainda mais cruel? E se nós tivermos que lutar para que o passado não mude?

- No caso, você acha que o artefato de Selene nos trouxe até este momento na história para impedir que o sujeito com a doença crônica mencionado pelo taverneiro faça algo que irá prejudicar toda a realidade que conhecemos?

- Talvez - concordou Alyssa - Mas posso estar errada, claro. O que é que eu sei, afinal? Sou só uma garota de taverna.

- Them'ows kompah niah! - bradou Gard armando-se. No mesmo instante, o lince de Kenlee mostrou as presas de gelo para um par de olhos amarelos que surgiram por dentre as folhagens do entorno. Um lobo de aspecto feroz surgiu, rosnando para os três.
Segue o jogo =D.

Avatar do usuário
Mago Dzilla
Mensagens: 40
Registrado em: 12 Nov 2014, 06:35

Re: Herança - Ato XVIII - A Cidade Velha

Mensagem por Mago Dzilla » 24 Out 2018, 20:55

:idea: "Talvez... mas o que eu sei? Sou apenas uma garota de taverna."

Os pensamentos de Kenlee eram ainda mais sombrios que os de Alyssa. Hesitava, contudo, em partilhá-los por não querer que a colega ficasse ainda mais contrariada. E pior, por não entender sequer COMO e POR QUÊ tais pensamentos, oriundos de algum conhecimento empírico de que não se lembrava jamais ter adquirido, ficavam dando-lhe voltas e mais voltas na cabeça.

O fluxo temporal estava "quebrado". A mera presença deles ali era prova... não, mais precisamente, sintoma dessa condição. Como alguém havia se deslocado "antes" deles àquela coordenada temporal, algum nível de alteração de linha de tempo havia ocorrido. Seriam Kenlee e os colegas oriundos da realidade original ou da alterada? Impedir ou promover a alteração causada pelo agente original tinham chances iguais de confirmar-lhes a existência, ou de condená-los ao esquecimento. Muito a contragosto, viu que precisava... confiar nos colegas.

— Só podemos agir em função do conhecimento que temos. - raciocinou o meio-golem — Neste ponto da linha temporal, do que me lembro das aulas da boa clériga de Tanna-Toh, Thormy é um príncipe adolescente, e a Aliança Negra sequer existe. Lenórienn ainda se ergue altaneira em Lamnor, rechaçando os hobgoblins.

— Raciocino que um elfo se sentiria compelido a viajar naquela direção, rever o reino que viu cair, mas logo perceberia dois problemas: - prosseguiu Kenlee, a cabeleira tornando-se violeta pulsante — Atravessar Khalifor rumo ao sul, num tempo em que a cidade-fortaleza talvez ainda esteja cumprindo as ordens de não permitir a ninguém do norte fazê-lo, e mesmo que conseguisse, a chance de encontrar a si mesmo na cidade élfica poderia causar mais problemas do que soluções.

— O fato de ele estar "doente" também pode nos dizer algo. O lugar onde nosso elfo poderia buscar cuidados avançados e ao mesmo tempo influenciar acontecimentos em escala continental seria um só: Valkaria, capital do Reinado. Não teria dificuldades em cair nas boas graças da coroa régia, o tal gnomo Niebling foi chamado à presença real apenas por ser gnomo, oras! Se conseguisse uma posição de conselheiro do rei, ou melhor ainda, tutor do príncipe e futuro rei, teria um exército ao dispor para marchar contra a Aliança Negra ANTES que ela adquirisse força. Agora, uma vez tendo determinado onde estava, seu rumo daqui seria claro: ele deve ter partido rumo a... Malpetrim! A passagem dimensional da Grande Academia Arcana se abre lá neste reino, e de lá tomar a outra passagem que leva a Valkária seria caso de convencer guardas possivelmente humanos...

— É, eu sei, é uma linha de raciocínio complicada e tênue, mas é o que consigo pensar. - justificou-se o rapaz, vendo o olhar preocupado dos colegas — Se não conseguirmos fazer esse artefato funcionar para nos tirar daqui, temos que tentar encontrar esse indivíduo e... tentar intuir melhores respostas!

A voz de Gard alertando para algo anormal nos arredores tirou Kenlee de suas divagações. Alcançando a mente do lince de gelo, mirou os olhos da fera mágica na direção apontada e a fez atacar o lobo que despontou por entre a mata.

Avatar do usuário
Keitarô
Mensagens: 1380
Registrado em: 09 Dez 2013, 19:58
Localização: Mahoyiga

Re: Herança - Ato XVIII - A Cidade Velha

Mensagem por Keitarô » 26 Out 2018, 10:29

— Kenlee — com um sorriso preocupado, Alyssa queria quebrar um pouco o clima pesado. —, acho que você precisa de uma cerveja. Acho também que esse é um bom momento para confiar no... no... não quero dizer deuses, nem destino, é algo além. No... fluir das coisas. Se estamos aqui, é porque é possível ou permitido. Vamos ver o que podemos fazer, sem nos matar no processo. Fisicamente ou mentalmente. Certo? Certo, grandão?

