Peculiaridade:
O mundo de onde Cork veio tem magia como base de tudo. A maioria das máquinas, equipamentos e ferramentas utilizam o Mana, uma fonte de energia mágica presente na natureza e nos seres vivos, para funcionar. Por isso, Cork não compreende tecnologias "comuns", ou seja, que não sejam movidas por magia. Em contrapartida, o mana é abundante no ambiente e nos seus habitantes. Ele calcula seus PMs com Rx6 (Rx8 contando com equilíbrio de energias)
História:
El Fiore, um mundo próspero e avançado, habitado por toda a sorte de criaturas míticas, como elfos, anões, fadas, etc... A prosperidade deste mundo se deve ao uso da magia extremamente abundante em todos os aspectos da vida cotidiana. De meios de transporte e máquinas a brinquedos, tudo leva pelo menos uma pequena porção de magia. A magia é tão importante, que até mesmo os indivíduos são medidos por ela: as raças que mais possuem aptidão a utilizar a magia, tendem a ganhar mais prestígio na sociedade, enquanto as menos favorecidas neste ponto, são marginalizadas. Infelizmente, Cork é o membro de uma dessas raças: os Trog, um tipo de homens lagarto que vivem em favelas nos subterrâneos das grandes cidades. Além da falta de aptidão mágica, ele nasceu com nanismo, sendo muito menor do que um Trog normal. Como a pobreza de seus pais era muito grande, estes decidiram abandoná-lo ainda criança, para dar mais chances de sobrevivência aos seus irmãos "normais". Ele até tentou mendingar nas favelas, mas os outros mendingos maiores e mais fortes o expulsaram, o forçando a fugir pelas Gargantas da Perdição, um intrincado sistema de túneis repleto de monstros e perigos. Não demorou muito para ele ser atacado por um grande verme subterrâneo. Sem saída, ele lutou pela vida, mas ainda era fraco demais para vencer a criatura. Quando parecia que seria seu fim, ele foi salvo por um grupo de aventureiros, que por sorte estavam explorando as gargantas naquela ocasião. Um desses aventureiros era a bondosa maga e historiadora kemono, Lisanna Baudelaire, que ao ver o pequeno Trog ali abandonado e ferido, se encheu de compaixão e o levou para casa, uma luxuosa mansão na cidade acima da favela aonde nasceu. Cork nunca soube o que Lisanna viu nele, e mesmo sendo de idade avançada, ela o criou como se fosse um filho, o ensinando tudo o que podia sobre tomos antigos, historia e magia. Mesmo sendo muito inteligente e aprendendo tudo o que podia, Cork não conseguia usar magia de maneira nenhuma. Este fato, somado à sua aparência, fazia com que ele fosse discriminado, mesmo tendo Lisanna como sua protetora. Mas ele não se importava com isso, já que para ele apenas a opinião de sua salvadora é que era importante. Os anos passaram e Cork cresceu (aliás, ficou mais velho, já que ele continuou nanico), se tornando um excelente estudioso, atuando como historiador e linguista ao lado de Lisanna, que já não podia mais se aventurar pela idade. Ele também ficou responsável pela biblioteca particular da maga, sempre cuidando para deixá-la o máximo organizada possível. Em uma das faxinas esporádicas, ele acabou encontrando um livro que nunca tinha visto lá antes. Na capa haviam letras douradas que diziam Liber Fortium, mas em seu interior só haviam páginas em branco, exceto a última, que tinha uma linha com os dizeres escritos em uma lingua perdida: Escreva teu nome aqui, tu que procuras o poder dos campeões. A princípio ele ignorou o livro e o guardou, já que a muito não buscava mais poder e magia, pois sabia que era incapaz. Mas tudo mudou quando um certo homem bateu à porta dos Baudelaire. Ele era de uma raça desconhecida e se dizia um oficial da Guarda Planar, uma organização multiversal, formada por pessoas das mais variadas dimensões, que atua em todos os universos existentes evitando “anomalias extraplanares” prejudiquem ou destruam esses universos. Ele disse que Lisanna já foi membra da Guarda e que mais uma vez eles precisavam dos conhecimentos e poderes dela. Vendo que Lisanna agora não tinha mais idade para isso, Cork se voluntariou para ir em seu lugar. De cara o oficial desdenhou dele e lhe perguntou se poderia usar magia. Cork não pôde mentir, pois Lisanna o ensinou a nunca fazer isso. O oficial disse que voltaria em uma semana para buscar Lisanna e partiu. Naquela mesma noite, Cork se lembrou do Liber Fortium e não pensou duas vezes em ir pegá-lo e escrever seu nome na linha indicada. Assim que terminou, um grande brilho o envolveu e sua mente foi preenchida por uma voz que dizia que aquele livro era o legado dos campeões de uma raça antiga que viveu há muito tempo antes que El Fiore existisse. Ele pode ver que agora as páginas em branco agora estavam preenchidas e falavam da história de homens e mulheres extraordinários de "uma tal raça humana". Acompanhando cada história, havia um encantamento. Ao testar um deles, ele pela primeira vez sentiu o poder sair de si, se externar no ambiente e se materializar. Ele finalmente usou uma magia! Assim que o encanto terminou, em sua frente jazia um dos campeões que o livro falava, jurando lealdade ao portador. No decorrer da semana, Cork continuou testando os encantamentos e aprendedendo ainda mais sobre o livro. Quando o oficial retornou, ele lhe mostrou o seu novo poder, surprendeendo-o juntamente com sua mestra. Lisanna olhou para o livro e em seguida olhou com seus belos olhos de mulher-gata nos olhos de Cork com aquele amor incondicional que só ela tinha por ele e disse:
- Eu sabia que esse dia chegaria... Agora vá viver sua aventura, Cork Baudelaire, o Arauto dos Campeões...