WERRA ATACA! - TA: Aventura épica!(ON)

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WERRA ATACA! - TA: Aventura épica!(ON)

Mensagem por DiceScarlata » 15 Abr 2017, 00:50

WERRA ATACA! - A BALADA DOS LIBERTADORES!

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Prólogo: Um grito oco no ar...
Relatório militar ysx0167


"Eu não tenho muito tempo. Eles estão vindo. Tentarei ser breve em um relatório impossível de ser resumido. Nesse momento estou as costas de minha mulher, que se prostrou diante da porta de nossa casa, com espada e escudo em mãos. Meu filho de doze e anos e minhas filha de nove, aguardam nos flancos, carregando as armas que são capazes de suportar. Minha corajosa mãe, já com suas oito honradas décadas de vida, ainda que tenha suas pernas inválidas por ferimentos antigos, aponta sua besta em direção a porta do fundos acomodada em seu leito nada macio. Quero me unir a eles nessa batalha final, mas por saber que fazem isso justamente para me ganharem algum tempo, vou me ater a este último dever como soldado. "

"Ao dever de contar como o exército com uma nação caiu."

"Primeiro de tudo, saibam, eu sou um desertor. Desgracei minha companhia e os homens que comandava ao fugir do campo de batalha. Ao correr em pânico, agarrado a esperança de me despedir daqueles que amo. Para um Yudeniano, não há desgraça maior. A guilhotina só viria depois de muito tempo de “admoestação” nas masmorras para um crime desses. Mas não pude evitar. E de longe fui o único. Irônico não é? Somos soldados de elite, homens sem medo que enfrentam monstros, criaturas da tormentas e tropas goblinoides sem piscar. Mas a derrota daquilo que se considera invencível.. Não, a derrota daquilo no que se tem fé, pode destruir a disciplina do mais bravo dos homens. Muitos ficaram é claro. Lutaram até o último suspiro. Tínhamos pólvora. Tínhamos táticas. As formações. Os números. As armas. Yuden. Mas eles tinham ela. Não entendemos a sua língua e francamente, mesmo que sim, seria impossível no meio dos urros e rugidos da batalha, mas tenho certeza que uma coisa eu pude entender. Todos tinham esse nome em suas línguas. Como um mantra. Que de alguma forma, fora esculpido com pregos em brasa em minha mente. Um título. "

“A rainha dos massacres”.

"Ela nos derrotou. A todos nós. Sem pólvora, sem tática, sem formações. Sem nação. Apenas um exército, ódio, destemor e sede de sangue. E tamanho desejo por sanguinolência eu jamais vira igual em todos os meus trinta anos como soldado. E acredite, é algo que não se falta quando se está nessa profissão. É difícil descrevê-la. Não sou nenhum bardo ou a droga de um poeta, então não possuo os requintes para colocar em palavras o que é sua visão. Mas se fosse escolher uma palavra, seria “contradição”. Imagine algo que é belo e monstruoso ao mesmo tempo. Divino e diabólico. Aterrorizante e admirável. É o que posso dizer dela. Da cintura para baixo, possui um grosso e extenso corpo de serpente, como as nagahs, mas muitas vezes maior. Seu dorso é de mulher, mas adornados com pelo menos meio dúzia de braços, cada um empunhando uma magnífica ou monstruosa arma diferente (e eis mais uma contradição adicionada a lista). A primeira vista, mal pudemos reagir ante a sua presença. Isso claro, até que ela começou a partir homens ao meio como se fossem folhas secas. E atrás dela? Uma colmeia repleta de demônios bem menos fascinantes, mas igualmente brutais marchavam uns sobre os outros, como que desesperados por morte. Foi rápido. Um exército reunido para um cerco de dias, fora varrido em segundos. E tudo começou com um trovão. "

