Witch Hunter - O Renascer

[DiceScarlata]

Nikolai


- Entendo...

*Era um mau hábito de Nikolai. Uma falha para um estrategista ou um líder. Sua maldição. Embora conseguisse ver tudo ao seu redor como um tabuleiro de xadrez a ser analisado e graças isso pudesse optar pelos melhores movimentos, muitas vezes, acabava submergindo em um estado completo de concentração em que apenas move peças em sua mente e esquece que são pessoas.*

- Ela era a bruxa

*Passou por Alexander abraçado a garota - e não esqueceria seu nome - ignorou a espingarda e parou em frente ao rapaz sobre o cadáver. Cruzou um braço sobre o ventre e apoiou o outro, tocando os dedos no queixo, pensativo*

- Sinto muito moças, mas essa coisa era a sua avó. Não sei o que sentiam ou pensava dela, mas ela era uma bruxa, uma ameaça a vida humana. Vê esses ferimentos em nossos corpos? Vieram de criaturas que provavelmente ela controlava. E pelo tipo de magia suponho que o verde que circunda essa residência provinha da magia dela também. Falo isso com propriedade moças...

*Ergue a mão, donde um brilho prateado e avermelhado bailou*

- ... Pois também sou parente de uma. Viemos aqui pois soubemos do mau que uma delas vinha causando na região. E parece que ele chegou primeiro, enquanto enfrentávamos os construtos dela.

*O encarou mais perto*

- Estou errado... senhor Constantine olho sangrento. Não esperava encontrá-lo nesse lugar... Nem dessa forma

(Falha em teste manipulação. Falou sem tato ou pudor algum)

[Maggot]

Com a mão direita levou a maçã à boca, a esquerda ainda pressionando Anguinus contra a garganta da bruxa. As mulheres não haviam seguido suas ordens. Uma pena. Lamentável que ele fosse matar a matriarca diante de suas parentes. Bom, o problema era delas. Ele havia visto os cadáveres de seus irmãos e esposa e era claramente estável mentalmente. Sem nenhum problema. O rubi no lugar de seu olho ainda brilhava intensamente quando se aproximaram dele. Um homem, de chapéu, foi o primeiro à falar. Perguntava quem era. Antes que o grego pudesse responder, porém, um rapaz se manifestou. Aquele ali reconhecia sua fama. O encarou com o único olho, o rubi brilhante forte.

- Jesus, falando assim irá traumatizar as pobrezinhas pelo resto de suas vidas. Eu tenho zero culpa nisso. E a Witch Hunt trabalha com mestiços agora? Talvez haja esperança. Bradley já teve um ataque cardíaco? - Sorria para o rapaz, e mordeu novamente a maçã, expressando surpresa falsa ao ouvir o próprio nome. - Vejo que conhece minha fama.

Pressionou Anguinus contra o pescoço da vítima, preparando-se para matá-la.

- Soube que alguns rapazes estavam desaparecendo, resolvi visitar. Estavam tendo problemas lá fora não é? Resolvidos. Espalhem as boas novas de que a bruxa não irá mais matar ninguém. Foi minha... boa ação do ano.

Provocava.

- E agora que todos viram do que se tratava, vamos resolver isso? Ouvi dizer que uma estalagem não muito longe daqui tem um bom jantar e não gostaria de perder a hora. Podem retirar as senhoritas daqui? Posso fazer na frente delas também, mas sabem como é esse tipo de ato... não é educado.

Ele tentava brincar, fazia parecer que não tinha coração, que gostava daquilo. Não precisava ser um detetive para ver o claro incômodo na voz do antigo caçador de bruxas tornado assassino. Não por matar, mas pela circunstância que agora defletia com humor falso.

Se não fosse impedido, iria apenas finalizar o serviço e continuar seu caminho auto-destrutivo.

[the ga]

GAEL

Matar uma mulher na frente da família. Era o tipo de sadismo que tinha visto várias vezes entre ladrões e saqueadores das areias. Ladrões que agora alimentavam os chacais do deserto.

Aponta a espada para Constantine em desafio.

Gael
— Bruxa ou não, matá-la assim é desumano. Afaste-se, olho de rubi.

[DiceScarlata]

Nikolai


- Oh... Ela está viva. Não havia notado com tanto sangue. Bem me deixe tirar esse problema de suas mãos. Providenciarei paea que seja pago, olhos sangrentos.

* Virou-se a Gael*

- Vamos amordaçá-la e amarrar as mãos. Assim não teremos mais problemas verdes. E você moça, baixe a arma, ela não te ajudará aqui.

[Padre Judas]

Então a bruxa ainda vivia. Alexander pesou as opções. Eliminar o Mal era um dever seu, mas por outro lado talvez a alma daquela criatura ainda pudesse ser salva. Se a matasse seria apenas mais uma vitória do Inferno... e, afinal de contas, a Guerra Pela Salvação não era para isso mesmo, tomar as almas das garras das Trevas?

