Tollon é uma terra rústica de pessoas firmes e resistentes, que até hoje sabem sobreviver nos ermos após a difícil colonização de seu reino. Muitos dos habitantes do reino vivem muito tempo em floresta, e conhecem seus caminhos como poucos. Eles costumam possuir armas de madeira Tollon, e sabem utilizá-las muito bem. Madeira esta famosa por suas propriedades mágicas. O material possui uma coloração escura e é tão resistente como aço. Além de disto, o tolloniense padrão mantém um costume retrógado de proteção de suas mulheres, às destinando quase que exclusivamente a cuidar do lar e da família. Este pensamento, é claro, não é pertencente a todos os habitantes do reino, porém é presente na maioria.
Aliado a isto, após as Guerras Tauricas, o costume foi reforçado pela doutrina de Tauron, onde o forte deve proteger o fraco. Logo, minotauros, assim como a sociedade de Tollon, apegada a velhos costumes, veem mulheres como frágeis, que precisam de proteção.
Becca é uma pequena cidade ao norte do reino, a dois dias de caminhada Vallahim. Não é pequena o bastante para ser desprezível, porém não chega a ser um grande bastião da civilização e comércio. Com menos de cem habitantes, a cidade se mantém com o comércio de madeira e verduras e legumes. Conta também com uma ferraria, um estábulo, um bazar e uma taverna, a Caneco Quebrado.
Becca, entretanto, não se livra dos pensamentos e costumes do restante do reino, porém sofrem pouca influência dos minotauros. Uma única patrulha aparece uma vez por mês, fazendo vistorias e cobrando tributos. Os moradores dizem que o frio das Uivantes os afasta, assim como afasta a maioria das pessoas. O local também conta um pequeno templo, dedicado a alguns deuses do panteão. Hoje também há espaço para Tauron, uma vez obrigado pelo Império (e este é um dos requistos da inspeção mensal).
Entretanto, apesar de legionários treinados manterem estradas e cidades protegidas – mais do que jamais foram – até mesmo eles não são capazes de estarem presentes em todos os locais, para sempre. Por isto, os moradores de Becca aprenderam a se defenderem de lobos e manterem trolls afastados, escondidos na floresta.
Em resumo, Becca não é palco de grandes eventos, lar de aventureiros famosos, nem sequer esta no mapa, porém, sempre há uma primeira vez para tudo. Ao norte da cidade, há um pântano, conhecido apenas como O Pântano sem Nome. Em uma noite como qualquer outra, a figura de cabelos ruivos flamejantes, adentrou na Caneco Quebrado. Era esguia, de pele alva, olhos verdes, como esmeraldas. Usava uma capa contra o frio, e trajes justos e negros que lhe cobriam todo seu corpo. Na cintura um florete, uma lâmina fina, com um cabo adornado. Seu nome, Catriona Hartgeden, e ela procurava aventureiros corajosos que adentrassem no pântano com ela.
Fenyra
Depois que saiu da companhia de Angelika, Fenyra andou basicamente a esmo. Seu objetivo era simples, deixar Tollon e seguir tentando encontrar seu lugar no mundo, o seu e de outras mulheres oprimidas. Porém a moça não sabia uma direção exatamente certa a se seguir até encontrar uma estrada. Percebeu que se aproximava do norte quando o clima ia ficando mais e mais frio. Deveria desviar daquele caminho ou acabaria nas Montanhas Uivantes, que por sinal conseguia ver no horizonte, muito e muito distante, em sua imensidão branca. Mas como iria se desviar sem sair da estrada? Poderia acabar perdida. A paisagem ao redor por onde passava era de campinas de um verde morto e muitas e muitas florestas. O céu agora estava quase sempre nublado.
A noite se aproximava, o vento cortava através das roupas. Por sorte, a lutadora avistou uma cidade, com casas em sua grande parte de madeira com pedras encaixadas. Ao adentrar nas ruas percebeu olhares desconfiados e reprovadores, porém nada a mais que isso. Por sorte encontrou uma taverna, onde poderia se aquecer e descansar. Mal sabia ela que encontraria algo muito interessante naquele local.
Henry
Henry tocou o solo com agressividade, ainda batendo suas asas. Ventava demais, e fazia muito frio. A noite se aproximava. Teria ido muito longe desta vez? Sua jornada pessoal não tinha um rumo exato, ele apenas seguia protegendo pessoas e a terra, aquilo que acreditava assim como seu deus, Thyatis. Analisou ao redor. Uma vila, não muito grande, mas longe de ser pequena. O elmo prateado mirou a figura que o olhava mais ao lado. Era um sujeito magro, com roupas puídas e simples. O rosto era um tanto zombeteiro, com dentes separados. Trazia um porco em um dos braços.
O sujeito se empertigou.
- Pessoa pássaro...
Do que aquele homem falava?
- Me chamo Bill... Bill dos Porcos é como me chamam. Está aqui pela mulher?
Dahaka, aquele nome não era estranho para Henry. Puxou em sua memória, era o nome de um necromante famoso, vil e já morto... Então teria alguém atrás de sua... Mão?
- Sisuda aquela ali, eu não me atreveria me meter com ela. Quer ir atrás da Mão de... Da... Da... Dahaka, isso, foi o que disse.
Turok
A taverna era quente, mais quente do que a noite fria que se formava do lado de fora. Turok estivera tempo demais viajando sozinho, fugindo de algo e procurando por outra coisa. Ainda não entendia seus sonhos. Tinha um arco roubado à tira colo e estava sentado em uma mesa redonda. Será que seu pai estaria atrás dele? Não poderia saber, de qualquer forma teve que parar em algum momento. Becca se colocou em seu caminho, acolhedora durante o frio que fazia tão ao norte do reino. Era um dos seus primeiros contatos com a civilização e até aquele momento tudo parecia ir muito bem.
