Anahera ignorou os impropérios do homenzinho bárbaro. Em vez disso, se pegou pensando sobre as poções que retardavam os efeitos da doença. Quando deveria bebê-las? E se fosse muito cedo ou tarde? Por um instante, se viu confusa a respeito disso, apenas para se lembrar de que a velha Sovnya havia lhe dito que o consumo era diário. Como bebeu a primeira poção naquela manhã, deveria beber a próxima no alvorecer do dia seguinte. Isso a fez lembrar que o primeiro dia havia terminado. Só lhe restavam mais dois antes de... Não. Aquilo não aconteceria. O Velho Vulcão olhava por ela.
— Deveriam ter observado por mais tempo antes de terem nos atacado. Ainda estariam vivos se tivessem feito isso - suavemente limpou a espada e a guardou — Temos objetivos em comum.
— Hah! Se estivesse em nosso lugar, faria o mesmo, velho! — devolveu o homem. A água da chuva escorria de seu nariz.
— Se não quiser ter o mesmo destino dos seus companheiros é melhor colaborar e eu tenho mais algumas perguntas pra você. — fez um sinal para que Vladmir diminuísse a força, mas ainda mantivesse o homem preso — O que você pode me dizer da cidade que fica no pântano? A praga já chegou até lá? Ainda há muitas tribos como a sua na região? Se sim, quais as chances de não terem sido contaminados com a praga?
— Me ameaça de morte sem um pingo de peso na voz... e nós é que somos os bárbaros... — O homem escarrou no chão, em um movimento rápido, que quase fez com que Vladimir colocasse a espada à serviço.
— O vilarejo mais adiante, na entrada do pântano, é Tuhinga. Eles fazem uma bebida forte, boa. A praga não chegou até lá ainda, se é o que quer saber, embora duvido que esteja acreditando nas minhas respostas e tenha certeza que vocês vão me matar assim que se sentirem satisfeitos.
— Se a praga tivesse chegado lá, nós já teríamos matado eles. Mas é uma questão de tempo. Eles têm que fugir, antes que peguem a doença, como a maior parte das outras tribos fez. Mas eles são cabeça dura. Acham que aquele pedaço de pântano fedorento é deles, como se fossem donos de algo. Ninguém é dono de nada.
— Sabemos da condição dela e mesmo assim ela nos acompanha, porque sabemos como retardar os efeitos da praga. E espero que suas respostas nos ajude, porque assim poderemos ajudar não só os nossos, como todas as tribos da região.
— Então vocês são piores que ela, e deviam ter morrido todos. Conheci alguns como vocês, que tentaram salvar os doentes. Só serviu pra fazer mais pessoas ficarem doentes. Nenhum xamã achou cura pra isso que ela tem. A única cura é a morte.
- Pff, precisam de vários de vocês para dar uma de mim, além disso precisam de tiros de sorte enquanto fogem para causarem algum estrago, seus patifes imundos.
— Matamos mais doentes do que vocês, ignorantes — ele grunhiu com raiva, enquanto os olhos se estreitavam em direção à elfa. — Isso eu posso te garantir.
Tenebra enfim havia acabado de estender seu manto sobre o mundo. Goretzka sacou a lanterna mágica recebida de Gauderimm. Uma pepita dourada brilhava intensamente no interior das paredes de vidro do objeto. A luz era semelhante a de uma fogueira, mas não esquentava nem apagava com a água da chuva, que novamente ganhava força.
OFF
• Todos postaram em dia, todos recebem +1 PF, já adicionado em suas fichas.
• Goretzka teve sucesso em seu teste de Manipulação, conseguindo obter do homem as respostas que ele sabe.
• Vocês têm até 17/10 para postar suas respostas sem perda de PFs. A próxima atualização será em 18/10.