Crônicas do Império de Jade - Aventura

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Aquila
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Crônicas do Império de Jade - Aventura

Mensagem por Aquila » 01 Jan 2020, 14:52

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Aventura - A Sombra da Tempestade
Introdução

Nossa história começa em Sen no Kawa, a Floresta dos Mil Rios, próximo a um pequeno vilarejo chamado Hagure, na fronteira da província de Kumo no Tani, o Vale das Nuvens.

Como todas as províncias do novo Império de Jade, Kumo no Tani é uma terra de riquezas e perigos inexplorados. Seus vales férteis, irrigados pelos incontáveis rios de águas cristalinas que descem das montanhas, são cercados por matas densas e escuras, repletas de lendas e mistérios.

E assim como em outros lugares, as terras indomadas de Kumo no Tani não são habitadas apenas por monstros e outras criaturas sobrenaturais. Animais selvagens de todos os tipos podem ser encontrados perambulando por toda a região, desde cervos e caprinos, correndo livremente pelos campos verdejantes entre os rios, até leões-da-montanha, panteras e ursos negros, que caçam sorrateiramente nas profundezas das matas.

E foi justamente um problema com animais selvagens que levou vocês ao vilarejo de Hagure.

Desde a fundação do feudo, a pouco mais de quatro anos, animais selvagens sempre foram um problema, mas nunca como agora. No último mês, incontáveis relatos sobre ataques de ursos, tigres e javalis selvagens obrigaram lorde Goemon Kumoeda a convocar uma grande caçada contra as feras.

No início, as caçadas eram executadas apenas pelos samurai do feudo, uma tarefa que para eles não era apenas um dever, mas também um prazer, pois significava a oportunidade de participar de uma tradição antiga e nobre. A quantidade de feras, no entanto, logo se mostrou grande demais apenas para os vassalos do feudo lidarem, o que levou lorde Goemon a convocar todo guerreiro ou caçador errante disposto a ajudar na tarefa.

Impossibilitado de participar pessoalmente das caçadas por causa de seus deveres e idade avançada, lorde Goemon enviou seu filho, Takaharu, para lidar com um dos problemas, uma malhada de javalis selvagens que havia surgido próximo ao vilarejo de Hagure. Para lorde Goemon, a tarefa era a oportunidade perfeita para seu filho aprimorar suas habilidades de combate, além de começar a interagir com as pessoas do feudo.

Um grupo de samurai e outros vassalos foi destacado para acompanhar Takaharu em sua missão, dentre eles o enigmático mashin chamado Tēzū. Tezan, o pai de Tēzū, era um velho companheiro de aventuras de lorde Goemon, que não hesitou um segundo em trazer o filho do amigo para Kumo no Tani, para assumir a posição de feiticeiro da corte.

A princípio, a decisão de lorde Goemon foi comemorada por todos em Kumo no Tani, pois a presença de um mashin ajudaria a engrandecer o prestígio do feudo, mas logo que o wu jen chegou, muitos começaram a questionar seu valor. Ninguém parecia compreender por que lorde Goemon havia trazido alguém com tão pouca experiência e virtude questionável, para servi-lo, mas poucos ousavam falar abertamente sabendo o quanto seu senhor estimava o mashin.

A dúvida de seus vassalos quanto ao valor de Tēzū entristecia lorde Goemon, pois ele achava que havia livrado o mashin da discriminação que este sofria na capital, mas mesmo isso não abalou sua convicção quanto ao potencial do wu jen. Lorde Goemon acreditava que Tēzū havia apenas se desviado do caminho da honra, mas que no seu tempo voltaria a seguir a trilha da virtude.

O momento parecia ter chegado quando Tēzū se voluntariou para acompanhar o jovem Takaharu até Hagure, uma decisão que logo se mostrou auspicioso dada a natureza do que o grupo encontrou no vilarejo. Todos os javalis selvagens que foram vistos em Hagure eram perigos e astutos, mas nenhum se comparava ao líder da malhada, uma fera gigantesca que parecia a encarnação do próprio caos. Muitos homens e mulheres habilidosos foram feridos tentando capturar o monstro, cuja natureza era claramente sobrenatural.

Além de samurai e caçadores do feudo, o grupo de Takaharu contava com alguns guerreiros errantes que haviam respondido ao chamado de lorde Goemon, dentre eles o lutador Akira e o enigmático Akabane.