Alexander Bauer

– Não se preocupe, Amelia. Vamos resolver isso. Deixe-me ver sua avó.

Afastou-a delicadamente e aproximou-se da bruxa caída. Encarou o sujeito que a derrubara.

Alexander Bauer

– Obrigado, Senhor... Constantine, não é? Sou Alexander Bauer a seu serviço. Acredito que posso resolver isso sem mais derramamento de sangue.

Abaixou-se junto à Sra. Abigail e sussurrou para o corpo caído.

Alexander Bauer

– Não sei o que a levou a este caminho, mas as portas da redenção estão sempre abertas. Eu a acuso de matar inocentes, eu a acuso de erguer-se contra a Luz. Receba a punição da Retribuição. Que todo ato maligno que cometer se volte contra ti, que cada maldade que fizer rasgue tua carne e dilacere tua alma.

Off:

Uso Maldição das Trevas e gasto 15 PM para lançar a Maldição Retribuição Inominável, presente no MMg, pg. 96.

Retribuição Inominável (-2 pontos): sempre que você causa algum mal a alguém, o mesmo acontece com você. Se você rouba alguém, um item de mesmo valor desaparece de sua bolsa. Se você lança uma magia nociva contra alguém, vai sofrer o mesmo efeito (sem direito a testes para resistir). Se atacar e causar dano, vai sofrer o mesmo dano. E se matar alguém, já era: você cai morto no mesmo instante!

[kaito sensei]

A fala de Nikolai enfureceu à Margareth, que agora apontava a arma para a cabeça dele.

Margareth
Seu pirralho! Como ousa falar que e-essa coisa é minha mãe!

Os olhos de Amélia se encontraram com o de sua mãe neste momento. O elo forte entre mãe e filha foi suficiente para que, sem palavra alguma, Margareth entendesse que era verdade.

Margareth
Mas como... Não é possível...

Enquanto a discussão pela vida da bruxa se seguia, Wilbur chega esbaforido e arfando, já sem a armadura, desativada no meio da corrida. Apoia as mãos nos joelhos com a cabeça abaixada, respirando fundo para recuperar o folego.

Wilbur

Misericórdia... Estou ficando velho para isso...

Assim que se recupera um pouco, presta atenção na cena. Na hora reconheceu Constantine.

Wilbur

Ora ora... Realmente temos um problema aqui... Um procurado da Witch Hunter, uma bruxa ensanguentada e... Hã?!

Wilbur olha atentamente para o ritual realizado por Alexander. Agora tinha certeza do que ele era. Amélia fica maravilhada. As mulheres ao redor estavam perplexas. Margot derrubou a perna de mesa. Margareth abaixou a arma. Assim que a maldição é lançada, Wilbur fala com Alexander com um certo pesar.

Wilbur

Realmente, em todos esses meus anos de caçador eu vi um de vocês apenas uma vez, bem no começo de minha jornada... é um prazer ter lutado ao seu lado meu amigo, mas acho que acabou de realizar um engano... Vossa santidade viu todo o sangue que verteu dessas terras e como as plantas começaram a morrer? Acredito que esta bruxa estava matando pessoas para saciar sua Essência, a fonte de poder que alimenta cada bruxa. Se minha teoria estiver certa, você acabou de condena-la à morte, pois sem fazer mais mal a ninguém, ela não saciará sua sede de essência e fatalmente morrerá em alguns dias, talvez semanas... Por isso, tenho um pedido a fazer a todos.

Ele se volta para todos agora com sua voz séria.

Wilbur

Como líder desta operação da Witch Hunter, ordeno que você, Constantine Olho Sangrento se afaste! Somos gratos pela ajuda que prestou aqui, mas ainda assim você é um procurado da guilda. O máximo que terá como meu agradecimento é fazer vista grossa quanto à sua presença nesta operação. Senhoras e senhoritas, por favor se afastem. Esta mulher um dia pode ter sido sua matriarca, mas agora ela não é mais. Sr. Alexander, por favor as acompanhe. Nikolai, Gael, vamos terminar o serviço.

Margot e Margareth, apesar de terem tantas perguntas em suas mentes, entenderam o que iria acontecer, afinal, foram criadas por aquela bruxa para serem mulheres fortes. Elas tomaram Elizabeth e Eleanor, que pareciam estar em choque com tudo aquilo, pelos braços. Margareth olhou para sua filha Amélia, que nesse momento estava praticamente agarrada a Alexander.

Margareth
Vamos minha filha...

