Parte 5 — Os que Lá Ficaram

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Tiagoriebir
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Parte 5 — Os que Lá Ficaram

Mensagem por Tiagoriebir » 19 Jun 2018, 23:45

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Você respirou fundo quando o rapaz yudeniano de armadura e escudo sumiu por entre as colinas. Se pudesse escolher, preferiria desbravar a floresta em busca da cura, mas ante uma possível ameaça aos aldeões indefesos, não podia simplesmente permitir que ficassem a mercê da sorte. O ferreiro e o cavaleiro falaram de sangue e fogo na noite anterior e, pelo visto, pareciam não ter desistido da ideia.


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— Afundar a mente em pensamentos demais pode acabar nos impedindo de concentrar no que devemos, amigo.

Era Borys, seu colega bardo. Ele colocava a mão sobre o ombro da armadura brilhante, sorrindo um sorriso triste. Pela força da magia, Dream era capaz de sentir o toque, mesmo sob as camadas de metal. O meio-elfo prosseguiu.

— Obrigado por ter ficado, Dream. Apesar de termos decidido pela jornada em busca de uma cura, a tensão era quase palpável ontem à noite. Cheguei a pensar em pedir para que algum de vocês ficasse, mas não quis colocá-los em algum tipo de conflito. Penso que a visão de Caelynn foi um sinal de Marah.

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— Espero realmente que esteja certo, ghondrimm — o senhor Aldir havia recuperado parte da firmeza na voz, e a chuva ajudava a disfarçar os olhos marejados. — Espero que esteja. certo... Bem, preciso me enxugar e cuidar de algumas coisas. Então verei minha pequena Valerie. Se precisarem de algo, estarei com ela.

O homem dirigiu um olhar de cumprimento aos demais e se retirou, em meio à chuva.

— Eu também preciso me enxugar um pouco — era Borys novamente. — Estarei com Dilliana, cuidando de Otker, se precisar de mim. — E saiu.

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— E eu vou me esquentar com um pouco de cerveja de weiz. Se quiser conversar, senhor fada, estarei na taverna. — Gauderimm sorriu, embora não conseguisse olhar por muito tempo para a grandeza resplandecente de Titânia.
OFF
Há muitas opções sobre que rumo tomar a seguir. Investigar? Falar com as pessoas? Descansar um pouco para estar preparado para qualquer eventualidade? Alguma outra coisa?

O que você faz?

• Você tem até 22/06 para postar sua resposta sem perda de PFs. A próxima atualização será em 23/06.
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Re: Parte 5 — Os que Lá Ficaram

Mensagem por Tiagoriebir » 19 Jun 2018, 23:47

Status
Dream
20/20 PVs | 20/20 PMs
  • • 1 Poção de Espírito (recupera 1d+1 PMs).
    • 1 Unguento (cura 1d PVs).
    • Provisões para 3 dias.
Armadura Titania
10/10 PVs | 10/10 PMs
  • -
Nightmare
15/15 PVs | 18/25 PMs
  • -
Armadura Albion
10/10 PVs | 10/10 PMs
  • -
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DiceScarlata
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Re: Parte 5 — Os que Lá Ficaram

Mensagem por DiceScarlata » 22 Jun 2018, 23:20

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*Dream agradeceu o apoio de todos e respondeu de maneira cordial a cada um que lhe dirigia a palavra. Sempre cortês e através de linguagem formal, que acreditava ser a unica correta para se falar em valkar. No tempo certo se entrosaria mais com eles. Por hora, tinha de tomar medidas preventivas*


*Caminhou em direção ao local onde os doentes eram mantidos e passou a observar seus arredores. Que rotas poderiam ser usadas para uma emboscada? Havia material inflamável por perto? Era facil começar um incêndio? Como era o solo? Janelas? Portas? Paredes? *

*Iluminando os locais com pequenos desejos, estudou o terreno, em busca de saber seus pontos mais vulneráveis e como melhor poderia proteger aquelas pessoas. Tinha um mal pressentimento e precisaria estar atento. Borys era um aliado e pediria por seu apoio melódico durante uma emergência. Assim, deixou sua armadura no local em guarda e bateu suas asas*


- Aguardai e protejas os inocentes que aqui repousam. No mais tardar retornarei.