Akira havia chegado em Kumo no Tani há pouco mais de duas semanas, mas já era conhecido por todas as pessoas da província, graças a um curioso mal-entendido.

Logo que chegou na província, Akira acabou topando com o chefe de um grupo de mercenários que passava pelo lugar, e a forma como o lutador derrotou o homem foi tão fascinante que imediatamente começou um boato de que um jovem mestre de artes marciais havia se estabelecido na cidade, e que ele estava desafiando todos os lutadores de Tamu’ra para testar suas habilidades.

O boato logo se espalhou pelas aldeias vizinhas, e em pouco tempo o nome de Akira era citado nos dojos da capital e de todas as províncias próximas, e quase imediatamente uma peregrinação de lutadores entusiasmados começou a se dirigir para Kumo no Tani, pois todos queriam desafiar o grande mestre.

Porém, nem todas as pessoas acreditavam no boato sobre o novo mestre da província. Gorou Aizawa, um velho lutador que havia se estabelecido no feudo há poucos anos, havia visto a luta de Akira na praça e percebido o que aconteceu, e antes que o jovem começasse algo de que pudesse se arrepender, ele o aconselhou a se afastar para aprimorar suas habilidades. Apesar de contrariado, Akira aceitou o conselho de Gorou respondendo ao chamado que o arauto de lorde Goemon fazia naquele exato momento procurando guerreiros para enfrentar as feras da floresta.

A entrada de Akabane no grupo de caça se deu de uma forma bem mais simples. O bushi havia chegado a Kumo no Tani justamente para enfrentar as feras que estavam ameaçando as vilas, principalmente aquelas que pareciam capazes de desafiar suas habilidades, e os boatos sobre o javali de Hagure instigaram sua vontade.

Parte 1: O trovão antes da tempestade

- Os rastros levam diretamente para aquela ravina, Kumoeda-sama.

As palavras do batedor agitam o grupo de caçadores espalhados pela floresta, acirrando o medo e a excitação que permeava o coração de todos. Parado no meio do grupo, Takaharu Kumoeda sente o coração pulsar com a mesma expectativa que seus vassalos, cujos olhares se voltam para ele, aguardando suas palavras.

Depois de uma longa caminhada pela floresta, atrás de rastros da fera, que tanto mal estava causando na região, o grupo finalmente se deparava com uma pista justamente quando o jovem nobre começava a considerar a sugestão de retornarem para Hagure, para retomarem a caçada apenas no dia seguinte. Agora, no entanto, bastava Takaharu olhar para os rostos ao seu redor para ver que as palavras do batedor haviam reacendido a chama do desafio em seus corações.

- Não podemos perder essa chance – diz Matsui Katara, um dos samurai do grupo de caça, cuja ansiedade transparece no rosto jovem. - Precisamos aproveitar a luz do dia para atacar a fera imediatamente, tono. Se esperarmos mais um dia, podemos perder o rastro...

De fato, ainda faltam muitas horas para o fim do dia, mas o céu azul, que pode ser visto por entre as árvores da floresta, já começa a ficar cinzento por causa das nuvens escuras vindas do Oeste, um anúncio de que o tempo pode mudar no início da noite. Segundo os batedores, o terreno úmido facilitaria a caça ao monstro, cujos rastros ficariam mais fáceis de seguir, porém, a chuva seria uma desvantagem para os guerreiros que precisariam enfrentar a fera corpo a corpo, pois não podiam contar com suas montarias.

- Meu senhor, agora que sabemos onde a criatura está escondida, ela não poderá escapar – diz Togura Nobumaru, outro samurai do grupo, um dos que haviam aconselhado cautela momentos antes.

Enquanto pondera suas opções, Takaharu pode ver que as palavras de Togura agitam os outros samurai de uma forma que as notícias do batedor não conseguiram, mas ninguém se pronuncia. Togura é um samurai experiente e habilidoso, mas muitos dizem que é cautelo demais. Afinal, por mais formidável que a fera seja, não deve ser capaz de derrotar vinte caçadores.

A decisão, no fim, cabe apenas ao senhor da caçada.

