O ano é 1886. A Inglaterra, sob o governo da rainha Alexandrina Victoria é o maior império do mundo, abrangendo não só a Grã-Bretanha, mas também várias colônias ao redor do globo, dando origem à famosa frase: o sol nunca se põe no império inglês. Os mais abastados viviam a Belle Epoch: uma época de prosperidade, paz e grande avanço científico e cultural. Por outro lado, sustentando este cenário, estavam os pobres diabos: homens, mulheres e até crianças que trabalhavam mais de 60 horas por semana em condições sub-humanas.
Para bem ou para mal, este cenário também só foi possível graças ao contínuo trabalho da Witch Hunter: por eras as bruxas dominaram os humanos com seus poderes, buscando satisfazer sua sede interminável por essência. mas após décadas de luta as bruxas foram derrotadas, e sua principal líder, Morgan Le Fay, morta. Hoje, centenas de anos após a queda de Morgan, o problema com as bruxas se encontra controlado de tal forma que muitas pessoas sequer sabem da existência das bruxas e da Witch Hunter. As grandes famílias e clãs de bruxas foram enfraquecidos e seus remanescentes vivem nas sombras. Aqueles que tentam viver pacificamente são vigiados 24 horas por dia, enquanto os que saem da linha são caçados implacavelmente. Nossa história começa justamente em uma dessas caçadas, na zona rural da cidade de Aylesbury…
O local era a propriedade da família Willians, uma pequena fazenda conhecida por produzir os vegetais e legumes mais belos e suculentos da região. A família é composta por três gerações de mulheres cujos maridos foram tentar a sorte nas fábricas das cidades grandes e nunca mais voltaram. Mesmo sozinhas, a avó, duas filhas e três netas tem conseguido manter o sítio, que milagrosamente nunca teve sua produção prejudicada, nem nos piores invernos. Este fato somado a desaparecimentos misteriosos que ocorreram no decorrer dos anos na região levaram a Witch Hunter a suspeitar de atos de bruxaria praticados pela família.
Era tarde da noite, sendo a lua e as estrelas a única luz presente naquela fria noite de outono...
Nikolai e Gael
Nikolai e Gael descem de uma carroça que estava sendo conduzida por Wilbur White, um caçador veterano da Witch Hunter. Na pequena estrada de chão batido, os três encaravam a propriedade, buscando qualquer anomalia na paisagem aparentemente normal, formada por uma modesta mas bonita plantação de abóboras, tomates e milho.
Apesar da idade, Wilbur tinha uma voz grossa e imponente e um corpo musculoso de fazer inveja em muitos jovens. Os dois já o conheciam bem, e sabiam que esse jeito de falar era pura gozação. O veterano com certeza estava animado. Não que caçar uma bruxa em uma cidadezinha do interior fosse algo incrível, mas já era alguma coisa: Essa foi a única missão que conseguiram em mais de dois meses. Com a constante queda da quantidade de bruxas, os trabalhos da Witch Hunter foram ficando cada vez mais escassos e, por consequência, muitos caçadores tiveram que abandonar a guilda para conseguir sobreviver. Rumores indicavam que até mesmo a Raven Scythe passava por situação semelhante, pois a guilda mercenária estava perdendo suas principais clientes. Era uma situação ruim financeiramente, mas o sentimento de que as pessoas estão mais seguras os deixam mais tranquilos.Wilbur
- É isso aí garotos, chegamos! Apesar de achar que não preciso trocar mais suas fraldas e nem lhes dar mamadeiras, vocês tem alguma pergunta?
Os três invadem a propriedade e vão andando com cautela.Wilbur
- Bom, se não tiverem nada a perguntar… Vamos lá!
Alexander
Alexander estava de passagem por Aylesbury quando conheceu a jovem Amelia Willians, de vinte e três anos. Era umas seis da tarde quando a moça estava no meio da estrada, tentando arrumar a roda da carroça cheia de mantimentos e produtos, frutos dos negócios feitos no dia.Como um bom “defensor dos fracos e oprimidos”, o anjo parou para ajudá-la. Enquanto consertava a roda, Alexander ponderava que nos últimos meses ajudas “mundanas”como essa eram as únicas que prestava. Nenhuma bruxa, demônio ou monstro cruzou seu caminho recentemente, o que o fez pensar se sua presença na terra era realmente necessária. Afinal, qual era o propósito da divina providência para ele ali? Terminado o serviço, a jovem o agradeceu e insistiu que o acompanhasse até o sítio, para que pudesse recompensá-lo com uma janta e um lugar para dormir. Mesmo que não precisasse dessas coisas, o anjo aceitou, por questões de educação (e de insistência ferrenha da jovem). Lá ele conheceu toda a família de Amelia: Sua irmã mais velha, Eleanor; sua prima Elizabeth; sua mãe Margareth; sua tia Margot e sua Avó, Abigail. Depois de um jantar delicioso e de uma longa e mórbida conversa sobre como cada uma delas havia se tornado viúva, o anjo foi levado para um quarto de hóspedes que ficava separado da casa principal, a uma distância de uns 100 metros, perto da plantação. O quartinho era simples, mas arrumado. Lá, ele dormiu rapidamente, mas acordou perto da meia noite, ouvindo estranhos barulhos vindo da plantação.
Constantine
Constantine estava escondido em cima de uma árvore na propriedade das Willians, observando a movimentação através de uma pequena luneta.
Na noite anterior, ele estava bebendo em um bar de Aylesbury quando um rapaz chegou para falar com ele. O jovem, de uns quinze anos parecia perturbado e jogou uma sacola cheia de dinheiro na mesa, dizendo que precisava contratar os “serviços” que Constantine prestava. Segundo ele seu irmão foi dado como morto há um ano em uma fábrica de Londres, esmagado entre as engrenagens de uma máquina. Entretanto, o jovem dizia que isso era mentira, e que a real responsável pela morte de seu irmão era sua cunhada, Amelia Willians, e que ela, assim como toda sua família, eram bruxas. Ele explicou que suas suspeitas se davam pelos desaparecimentos que sempre ocorreram no local e de que depois que seu irmão se casou ele parecia diferente, como se estivesse sobre um encanto. Obviamente ninguém acreditou no garoto, dizendo que o encanto de seu irmão nada mais era do que paixão por Amelia, afinal a moça era muito bonita e carinhosa. Constantine olhou o jovem nos olhos e por algum motivo decidiu aceitar o trabalho.
Agora, ele observava três homens adentrando a propriedade, e conseguiu ver o brasão da Witch Hunter na farda de um deles. Se caçadores estavam ali, só podia significar que as suspeitas do garoto estavam certas. Mas esses caçadores não iriam chegar lá primeiro, afinal, a bruxa que ali estava era sua presa.
O que vocês fazem?
Alexander: PVs 15/15 PMs 25/25 PEs 0
Constantine: PVs 10/10 PMs 10/10 PEs 0
Gael: PVs 15/15 PMs 15/15 PEs 0
Nikolai:PVs 20/20 PMs 30/30