Herança - Ato XVIII - A Cidade Velha

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asbel
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Re: Herança - Ato XVIII - A Cidade Velha

Mensagem por asbel » 23 Mai 2018, 21:16

Aquilo não cheirava nada bem, por isso, Gard se aproximou da amiga ladina, apontando o candelabro no teto. Ele era grande e pesado, mas talvez ela pudesse ajudar.

– Syrēnna, lhow buz nûn ghost 'ã dh phoguz.

Em seguida, pegou sua espada e armou um golpe para acertar a corrente, esperando a afirmativa da companheira.

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Tiagoriebir
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Re: Herança - Ato XVIII - A Cidade Velha

Mensagem por Tiagoriebir » 24 Mai 2018, 18:33

— Tenha cuidado, Alyssa. Se forem lobos ou... outra coisa, não vão estar interessados em conversar.

Virou-se para o mago.

— Kenlee, você consegue fazer outros seres mágicos além do lince? Seria capaz de fazer algo voador? Aí poderíamos mandar lá para fora, para ajudar a entender a situação.

Então Gard falou com ela. A ladina levou alguns instantes tentando entender o que o bárbaro havia dito, mas não conseguiu. Ele apontava para o candelabro, contudo.

— Você me deu uma boa ideia, Grandão. Acha que consegue pegar o candelabro ali sem destruí-lo totalmente? — ela disse, apontando para o objeto.
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Keitarô
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Re: Herança - Ato XVIII - A Cidade Velha

Mensagem por Keitarô » 25 Mai 2018, 20:34

Alyssa, antes de tentar ouvir, faltou a sugestão de Selene. Por um momento, iria reagir como de costume, fazendo algum comentário despreocupado que valorizasse seu gosto pelo combate. Mas se lembrou de Peritus, e pelo menos dessa vez, resolveu ficar calada. Encostou a orelha na parede e tentou escutar algo que desse indício do que estava acontecendo lá fora.
Algum teste, se possível.
Depois, olhou para Selene argumentando com Gard. Ficou curiosa. A passos lentos, rumou na direção da dupla.

— Precisam de ajuda?
EDIT: apenas consertei o "Perícia", que deveria ser "Peritus".
Editado pela última vez por Keitarô em 26 Mai 2018, 07:56, em um total de 1 vez.

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Tiagoriebir
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Re: Herança - Ato XVIII - A Cidade Velha

Mensagem por Tiagoriebir » 25 Mai 2018, 20:50

— Se forem apenas lobos, acho que teriam medo de fogo, não? — respondeu a ladina, olhando para Alyssa mas em seguida para os lados. — Podíamos improvisar algumas tochas. Acho que mesmo que sejam lobisomens teríamos mais chances de afugentá-los com fogo.
Selene procura por quaisquer coisas que possam ser improvisadas como tochas, como pedaços de madeira e tecido. Algum teste para isso?
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Mago Dzilla
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Re: Herança - Ato XVIII - A Cidade Velha

Mensagem por Mago Dzilla » 26 Mai 2018, 21:27

Tiagoriebir escreveu: — Kenlee, você consegue fazer outros seres mágicos além do lince? Seria capaz de fazer algo voador? Aí poderíamos mandar lá para fora, para ajudar a entender a situação.
— Sim, não, sim. - entoou Kenlee, respondendo as perguntas na ordem. — Só posso controlar um ser mágico de cada vez, e gastar magia numa suposição é uma ideia tola. Criei o lince de gelo exatamente para ser um pouco mais furtivo que uma tocha saltitante. Mas vão descobrir que gelo também pode queimar.

MARLON:
"Gelynx" (Ge de Gelo e Lynx de Lince, explicando explicadinho) vai se esgueirar pela passagem e investigar. Se através da visão da criatura Kenlee ver algo mínimamente suspeiro, o Gelynx vai atacar.

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asbel
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Re: Herança - Ato XVIII - A Cidade Velha

Mensagem por asbel » 26 Mai 2018, 23:49

Gard abaixa a arma por um segundo e olha para Selene.

– Oqh cë khr phallà khm "sêin deshtrulo totamanto"? – Ele diz tentando imitar o sotaque da garota.
Marlon: tem alguma maneira de alcançar o candelabro sem fazer besteira? Se não tiver, Gard vai segurar na corrente, gritar "yahooooo" e golpear a corrente (de modo que a mão dele fique segurando ela do lado do candelabro).

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Tiagoriebir
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Re: Herança - Ato XVIII - A Cidade Velha

Mensagem por Tiagoriebir » 28 Mai 2018, 22:01

— Você podia fazer algo de ar... — Selene começou, sensível pelo mago ter chamado de tola sua ideia. — Bom, imagino que saiba o que está fazendo. — Disse, antes de voltar na sua busca e Gard falar com ela.

— Desculpa, amigão. Infelizmente eu não saber falar o seu língua — respondeu, com uma expressão um pouco triste, antes de continuar buscando por algo inflamável.
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Armageddon
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Re: Herança - Ato XVIII - A Cidade Velha

Mensagem por Armageddon » 29 Mai 2018, 14:26

Haviam alguns brasões e tapeçarias na parede, que foram facilmente arrancadas por Selene. Enquanto isso, Gard e Alyssa juntos conseguiram remover a luminária do teto, ficando agora com duas correntes e com aquela espécie de rodado repleto de sulcos onde repousavam velas de gordura já parcialmente derretidas. O sebo escorria pela borda e era recolhido para ser reaproveitado depois.

