Dungeon World

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o mago prodigioso
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Re: Dungeon World

Mensagem por o mago prodigioso » 02 Abr 2014, 13:47

a arma do guerreiro favorita do guerreiro pode ser condireda uma arma mágica para ferir monstros com um lich, um dragão ou uma criatura com armadura 4?

Endrest
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Re: Dungeon World

Mensagem por Endrest » 03 Abr 2014, 08:24

Pergunte ao próprio guerreiro. A arma dele pode ser apenas uma obra prima feita por um armeiro lendário, passada de geração em geração de sua família, ou uma arma encantada que ele encontrou no fundo da primeira masmorra que se enfiou.

o mago prodigioso
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Re: Dungeon World

Mensagem por o mago prodigioso » 05 Abr 2014, 22:20

o que o movimento ritual do mago quer dizer exatamente? se o druida se metamorfosear em ele irá gastar domínio para matar e pilhar ? uma armas grotesca nas mãos de um pj ignora armadura do alvo?

Endrest
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Re: Dungeon World

Mensagem por Endrest » 06 Abr 2014, 00:50

O Ritual serve para criar efeitos acima das magias comuns, desde que você tenha acesso a um local de poder. Coisas como conjurar uma pesada chuva para apagar o fogo da cidade por onde o dragão passou, abrir um portal para algum lugar, ou mesmo criar um golem são alguns exemplos do que o mago pode fazer, e muitos outros efeitos que ele puder pensar em criar.

Não, o druida continua rolando normalmente para atacar, desde que a forma dele seja apropriada para causar dano (um urso conseguiria ferir um orc, mas um gato muito dificilmente causaria qualquer dor). Um lobo convocando a matilha, um urso arrancando algo do caminho, e um escorpião injetando seu veneno são exemplos de gasto de domínio para atacar (mesmo que no caso do lobo, seja um ataque indireto).

Não. Armas grotescas causam ferimentos horríveis, esmigalham ossos, e até arrancam membros, mas elas não passar a armadura. Para isso existe o rótulo Ignora Armadura.

o mago prodigioso
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Re: Dungeon World

Mensagem por o mago prodigioso » 10 Abr 2014, 15:46

bem quanto as frentes, como elas funcionam exatamente? os perigos são como missões individuais de D&D e e a frente como um todo representa a campanha? quando ha vários perigos em uma frente( 2 ou mais) eles acontecem ao mesmo tempo, ou cada um é realizado em sequencia? po deria me dar exemplos? eu deveria fazer uma ´´quest´´ para cada perigo?

outra duvida que ainda restou sobre equipamentos. se um pj atacar um monstro, que luta corpo-a-corpo, com uma lança, mesmo rolando 7-9 em matar e pilhar ele poderá sofrer algum ataque?

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BardoRobô
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Re: Dungeon World

Mensagem por BardoRobô » 18 Abr 2014, 12:27

Caras, uma dúvida:

Se o grupo está lutando com uma criatura que só atua em grupo ou horda, quando um jogador tira 6- ele sofre o dano para cada criatura da horda, ou só aquele dano mesmo que está na ficha do monstro?

Exemplo:

O grupo está lutando contra uma horda de 7 goblinóides, o dado de dano é 1d6. Quando o jogado tira um 6- durante a luta, ele sofre o dano de 1d6, ou 7d6 (um para cada criatura da horda)?

Endrest
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Re: Dungeon World

Mensagem por Endrest » 20 Abr 2014, 09:18

O Mago Prodigioso: Respondendo primeiro a pergunta sobre rótulos, sim, ele ainda pode sofrer algum ataque. Mas lembre-se, ataque nem sempre significa causar dano. Um movimento de monstro é um ataque. Talvez o personagem só fique com a guarda aberta para outro monstro pegar ele pelas costas, ou então a criatura que ele atacou pode se ferir, mas complicar a vida do personagem quebrando a lança ou fincando-a no chão ou na parede.

Quanto a pergunta sobre frentes, vou elaborar uma de exemplo e posto aqui mais tarde para mostrá-la.

BardoRobô: A regra está nas pág. 19-20. Quando mais de uma criatura atacar um jogador, você pega o maior dado de dano entre elas e soma +1 para cada criatura além dessa que estiver atacando.

Ex: Os jogadores perturbam por algum motivo um formigueiro de Formians. O guerreiro, na frente do grupo, tenta segurá-los para que os outros tenham chance de fugir, e é atacado por três operários (1d6 de dano) e um supervisor (1d8 de dano). Ele receberia 1d8 (do supervisor, o maior entre os danos) +3 (dos outros três monstros que estão atacando).