Quando Alyssa iria dar um tapinha no braço de Gard, percebeu a aproximação do lobo violento. Por algum motivo, questionou-se.

— E se eles estiverem se defendendo de uma ameaça? Não sei, de repente me parece que há algo provocando os lobos!

Por garantia, Alyssa fechou os punhos e ficou alerta, embora ainda fora da guarda. Olhou nos olhos do lobo, meio hipnotizada. O que ele queria dizer com sua violência?

Avatar do usuário
asbel
Mensagens: 22
Registrado em: 24 Jun 2014, 23:14
Contato:

Re: Herança - Ato XVIII - A Cidade Velha

Mensagem por asbel » 28 Out 2018, 09:02

Gard havia crescido em uma pequena comunidade em meio à vida selvagem. Ele sabia que animais defendiam territórios, ameaçavam para proteger filhotes, tornavam para medir força. Mas lobos são lobos e, até ter certeza do que está acontecendo, você nunca pode abaixar a guarda.

O bárbaro ergueu o escudo improviso, tentando se proteger e enxergar melhor ao mesmo tempo. E então deu dois lados para a frente, com a mão na espada, mas sem ameaçar o animal. Ainda.

– Thræs dheu. Sy elhe phô pïrygho mēnmo, cēys athakum perlosladum.

Avatar do usuário
Mago Dzilla
Mensagens: 40
Registrado em: 12 Nov 2014, 06:35

Re: Herança - Ato XVIII - A Cidade Velha

Mensagem por Mago Dzilla » 29 Out 2018, 20:21

Tão logo fez Gelynx atacar, Kenlee moveu-se para auferir benefício defensivo da ampla compleição do colega bárbaro. Entretanto um pensamento paranoico passou a dar voltas dentro do cérebro.

"— Lobos... lobos... algo sobre lobos... uma história antiga..."

'— Lobos não são estúpidos. - disse o jovem Diattore — Mais de um caçador encontrou a morte por pensar assim. Eles são inteligentes, caçam em grupo, e se você apenas reagir a cada ameaça, será a presa deles!'

O avô contou ao Kenlee criança aquela história. E sem saber, podia ter salvo a vida do adulto. Pensou em atacar, em empregar meios de prevalecer sobre o ataque inimigo, mas no fim era apenas um conjurador fraco. Precisava fazer seu melhor, e deixar os colegas fazerem o melhor deles.

Precisava confiar. De novo!

— Atenção aos arredores! Pode haver mais de um deles! - gritou o meio-golem, usando Pequenos Desejos para criar uma esfera flamejante de luz acima deles, como um pequeno sol, para iluminar os arredores.

Antecipava ver meia dúzia ou mais de outras faces lupinas ao redor, mas agora só podia contar com a eficiência combativa dos colegas.

Avatar do usuário
Armageddon
Moderador
Mensagens: 501
Registrado em: 07 Dez 2013, 17:22
Localização: Timbó, SC
Contato:

Re: Herança - Ato XVIII - A Cidade Velha

Mensagem por Armageddon » 29 Out 2018, 22:51

Tão logo alertados por Kenlee, que iluminou a clareira no entorno, Gard e Alyssa se voltaram para os lados e descobriram que, de fato, outros dois daqueles animais estavam se aproximando deles. Acuados pela luz, os animais fugiram para a mata em volta, mas outros tantos daqueles olhos amarelos estavam à espreita. Pouco a pouco, o grupo estava sendo cercado.

A batalha entre Gelynx e o lobo começou, com ambos os animais trocando mordidas e rolando pelo chão da floresta, entre rosnados e latidos. O resultado da batalha era claro. O golem não iria resistir por muito tempo.

- Voltar não é uma opção! - intuiu Kenlee - Vamos em frente, precisamos reencontrar Selene o quanto antes!

- Não acha isso estranho, Kenlee? - questionou Alyssa, já correndo ao lado de Gard - Porque eles estão nos atacando dessa forma?

- Lowbows sahum lowbows - respondeu o bárbaro protegendo o flanco do grupo. Uma daquelas feras se lançou contra eles, mas foi empurrada de volta para a floresta pelo escudo estranhamente iluminado por velas de Gard. Alyssa impediu que um segundo atingisse o mago, girando sobre os calcanhares e aplicando um chute nas costelas do bicho, lançando-o de encontro a uma árvore. Mas eles continuavam vindo, presas e garras.

- Até onde posso ver, ainda estão jogando conosco - falou Kenlee, procurando ficar o mais protegido o possível entre os dois combatentes - Estão aos poucos nos guiando cada vez mais para o fundo da floresta.