- Eh, akiah ghora souf'altha phogu - falou Gard segurando a pesada luminária com o antebraço, como se o objeto fosse uma espécie de escudo. Havia um sorriso sincero em seu rosto.

Alyssa também estava contente em ajudar o companheiro. Diferente de Selene, que estava especialmente chateada com Kenlee e preferiu permanecer em silêncio. Passou as tochas improvisadas para cada um dos demais companheiros e, com um movimento amplo e um tanto ríspido do Manto, aqueceu cada uma delas ao ponto de queimarem, assim como as lamparinas na luminária. Em instantes, todo o cômodo antes lúgubre estava iluminado, até mesmo aconchegante.

Kenlee, por sua vez, estava alheio àquilo tudo. Após abrir uma brecha no portão principal do prédio, permitiu que o lince se afastasse dali, sorrateiramente, através das ruelas da cidadezinha. Conforme caminhava, ficava cada vez mais claro que estavam, de fato, em Folha Prata. Porém, assim como havia acontecido ao prédio, todo o lugar estava limpo e renovado. Haviam canteiros bem cuidados, e as ruas principais haviam sido forradas com cerragem nova.

A construção do templo parecia progredir muito bem, mas não era isso que mais chamava sua atenção. E sim a população que agora avançava através das ruas, notoriamente, quase apenas formada por homens. As vozes provinham deles, que estavam juntos, apoiando-se, com tochas e machados nas mãos. Ouviu um rosnado próximo, e encolheu-se permanecendo o mais imóvel possível entre as folhagens.

Era de fato um lobo. Talvez pela visão vinda de baixo, parecia ser maior e mais ameaçador do que qualquer outra fera que já pudesse ter visto. A criatura cheirou e lambeu o gelo do qual o lince era feito, mas logo perdeu o interesse nele e correu mata adentro. Outros o acompanharam, sem dúvida. Enquanto isso, o povo se aproximava. Diante deles, um homem grande e austero, apenas de botas, calças e suspensórios,com uma barba farta e olhar severo comandava. Trazia uma tocha e um machado nas mãos.

- Vamos logo! Essa foi a gota d'água!
- Não devemos nos apressar - implorou um outro, muito menor e vestido com longos trajes de dormir - Ninguém deve ficar para trás! É perigoso!
- Quem ele pegou desta vez? - perguntou um terceiro, também com aspecto de lenhador, abotoando uma camisa muito manchada de café e suor.
- Foi minha filha! - respondeu outro integrante da comitiva, também apenas de calças e descalço - Pelo Panteão, se aquela coisa fizer algo com minha preciosa, ele irá sofrer!

Kenlee voltou-se para os demais, vendo no rosto de Alyssa que ela também ouviu parte da conversa. Aparentemente, uma criança havia sido sequestrada. Sem dúvida, foram os gritos e rosnados que o grupo ouviu anteriormente.
Segue o roleplay. Todo o grupo está dentro da prefeitura ainda.

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Mago Dzilla
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Re: Herança - Ato XVIII - A Cidade Velha

Mensagem por Mago Dzilla » 30 Mai 2018, 20:59

Havia planejado com tanto cuidado e antecedência. Se visse algo suspeito, Gelinx atacaria!

Entretanto o ímpeto de atacar sequer surgiu à visão do lobo. Um belo animal, imbuído de uma dignidade selvagem admirável, que manifestou pouca porém preciosa curiosidade quanto à criatura mágica, e partiu a cuidar de coisas de maior importância para si.

Mas não podia se permitir ser tão complacente no futuro!

— Não somos alvos de nenhum ataque por agora. - narrou Kenlee enquanto acompanhava mais um pouco da situação — Ainda não fomos percebidos, e parece que as criaturas que uivavam ainda há pouco estão sendo acusadas de sequestrar alguma criança da vila. Lobos do maior porte que já vi na vida, e tínhamos nossa cota de lobos em Floresta Nevada! Mas a população está indo quase toda atrás deles, então avalio que se sairmos daqui discretamente sem causar... danos...

O mago olhou o candelabro transformado em escudo, as correntes agora em posse dos colegas e a iluminação refulgindo pelo cômodo.

— O que raios vocês fizeram ao lugar?!

Retomando rapidamente o controle de Gelynx, dirigiu-o discretamente de volta à Prefeitura para ver se alguém olhava ou ia naquela direção. Urgia sairem dali sem chamar a atenção, e principalmente SEM interferir com ocorrências que poderiam transformar a realidade no Tempo de Origem do grupo!

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Keitarô
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Re: Herança - Ato XVIII - A Cidade Velha

Mensagem por Keitarô » 31 Mai 2018, 02:21

Algo nos mecanismos mentais de Alyssa pareceu encaixar. Foi um "clique" quase sonoro, interior. Ela tinha essa sensação que vinha de lugar algum, um mal pressentimento injustificável. Será que tinha ouvido algo a respeito disso nos últimos dias, e ao vivenciar aquela cena, tudo se encaixava? Lobos haviam sequestrado uma criança, uma menina, conforme Kenlee comentara. O mago insistia na saída furtiva sem chamar atenção.

"Mas e se for Paolla? Se Paolla tiver sequestrado a criança…"

Tudo era muito complicado. Aquilo era real, e sentia vontade de fazer algo a respeito. Mas poderia? Resolveu arranhar um pedido.

— Não vamos tentar ajudar? — olhou com certa dúvida, misturada a compaixão, para Kenlee.

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