*E foi ter com Borys*

- Companheiro, ofertarias auxilio a este principe, em busca dos justos dispostos a permear uma vigia preventiva durante o tempo em que eu aqui permancer?
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- JOHNVERSE: PRESA DE FERRO (on): Jinx - Cruzado da Ordem dos cabeças de Dado
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Tiagoriebir
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Re: Parte 5 — Os que Lá Ficaram

Mensagem por Tiagoriebir » 23 Jun 2018, 13:21

Borys estava aplicando uma compressa na testa de Otker. A bebida da anciã de fato havia contido o avanço da praga amarelada, mas a febre era uma constante em todos os infectados. Quando Dream se aproximou, o bardo passou a função a uma goblin, que estava ao seu lado por não ter força de acompanhar os irmãos, que tinham ido enterrar o que sobrou do último goblin, esmagado por uma carroça. Dillianna, ao lado, enfim repousava, com Maly entre os braços, a esquentando.

— Sem dúvida, companheiro — respondeu Borys. Agora que estava perto, Dream pode notar pesados sulcos abaixo dos olhos do bardo. Provavelmente não havia dormido nada na noite anterior.

Titânia ficou de prontidão à frente do celeiro em que estavam os infectados e os dois foram juntos averiguar o terreno. Começaram pelo próprio celeiro. Havia bastante palha de trigo acumulada, ocupando cerca de um quarto do ambiente, mas a umidade excessiva tornava improvável a possibilidade de incêndio. Em termos de estrutura, o lugar era suficientemente fechado para evitar que a água entrasse, mantendo o chão suficientemente seco, mas as janelas e a única grande porta do local não contavam com nenhuma tranca que não pudesse ser arrombada com um ou dois golpes bem aplicados.

Os dois decidiram fazer uma ronda pelos limites de Campodouro. Titânia ficou a postos do lado de fora do celeiro, reluzindo com magia feérica, destoando do cinza chuvoso do resto do mundo. O príncipe e o meio-elfo acompanhavam os aldeões recolhendo destroços e reconstruindo estruturas, mesmo em meio à chuva incessante, enquanto circundavam o vilarejo.

Os dois conversavam sobre aquilo que atestavam. A localização do celeiro, em meio a um campo aberto entre a casa do fazendeiro proprietário e seu campo de cultivo, dificultava uma grande emboscada, pois eventuais malfeitores seriam vistos com antecedência. A não ser pelas áreas cobertas, a chuva sem fim havia tornado todo o solo local em uma massa de barro. Uma eventual investida em combate certamente seria prejudicada. As casas de Campodouro eram todas de madeira e, exceto por alguns celeiros e um moinho, tinham apenas um andar.

Já era o fim da manhã quando a dupla terminava de rondar o vilarejo. Traçaram todas as possíveis rotas e pontos estratégicos que puderam, e falavam sobre isso, quando Borys chamou a atenção para uma figura que se movia ao fundo do campo. Se tratava de um ginete a cavalo. Não era possível identificar de quem se tratava, mas cavalgava à toda velocidade para o norte. Certamente tinha partido do forte. Em instantes já não era mais possível ver a figura, por detrás da cortina de chuva.

— Isso é estranho, Dream. Só me faz pensar que Loric esteja de fato tramando algo. Mas é impossível seguir o cavaleiro a esta altura. Devemos fazer algo?
OFF
• Chuva sem fim, constatações e maquinações. O que o príncipe das fadas fará?

• Você gastou 1 PF para rolar novamente um dos 4d6 que pedi em testes de perícia, convertendo um 6 em um 1. Ao todo, foram duas falhas e dois sucessos. Você está com 7 PFs.