"Sim. Um trovão. Forte o suficiente para ressoar como um terremoto. Notável o bastante para ensinar-me a olhar para os céus todos os dias, perguntando se ele iria cair sobre nós. Ele me ignorava. Um mês depois, veio outro. Mas dessa vez sem som. Foi aquele ribombar que acontece dentro da gente, sabe? Algo subitamente havia mexido com todos os que viviam em Arton. E mais ainda com todo aquele que brandia armas como meio de vida. Algo havia mudado no panteão. Fora breve. Rápido. Ainda não entendemos o que houve, apenas que ele não era o mesmo. Nada era o mesmo. E enquanto ainda procurávamos a resposta no céu, as igrejas de Keen fecharam suas portas. "

"Talvez o resto do mundo não se importe quando um bando de sacerdotes viciados em batalha se isolam em suas igrejas fortalezas para brincar com as maças entre si. Mas em Yuden, isso era um sinal de alerta. E nós somos o tipo de povo que ao sentirmos o movimento mais brusco do desconhecido, levamos nossas mãos ao cabo da espada. As igrejas de Keen não eram santuários como os de Marah ou Khalmyr, eram centros de treinamento de batalha, que preparavam máquinas de guerra cujo único intuito era ensinar ao resto do mundo que a única solução para os problemas da vida é a guerra. Então imagina que tipo pensamento passou pela cabeça dos grandes generais, quando eles tomaram esse tipo de atitude. Para o que se preparavam? Por que não compartilhavam as informações com o reino? Seriam aqueles os primeiros passos para um ataque, similar ao que a igreja de Tauron fizeram nas guerra táuricas? Bem, era o que pensávamos, até os clérigos de Keen começarem a perder suas dádivas."

"Não foram todos, percebemos logo. Apenas aqueles que demonstravam questionamento quanto a própria doutrina. Aqueles que não eram fanáticos ou poderosos o suficiente. Por toda a Arton, Keen bania seus asseclas, deixando apenas os mais dignos, que logo eram recolhidos de volta as sedes da fé da guerra. Uma resposta militar era necessária, era o que Yuden concluía. Nos armamos, preparamos nossos estratagemas, estudamos as possibilidades de cerco e marchamos para o que acreditávamos ser um guerra civil. "

"Mas não era."

"Não fora preciso derrubar os portões de aço reforçado da fortaleza-santuário de Kannilar, nossa capital. Eles foram abertos sozinhos. E o que saiu deles não foram guerreiros fanáticos ostentando o semblante do deus da guerra. Foram demônios. Hordas e hordas deles. As construções implodiram como um formigueiro o faria se estivesse superpopulado por deformidades furiosas. Como disse antes, não havia estratégia, formação ou o bom senso da guerra. Havia apenas carnificina. Pura, simples e descuidada. E mesmo assim, fomos derrotados. "

"E agora temo, que o resto de Arton está condenada. Éramos o exército com uma nação. Uma das forças que equilibram o mundo. Os mais poderosos. E o que resta agora? Pilhas de cadáveres. Fogo vermelho. Um céu escuro. E uma nação de demônios."

"Meu tempo acabou. Fui agraciado com mais dele do que eu esperava. Posso ouvir os tambores na terra, pois o próprio avançar do exército é uma melodia de guerra. Eu não sei se este relatório chegará a alguém. E se chegar, não sei se ele servirá de alguma coisa. Se poderá trazer alguma luz nas trevas em que estamos sendo mergulhados. Mas quero me redimir por minha covardia. Nesse momento meu filho está chorando, mas não relaxa as mãos ao redor da espada. Minha filha não tem expressão, mas uma profundidade no olhar, uma concentração que vi muitos levarem décadas para adquirir. Minha mulher e mãe, sorriem de forma parecidas, ansiosas pelo combate. Eu os amo. Preciso me juntar a eles. "

"Que não sejamos esquecidos."

