Opa, vou me candidatar a vaga com um monge minauro. Já estou com a ficha pronta e o histórico na cabeça, vou ao terminar de escrever e postar aqui.
Aliás, por estar ainda me acostumando com o sistema do TRPG (velho de guerra da 3.5 ainda) vou pedir a ajuda de todo mundo para revisar e vir se não fiz bobagem, hehe.
UPDATE: Além do mestre, claro, alguém pode me apontar se diz alguma bobagem? Valeu!
NOME: Terminus Odehar, o Irredutível
Jogador: Tiago "The Portal" Soares
Idade: 29 anos ; Sexo: Masculino ; Altura: 1,95 ; Peso: 90kg ; Tamanho: Médio;
Raça: Minauro ; Classe: Monge ; Nível: 5; Alinhamento: Leal e Bondoso
Idiomas: Valkar, Táurico, Anão
Deslocamento: 12m
Iniciativa: +12
Sentidos: Percepção +9.
Classe de Armadura: 18 (10 + 4 Des, + 2 Sexto Sentido, + 2 nível)
Resistências:
Fort + 6,
Refl + 8,
Vont + 5.
Ataques:
Corpo-A-Corpo: +9
Ataques à Distância: +9
Ataque Desarmado: +9, 1d8+6 (+4 For, +2 1/2 nível)
Bordão de madeira tollon: +9, 1d6+8 (+4 For, +2 1/2 nível, +2 talento regional), x2
Nunchaku: +10 (+1 obra-prima), 1d6+6 (+4 For, +2 1/2 nível), x3
Sai - corpo-a-corpo: +10 (+1 obra-prima), 1d6+6 (+4 For, +2 1/2 nível), x2
Sai - distância: +10 (+1 obra-prima), 1d6+6 (+4 For, +2 1/2 nível), x2
Shuriken especial: +10 (+1 obra-prima), 1d4+6 (+4 For, +2 1/2 nível) x2
Shuriken: +9, 1d4+6 (+4 For, +2 1/2 nível) x2
Habilidades:
For 18,+4 (Gasto 3, +4 Racial, +1 Nível)
Des 18,+4 (Gasto 6, +2 Racial, +1 Nível)
Con 14,+2 (Gasto 4)
Int 14,+2 (Gasto 4)
Sab 13,+1 (Gasto 3)
Car 10,+0 (Gasto 0)
Pontos de Vida: 42/42
Pontos de Magia: -
Pontos de Ação: 1/1
Perícias: Acrobacia (Des) +17, Atletismo (For) +17, Cura (Sab) +9, Iniciativa (Des) +12, Ofício - Carpintaria (Int) +10, Percepção (Sab) +9, Furtividade (Des) +12 (Racial)
Desvantagem: Amaldiçoado (ganha Desarmar Aprimorado)
Qualidades Raciais: +2 For, +2 outro atributo (Des), +2 outro atributo (For), 1 talento adicional (Derrubar Aprimorado), 1 perícia treinada extra (Furtividade)
Talento Regional: Arma de Madeira Mágica (Bordão - Tollon)
Talentos por nível: Especialização em Combate (1º nível), Autossuficiente (3º nível), Agarrar Aprimorado (5º nível)
Talentos de Classe: Usar Armas (simples), Usar Arma Exótica (nunchaku, sai, shuriken), Fortitude Maior, Reflexos Rápidos, Vontade de Ferro, Ataque Desarmado Aprimorado.
Habilidades de Classe: Dano Desarmado (1º nível), Rajada de Golpes (1º nível), Sexto Sentido (1º e 5º níveis), Técnica de Luta (1º nível - Ataque Atordoante, 2º nível - Fintar Aprimorado), Evasão (2º nível), Movimento Rápido (3º nível), Ataque Chi (4º nível), Movimento Ágil (4º nível)
Equipamentos:
Bordão de Madeira Tollon (via talento regional), Kit de medicamentos obra-prima (150 TO), 2 nunchaku obra-prima de madeira tollon (804 TO), 2 sai obra-prima (610 TO), 1 shuriken obra-prima (301 TO), 13 shuriken convencionais (13 TO), kit do aventureiro (10 TO)
(112 TO restantes)
Background:
Quando Nimb jogou os dados para decidir como Deus à vida de Terminus, os números não foram generosos. Abandonado recém-nascido às portas de um pequeno templo de Lena (não coincidentemente após a passagem de uma caravana de Tapista) numa vila em Tollon, nas cercanias de Follen, quase na fronteira com Ahlen, ele nunca soube quem foram seus pais. Tudo o que havia em seu cesto era um bilhete escrito em táurico, sem assinatura, dizendo que a pessoa estava colocando "um fim nesta vergonha". Daí veio seu nome Terminus (que significa "fim" na língua dos minotauros). As próprias clérigas de Lena não perceberam de imediato o motivo do abandono, até que semanas depois um viajante de passagem (um clérigo de Tanna-Toh) percebeu que o bebê não era um minotauro puro, mas sim um raríssimo mestiço minauro - usual motivo de vergonha na hermética sociedade táurica.