- Então porque não voltamos? - perguntou a lutadora.

- Sewleni - comentou Gard, apontando para frente - Ehlaw fho ipra lah!

Avatar do usuário
Mago Dzilla
Mensagens: 40
Registrado em: 12 Nov 2014, 06:35

Re: Herança - Ato XVIII - A Cidade Velha

Mensagem por Mago Dzilla » 02 Nov 2018, 01:22

"— Quando o idioma bárbaro de Gard começa a fazer sentido, ..." - pensou Kenlee "— ...você SABE que está enfiado em problemas GRAVES!"

Todas as magias de Kenlee eram direcionais, ou seja, focadas em atingir um único alvo, objeto ou criatura. Contra grupos de atacantes, estaria esgotado rapidamente e continuaria em perigo após isso.

Pensou em conjurar outra criatura mágica, desta vez empregando mais energia para algo maior e mais poderoso. Mas não conseguia deixar de pensar que tal ação era imprudente. Muita coisa estranha já havia acontecido para colocar especificamente A ELES naquele específico lugar, tempo e situação. Desconfiava que algo que apenas eles poderiam executar seria exigido, talvez mais tarde, mas talvez em breve, e precisaria daquela magia.

O que os favoreceria? Estarem juntos outra vez. Como tal se daria? Se os colegas espalhados se encontrassem apesar da escuridão, do perigo e do caos. De que forma favorecer tal ocorrência? Tornando seu pequeno grupo mais notável em meio àquela confusão.

— Vamos abrir mão de uma vantagem imediata em troca de uma chance tática melhor. - gritou Kenlee aos colegas, gesticulando com o braço humano. Fizera bem em manter o "sol" ilusório sobre o grupo, mas agora ele seria mais útil em outro lugar.

Ou melhor... outra altitude. Num segundo, a bola flamejante subiu além das árvores e os acompanhou acima das copas, indicando para toda a região aquela localização. Com sorte, seriam vistos, identificados e ajudados.

"— Por favor, Valkaria... ajude!" - orou Kenlee.

Avatar do usuário
Keitarô
Mensagens: 1380
Registrado em: 09 Dez 2013, 19:58
Localização: Mahoyiga

Re: Herança - Ato XVIII - A Cidade Velha

Mensagem por Keitarô » 03 Nov 2018, 02:00

Alyssa observou a ideia de Kenlee com certo vislumbre. Achava magia algo muito interesse e curioso, digno de admiração, e aquela ideia poderia efetivamente salvá-los, embora os outros tivessem de entender o que ela significava. Também, poderia servir de atenção a outras pessoas que não pertenciam ao grupo. Era a opção arriscar, naquele momento.

A ideia da pequena luz brilhante fez Alyssa pensar em fogo. Se tivessem tochas em chamas, poderiam ganhar mais tempo, afugentando os lobos. Olhou para o escudo improvisado de Gard, as pequenas velas. Se ao menos fossem maiores...

Então, lembrou-se do seu círculo interior de poder. Era uma ideia um tanto quanto exagerada, talvez pouco útil, mas possível, pois já acontecera. Embora Alyssa não se considerasse exatamente uma aventureira, no sentido épico que todos conhecem, seus treinamentos marciais, junto ao mistério de sua fonte de poder interior, davam aos seus golpes físicos certas propriedades diferenciadas. Não seria um fogo perene, mas... poderia ajudar.

A "taverneira" guerreira se aproximou de Gard, torcendo para que o gradão, seu escudo, e a estrela mágica de Kenlee lhe dessem um pouco de tempo. Fechou os olhos, num suspiro já conhecido, relaxando o corpo. Nesse estado de atenção a si mesma, costumava imediatamente sentir a energia que emitia naturalmente — deveria ser assim com todo mundo, mas ninguém, inclusive ela, costuma prestar atenção em si mesmo nos momentos corriqueiros. Então, em sua projeção mental, lá estava o anel gigante de energia...

"Fogo, dê-me fogo..."

A energia do anel era elétrica, mas seu padrão ficou vermelho. Quando Alyssa abriu os olhos, sentiu calor, um turbilhão de chamas circulando seu corpo, em direção às mãos e pés. Não conseguiria mantê-lo, mas esperava que a aparência fosse um fator determinante. Ao fim, seus pés e mãos ficaram envoltos em chamas vermelho-amareladas, um padrão de cor levemente diferente do seu normal. "Essa é minha magia", pensou sorrindo nervosa.

— Vamos, se assustem — ela cochichou, suando.
A ideia é usar Poder Oculto para conferir PdF+2 se o tipo de dano puder mudar para Fogo sem redução (por ter PdF acima de 1, por exemplo) ou +3 caso haja a redução por um tipo de dano não padrão (atacando com PdF–1). No primeiro caso, 2 PMs; no segundo, 3 PMs.

Responder

Voltar para “Tormenta Alpha - Herança”