Aldrich Grathaghan
Oficial do septuagésimo oitavo batalhão de cerco das forças de Yuden.
PRÓLOGO: Um grito oco no ar
Episódio 1: Ibelin
Episódio 2: Azog
Episódio 3: Linus
Episódio 4: Rasalgheti
Episódio 5: Os 9 generais do massacre!
Episódio 6: ???
Episódio 7: ???
Episódio 8: ???
Episódio 9: ???
Episódio 10: ???
Episódio 11: ???
Episódio 12: ???
Episódio 13 (FINAL): ???
Editado pela última vez por DiceScarlata em 23 Nov 2017, 21:49, em um total de 2 vezes.
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Re: WERRA ATACA! - TA: Aventura épica!(ON)

Mensagem por DiceScarlata » 15 Abr 2017, 00:54

EPISODIO 1 - IBELIN

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Aquele era um dia ruim na taverna. Chuva forte, frio intenso e sem clientes. Mas essas eram as partes boas. O dia estava uma verdadeira bosta, por ser aquele tipo de dia em que não importa o quanto se beba, você não consegue ficar bêbado. Se houver algum deus menor das bebidas ele deve estar de sacanagem contigo, evaporando de algumas forma o álcool antes que ele possa causar qualquer efeito entorpecente ao seu corpo. E o pior, é que mesmo bebendo para esquecer, você acaba lembrando.

Uma noite sem lua.

Homens os cercando.

Uma promessa de união eterna.

Soldados. Imperfeição. A morte dela.

Você trinca os dentes, como se a lembrança trouxesse uma dor aguda por todo o seu corpo. Bem, talvez seja um devaneio meu, me desculpe, não é “como”, ela causa. Você só volta a si quando o ouve a sonata aguda causada por dezenas de fragmentos de vidro se partindo ao cair no chão. Da mão que sustentava o copo, escorriam agora filetes de sangue, formando tortuosos caminhos por sua pele até finalmente pingarem ao chão, fazendo companhia aos cacos despedaçados.

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- As vezes acho que ocê só faz isso pra me irritá. Não tê clientes, não significa não precisar ter copos, visse? E além do mais…
A Finntroll se levantava a sua frente, com os cacos já recolhidos por uma vassourinha e uma pá e então caminha em direção a uma prateleira, onde jaziam outros quatro copos similares ao destruído, com sutis variações nos detalhes.
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- Uma coleção fica solitária por demais, quando se perde uma peça… Mas ocê já sabia disso.
Essa era a Mama Dalma. Não faltava uma alfinetada em suas palavras, mas que apesar de parecer um tipo de sermão rígido, era também uma demonstração de empatia. Ainda sim, ela foi bem clara na escolha de suas prioridades, tomando conta da limpeza antes de sua mão ferida, mas quando o fez, foi com aquele carinho que sempre pareceu se contradizer de suas maneiras hora ríspidas, hora sarcásticas. Não usou seus dons místicos. “Havia hora pra feitiçaria e havia hora pra benzedura. O corpo há de precisar sofrer também fio, pra se limpar do que é ruim. Sofre pra mais duro. Fica mais duro, pra não sofrê mais”. Ela dizia enquanto terminava seu curativo a base de ervas, bálsamos e uma carícia suave com as pontas dos dedos.

Antes de se virar e voltar os preocupantes cálculos com a renda do mês, Dalma deixou um copo novo (na verdade, uma caneca de metal) ao lado de sua garrafa já quase vazia. Era difícil não ser grato por ter uma pessoa que entende quando você precisa de seus momentos de fraqueza. Mas você conseguia. Gratidão era uma palavra que não cabia mais dentro de seu corpo a alguns anos. Afinal, o mundo era ingrato. As pessoas eram ingratas, não mudando suas crueldades mesmo quando têm suas vidas salvas dos grandes maus que habitam por ai. O destino era ingrato, recompensando esforço, lealdade e amor com perda e solidão. Uma deusa podia ser ingrata, mesmo quando libertada, não era capaz de lhe soltar de sua própria prisão. Não era jus…

Então uma agulha invisível atravessou sua têmpora esquerda e saiu pela direita. Aquele estalo. Uma súbita percepção de algo. Algo com o qual você já estava bem acostumado. E mais ainda, exausto. Seu olhar encontrou o de Mama Dalma, que respondeu com outro afirmando que também havia percebido. Com um suspiro você se levantou da cadeira onde estava largado. Com uma mão sacou sua espada, deixando a bainha para trás e com a outra agarrou a garrafa pela boca. Caminhou arrastado até a porta da taverna e a atravessou.