Seu segundo abandono veio pouco tempo depois: ainda que tenham salvo sua vida e nutrido o infante de seu próprio seio, a ordem de Lena não permitia que homens ingressasem em suas fileiras. Assim, antes mesmo de completar um ano Terminus foi enviado por Felícia, a líder do templo, para a família dos Odehar, marceneiros de vida razoável (num local onde o trabalho em madeira é mais que valorizado). Sua ligação com as clérigas, no entanto, não terminou neste momento: durante toda a infância um quase instinto maternal o levava o tempo todo a querer estar com elas e de alguma forma ser aceito na ordem, o que não podia acontecer - ainda que ele tenha aprendido alguns princípios de cura e tratamentos simples. Ao mesmo tempo, sua insistência em tentar ser aceito no templo de alguma forma gerou uma pequena mágoa em Carbus Odehar, seu pai adotivo. Não que Terminus o desprezasse ou algo assim - o garoto sempre deu o melhor de si para sua família adotiva, inclusive aprendendo o ofício de marceneiro - mas o simples desejo de voltar a conviver com Felícia e suas irmãs de ordem não permitiu que ele se tornasse parte integrante dos Odehar, mesmo carregando seu nome.
Um pouco antes de completar 10 anos de idade sua vida deu uma nova guinada: numa breve jornada de busca de madeira o jovem Terminus acabou de perdendo de seu pai e do grupo, ficando dois dias vagando pela floresta. No começo da segunda noite deu de cara com um cruel grupo de trolls, que teriam terminado sua existência ali mesmo, não fosse pela intervenção de um misterioso homem idoso. Sem armas de qualquer tipo além de uma tocha e os movimentos mais graciosos que Terminus já vira ele derrotou as criaturas. Seu nome era Lin-Su-Dan, O Filho da Luz Azul, um monge recluso expatriado do Tamu-ra muitos anos antes da chuva rubra maldita consumir tudo. Ele localizou facilmente o grupo do pai de Terminus devolvendo o garoto são e salvo. O jovem minauro, no entanto, ficou completamente encantado com a técnica de Lin-Su-Dan e decidiu que ele iria seguir o mesmo caminho. Qual não foi sua frustração, no entanto, quando o velho monte declinou o pedido de tomá-lo como aprendiz, declarando o jovem "inadequado" e que este deveria continuar como carpinteiro.
As lembranças da recusa de Felícia em juntar-se a ordem de Lena consumiram o coração de Terminus, mas dessa vez ele não se deu por vencido. Alguns dias depois ele fugiu para a floresta atrás de Lin-Su-Dan, mas este recusou novamente, e por mais duas vezes ele continuou recusando. A frustração de Terminus não foi maior por um motivo: ele percebeu algo nos olhos frios e na postura dura do monge, algo diferente. Em seu íntimo ele não sentia a recusa como sincera, mas talvez como um teste. No quarto encontro deles, logo após a recusa, Terminus expôs o que pensava num tom de mágoa. Lin-Su-Dan então lhe contou a história de uma longa depressão num penhasco junto ao mar em Tamu-ra; que para o olhar desatento a rocha parecia sólida e resistia às ondas impavidamente. No entanto, se o observador permitisse a reflexão e observação, iria ver as marcas das ondas onde a maré subia e descia, afundando a rocha lenta e inexoravelmente. O monge então se levantou, fez alguns movimentos lentos e estranhos e deixou aquele ponto da floresta. Terminus refletiu naquela noite sobre suas palavras e decidiu ser como as ondas.
Sua rotina nas semanas seguintes foi a mesma: acordar antes do raiar do sol e ajudar seu pai e irmão nas tarefas de carpintaria a maior parte do dia. No meio da tarde o minauro deixava a oficina e passava rapidamente para cumprimentar as clérigas de Lena, dirigindo-se para a floresta. Lin-Su-Dan estava sempre sentado meditando na mesma rocha, e recusava sempre o pedido de Terminus de treiná-lo. Depois se levantava e começava a fazer alguns exercícios estranhos, como se lutasse embaixo d'água, lentamente. Sem dizer uma única palavra Terminus tentava imitá-lo - inicialmente de forma desastrada, mas pouco a pouco conseguindo reproduzir a mesma graça. A cada dia os movimentos mudavam, o que exigia mais ainda do jovem minauro. Ao final de um ano, Terminus conseguia ter uma graça similar e movimentos sincronizados, quase como se lesse a mente de Lin-Su-Dan. No dia seguinte, ao perguntar se ele o aceitava como seu aprendiz, sua resposta foi "eu não preciso aceitar algo que você tornou verdade".