Parado um pouco atrás de Takaharu, Tēzū parece ignorar a discussão, pois sua mente está focada na ravina escura, adiante, onde uma presença misteriosa parece se mesclar com as sombras. Desde que entrou em Sen no Kawa, o wu jen pondera sobre a real natureza da fera que lidera a malhada de javalis selvagens, cada vez mais convencido de que se trata de algum tipo de demônio.

Os cães de caça foram os primeiros a sentir que havia algo errado na floresta, evitando seguir os rastros da fera independente da forma de motivação dos tratadores, e os cavalos também se mostraram incomodados com o lugar, embora, no caso deles, eles haviam sido deixados para trás por questões táticas, ainda que o medo de que eles pudessem refugar em um momento crucial tivesse colaborado com a decisão.

No outro lado da clareira, Akira e Akabane aguardam com expectativa a decisão do jovem lorde, cada um imaginando ao seu modo o encontro com o javali atroz. Ao redor dos dois guerreiros, os demais caçadores contratados também parecem ansiosos para enfrentar o monstro.
Nota
Como parte do trabalho, todos os personagem recebem, se quiserem, um conjunto de equipamentos adequado para a caçada. São eles: um arco hankyu, 20 flechas, uma naginata e uma armadura de couro.
Sentai

ImagemTezu (Mashin Wu-Jen 1): CA:13; PV: 8/8; PM: 14/14; XP: 0.
ImagemTakaharu (Humano Samurai 1): CA:17; PV: 20/20; PM: 6/6; XP: 0.
ImagemAkira (Humano Monge 1): CA:19; PV: 19/19; PM: 7/7; XP: 0.
ImagemAkabane (Hanyo Bushi 1): CA:19; PV: 27/27; PM: 7/7; Especial: ---; XP: 0.
Editado pela última vez por Aquila em 02 Jan 2020, 14:48, em um total de 5 vezes.

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Padre Judas
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Takaharu Kumoeda

Mensagem por Padre Judas » 01 Jan 2020, 16:28

Takaharu suspirou. Eles haviam dedicado boa parte do dia atrás das bestas e até mesmo alguns desonrados haviam se unido à caçada, para seu desgosto. Mesmo assim a tarefa era importante demais e o bem-estar dos súditos do Império era fundamental.

Ele ouviu as sugestões de seus subordinados e olhou para trás, vendo que Tēzū, o mashin que os acompanhava, observava o lugar com atenção.
Takaharu Kumoeda
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– E você, Tēzū-kun? Parece preocupado com alguma coisa. Quer contribuir com sua opinião?
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Aldenor
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Re: Crônicas do Império de Jade - Aventura

Mensagem por Aldenor » 02 Jan 2020, 02:39

Akira abriu os olhos num solavanco da carroça. Bocejou, estalou os dedos, manteve-se deitado e relaxado sobre palha seca. O homem quem guiava a carroça levaria suas mercadorias e Akira poderia atender ao chamado do lorde Goemon Kumoeda. Estava ansioso para enfrentar novos desafios e desenvolver seu estilo de luta, mas sabia que teria que ser cauteloso.

Assim, Akira teve contato com algo inédito em sua vida: nobreza. Homens que cheiravam melhor que os demais e andavam com narizes empinados, como se fossem melhor que os demais só por que cheiravam bem. Akira não ligava, mas não tinha nenhuma simpatia. Estava ali focado em seu objetivo...

... mas ficou decepcionado quando viu tanta gente.
Akira
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Tanta gente assim contra reles animais... imagina um monte desses samurais cheirosos usando suas katanas preciosas em javalis.
Comentou com um servo que ficou responsável por distribuir armas aos caçadores, guerreiros e mercenários. Akira pegou uma naginata e a mirou longamente, testando seu fio e seu alcance. Parecia bem balanceada e poderosa.
Akira
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Se não se importar, vou ficar com essa.
Disse com um sorriso despreocupado, girando o cabo pelas costas, exibindo sua habilidade.

Mais tarde, o grupo investiu na floresta densa e escura. O clima mudava, poderia ser que chovesse. Os homens aconselhavam o jovem lorde, filho do verdadeiro lorde, o tal de Takaharu-sama. Akira erguia uma sobrancelha e dava um sorriso amarelo ao vê-lo distante, ponderando com o feiticeiro misterioso, o mashin Tezu. Ainda bem que havia Akabane ao seu lado. Por mais que fosse esquisito com aquela máscara de demônio da cara, era alguém próximo de sua realidade.
Akira
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Aposto 1 yan que o nobrezinho vai se acovardar e voltar outro dia.
Comentou baixo, com um tanto de tédio, dando um cutucão com seu cotovelo no homem parrudo.
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DiceScarlata
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Re: Crônicas do Império de Jade - Aventura

Mensagem por DiceScarlata » 02 Jan 2020, 02:52

Akabane
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- KAKATEEE KOI YOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO!!!!!!!!!!!!!!!!!!