A atenção do meio-dríade foi fisgada. Era uma moça, de olhar simpático, cabelos claros e roupas simples.
- O que deseja?
- Já decidiu o que irá beber e comer?
Tyberos
Tyberos não sabia ao certo como havia ido parar em Tollon. Não havia planejado nada daquilo. Depois que descobrira suas habilidades, seu modo de encarar o mundo, roubara a espada de sua família e não pensara muito no que faria a seguir, apenas saiu em busca de aventura. Passou um tempo junto de uma caravana mercante, mas sem grandes emoções. Agora fazia um frio muito forte do lado de fora e ele e sua espada roubada, esperava ser atendido.
Porém, para Tyberos tudo parecia que iria mudar. Ficara sabendo, por conversas que conseguira escutar de que, havia alguém, uma mulher, que procurava aventureiros, para adentrar o pântano, até os confins e buscar algo. Ela pagava e prometia aventuras.
Gilgrimm
Uma promessa e uma missão pessoal. Gilgrimm saíra para a superfície num local frio, muito frio. Passara semanas subindo pelos túneis de rochas naturais em direção á superfície, com a missão de encontrar seu irmão e aprender com o mundo ao redor. Com NaggrundTroll na cintura e seu escudo nas costas se viu em um mundo totalmente diferente do seu. Não havia cima, apenas uma imensidão sem fim, azul ou negra, dependia da hora do dia. Havia a bola de fogo ou a bola de prata, ou estrelas... Eram coisas demais para assimilar. Árvores, grama... Tudo aquilo que apenas ouvira falar ou leu em algum momento da vida, ali, em sua frente, em todos os lados.
Porém, não poderia recuar, precisava seguir em frente. Seria possível que seu irmão tivesse saído naquela mesma região? Seguiu por um tempo indefinido por uma estrada de terra batida. Havia árvores para todos os lados, muitas delas de uma tonalidade mais escura, duras como aço. O anão se admirou com aquilo, até onde sabia, madeira não deveria ser assim.
Perto do terceiro dia de viagem, sem viver sequer uma alma viva, próximo ao anoitecer avistou a cidade humana. Era feita com o material das árvores, a madeira e também com pedras. Seus pés pesados afundavam-se na terra ao se aproximar do local. Havia carroças e barris perto da entrada da cidade.
Era um homem grande forte, com rosto rústico e barbado. Gilgrimm não pôde deixar de nota seus braços fortes, grossos como toras de madeira e o martelo de forja que trazia na mão esquerda.
- Ei, você, quem é?
- Não há outros anões aqui em Becca, por acaso é amigou ou parente de Sarfrimm?
A Taverna
A Caneco Quebrado era a maior construção de Becca. Contava com um salão comunal no térreo amplo, com direito a lareira e no mínimo quinze mesas distribuídas de maneira aleatória. Ao fundo um balcão de madeira rústica, onde o anão Sarfrimm, dono da taverna, limpava canecos com um pano. Havia também uma moça andando em volta, servindo ás mesas.
O local ainda servia como estalagem, contando com poucos quartos no andar de cima, ao que parecia a cidade não costumava receber muitos forasteiros.
O local não estava muito cheio. Além de alguns lenhadores numa mesa afastada, havia alguns trabalhadores rurais, após o fim de um dia de trabalho. Sentada em uma mesa uma moça loira, apesar da roupa que servia para lhe proteger do frio, aparentava possuir músculos torneados. Em outra mesa um rapaz de cabelos brancos, portando uma espada grande e em outro canto um rapaz, de cabelos longos e verdes, com um arco ao seu lado.
Havia, entretanto, algo que chamava mais atenção do que aquilo. Sarfrimm, o anão de barba ruiva, parou de limpar seus canecos, para fintar a mulher que surgiu no salão.
Era uma moça esguia, altiva, vestindo trajes negros, com uma capa grossa caindo sobre seus ombros. Seus cabelos eram de um ruivo intenso e os olhos pareciam verdes como esmeraldas. Um rápido olhar revelava um florete em sua cintura.
- Moça, já disse para esquecer esta ideia!
- Não irei esquecer! Eu vou entrar naquele pântano!
O grupo de lenhadores riu. A ruiva os mirou com seus olhos verdes.
- Volte para sua casa e vá cuidar de seu marido.
Os homens fecharam a cara e pareceram sem reação durante alguns segundos.
- Eu vou cuidar de você daqui a pouco, quer que eu lhe dê uma surra aqui ou lá fora?
- Eu, Catriona Hartgeden, de Valkaria, irei entrar no Pântano Sem Nome em busca de um artefato, pago bem qualquer um que queira me acompanhar nesta empreitada.
Alguns segundos de silêncio.
Disse alguém mais atrás, imperceptível até aquele momento. Um rapaz tímido, de capuz negro.
- E-Eu... Eu irei.
- Excelente! Mais alguém?
Dados dos Personagens
Fenyra <> PVs: 25/25; PMs: 0/0; PEs: 3/3; PAs: 1; CA: 20/20 <> Condição: Normal.
Henry <> PVs: 18/18; PMs: 5/5; PEs: 0/0; PAs: 1; CA: 18/18 <> Condição: Normal; Magias Preparadas: Benção, arma magica, curar ferimentos leves x2, causar medo.
Turok <> PVs: 17/17; PMs: 0/0; PEs: 0/0; PAs: 1; CA: 13/13 <> Condição: Normal.
Tyberos <> PVs: 14/14; PMs: 4/4; PEs: 0/0; PAs: 1; CA: 12/12 <> Condição: Normal.
Gilfrimm <> PVs: 22/22; PMs: 0/0; PEs: 0/0; PAs: 1; CA: 16/16 <> Condição: Normal.