Do lado de fora, um exército. Uma legião de criaturas abissais, portando espadas de aço incandescente, cobrindo toda a colina onde você havia construído sua taverna. A contagem de seus números perdeu-se no horizonte, donde eles ainda se estendiam. Um demônio a frente urrou, dando uma passo a frente.


- Sou Ferro sangrento, comandante das forças de aniquilação de um dos nove generais da suprema rainha dos massacres! - Apontou a espada em direção ao seu rosto -Por ordens de minha general, sua pele será arrancada por mim! E seu cadaver agonizante será sodomizado pelos meus homens mil vezes antes que você possa morrer para viver a experiência pela eternidade, Ibelin, o bailarino afeminado do sangue! ENFRENTE-ME!
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O que você faz? =)
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Re: WERRA ATACA! - TA: Aventura épica!(ON)

Mensagem por Tiagoriebir » 15 Abr 2017, 02:11

Enquanto o demônio falava, Ibelin levou a garrafa à boca e bebeu com gosto. Só alguns instantes depois do ser infernal terminar sua provocação o guerreiro terminou de beber, secando a garrafa, que arremessou para o lado, o vidro espatifando contra a parede externa da taverna. A outra mão, com a espada, continuava abaixada.

— Olha, desse jeito, tu não ganha desconto na bebida — começou a falar, displicente. Coçou a barba, encarando o olhar que a criatura sustentava e suspirou.

— Certo. Vocês não gostam de piadas. O que é bom, porque eu estava de muito mau humor e com a chegada de vocês, pensei que ia ter que fazer sala. Rainha dos massacres, tu disse? Lamashtu, certo? O que aquela demônia... ou seria diaba? Não sei, vocês criaturas dos infernos são confusas. Enfim. Eu estou aposentado. Não faço mais o que quer que ela ache que eu faça. Ela que arrume outra coisa pra fazer com aquela porção de mãos dela. Por que ela ia querer perseguir alguém como eu? Vocês perderam sua caminhada, garotos. Vão embora — disse, enquanto espantava Ferro Sangrento com a mão.
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EPISODIO 1 - IBELIN

Mensagem por DiceScarlata » 15 Abr 2017, 02:47

*Lar dos errantes. Um retiro nada espiritual para uma alma cansada das aventuras. Mesmo sendo um bar, seu posicionamento é o pior possivel. No alto de uma colina íngreme a quilômetros de Warton, a cidade fortificada nos limites do reino. Ou seja, se você é um soldado cansado de um dia de treinamento e disciplina militar e está louco pra uma breja gelada, o lar dos errantes será sua última opção. Porém, naquela noite, ela batera um recorde que muitas outras tavernas demoram anos para atingir. Mais de cinco mil visitantes de uma vez só. Nada mal. Pena que não parecem clientes pagantes,
concluía o Ibelin.*

*Guinchos arranhados reverberaram da garganta de vários demonios, enquanto outros se entreolhavam perturbados, como se abalados pelo inesperado*


- "Ele... conhece o nome da rainha"

*Era o que eles sussurravam pasmos entre si. O comandante a sua frente apenas ergueu a mão, solicitando silêncio. O que fora prontamente atendido.
As criaturas recuaram alguns passos, mas mantiveram-se em prontidão. E então o comandante Ferro Sangrento, riu irônico.*