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Re: Dungeon World

Mensagem por BardoRobô » 20 Abr 2014, 12:42

Endrest escreveu:O Mago Prodigioso: Respondendo primeiro a pergunta sobre rótulos, sim, ele ainda pode sofrer algum ataque. Mas lembre-se, ataque nem sempre significa causar dano. Um movimento de monstro é um ataque. Talvez o personagem só fique com a guarda aberta para outro monstro pegar ele pelas costas, ou então a criatura que ele atacou pode se ferir, mas complicar a vida do personagem quebrando a lança ou fincando-a no chão ou na parede.

Quanto a pergunta sobre frentes, vou elaborar uma de exemplo e posto aqui mais tarde para mostrá-la.

BardoRobô: A regra está nas pág. 19-20. Quando mais de uma criatura atacar um jogador, você pega o maior dado de dano entre elas e soma +1 para cada criatura além dessa que estiver atacando.

Ex: Os jogadores perturbam por algum motivo um formigueiro de Formians. O guerreiro, na frente do grupo, tenta segurá-los para que os outros tenham chance de fugir, e é atacado por três operários (1d6 de dano) e um supervisor (1d8 de dano). Ele receberia 1d8 (do supervisor, o maior entre os danos) +3 (dos outros três monstros que estão atacando).
Valeu. Não lembrava dessa regra. Agora ficou mais lógico.

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Re: Dungeon World

Mensagem por Mourisse » 25 Mai 2014, 06:01

Bom saber de pessoas que gostam de DW e que não sejam fanboys, com isso podem fazerem críticas ao sistema sem serem apedrejados e chamados de hereges por fanboys.

Gosto parcialmente do DW, tenho muitas ressalvas a ele. Prós e Contras abaixo :

Seu sistema de combate é o mais livre que conheço, ele faz o que jogos Old School não conseguem cumprir e ficam só na teoria.

DW não possuí iniciativa, turno, rodadas, isso realmente deixa o combate livre de verdade e de forma super-coerente e elegante.

Não gosto das classes do DW. Mas gosto de ALGUNS dos Movimentos isolados delas.

Não gosto do Guerreiro do DW que é um He-Man/Rei Arthur/Lion dos ThunderCats. Tudo quanto guerreiro tem lá sua espadinha especial, como se fosse algo obrigado. O guerreiro tem que ser livre e não ter um casamento com a espada dele.
No DW só existe o arquétipo do Guerreiro He-Man/Rei Arthur/etc (cadê a liberdade para arquétipos de Guerreiros sem espadinhas especiais ?)

Druida/Paladino/Ranger virando clérigos através de movimentos de multi-classes são o "Ó do borogodó", odiei isso.
Não, não sou contra multi-classe, mas quando ela vem na ficha de sua própria classe te empurrando uma multi-classe de uma classe específica torna-se uma amarra. O DW adora te empurrar certas classes específicas via multi-classes (não te dá a liberdade de escolher a classe que tu quiser via o Movimento Multi-Classe).

Gosto dos Movimento Básicos e de alguns dos Movimentos Avançados.
Aquele "Movimento da Morte", aonde ela te oferece uma barganha para continuar vivo é algo interessante no começo.
Agora imagine um grupo com 5 PJ que morrem toda hora e toda vez tem que se criar uma missão paralela para eles porque a Dona Morte pediu ? a coisa que parecia boa no começo torna-se banal, tipo, eu morro, passo no testes do dado, a Morte me dá uma missão = banalidade.
Quero jogar o jogo e não ficar a Campanha toda fazendo missão paralelas para a caralho da Morte.

Os Pontos de Vidas baixos, os Rótulos, são algo bem feito (que gostei muito).

Não gostei dos danos serem associados a classes e não as armas, tipo o ladino dá d8 de dano não importa a arma.
Prefiro que os danos sejam relacionados as armas mesmo.

O DW está cheio de restrições a lá Vacas Sagradas de D&D, o que impede de um Mago usar armaduras e fazer magia ? NADA!
Já o DW segue a linha do D&D e coloca estas restrições num pseudo-equilíbrio e proteção de nicho de classes.

As Frentes, que é um conceito do livro não é novidade para mim a anos, sempre usei aquelas ideias de forma intuitiva, mas gostei do DW sistematizar e organizar aquelas ideias que servem como procedimento a qualquer mestre.

A parte do livro que fala sobre construção de Cidades e etc, é a mais chata do livro todo, existem sistemas que dão uma aula de como criar cidades e etc, a versão do DW é uma das piores que já pude ler na vida.

O DW é um sistema que depois de te-lô jogado e mestrado por 6 meses, será a base de hack que farei nele para criar outro sistema derivado, retirando o que não gostei do DW. Com isso usarei como referência outros hacks do Apocalypse World e do próprio DW, pois o DW como está não me agrada para rolar Campanhas ou Mini-Campanhas, só me serve para rolar One-Shots ou arco de aventuras isoladas (umas 3 aventuras no máximo).

