A JORNADA DO HERÓI — CAMPANHA
Enviado: 26 Nov 2018, 09:21
CAPÍTULO 1 — DEPOIS DA TEMPESTADE
Oceano era um deus temperamental, em um momento estava calmo e com ventos de poupa, em outro estava revolto e mortal enquanto as criaturas marinhas sondavam esperando o naufrágio. As ondas atingiam o casco do navio com força fazendo-o balançar mais que o normal.
Você acorda com um solavanco mais forte e agua salgada em sua boca, ao abrir os olhos, você enxerga apenas a penumbra. Os monges se moviam para um lado e para o outro tentando impedir que o lugar se mantivesse alagado, mas era em vão. As onda altas tornava o trabalho árduo e inútil. Você ajuda um jovem monge a se levantar após cair do convés para o alojamento, você sobe as escadas com dificuldade e os pingos de chuva atingiram seu rosto como agulhas geladas.
Você olha em volta buscando rostos conhecidos e os demais navios, mas apenas via escuridão. Então um relâmpago ilumina o mar e você se depara com vários dos navios já em processo de naufrágio, seu ímpeto era pular no mar e salvar todos que podia. Então você ouve um grito.
“SEGUREM-SE”
Você vê erguer a sua frente uma muralha gigante de água, uma onda como nunca havia visto em sua vida. Rapidamente você se agarra a um dos mastros e sente o impacto estonteante da água em seu corpo e sua força se torna em vão perante ao poder do Oceano. Você é carregado pela água, o navio vira rapidamente como se fosse feito de papel, o mar é escuro e frio. Outro relâmpago e você vê as carcaças afundando lentamente enquanto tentava manter o ar em seus pulmões.
E tudo se tornou escuridão
Você abre os olhos, Azgher queimava sua pele já desidratada pelo sal, você cospe toda a água acumulada em seu peito, você vira o corpo para não engasgar e busca forças para ajoelhar-se na areia. Haviam pedaços de madeira pela costa, mas nenhum sinal de corpo ou sobreviventes. Seus olhos fitam o mar, calmo como um lago, mas nenhum sinal de embarcação.
Você se levanta e caminha pela praia por horas chamando por nomes, suas pernas estavam fracas, seu corpo pedia por comida e água, principalmente por água. Você sabia o que fazer, mas precisava entrar na floresta que se erguia a sua frente, sem conhecer os perigos que ela escondia. Você deu um passo, dois passos, três passos e sua vista fica turva, seu corpo fica pesado.
E tudo se tornou escuridão novamente.
Você recobra a consciência em curtos intervalos, em um deles você vê o rosto de um homem velho, no outro você se vê sobre o lombo de um animal, no outro sendo alimentado e por fim você desperta como se tivesse dormido por horas, talvez dias. Você está deitado em uma rede, você ainda houve o mar e logo percebe que não havia sido um pesadelo. Você se sente bem, apesar apesar do gosto forte de peixe na boca.
— Não sabemos quem ele é e se for um pirata?
A voz feminina falava com um tom preocupado e arisco.
— O que um pirata faria sem armas e navio? Ele é um ser vivo Mayah.
A outra voz parecia ser de um homem e pela rouquidão e falhas na voz, provavelmente um homem velho.
Oceano era um deus temperamental, em um momento estava calmo e com ventos de poupa, em outro estava revolto e mortal enquanto as criaturas marinhas sondavam esperando o naufrágio. As ondas atingiam o casco do navio com força fazendo-o balançar mais que o normal.
Você acorda com um solavanco mais forte e agua salgada em sua boca, ao abrir os olhos, você enxerga apenas a penumbra. Os monges se moviam para um lado e para o outro tentando impedir que o lugar se mantivesse alagado, mas era em vão. As onda altas tornava o trabalho árduo e inútil. Você ajuda um jovem monge a se levantar após cair do convés para o alojamento, você sobe as escadas com dificuldade e os pingos de chuva atingiram seu rosto como agulhas geladas.
Você olha em volta buscando rostos conhecidos e os demais navios, mas apenas via escuridão. Então um relâmpago ilumina o mar e você se depara com vários dos navios já em processo de naufrágio, seu ímpeto era pular no mar e salvar todos que podia. Então você ouve um grito.
“SEGUREM-SE”
Você vê erguer a sua frente uma muralha gigante de água, uma onda como nunca havia visto em sua vida. Rapidamente você se agarra a um dos mastros e sente o impacto estonteante da água em seu corpo e sua força se torna em vão perante ao poder do Oceano. Você é carregado pela água, o navio vira rapidamente como se fosse feito de papel, o mar é escuro e frio. Outro relâmpago e você vê as carcaças afundando lentamente enquanto tentava manter o ar em seus pulmões.
E tudo se tornou escuridão
Você abre os olhos, Azgher queimava sua pele já desidratada pelo sal, você cospe toda a água acumulada em seu peito, você vira o corpo para não engasgar e busca forças para ajoelhar-se na areia. Haviam pedaços de madeira pela costa, mas nenhum sinal de corpo ou sobreviventes. Seus olhos fitam o mar, calmo como um lago, mas nenhum sinal de embarcação.
Você se levanta e caminha pela praia por horas chamando por nomes, suas pernas estavam fracas, seu corpo pedia por comida e água, principalmente por água. Você sabia o que fazer, mas precisava entrar na floresta que se erguia a sua frente, sem conhecer os perigos que ela escondia. Você deu um passo, dois passos, três passos e sua vista fica turva, seu corpo fica pesado.
E tudo se tornou escuridão novamente.
Você recobra a consciência em curtos intervalos, em um deles você vê o rosto de um homem velho, no outro você se vê sobre o lombo de um animal, no outro sendo alimentado e por fim você desperta como se tivesse dormido por horas, talvez dias. Você está deitado em uma rede, você ainda houve o mar e logo percebe que não havia sido um pesadelo. Você se sente bem, apesar apesar do gosto forte de peixe na boca.
— Não sabemos quem ele é e se for um pirata?
A voz feminina falava com um tom preocupado e arisco.
— O que um pirata faria sem armas e navio? Ele é um ser vivo Mayah.
A outra voz parecia ser de um homem e pela rouquidão e falhas na voz, provavelmente um homem velho.