À partir daquele momento o treinamento de Terminus começou de forma intensa. Antes ele resolveu tratar de forma melhor a situação e pediu a benção de seu pai adotivo, que desta vez tinha mais admiração pela determinação demonstrada pelo garoto do que tristeza pela partida. Lin-Su-Dan levou Terminus para o coração da floresta em uma simples cabana, onde ensinou todo o princípio do Tai-Yun e suas técnicas de combate e autocontrole. Terminus não apenas aprendeu a lutar com armas estranhas ao seu povo, mas também como lutar com as mais nuas, causando mais estrago que armas metálicas! Sua dedicação era total, e seu talento deixou o próprio monge (normalmente impassível) impressionado com a velocidade que ele dominava a técnica. Mesmo assim Terminus aprendeu o peso do abandono e, sempre que possível e autorizado por Lin-Su-Dan ele retornava a sua vila para seus pais e as clérigas. Utilizando também da habilidade de lidar com madeira, ele mesmo criou (com a ajuda de Carbus) um bordão de madeira tollon de leveza e resistência incríveis, que se tornou sua principal arma.
Entrando em sua vida adulta com um conjunto de habilidades sem igual, o minauro poderia ter seguido uma vida de aventureiro sem esforço, mas ele simplesmente não via motivo. Alternava seu continuo treinamento com Lin-Su-Dan com visitas a sua vila e utilizava suas habilidades em ocasionado defesa dos moradores - sejam de feras selvagens, salteadores ocasionais ou mesmo os sempre presentes trolls que vinham da floresta. E sua rotina não teria mudado não fossem as Guerras Táuricas. A invasão das tropas de Tapista não apenas mudaram a vida do reino inteiro, mas foram especialmente dolorosas para Terminus por sua origem. Um primeiro momento de indecisão sobre sua posição na guerra foi logo deixado para trás quando uma tropa avançada de centuriões veio até aquela região. A primeira ameaça foi justamente conta seu irmão adotivo Trunar, que numa discussão com o líder de um destacamento de centuriões foi morto por seu gladio. Terminus colocou seu treinamento em prática e derrotou os soldados com uma facilidade assombrosa. A partir daí o minauro e seu mestre tomaram parte na defesa daquela região de tollon. Utilizando de estratégia e sagacidade (incluindo técnicas furtivas e não-convencionais, espionagem e até o aprendizado da língua táurica para entender melhor o inimigo) eles conseguiram proteger relativamente não apenas a vila mas a região - com auxílio de parcas tropas do reino destacadas para o local e alguns druidas de Follen. Sua determinação começou a lhe render fama tanto entre os tollonianos quanto entre os invasores, o que lhe rendeu a alcunha de O Irredutível. Em especial, o centurião Felticitus, responsável pela região, nutre abertamente raiva e admiração pelo mestiço.
No entanto, o abandono veio mais uma vez, mas dessa vez do mais alto possível: o Rei-Imperador Thormy se entrega como refém para o então Império de Tauron, terminando a guerra e deixando Tollon sob o jugo táurico. Sem quase aliados (em sua maioria obrigados a parar pelo armistício), com Lin-Su-Dan tombado em batalha e com o cerco se fechando, Terminus recebe um ultimato de Felticitus: entregar-se como escravo, deixar o reino ou receber a punição máxima. Aconselhado pelo pai, Felícia e toda a vila, Terminus resove deixar Tollon. Como o mar, ele recua na maré baixa aguardando pacientemente sua oportunidade.
Terminus exilou-se em Deheon, onde busca formas de livrar seu povo do domínio do Império, possivelmente aliados, sem muita sorte. Até que ele ouve falar da Aliança de Ferro, e o súbito interesse de vários poderes, inclusive o Império...
Personalidade: Terminus não é especialmente marcante enquanto pessoa, normalmente calado. Se tem que expressar opiniões costuma utilizar parábolas enigmáticas para tal. Contudo, esporadicamente sua natureza minaura vem a tona e ele se permite momentos de descontração e riso
Apesar da personalidade um tanto fechada, Terminus é gentil e sempre está disposto a fazer a coisas certa. Em combate alterna o uso de ataques desarmados - ora não-letal, ora completamente letal, confirme o caso - manobras de desarme e usos criativos de agilidade. Como armas usa o bordão de madeira tollon que ele e seu pai fizeram, um par de nunchakus de tollon que este deu de presente em sua partida de Tollon, o par de sai que pertenciam ao seu mestre e shurikens para ataques a curta distância - uma delas também pertencia a Lin-Su-Dan, vinda junto com os sai da distante Tamu-ra. Terminus somente usa está shuriken em algum momento crítico do combate - e sempre vai pegá-la de volta. Terminus ainda possui uma caixa com instrumentos de cura dada por Felicia e suas irmãs, e uma pequena plaquinha de madeira tollon com seu nome feita em conjunto pelos outros habitantes de sua vila - ambos presentes também dados a ele em sua triste despedida ao fim da guerra.
Terminus não presta homenagem específica a qualquer deus. Por seu passado tem uma reverência por Lena, mas a recusa de entrar em sua ordem não permite mais que isso. Lin-Su-Dan lhe ensinou alguma coisa sobre Lin-Wu mas nunca ele mesmo parecia ter qualquer prova maior de fé. E de qualquer forma, o minauro desconfia que algum dos deuses não gosta muito dele (Tauron, talvez?), pois sempre que havia algum momento crítico de sua vida algo parecia dar errado. Terminus sempre teve que confiar na própria habilidade ao invés de qualquer entidade externa.