Sua chegada ao campo de batalha, junto a seu rugido poderoso e baforada de fogo, deixou todos os presentes estáticos. Os dragões de sangue permaneciam escondidos no topo da montanha. Você não tinha certeza do que pretendiam, mas parecia que não iriam interferir.
Da mesma forma, a manada dos dragões couraça parou ao sinal do dragão blindado. No entanto, ele não parecia intimidado ou assustado. Mesmo já estando a frente de todos, ele caminha à frente, como se desafiasse sua autoridade.
- E quem você pensa que é para achar que pode me dar ordens?
Ao contrário de todos os nativos que encontrou até o momento, esse não demonstrava medo ou respeito. Desde de antes de renascer neste mundo, dragões sempre foram respeitados e temidos, ao menos nos contos de fada. Mas dessa vez parecia que seria diferente. Aquele ser diante de ti tinha a coragem e ousadia de lhe desafiar. Talvez fosse apenas estúpido, mas não era o que parecia.
Assim como o ex-chefe lhe contou, suas escamas eram esverdeadas e grossas, seu casco lembrava o de uma tartaruga, mas possuía espinhos. No entanto, um olhar mais atento revela que na verdade ele usava uma armadura. A parte da frente tinha um peitoral de um metal que à primeira vista lembrava ferro. Além disso, usava um elmo de mesmo material. Mesmo a ponta de sua cauda parecia artificial, pois era idêntica a uma maça ou mangual. Talvez pela forma de locomoção inclinada para frente, os dragões de sangue não tenham notado isso.
Aquele era o primeiro equipamento de verdade que via desde que reencarnou nesse mundo. Tudo indicava que os habitantes eram primitivos. O mais intrigante, apenas ele tinha esse diferencial dentre todos os dragões couraça.