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- Não, covarde. Não foi a altíssima que nos enviou aqui. Mas isso não importa, pois você disse o que não devia e morrerá por isso!!
*E não é que a bebida resolveu fazer efeito na pior hora possível? Irônico não? Um dia inteiro tentando ficar bêbado e a tontura vem bem na hora que uma espada incandescente é brandida em sua direção. Por sorte seu corpo acostumado ao treinamento e a experiência da vida de aventureiro reagira no momento certo. Num segundo o comandante teleportou-se a sua frente e brandiu a espada num corte vertical e nesse mesmo segundo você deslocou seu corpo para a direita. E foi então que algo estranho aconteceu. O ar pareceu se distorcer, criando uma imagem turva do espaço a sua frente, como uma miragem vista no deserto. Você percebeu tarde demais o quão quente aquela lâmina estava, pois mesmo sem tocar-lhe, uma pequena labareda explodiu em seu peito, chamuscando a pele e causando uma dor ardente*
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- Hah... libertadores de valkaria - Cuspiu um catarro extremamente fétido que grudou na porta de sua taverna - Superestimados. Patéticos.
FRACOS!
- Comandante. Deixe-nos terminar com ele. Ele não vale o seu tempo. Eu, Gilles do coração amado, trarei os orgãos desse patético aventureiro para suas mãos.
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- Não. A diversão será minha. Gangrena, seu mais leal guerreiro, desmembrarei Ibelin e o transformarei em seu boneco pessoal de diversões,
meu senhor.
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- Muito bem. Aquele que o matar primeiro, será recompensado. Divirtam-se.
*E assim você se via cercado. A frente, o comandante sangue ferroso. A direita, Gilles do coração amado. A esquerda, Gangrena. Os três demonios emanavam uma intenção assassina avassaladora, ao mesmo tempo que o calor provindo de seu corpos, começara a causar estalos na madeira da taverna, fazendo-a se retorcer e liberar fumaça em alguns focos específicos. Mesmo assim... Você se sente calmo. Mesmo numa situação tão terrível,
eles não lhe parecem uma ameaça. Não comparado a tudo que já enfrentou. Eles são... Um incômodo. Nada mais.*


O que você faz? =3
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Re: WERRA ATACA! - TA: Aventura épica!(ON)

Mensagem por Tiagoriebir » 15 Abr 2017, 03:46

— Heh — sorri Ibelin, enquanto olha o chamuscado em seu peito. Então ele olha para a nojeira que o demônio fez na porta de sua taverna e devolve um olhar seco para cada um dos três seres à sua frente.

— Tu vai limpar isso com a tua cara.

Antes que o o ar terminasse de levar o som das palavras aos ouvidos dos mais próximos, a lâmina translúcida de Delírio já agia, procurando corpos e almas para cortar.

Choro de Mil Anjos!
OFF: Ibelin usa Ataque Múltiplo para fazer seis ataques, dois para cada demônio. Cada um deles vai receber um ataque normal (FA = F2+H6+1d) e um Ataque Especial (versão gratuita; FA = F3+H6+1d; esses ataques ignoram a rolagem dos dados na FD, que é defendida apenas com H+A). Cada Ataque Especial consome 2 PMs e usar Ataque Múltiplo consome 1 PM, num gasto total de 7 PMs para a manobra. O dano causado por esses ataques subtrai PVs e PMs das vítimas.

O poder de Metabolismo Acelerado está atuando em PMs neste turno.
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Re: WERRA ATACA! - TA: Aventura épica!(ON)

Mensagem por DiceScarlata » 15 Abr 2017, 04:17

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*Os demônios ainda o fitavam quando faixas intangíveis de luz passaram por seus corpo. Em uníssono, eles tentaram balbuciar: "O quê?", mas é como se
o próprio som fosse retalhado. Então, de fendas extremamente finas em seus corpos, o sangue dos três passou a jorrar. E a partir dessas fendas, carne e ossos passaram a se separar em direções diferentes*

- GRAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAARRRGGH AAAAAAAAAA... GUH...

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*E então, sem que mais ninguem ali conseguisse ver a origem daqueles cortes, sem que ninguem pudesse ver os movimentos da esgrima de Ibelin, mais golpes retalhadores atingiram os pedaços dos oponentes ainda no ar, antes mesmo que a gravidade tivesse efeito sobre a massa! O sangue girava ao num tornado ao redor do corpo de Ibelin, sem sequer tocar em suas roupas, seguindo o ritmo ditado pela espada. Um dança sangrenta*

"I-impossível... O comandante e seus dois algozes! MALDITO!"