• Você tem até 26/06 para postar sua resposta sem perda de PFs. A próxima atualização será em 27/06.
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Re: Parte 5 — Os que Lá Ficaram

Mensagem por DiceScarlata » 26 Jun 2018, 23:27

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- Sim amigo. Temo que aqueles cascos hão de retornar em retumbante coro orquestral. Devemos fazer o mesmo.

*Com os braços cruzados, mantinha-se de pé sobre o ombro de Borys, analisando a situação

- Sou ciente de que o peso da exaustão paira sobre teus olhos, mas devo em súplica exigir mais um esforço teu, nobre bardo. Com tua musica e voz, inspirai o povo sobre riscos iminentes que sondam os feridos. Cante uma musica sobre vizinhos, parentes e o elo da família que vai além do sangue. Não quero que traga mais guerreiros a meu lado, pelo contrário, quero testemunhas. Olhos preocupados em usar seus tempos livres para agir como vigias de nossos adoentados. Eles nos avisarão do que não vermos. Farão barulho antes a aproximação da desvantagem. E tal qual herbívoros reunidos grunhidos unissonis, irão intimidar a fronte do inimigo com os números que são o povo. Deheon não poderá fazer nada aos caídos se o povo for seu escudo. Aquele homem ainda age perante a lei.

*O vento fez dançar os cabelos prateados do principe*

- Claro, um ataque oculto por mascaras é previsível. Destes, cuido eu.

*Ainda sim, estava preocupado e temeroso*

- De qualquer maneira, trazei o povo, Borys. A chama do aventureiro queima em todos.
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Tiagoriebir
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Re: Parte 5 — Os que Lá Ficaram

Mensagem por Tiagoriebir » 27 Jun 2018, 20:06

— Loric havia dito ontem que havia reforços para chegar no forte em dois dias. Talvez ele esteja tentando adiantar as coisas. Certamente farei o que me pede, Dream — respondeu o bardo. — Os aldeões estão reconstruindo as casas e estruturas, mas vou encontrar aqueles que puderem nos ajudar. Se necessário, farei o possível para mantê-los inspirados.

— Mas façam isso depois do almoço. — Uma voz doce chamava a atenção vinda da porta da taverna, ao lado. Era Florine, a arqueira.

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— O povo todo está comendo e se esquentando agora. Vocês deveriam fazer o mesmo. Se continuarem nesta chuva, vão acabar virando sapos! Sentem conosco. — Florine parecia ser capaz de manter um sorriso mesmo nas situações mais adversas.

— Creio que tem razão, senhorita Florine — Borys atestou. — Dream, vou verificar como estão os adoentados e comer um pouco, com Dillianna, Otker e os goblins. Imediatamente assim que terminar, coloco em prática nosso plano e estabelecemos um perímetro de observadores. Você deveria se alimentar e esquentar um pouco também. Seu sangue é mágico, mas você não é imune a uma gripe por ficar a manhã toda na chuva.

Dream protestou. Não se sentia suficientemente seguro sem que o plano traçado estivesse a cabo. Sentia-se responsável pela segurança de todos ali. Borys acabou concordando, e foram atrás de pessoas que pudessem colaborar. Reuniram dez aldeões dentre aqueles que não podiam trabalhar na reconstrução — crianças, um velho coxo, garotos ligeiros, lavadeiras. Florine também se voluntariou. Todos eles queriam poder fazer algo para ajudar o vilarejo.

Os aldeões foram posicionados nos pontos estratégicos que Dream e Borys passaram a manhã inteira mapeando. Estavam dispostos de tal forma que, ao mesmo tempo em que se protegiam da chuva, não chamavam a atenção; e poderiam facilmente avisar o sentinela mais próximo, e assim sucessivamente, até que um eventual aviso de ataque chegasse rápido aos ouvidos do bardo e do príncipe.

Só então Dream aceitou parar por algum tempo. Borys foi para o celeiro com os doentes, e ele foi para a taverna. Quando entrava no local, cruzou com Brakto, o ferreiro que havia defendido o sacrifício dos infectados. O homem lhe dirigiu um olhar atravessado, mas não disse nada. Dream pode sentir o cheiro forte de bebida quando passou perto do homem.