Adorei o DW ter somente 10 níveis, chega de sistemas com trocentos níveis.

A parte de ser um sistema narrativo é um ponto fortíssimo do DW.

O sistema de magia do DW não é ruim e nem é assim tão vanciano como se pensa, é um sistema bom que tem inspiração Vanciana, mas não é Vanciana.
O Mago que SEMPRE tirar 10+ pode repetir a mesma magia por 24 horas, isso não ocorre no sistema Vanciano, por exemplo se o Mago tirar 10+ ele pode soltar Bola de Fogo quantas vezes quiser.
O Mago nem perde a magia no 7~9, e somente a perderia num 7~9 se escolhesse a opção de esquecê-lá.
O que lasca o Mago de verdade na conjuração é se ele tirar 6-.

Endrest
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Re: Dungeon World

Mensagem por Endrest » 25 Mai 2014, 10:09

Só pra começar, pro Mago Prodigioso, um guia que explica várias duvidas de DW. Melhor do que ficar esperando minha bela memória para ajudar -Q: https://attachment.fbsbx.com/file_downl ... buqkgBQ-Qu

Quanto a isso Mourisse, te entendo. Também não acho que DW é a última bolacha do pacote. Ele foi ótimo para o meu grupo por um tempo, mas agora já to mudando de tipo de sistema que quero usar por N motivos. Entre eles, duas vezes já tive que moficar classes porque elas não se encaixavam exatamente no conceito de personagem que os jogadores queriam (um amigo meu gostava da ideia de enganador, então eu misturei bardo e ladino para ele, focando em movimentos para mentir e sacanear, e também tive que alterar o bardo para mim mesmo, já que a muito tempo eu venho perdendo o gosto belo bardo meio mago).

Eu também gostei muito do sistema de combate do DW. Não que eu me incomode com iniciativa e essas coisas. Mas tem uma coisa dele que ajuda bastante (só jogo online) que é deixar o mestre o mais livre possivel de tocar em dados. Uma das reclamações da minha mestra sobre D&D e Pathfinder foi sobre a demora que as lutas tem, já nos primeiros níveis (jogamos por texto, sem audio).

Eu gostava das classes mais no começo, mas fui perdendo o gosto por muitas coisas nelas. Particularmente não gosto do mago e do clérigo, mas não pelo sistema semi vanciano - só achei o Mage e o Priest da comunidade gringa mais livres em questão do que podem fazer. Por outro lado, adorei o bárbaro - o bárbaro de D&D sempre foi uma classe bem nhe pra mim. O Conan, por exemplo, sempre me pareceu muito mais um guerreiro de D&D do que um bárbaro propriamente dito. Já no DW, o bárbaro é realmente divertido (Apesar que não gosto tanto da mecania de mudar os dados básicos. aquilo gera uma confusão chata as vezes).

Entendo seu ponto sobre o guerreiro. Eu tava desenvolvendo uma classe Duelista, cujo objetivo era um guerreiro que no lugar de uma arma icônica, podia aplicar diferentes técnicas durante o combate. Pra mim o que define um guerreiro é como ele luta, não o que ele empunha. Se alguém quiser usar o rascunho para algo, ta na minha pasta de modificações na minha assinatura. Sinta-se livre para pegar o que quiser e chutar o resto. Alias, não usem as Origens, sério, aquilo ta uma bela de uma m#%$@.

Também não curto tanto os movimentos de multiclasse muito fechados. Nas minhas classes usei versões mais parecidas com as de Inverse World - no lugar de 'pegue um movimento de ladrão', fica algo como 'pegue um movimento que te torne rapido ou furtivo ou role +DES'.

O movimento de morte é um ótimo gancho, uma ou duas vezes. Se muita gente começa a receber missão da Morte, pode se tornar um problema. Mas acho que da pra facilitar com a filosofia de manter simples e misterioso. O druida de uma campanha que eu participo recebeu a missão de plantar uma semente em uma grande floresta. O que a semente faz? Ninguém faz a menor ideia.

O objetivo de DW realmente é emular os antigos D&D, mas no final não é exatamente a experiência que eu procuro (conheço muito da 3.5, mas meu primeiro D&D em mesa foi Pathfinder, então não tenho nem um pouco desse saudosismo).

Quanto as frentes e cidades, sei la. Frente é meio que uma organização em regras de algo que sempre fiz intuitivamente. As cidades, eu até gosto da regra em si, mas acho as listas de opções que cada local apresenta bem pobres.

No final, DW teve uma boa útilidade na minha mesa. Ainda vou usar ele para one shots ou aventuras curtas, mas to tentando desenvolver um sistema que permita uma maior liberdade para os jogadores criarem seus personagens. Vou provavelmente roubar muitas ideias de DW no processo, coisas como os rótulos e etc.

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