Aventura - A Sombra da Tempestade
Parte 2: Nuvem Negra
O último brilho do crepúsculo desvanece lentamente por trás das mesetas de pedra de Sen no Kawa quando vocês deixam a clareira onde lutaram com os ogros, seguindo na direção do vilarejo de Mito. A escuridão da noite já tomou a estrada, mas uma parte dos guardas do Vale das Nuvens, que vieram com
Takaharu, vai à frente do grupo, iluminando o caminho com tochas, enquanto o restante segue na retaguarda, atento a novas surpresas.
Naoko cavalga com
Takaharu na dianteira do grupo (um dos guardas de
Takaharu prontamente cedeu sua montaria para a shugenja usar), seguidos por
Tēzū, silencioso desde o combate contra os ogros. Logo atrás dos dai'zenshi, vem
Akabane, montado no touro Kizu, que acompanha o passo dos cavalos com uma vigorosidade surpreendente.
Akira vem no fim da fila, perto do grupo da retaguarda, pedalando sua jitensha. O jovem lutador perdeu velocidade quando o grupo atravessou a floresta para alcançar a estrada (muitas raízes e buracos para passar), mas logo retomou a velocidade, acompanhando sem esforço o trote dos cavalos.
Logo, vocês veem as luzes do vilarejo piscando no horizonte, aos pés da sombra de uma grande meseta. Para alcançar o vilarejo, no entanto, vocês precisam antes atravessar o rio que cerca o lugar, agora encoberto pela neblina espessa que surge todas as noites, como uma barreira entre os mundos.
Assim que vocês se aproximam do rio, veem algumas luzes piscando entre a neblina: são guardas do vilarejo, que vieram recebê-los, alertados pelo batedor que foi enviado na dianteira. Eles saúdam a todos assim que vocês se aproximam, iluminando a ponte de pedra que leva ao outro lado do rio. Ou, melhor, parte de uma ponte de pedra, porque ela ainda está sendo construída.
O lado sul da ponte de pedra já está pronto, mas, no centro, a passagem ainda é feita sobre uma estreita ponte de madeira, construída sobre as novas vigas de pedra que estão sendo erguidas no centro do rio por um grupo de pedreiros anões, que surgem do meio da neblina assim que vocês se aproximam.
- Salve, senhorita Naoko - diz um dos anões, usando um coque samurai, com um sotaque carregado que faz a fala dos gaijin humanos parecer fluente, assim que vocês se aproximam da ponte de madeira. - Soubemos que teve problemas voltando para a vila, senhorita. Estávamos prontos para ir em seu auxílio quando disseram que tudo foi resolvido.
- Nós e todos os homens da vila - diz outro anão, surgindo de um andaime, trazendo na mão um pesado martelo de ferro, sorrindo por baixo da barba.
- Por Hullaimm, tememos que tivesse acontecido o pior, mas ficamos gratos pela senhora estar bem - o primeiro anão continua. - Ogros são oponentes durões, e nós temos experiência em lidar com eles, sejam eles de onde forem. Então, se precisar de nosso ajuda, sabe que basta apenas pedir, senhorita.
Os anões observam o grupo com curiosidade enquanto passam, mas logo voltam ao trabalho, enchendo o ar com sons de batidas de pedra e ferro.
Diversos trabalhadores anões e suas famílias vieram para Tamu'ra, para ajudar na reconstrução do reino, tão logo as primeiras expedições começaram a sair do Reinado, mas a maioria simplesmente não teve as oportunidades que imaginou e voltou para os reinos do sul, levando consigo um pouco de amargura. Aqueles que ficaram, mostraram que a raça podia se adaptar à nova região tão bem quanto dominavam os segredos do estilo de construção tamuraniana (que eles acham fácil, pois envolve mais madeira do que pedra), mas ainda sofriam com um estigma velado. Foi assim que vilas como Mito começaram a surgir, lugares onde os gaijin eram tão comuns quanto os tamuranianos, mas convenientemente afastadas.
Em Mito, os anões trabalhavam construindo casas, edifícios e abrindo novas minas, algo que eles faziam com a presteza e o empenho naturais de sua raça, mas pouco participavam dos combates e da guarda, algo que tinha mudado nas últimas semanas. Diversas obras estavam paradas por causa dos ataques dos bakemono, e os anões agora dividiam suas tarefas com guardas noturnas, embora alguns deles ocasionalmente voltasse para terminar algum serviço que ficou inacabado, para passar o tempo, como os anões da ponte.
Assim que vocês cruzam a ponte de pedra, um grupo de pessoas surge da neblina para recebê-los, entre eles uma mulher vestida com um quimono aparentemente simples e prático, mas ricamente trabalhado.
- Eu sou Sugaru Ogata - diz a chefe da vila, cumprimentando
Takaharu com uma reverência. - É uma honra recebê-lo em nosso humilde vilarejo, meu senhor. Ficamos muito agradecido por ter respondido pessoalmente ao nosso apelo, e também por ter ajudado nossa estimada shugenja contra os ogros. Sua chegada foi uma graça de Lin'Wu, não temos dúvidas.
- Mas, por favor, perdoe-me por recebê-lo assim, de maneira tão informal, Takaharu-sama. Eu estava supervisionando as defesas da vila quando fui avisada sobre sua chegada e o ataque a senhorita Naoko, e achei por bem recebê-lo imediatamente. Mandei preparar acomodações para o senhor e sua comitiva descansarem da viagem e da batalha. Podemos discutir o motivo de nosso apelo assim que o senhor estiver descansado.
Sentai
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Tēzū (Mashin Wu-Jen 1): CA:13;
PV: 8/8;
PM: 11/14;
XP: 750.
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Takaharu (Humano Samurai 1): CA:17;
PV: 20/20;
PM: 6/6;
Aljava: 17/20;
XP: 750.
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Akira (Humano Monge 1): CA:19;
PV: 19/19;
PM: 2/7;
XP: 750;
Aliados: Curandeiro;
Especial: Cura Acelerada 2.
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Akabane (Hanyo Bushi 1): CA: 18;
PV: 32/32;
PM: 5/7;
XP: 750;
Efeito Ativo: Nenhum.
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Naoko (Ryuujin Shugenja 1): CA:15 (17*);
PV: 18/18;
PM: 3/10;
XP: 350;
Especial: *Honra Suprema.