*Se por um momento o exercito a sua frente ficaram perplexo com seus movimentos acelerados e pela morte súbita de seus "oficiais", no outo eles urraram em brados de guerra, sacando armas, despejando ofensas e heresias e marchando em sua direção. Por um momento você sentiu o impeto de acessar sua velocidade máxima e dar inicio a um massacre contra aqueles seres abissais, quando uma voz martelou o ar de maneira sólida, imponente e trovejante. Tão poderosa que até mesmo você sentiu-se impelido a recuar um passo. Mas por outra razão*

- Chega.

*Foi de trás das fileiras que começou sua caminhada. Calma. Sem pressa. Sem escolta. Os seres planares se comportavam da mesma maneira: Os da frente, abriam caminho, quase formando um corredor digno da majestade para o seu desfilar, enquanto os de trás a seguiam de cabeça baixa, não apenas submissos, mas respeitosos. Conforme ela se aproximava, um nó se formou em sua garganta. Uma calafrio gelada subiu por sua coluna até o crânio, parando atrás dos olhos como se desejasse empurrar lágrimas para fora. Seus dedos afrouxaram ao redor da lâmina e suas pernas pareciam pesar como montanhas. Por um momento não havia mais taverna, exército ou colina. Era um fundo escuro. Você e ela. Os olhares se cruzaram e não houve palavras. Ela lhe deu as costas e como o comandante fizeram antes, ordenou que todas hordas recuassem. Nesse momento você se lembrou das palavras do demonio: "Não, covarde. Não foi a altíssima que nos enviou aqui". Não. Não fora a rainha dos massacres. E sim, alguém muito mais familiar a sua vida. Então ela olho para trás, por cima de ombro e finalmente lhe deu o sorriso que você esperou anos para rever: *

- Selene: A quanto tempo, meu Ibelin.
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- O que você faz? =O
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Re: WERRA ATACA! - TA: Aventura épica!(ON)

Mensagem por Tiagoriebir » 15 Abr 2017, 15:27

Quem sabe o que é ter e perder alguém?

Todos os bardos nascerão e viverão e criarão suas maiores obras — e jamais chegarão perto de traduzir a totalidade de um sentimento. Quem sabe o que é percorrer o caminho de uma existência de dedicação, de ligação plena, cumplicidade... e perder isso, perder sua contraparte, de maneira irrevogável?

Quem sabe o que é ver quem se quer partir?

E não ter mais para onde ir. Todos os últimos anos sem esperança o haviam transformado em uma casca vazia.

Faz tanta falta o teu amor. Te esperar...

Ibelin havia aprendido, da pior maneira, a lidar com a ideia de que Selene não mais existia. Anos se passaram até ele esgotar todas as possibilidades, atestar que corrigir aquele erro era impossível até mesmo para uma deusa. E suspender a mágica que mantinha o corpo dela intacto. E fazer seu funeral. Sozinho.

Mas ela estava ali de novo. Falando. Olhando com olhos que tinham o peso do tempo. Sorrindo.

O primeiro impulso foi devolver o sorriso e abraçá-la. Um reflexo de racionalidade seguinte, lembrou que estava lidando com demônios, e eles voltaram a existir no mundo. Criaturas ardilosas. Aquilo só podia ser alguma ilusão barata. Somente alguém que nunca amou poderia ser capaz de fazer tamanha maldade com ele.

A boca, seca, se mexeu. Se odiou por proferir aquelas palavras inseguras.

— O que... Quem é você?... Porque está fazendo isso comigo?
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EPISODIO 1 - IBELIN

Mensagem por DiceScarlata » 15 Abr 2017, 23:23

*"Quem é você?", foi a pergunta. Um beijo foi a resposta. *

*Era como o antes. Eu não preciso descrever a você o quão macios eram os lábios dela ou o quão saudosamente voraz a lingua dela procurava a sua. Tampouco preciso descrever como o melhor beijo que já experimentara, ou descrevê-la como nos mínimos detalhes como a mais bela de todas as mulheres. Ela era Selene. Ela era. Era tudo que você precisava saber. Foi tudo o que você sentiu. E bastava. Mais que isso. Era uma sensação de calor. De estar completo. Melhor. Para estar completo, significaria que ambos eram uma metada. Não. Era diferente. Era estar somado a algo, ser mais do que você. Ela era a resposta. Para tudo.


