O ar fresco era revigorante, o calor do sol em suas escamas eram como uma gentil carícia, e o espaço amplo a sua frente encerrava a sensação claustrofóbica. As cavernas tinham espaço suficiente para se esticar, mas nada se comparava a liberdade de voo que só o firmamento poderia lhe trazer. No entanto, era a primeira vez que abria as asas para voar e uma queda deselegante era esperada. Nada demais, acostumar-se por completo a seu novo corpo apenas levaria um pouco mais de tempo.
Agora só faltava definir o que fazer. Em seu curto voo foi capaz de observar que estava em uma extensa ilha, praticamente cercada por uma cadeia de montanhas que impedem qualquer acesso se não pelo céu. A flora era variada e abundante, além de exótica. O vulcão, localizado em uma área periférica da ilha, parecia não apresentar riscos. Tudo indicava que estava adormecido. A única coisa que não foi capaz de identificar foi a fauna. Embora tenha conseguido avistar algumas criaturas ao longe, não teve tempo suficiente para conseguir detalhes precisos.
No mais, mesmo com uma visão excelente, não conseguiu avistar nenhum sinal de terra na proximidade. Para todos os lados que encarava apenas a água do mar avistava. No entanto, houve um detalhe que lhe chamou a atenção. Uma fina fumaça negra ganhava altitude ao longe.