O príncipe sentou-se com Gauderimm, que saboreava um prato de comida fumegante.

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— Hah! Enfim veio se esquentar um pouco. Faz bem — o tom do anão era caloroso.

Dream ainda olhava na direção em que o homem havia saído. Gauderimm notou.

— Brakto, hein? Não vou negar que tenho amizade com ele, mas o que ele propôs ontem foi cruel demais. Penso no que a esposa e os filhos dele devem passar. Coitada da Eleanor, é uma boa mulher. Só cuida daquela casa e dos filhos. Ela nunca me admitiu, e eu nunca vi nenhuma evidência, mas acho que apanha dele. Mulher nenhuma merece ser alvo das frustrações de um homem.
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• Você tomou medidas para que o vilarejo esteja em alerta, caso tentem algum ataque surpresa.

• Como este é um ato solo, você só receberia PFs se eu atrasasse a postagem, e fica muita coisa se eu te der PFs por toda postagem em dia. Então vamos adotar que, a cada três respostas em dia, você recebe 1 PF, ok? Assim, você recebeu +1 PF, ficando com um total de 8 PFs.

• Não vou conseguir atualizar no dia 01, então você tem até 01/07 para postar sua resposta sem perda de PFs. A próxima atualização será em 02/07.
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Re: Parte 5 — Os que Lá Ficaram

Mensagem por DiceScarlata » 04 Jul 2018, 19:33

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*Dream era uma fada, mistico, imortal e poderoso. Mas estava exausto. Recostou-se no braço da cadeira e massageou as têmporas. A preocupação não era algo presente no cotidiano feérico. Por sorte a companhia do anão, tornava as coisas mais agradãveis. Havia conseguido aliados e estava se preparando para o pior. Entretanto, o medo do pior, não podia impedi-lo de aproveitar o melhor. Isso era ser uma fada dos sonhos*

- Certamente meu amigo. Todos temos branco e... preto, dentro de nós. Somos cinzas, jamais inteiramente mals ou bons. Ele deve ter suas razões, mas há coisas que não podem ser perdoadas.

*Cruzou os braços, num tom mais sério*

- Bate na mulher é? Hum...Deveras interesso-me em conhecê-la. Amigo, arranja-me uma visita em audiência ao lar deste nobre homem? Não me entendas mal, não quero me meter em sua vida... Mas creio que tal perturbação e desejo de morte vem de pesadelos em demasia. Talvez o que lhe falte... São sonhos. Por favor, descreva-me onde reside a casa.

*Uma vez dito, Dream irá para lá*
Tribo Scarlata


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Re: Parte 5 — Os que Lá Ficaram

Mensagem por Tiagoriebir » 05 Jul 2018, 22:27

— Acho que você tem razão, senhor fada — devolveu o anão. — Brakto é atormentado por seus próprios pesadelos. Veja bem, eu percorro as cidadezinhas dessa região antes da mãe daquela ali virar moça e se casar — ele apontava para a arqueira Florine, em outra mesa. — Conheci os que hoje são velhos quando ainda eram jovens.

Gauderimm se ajustou na cadeira e bebeu mais um gole de sua cerveja espessa antes de continuar, em tom de voz mais baixo, confessional.

— Brakto guarda um rancor antigo contra Aldir. Quando eram moços, ambos cortejaram a mesma jovem, uma garota muito bonita, chamada Magda. A garota era a vida e devoção de Brakto, mas foi Aldir quem ganhou seu coração e com quem a garota se casou. Hoje em dia ele não fala mais no assunto, mas a verdade é que o homem nunca superou.

Lá fora, a chuva impiedosa parecia aumentar ainda mais. O anão bebeu mais cerveja em goles longos, limpou o bigode com o braço e prosseguiu.

— Nem mesmo ter casado com Eleanor foi capaz de aplacar a raiva de Brakto. A mulher lhe deu dois filhos, mas ele sempre os tratou com indiferença. Pobre Eleanor, ter que viver como uma sombra...