As quatro se viram e começam uma caminhada silenciosa escada acima. Amélia olha para o anjo. Um olhar triste e penoso, quase como se implorasse para que ele a deixasse ali. Ela queria ver os últimos momentos de sua avó. Esta por sua vez começou a gemer e se contorcer levemente, indicando que estava recobrando a consciência.
O clima ficava cada vez mais pesado. Vocês começam a ter a sensação de que alguém os estivesse vigiando e julgando suas ações, mas nada viam e nada ouviam de diferente, além dos murmúrios da bruxa. Afinal, o que era o certo a se fazer ali? O que vocês vão escolher fazer?

ESCOLHAM

Alexander: PVs 12/15 PMs 25/3 PEs 0
Constantine: PVs 10/10 PMs 10/10 PEs 0
Gael: PVs 19/15 PMs 15/10 PEs 0
Nikolai:PVs 17/20 PMs 30/11

[Padre Judas]

Alexander Bauer

– Um momento, meu senhor. Tenho mais recursos e conheço pessoas que podem tentar encontrar uma solução. Preciso apenas contatá-los. Não posso simplesmente desistir e virar as costas para a possibilidade de salvar uma alma.

Alexander poderia tentar buscar junto ao Éden uma forma de retirar a maldição da bruxa. Afinal de contas, o Paraíso possuía os magos mais antigos e poderosos da Criação, comparáveis somente aos magos infernais.

[the ga]

GAEL

Gael se aproxima da bruxa caída, mas a fala de Alexander o segura.

Gael
— Está dizendo que tem como devolver uma bruxa ao normal? Achei que isso fosse lenda.

[Maggot]

- Procurado? Ora Willy...- Ele pressionou a espada mais forte. Seu olhar mudou, sua voz se tornou um rosnado. - Quem são vocês para me julgar? Procurado por qual crime? Matar assassinos? Matar monstros que invadem a casa de uma inocente e à matam apenas por sua raça? Ó nobres paladinos, grandes caçadores de bruxas. - Cuspiu com desprezo aos pés dele. - Vocês são exatamente iguais à mim. Eu pelo menos admito. Vocês, bruxas assassinas como essa coisa aqui... Vamos todos nos encontrar no inferno. - Não havia o riso ou escárnio comum de antes. Agora ele vociferava com ódio genuíno na voz. - Você pode tentar me levar, sim... Mas tem certeza que consegue escapar vivo? Eu aposto que consigo matar pelo menos um de vocês antes de cair. E eu não tenho interesse nisso. Tirando você, eu e essa desgraçada sobre quem estou sentado, ninguém mais merece morrer... Ainda. Não não Willy. Você vai me pagar cada centavo desse contrato. Você vai me deixar fazer o que eu quiser. E você vai dizer à Bradley que se ele está ofendido por eu ter matado os cães dele, ele pode vir me encontrar. Vamos resolver algo que estamos devendo um ao outro por alguns anos.

Não estava mais sorrindo. Máscara quebrada, agora mostrava apenas sua raiva, tristeza e ódio.

- Hey, você, Alexander... Mesmo se retirar dessa bruxa o que torna ela bruxa, não vai retirar os assassinatos que ela cometeu. Os pecados dela são inúmeros, mas ser uma bruxa não é um deles. Nem todas são monstros. Essa escolheu ser. Qual a chance dela retirar essa sua maldição?

Talvez houvesse algo à ser negociável. Eles pareciam boas pessoas. Não precisava matar ninguém.

[DiceScarlata]

Nikolai


- Xiu!

*Nikolai estapeou o cano da espingarda quando Margareth gritou com ele, estava analisando a situação quando os ânimos se abalaram*

- ...

*Olho sangrento estava em fúria, tirando do peito tudo aquilo que o assombrava, enquanto Nikolai apenas aproximou-se dele, ficando a altura de seu rosto. Não havia expressão em sua face ou qualquer sinal do que realmente pensava enquanto escutava ele*

- Tem razão.

*Ergueu as sobrancelhas*

- Mas ei. Não me coloque no mesmo patamar que o velho o Will ali. Não diga vocês. Minha mãe era como sua.. Companheira afinal. Mas sabe, olho sangrento... Se você merece tanto a morte, se é um maldito tão cruel quanto clama..

*Sorriu pousando a mão sobre a dele*

- Por que ela ainda está viva?

*Cortou antes da resposta*

- Ok, ok. Imagino que tipo de resposta pronta, atravessada e esperta vai me dar. E é certo que o destino dela e nosso está em suas mãos. Mas por hora, pode me ajudar a amarrar ela e amordaçar ? Como alguém cuja magia corre nas veias, sei como a magia acontece. E não sei bem o que o pisto... Alexander fez com ela, mas é bom prevenir.

*E por fim tentou afastar a lâmina*

- Não me importa se você é perseguido ou não. Me importa que aqui e agora, estamos do mesmo lado do tabuleiro. Então podemos decidir o destino dela juntos... Ou você pode matar a ela me matar logo em seguida.

*Riu nervoso*

- Mas por favor... Não faça.