*"Vem pra cima!" era o que o guerreiro gritava ao yokai no rio. De longe, um apenas um peixe normal. Mas quanto mais perto se aproxima em sua investida fulgaz, capaz de dividir as águas da correnteza em fendas, se notava o tamanho paquidérmico da criatura. A cabeçada, sua maior arma. A capacidade de romper barcos e barricadas, sua força. Esse era Oonamazu *

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*Longe do Imperio de Jade, para aqueles que vivenciaram as guerras navais e a potencia das armas conhecidas como canhões, entenderiam o que é o poder do impacto que Akabane sentiu em seu braço, conforme a vibração reverberava através da camada de madeira que o separava da criatura (também conhecida como escudo). *

- GUOH!!

*Akabane foi arrastado metros e metros e metros para trás. Mesmo contra a correnteza, era empurrado como se estivesse a favor. Qualquer outro teria tido seus ossos moídos. Mas não Akabane. Uma aura rubra envolvia seu corpo e seus músculos dotados de mil vias venosas, pareciam grossos como bigornas. Quando finalmente o impeto do Yokai desapareceu, os pescadores que assistiam a cena, resfolegaram estupefados: Dano algum havia sido causado no guerreiro com máscara de oni*

- ORE NO TEBANDAZE, KISAMAAAAAAAAAAAAAA!!!! *É a minha vez, maldito!!!!!!!!!!!

*Contra todas as chances, Akabane realizou um golpe em arco que começou por cima, atrás de seu corpo, mergulhou na água, atacou a criatura por baixo e a içou do rio! O peixe Yokai caiu sobre a margem, se esgoelando em pequenos pulos espasmódicos.

- IMA DA!!! *Agora!*

*Então todos os fortes pescadores do rio avançaram contra o Yokai, perfurando-o com lanças e golpeando furiosos com seus remos*

- YOSH!!

*Mais tarde contaria-se a história de como Akabane derrotou o Yokai do rio, que tanto atrapalhava os pacatos pescadores. De como ele se negou a recompensa, mas em troca, apenas pediu para saborear a carne de Oonamazu. E de como ele partira imediatamente em busca do próximo desafio: Um javali tão forte e perigoso quanto o yokai do rio Outro merecedor oponente do poderoso escudo de Akabane e seu completo desdém pela próxima segurança.

___________________________________________________-

*Ao ouvir a proposta, gostou imediatamente do garoto*

- HA! APOSTADO!!!!! Ou vai recuar corajosamente para a retaguarda e deixar os homens vencerem a batalha por ele. E ainda vão contar como foi honrado depois. hahahahahahaha

*Um tabefe estourou contra as costas do jovem Akira. Tão leve quanto um raio atingindo um vulcão*

- HAHAHAAHAHAHAHAAH! Ouvi falar de você garoto! Akira não é mesmo? Yosh!! Depois que cuidarmos desse porco, que tal uma boa e "amistosa" luta, huh?? HUH????? hahahaahahHAHAHAAHAHAHAHA

*Por trás da máscara demoniaca, um humor vivaz decorava a voz de Akabane, conforme acariciava a imensa barriga em sua gargalhada. Furtividade não parecia parte de seu repertório*
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DragonKing
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Re: Crônicas do Império de Jade - Aventura

Mensagem por DragonKing » 02 Jan 2020, 10:51

Tēzū possuía suas próprias ambições, ambições estas que poderiam perturbar a mente dos mais nobres e honrandos que veem no mashin uma representação do que é o Império de Tamura. Tēzū perdeu sua honra ao "nascer" e precisava recuperá-la para, talvez ter a chance de conseguir seu maior desejo.

Teve a iniciativa de acompanhar o jovem Takaharu, ao ouvir sobre sua missão ficou curioso sobre, o que alegrou o chefe da casa. De alguma forma a presença do mashin daria segurança ao herdeiro. Nem mesmo o wu jen tinha essa confiança, mas era a oportunidade de provar seu valor.