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- Então, você se lembra agora, Ibelin? Se lembra daquela que eu sou? - Ao se afastar após o beijo, o sangue que banhava seu corpo, manchou suavemente o dela. Sua face, suas vestes. Ela sorria serena. Sorria com saudades, sorria com... - Se lembra daquela que você traiu?


*Então todo o ar que habitava seu corpo fora expulso duma vez só. Se soubesse que não era fisicamente possivel, poderia jurar que a parede interna do seu estomago havia se colado a das costas. Um circulo de pressão se formava em seu abdome, desenhado pelo soco que explodira contra você. Tamanha fora a força, que de suas costas fora disparado um jato de pressão de ar que perfurara sua taverna abrindo gigantescos buracos! Uma golfada de sangue fugiu de sua boca ao mesmo tempo que seus pés abandonavam e o chão e seu corpo era projetado taverna a dentro. Num baque violente, seu corpo derrabou pelo chão de madeira e parou a alguns metros de Selene. Cabeça girando. Dor intensa. Gosto de ferro na língua. Lágrimas nos olhos. Sentiu alguma coisa... várias coisas se romperam dentro do seu corpo. O oxigênio parecia se recusar a retornar aos seus pulmões. Um único golpe. Tamanho poder. Quase morrera.

Definitivamente, aquele era um péssimo dia.


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Re: WERRA ATACA! - TA: Aventura épica!(ON)

Mensagem por Tiagoriebir » 16 Abr 2017, 00:16

Os olhos. A voz. O cheiro. Aquilo trazia à tona sensações que estavam afogadas, submersas em um oceano de álcool. Uma parte de Ibelin lembrava das proezas incríveis que magias de ilusão causavam, enganado a mente e os sentidos — outra parte gritava desesperadamente para aceitar aquela realidade. Ela estava ali mesmo. Selene não estava morta.

O beijo. Nenhuma bebida jamais seria tão inebriante quanto aqueles lábios. Era como se a existência se tornasse, subitamente, um lugar justo e todas as incertezas se dissipassem.

Então vieram as palavras. E com elas, a dor. Voou e caiu, quebrando madeira e ossos. Enquanto seu corpo fazia esforço máximo para trazer o ar de volta aos pulmões, sua mente era um motor, totalmente concentrado em tentar dar sentido ao que ela havia dito.

Se lembra daquela que você traiu?

Permaneceu imóvel alguns instantes, ouvindo o compasso lento do tempo em contraste com as batidas ligeiras de seu coração. Tentou se mexer. Dor. Insistiu. A dor era mais aguda. Urrou e cuspiu sangue na terceira tentativa, quando conseguiu apoiar um braço, sentado. Ofegante, ele a viu novamente. Ela era real.

— Se... Selene? O que tu... — o espasmo de uma das costelas quebradas o fez gemer — O que tu quer dizer com isso? Traição? — Encarou aqueles olhos, que eram o tudo e o nada. — Tu sabe que eu nunca te traí. A verdadeira Selene sequer pensaria nisso.


Se existe mesmo um deus da bebida, o desgraçado deve estar rindo muito agora.
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Re: WERRA ATACA! - TA: Aventura épica!(ON)

Mensagem por DiceScarlata » 16 Abr 2017, 00:58

*Atravessando o buraco que agora era a nova entrada da taverna, Selene caminhou em sua direção, passeando o olhar pelos cantos do estabelecimento. Ignorava suas palavras, como se estivesse mergulhada em um transe causado por cenas que seus olhos viam naquele lugar. Demorou um pouco até você entender que ela o imaginava em vários cantos do Lar dos errantes, com seus modos de sempre. Como se nada tivesse acontecido. Vivendo. Sem ela. O punho dela se fechou com força, até os nós de seus dados esbranquiçarem*

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- Como você pôde? Mesmo depois de tudo o que fiz por você... Depois de ter morrido por você... Como pôde ter me deixado lá? Como pôde? Você faz idéia do que passei lá? Lutando e lutando, a cada dia, a cada hora, minuto ou segundo. Batalha atrás de batalha. Me ferindo, sangrando, agonizando, cansando! A derrota levaria ao esquecimento! A vitória levava ao próximo combate! Você entende o que significa respirar a luta? Você entende o que é se alimentar da morte constantemente em troca de mais um suspiro??? Você...