Gauderimm olhou para o teto, pensativo.

— Depois da morte de Magda, todos pensamos que ele iria se acalmar, mas isso parece que só piorou. A impressão que dá é que ele quer tomar o lugar de Aldir, sabe? Pegar tudo o que é do cavaleiro pra ele.

— Você quer visitar Eleanor? Acho que posso levá-lo, sim, mas o que você vai falar com ela? Veja bem, falar sobre os problemas dela com Brakto é um assunto um tanto sensível, se você me entende. Além disso, tenho certeza de que ele não gostará de saber que você andou frequentando a casa dele.
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Re: Parte 5 — Os que Lá Ficaram

Mensagem por DiceScarlata » 08 Jul 2018, 17:57

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*Ouvindo atentamente, tudo que o fada fez foi assentir, com um sorriso triste*

- Quero sim. Peço que confie em mim e prometo-te trazer nenhum constrangimento a esta senhora.
Tribo Scarlata


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Re: Parte 5 — Os que Lá Ficaram

Mensagem por Tiagoriebir » 09 Jul 2018, 21:34

O anão pesou as palavras de Dream por alguns instantes, olhando fundo em seus olhos.

— Até agora não tive motivos para não confiar em você, senhor fada. Termine de comer e vamos aguardar um pouco — o próprio Brakto deve estar em casa agora. Quando ele retornar à sua oficina, vamos falar com Eleanor.

Dream assentiu e comeu, mesmo sem muita fome. A comida mundana não o agradava tanto quanto ele gostaria, embora sua perfeita polidez jamais permitisse que ele confessasse isso a qualquer um que não fosse do povo feérico. Enquanto o tempo passava, o príncipe lamentava que o ânimo das pessoas naquela taverna fosse tão similar ao da tempestade lá fora, cinza e triste. Pensou em chamar Borys para tentar melhorar as coisas, mas se lembrou que o companheiro também tinha suas próprias questões a resolver, por enquanto.

O anão vestiu uma capa oleosa e pegou uma caixinha entre suas coisas, enfim convidando a fada para sair. Debaixo da chuva, seguindo os passos do anão com seu voo inconstante, Dream pode observar com mais atenção as casas daquele povoado. Era tudo muito simples, estruturas de madeira que raramente tinham mais de um quarto e um salão. Mas era tudo muito limpo e bem cuidado. O povo daquele lugar não tinha muito, mas cuidavam bem do que era deles.

Chegaram enfim, a uma casinha de madeira, pintada de azul fraco. A porta estava fechada, mas se via a luz de uma chama acesa, pelas janelas. Gauderimm bateu, e uma garotinha fungando atendeu. Ao se deparar com o anão, pulou sobre ele, com um abraço afetuoso.

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— Tio!

— Heh! Olá, Isoldinha! Antes que você pergunte, trouxe algo para você! — O anão tirou de um bolso a caixinha que havia pego antes, e colocou nas mãozinhas da pequena.

— Nossa! Muito obrigada, tio! — respondeu a menina, fungando. Uma mulher se aproximou em seguida, enxugando as mãos em um pano.

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— A visão de um amigo em tempos tão difíceis! — ela sorria um sorriso simples, mas afetuoso. — Entre, não fique na chuva. Se tivesse vindo um pouco mais cedo, teria almoçado conosco!

A garotinha então notou Dream e sorriu, apontando, maravilhada.

— Quem é ele?

— É um amigo, pequena. Estava no festival ontem. — E então, olhando para a adulta. — Viemos conversar.

— Bem, entrem então, antes que virem sapos. — Uma vez que a dupla estava na casa, ela se apresentou.

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— Sou Eleanor. Prazer, pequena fada.

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— E eu sou Isolda — a garotinha se meteu. — Meu nome de velha é uma homenagem à minha avó — disse prontamente a menina, pontuando com outra fungada, em uma frase que pareceu automática a Dream. A garota devia dizer aquilo desde sempre. — Como você se chama?
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