Durante todo o percurso usava seus sentidos para tentar extrair dos locais a energia elemental necessária para compreender o comportamento dos javalis na região. Mesmo criaturas selvagens não se organizariam de tal forma, ou assim acreditava. Não era um especialistas em assuntos da natureza, mas em assuntos arcanos e seu foco estava nisso.

Seus sentidos o guiaram para uma ravina, observava a escuridão do lugar como se houvesse algo ou alguém ali, mesclado com a natureza apenas observando. Isso o distraia das discussões e comentários a volta, mas ao ouvir a voz de Takaharu virou-se para ele e se curvou.
Imagem— Perdoe minha distração Kumoeda-dono, mas sim tenho algumas opiniões, se me permitir comparilha-las
Tēzū se movimenta para estar a vista de todos, não sabia como reagiriam a ele, a maioria eram caçadores ou simplesmente pessoas em busca de um bom pagamento. A voz do mashin era suave porém grave e de timbre metálico, não possuia boca, era quase como falar com alguém usando helmo, mas ao contrário desse a voz do wu jen era clara.
Imagem— Desde que adentramos em Sen no Kawa, venho ponderando sobre a verdadeira natureza do desafio que nos espera. Sabemos que a ilha tem sofrido de diversas manifestações sobrenaturais tanto pela ação da tempestade vermelha quanto pela intervenção divina. Alguns sítios sagrados podem ter sido perturbados por forças externas que se aproveitam dessa situação por vários motivos. Acredito eu que deveríamos ter cautela, pois podemos estar lidando com uma criatura sobrenatural descontrolada ou pior...Sinto uma presença neste local e talvez estejamos sendo levados a uma armadilha e o javali é apenas uma isca.

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Aldenor
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Re: Crônicas do Império de Jade - Aventura

Mensagem por Aldenor » 02 Jan 2020, 11:06

O tapa amigável do grandão ressoou dentro de Akira.
Akira
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Sabe, eu não sou um tamuraniano puro. Meu pai era gaijin. Mas eu aprendi sobre artes marciais tamuranianas e tem uma que você se sairia muito bem. Se chama "sumô"!
Disse com um meio sorriso, estalando as costas, flexionando-a para a dor do tapa se distribuir e sumir.
Akira
Imagem
Mas aceito seu desafio, Akabane-san. Depois de matar o "poderooooooso" javali demônio.
E então, o mashin assumiu a posição de destaque e comentou o que sabia sobre a situação de modo geral. Mas suas palavras eram pomposas e logo Akira se viu perdido. Coçou o cabelo, com uma cara confusa, mas a julgar pela reação de algumas pessoas, percebeu que o mashin Tezu sugeriu que se retirassem do lugar. Mas Akira entendia as palavras finais, de que o javali podia ser uma isca para algo maior, mais perigoso e mais desafiador...

Assim, Akira se pôs em destaque também, elevando sua voz.
Akira
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Mas esse é só mais um motivo pra ir adiante, não? O javali não será páreo para tanto guerreiro aqui reunido, mas talvez quem o controle seja.
Disse com um sorriso selvagem, socando uma mão na palma da outra.
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Padre Judas
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Takaharu Kumoeda

Mensagem por Padre Judas » 02 Jan 2020, 13:01

Takaharu franziu o cenho diante da falta de respeito do rapaz, mas nada disse. Apenas virou-se para seus subordinados samurai.
Takaharu Kumoeda
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– Temos uma missão a cumprir e não podemos recuar antes de fazê-lo. Ponha batedores na frente e nos flancos para qualquer eventualidade, inclusive alguma ameaça expecional como sugeriu mashin-kun.

– Vamos indo.
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Re: Crônicas do Império de Jade - Aventura

Mensagem por Aquila » 02 Jan 2020, 19:28

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Aventura - A Sombra da Tempestade
Parte 1: O trovão antes da tempestade

O ambiente ficou tenso quando o samurai reagiu de modo excessivo contra a falta de respeito de Akira, lembrando a muitos dos presentes um hábito do passado que agora era apenas parte de uma história que muitos gostariam de esquecer, mas o próprio Takaharu dá um fim à discussão ordenando o avanço imediato do grupo.