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-VOCÊ ENTENDE O INFERNO, QUE É WERRA?????????????????????????????????????????????????????????


*Os fios dos cabelos da bela guerreira a sua frente passaram a flutuar suavemente. Seus chifres curvos começaram a mudar, esticando-se. Sua pele, tornava-se palida. Uma aura diferente de todos aqueles milhares de demônios emanava deles. Mais fria. Melancólica. Mais aterrorizante do que qualquer coisa que já enfrentara em sua vida*

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-Não... É claro que não entende... Afinal você simplesmente desistiu não é? Me abandonou. Me deixou! FRACO! ARRUMOU UM CANTO PARA VIVER BEM E SOZINHO, BEBENDO TODOS OS DIAS COM SEUS AMIGOS AVENTUREIROS! APROVEITANDO DIAS DE PAZ, REPOUSO E TRANQUILIDADE QUE EU JAMAIS PUDE SEQUER EXPERIMENTAR! - Ela marchou em sua direção e o agarrou pelo colarinho, mantendo um aperto firme e sufocante. Veia saltavam de sua testa,
bochechas e têmporas. Nunca a vira com tanta raiva. Nunca tão magoada. - Você não sabe o que tive de fazer para sobreviver. O quanto tive de me provar. A mão que tive de agarrar no desespero. Claro que não. VOCÊ NUNCA SOUBE O QUE É A SOLIDÃO! VOCÊ NUNCA SOUBE O QUE É O SOFRIMENTO!!!

AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAH!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!


*Lagrimas negras correndo pela face. Um punho erguido como um martelo de ira. Um grito que busca a morte. Um vulto se aproxima. Um estalo ecoante. Um tapa. A bochecha avermelhada de Selene . Mama Dalma.*

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- Minha fia. Não mede a dor dos outro, baseada na sua, minha menina.


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- M-Mama.. Dalma...


*Selene repousava mão sobre o rosto ferido, encarando pasma a visão de Mama Dalma, que ao mesmo tempo que amparava o corpo de Ibelin, tentava tocar a face da garota-demonio, com gentileza. Porém, antes que o toque se contemplasse, Selene recuou, trincando os dentes, engolindo o choro. Depois de encarar os dois por mais alguns segundos, virou as costas e caminhou para fora da taverna*

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- Chega. Não importa mais. Esse mundo vai morrer de todo jeito. Tudo pode morrer. - Ela ergueu seus olhos, agora congelados, sem qualquer traço de humanidade e comandou a suas legiões - Queimem a taverna. Matem o homem. Não toquem na Finntroll. Ela vai acabar morrendo sozinha mesmo.Acabem logo com isso.


*Sem olhar para trás, as palavras finais*


- Adeus.

EPISODIO 1 - IBELIN - FIM

Episódio finalizado com sucesso. Recompensa: 1 de XP para todo o grupo, devido ao roleplay =)
Tribo Scarlata


- MUNDO DE ARTON: GRUPO MADEIRA DE TOLLON (on):Angra Cabelos de Fogo
- MUNDO DE ARTON: GRUPO AÇO-RUBI (on): Jihad das Areias Vermelhas
- MUNDO DE ARTON: GRUPO JADE (on):Sr. Fuu
- JOHNVERSE: PRESA DE FERRO (on): Jinx - Cruzado da Ordem dos cabeças de Dado
- JUDASVERSO: CRÔNICAS DA TORMENTA (on): Nagamaki no Gouka!
- FUI REENCARNADO COMO MONSTRO (on): Gizmo
- OUTONO (on): Sandman

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