Anahera
Anahera escreveu:- Também já consegui o que queria, meus companheiros podem estar precisando de mim. Obrigado novamente, Svonya. Tome, é tudo o que tenho.
A velha olha para a mão estendida de Anahera e recolhe apenas uma moeda.
— Será o suficiente.
As duas seguiram até o centro da praça, quando Sovnya se despediu e dirigiu-se à tenda em que seria organizado o banquete. Anahera seguiu adiante por mais alguns metros, apreciando o cinza do céu tornar-se cada vez mais escuro, até chegar à tenda do palco. Uma vez lá, notou que as primeiras pessoas já chegavam para a vindoura apresentação de Borys. Entre elas, os filhos do conde e dos tios de Magnus, que estavam mais interessados em brincar e correr em um ambiente seco do que em esperar quietos pelo espetáculo.
A curandeira notou que o xale de lã que trazia, oferecido por uma aldeã, já estava bastante molhado, e concentrou-se em ficar quieta em silêncio, observando as pessoas que iam e vinham, enquanto usava o dom do vulcão para se aquecer e secar as roupas.
Caelynn e Dream
Dream escreveu:- Aprecio vossa determinação e compromisso com nossa segurança. Es um orgulho para vosso senhor.
— Espero que esse orgulho se reflita em um soldo maior — sorriu triste o soldado. — Mas agradeço, pequeno.
Caelynn escreveu:- Sei... Bem, Dream aqui vêm de Pondsmânia, eu, entretanto, não venho de lugar nenhum e ao mesmo tempo de muitos lugares, já não posso chamar o local onde nasci de lar ou de terra natal.
— Vendo que se trata de uma elfa, posso imaginar onde nasceu. — A voz do homem havia adquirido um tom grave. — Também entendo algo sobre perder seu lugar de origem. A vila em que nasci e vivi a maior parte de minha vida ficava ao norte de Zakharov. Há quase dez anos uma área de Tormenta se formou por lá. Hoje em dia tudo aquilo é um inferno vermelho. Não gosto de pensar no que aconteceu com todos que conhecia...
O soldado perdeu as palavras por alguns instantes, contemplando nada. Mas logo voltou a si e repôs sua expressão normal.
— ... A propósito — estendeu a mão para Caelynn — me chamo Camacho.
Borys
Boryslaw Rzecz- Agradeço os elogios, Otker! São ainda mais valiosos vindos de um artista com um nível de excelência tão elevado quanto você!
— Hah! — o meio-elfo feioso riu, dando um tapa na própria perna — Entendo como se tornou um bardo de tanto prestígio! É um forte contador de histórias!
Boryslaw Rzecz- O prazer é todo meu, querida Dilliana. Sua apresentação deixou-me sem fôlego. Senti que precisava conhecê-la... conhecê-los. São muito bons!
A dançarina deixou que lhe beijasse a mão.
— De fato, o sotaque ghondrimm é tão gracioso como meu irmão alardava — ela sorriu. — Se apenas minha apresentação lhe deixou sem fôlego, deveríamos competir em um duelo de vinho élfico, a qualquer hora dessas. Posso mostrar que meu vigor é ainda maior do que aparenta com a dança.
A moça de baixa estatura sutilmente conduziu Borys com a mão até sentar-se a mesa, só então deixando-a livre, em um movimento que certamente significava algo. Otker pareceu ter notado, mas nada comentou. Os goblins estavam absortos em suas bebidas.
Boryslaw Rzecz- Vocês são muito hábeis! Eu realmente não notei que eram mais de um e olha que não sou ruim com fisionomias!
— Inquanto elis nus dé cumida, a genti vai fazendu u melior qui pódi — respondeu Baratuxa, e ambas as criaturinhas verdes riram com suas vozes roucas e finas. Os meio-elfos acompanharam o riso e beberam de suas bebidas. Borys notou um olhar de Dillianna, que desviou em seguida.
Boryslaw Rzecz- Não posso beber muito, não quero subir ao palco com condições abaixo das ideais. Mas, então, há quanto tempo vocês fazem este espetáculo?
— Faz bem! — Respondeu Otker, animado. — Eu mesmo só tomo um traguinho antes da apresentação, para abrir a fome de palco! Quanto tempo? Deixa ver... Já são o que, Dilliana? Uns doze anos desde que começamos a correr mundo?
— É, acho que é isso mesmo. — a moça pensou por um instante.
— Isso. Quando nosso pai morreu de velhice, eu e minha irmã não tínhamos ninguém além de nós mesmos. Reunimos nossos poucos pertences, colocamos em um carroção e fomos montando nossa trupe. Não é a mais grata das vidas, mas ao menos não passamos fome. E temos os pequenos aqui — disse, mostrando os goblins. As pessoas subestimam sua capacidade. Eles têm potencial para ir muito longe, se tiverem o direcionamento certo.
Um dos pequenos sorriu um sorriso sem vários dentes.
— A propósito, senhor Borys — Otker prosseguia — Alguém irá apresentá-lo ao público? Caso não haja ninguém para lhe fazer as honras, poderiam eu e os pequenos chamá-lo?
Magnus
Magnus escreveu:- Florine... um belo nome, com certeza. *sorri* Uma pena que a perdi competindo antes, com certeza vou ficar de olho nas próximas vezes.
— Acaso sabe usar o arco,
sir? — O sorriso e a voz descontraída continuavam na garota — Podemos fazer um desafio agora, e você poderá me ver em ação. Quem perder paga uma cerveja para o outro. O que acha?
Magnus escreveu:- Sir Loric! Deveria ter me avisado de que teríamos competidores tão interessantes. Eu me lembrei das competições quando o vi saindo com pressa e vim aqui verificar as partidas atuais, mas eu imaginava que teríamos mais aldeões do que belas competidoras por aqui, apesar de que seu soldado se saiu muito bem! *após terminar essa frase, Magnus resolve observar muito bem Loric, pois achou estranho a reação do soldado perante ele*
O cavaleiro parou para ouvir o que Magnus tinha a dizer.
— Sim. Meus soldados podem não ser muitos, mas são competentes e perfeitamente confiáveis,
sir Magnus. Há algo mais que queira me dizer ou posso cuidar de meus afazeres?
Loric já não fazia mais qualquer questão de ser simpático com Magnus.