A ordem de Takaharu deixa o samurai chamado Togura claramente confuso, mas ele parece dar de ombros e segue seu senhor, mas não sem antes dar um último olhar para Akira.

O grupo então adentra a ravina sombria, um desfiladeiro estreito com paredes ingrimes cobertas de raízes e limo, cercado por fileiras de árvores nodosas cujas copas obscurecem o céu da tarde. Um filete de água serpenteia pelo fundo da ravina, mas o terreno é plano como uma estrada, o que ajuda o grupo a avançar rapidamente, apesar da cautela, pois todos temem que se o javali surgisse no outro lado da passagem, poderia pegar todos desprevenidos antes que pudessem montar uma estratégia de defesa.

O tensão diminui quando o grupo chega em uma bifurcação no meio da passagem, onde a água empoçada torna impossível para os batedores determinar qual dos caminho o javali monstruoso tomou.

- Há rastros do monstro em ambas as passagens, Kumoeda-sama - diz Guro, o líder dos caçadores, analisando os rastros no meio da bifurcação - mas também há diversos rastros menores.

- Sabe para onde esses caminhos levam? - diz o jovem samurai chamado Matsui, observando os dois caminhos como se esperasse ver o javali atroz espreitando das sombras.

- Infelizmente não, meu senhor - diz o caçador, fazendo uma reverência como se quisesse se desculpar pela sua falta de conhecimento. - As colinas são cobertas de ravinas e vales, e ainda não tivemos a chance de explorar todo a região.

- Talvez devêssemos nos dividir, meu senhor - o jovem diz, refletindo a opinião de todos os demais samurai. - Posso levar alguns dos bushi e hantā por um dos caminho, se o senhor permitir.
Sentai

ImagemTezu (Mashin Wu-Jen 1): CA:13; PV: 8/8; PM: 14/14; XP: 0.
ImagemTakaharu (Humano Samurai 1): CA:17; PV: 20/20; PM: 6/6; XP: 0.
ImagemAkira (Humano Monge 1): CA:19; PV: 19/19; PM: 7/7; XP: 0.
ImagemAkabane (Hanyo Bushi 1): CA:19; PV: 27/27; PM: 7/7; Especial: ---; XP: 0.
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Takaharu Kumoeda

Mensagem por Padre Judas » 02 Jan 2020, 19:41

Takaharu Kumoeda
Imagem
– Hm. Togura-san, leve metade de nosso grupo para à esquerda. Matsui-san, você e o resto virão comigo pela direita.
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Re: Crônicas do Império de Jade - Aventura

Mensagem por Aldenor » 02 Jan 2020, 20:13

Akira não era tolo, mas alguns meandres da sociedade tamuraniana lhe eram estranhos, desconhecidos. O jovem monge sentiu a tensão crescer no ar e se manifestar posteriormente numa postura desagradável de um dos samurais. Achava-se melhor que os outros e que poderia lhe impor alguma coisa.
Akira
Imagem
Aham, sei.
Disse para o homem fazendo um gesto com a mão, como se indicasse que ele "falava demais". No fim, o jovem lorde decidiu o destino da contenda e o grupo avançou.
Akira
Imagem
Se essa brincadeira der algum fruto, te pago um lámen.
Disse entre um sorriso e outro para o gigantesco Akabane.

***

Descendo pela ravina, Akira estalava os dedos, as costas e vez ou outra fazia alongamentos nas pernas e braços. Estava sempre leve, sempre dando pequenos saltos. Sua naginata, presa às costas, não fazia sentir seu peso em nenhum momento. Chegaram, por fim, a uma bifurcação desorientante. Akira sentiu um arrepio na espinha. A Rainha Eterna queria se manifestar no mundo físico, saltar do mundo dos espíritos para visitá-lo e ajudá-lo. Pelo menos, é o que Akira acreditava.

Outra consequência de sua aparição era a iminência de uma situação onde suas habilidades de luta seriam postas à prova. Um combate. Akira controlou a respiração, deixou fluir pelo corpo a energia vital de seu sangue místico. Estava em alerta, corpo preparado pra luta.

Então, parece que houve uma divisão de grupos. Akira olhou para os lados, sem saber direito para onde ia e coçou o cabelo, confuso. Esperou Akabane decidir aonde ia e ele o seguiria.
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