Era estranho ver aquela situação de outro ponto de vista. Cômico diria, se ele fosse do tipo que tende a esse tipo de humor. Era agora o soberano dos soberanos e as portas de seu dominio foram abruptamente escancaradas pelo ímpeto da violência. Exatamente como ele fizera, não muito tempo atrás, com o antigo detentor de seu título. Com machado em mãos o desafiou para a batalha. Mas ao invés de combater, ele cedera o trono. Acovardou-se e envergonhou tudo aquilo que representava. Não cometeria o mesmo erro.
- Ajoelhe-se, perante o seu senhor. - Ordenou Tauron, senhor do panteão, dardejando-o com um olhar perfurante de lança ao visitante que jazia metros a sua frente.
- Não me ajoelho a ninguém, seja rei o inimigo. - Respondeu Keen, lorde da batalha,, sustentando o olhar ameaçador com uma máscara de fortaleza em sua face - Se ajoelhar é um convite a ter sua cabeça decepada.
- Pois assim o será, se não obedecer meu comando, guerreiro.
Então as chamas ao redor do crânio do deus da força se intensificaram como mil infernos. Em alguns lugares Kundali, guerreiros foram preenchidos por uma cólera incontrolável obrigando-os a lutar entre si para provar a própria força. Em outros pontos, escravos ajoelharam-se em súplica, percebendo a mediocridade da própria existência. Na arena da glória, onde Tauron presidia a maior parte do tempo (inclusive agora), gladiadores reunidos ali para o divertimento do deus, tiveram seus corpos carbonizados a cinzas apenas por presenciarem o estalar da flamas. O mesmo aconteceria com o harém divino, não fosse a vontade do próprio deus em protegê-las, utilizando de sua magia para tal. Principalmente, sua escrava favorita. Sua concubina. Seu troféu. Glórien. Atada em correntes, encarando com desinteresse a disputada de divindades cujo palco não dividia mais.
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- Há algo que desejo fazer. Então por respeito a posição que você conquistou através da guerra de seus filhos, rei dos deuses, vim comunicá-lo que será feito
Keen não se abalou diante da intimidação da Força. Ele era a Guerra. Chocar-se com a brutalidade fazia parte de seu ser, quase como respirar. Seus cabelos era tragados para trás conforme a pressão de Tauron tentava esmagá-lo, como se dele nascesse todos os vendavais que varriam o mundo, mas ele apenas se mantinha de braços cruzado, impassível. Sua própria essência o mantinha no lugar, como se a gravidade de dois mundos tentassem repelir um a outro, competindo por um lugar na escuridão do universo.
- Não devia estar cuidando de seu torneio, deus da guerra? Apostando seu título, como se duvidasse que fosse merecedor do mesmo? Soube de alguns dos competidores deste ano. Deveria ficar atento, talvez este, seja o seu último.
- Eu coloco meu posto a prova, por ter a certeza de que não importa o que aconteça, jamais vou perdê-lo - A guerra responde - Diferente de você, escravizador, que só consegue ter a certeza que é detentor de alguma posse, ao colocar uma corrente ao redor de seu pescoço. Não seria isso medo, Tauron? Medo da própria incapacidade de impedir que elas fujam se não fizer isso? Medo de perder tudo?
Tauron ergueu-se. Com um gesto, seu vasto harém multiversal desapareceu, teleportado para um lugar seguro. O gigantesco machado de guerra, surgiu entre suas mãos, mais pesado que a criaçãp. Cada passo do deus da força, um tremor. Um abalo na existência de Kundali, seu plano divino. Uma lembrança física do colosso que agora governava tudo com mão de ferro. Keen avançou também. Um passo de cada vez. Meticuloso. Estratégico. Sorriso insano rasgando os lábios. Olhos maníacos arregalados. E no abismo de cada pupila, uma profundeza inundada de intenção assassina e ódio lapidado. Obediente, um batalhão de armas marchou pelo próprio ar - após retalhar a própria realidade ao se materializar - e se prostrou atrás de seu eterno general. Milhões no céu, uma espada em uma mão e um machado em outra. Dois guerreiros, prontos para o embate. Ainda que nutrissem conceitos de batalha diferentes, ainda conseguiam carregar tamanha similaridade em suas essências, que mais lembravam irmãos. E como irmãos guerreiros, sua rivalidade havia de reinar. Sempre.
E desta vez, sem um juiz em armadura prateada para contê-los.
O primeiro a urrar em desafio foi Tauron avançando com um ataque vertical, uma guilhotina fatal capaz de dividir montanhas, oceanos e desertos ao meio. Keen respondeu em igualdade, um grito de guerra, carregado de experiência e destemor. Suas armas voaram contra Tauron, precisas, assassinas. Um enxame de lâminas, pontas e pesos, prontos a dilacerar tudo em seu caminho. Mas o próprio avanço do touro das chamas era uma tempestade, destroçando aço, derretendo o ferro e pulverizando o metal, o que era um enxame diante da queda de uma montanha? Conseguiu encurtar a distância entre ambos e seu golpe veio trovejante, visando o crânio de Keen. Mas o golpe do minotauro divino foi desviado por técnica e experiência, seu fluxo redirecionado por um movimento marcial de outro machado, sem desperdício de movimentos, com o “timing”correto, conseguiu mudar a trajetória como se tivesse ensaiado isso por anos, ato que de fato, não fora necessário. Enquanto isso a lâmina da espada em sua outra mão avançava rumo ao pescoço do inimigo, rasgando o ar a ponto dele se tornar visível a olho, quebrando a barreira do som em circulos concêntricos. Ainda sim, Tauron era também um combatente veterano e com uma jogada de corpo que normalmente esfacelaria os ossos de qualquer outro na existência, desestabilizou o equilíbrio seu inimigo, o empurrando para trás, fazendo com que a arma afiada apenas raspasse em seu couro blindado. A seguir, uma sucessão de golpes estrondosos entre armas de iniciou. O choque de cada ataque, não gerava apenas faíscas e sim verdadeiras labaredas vorazes, que incendiavam tudo ao redor: As arquibancadas estalavam no crepitar do foto, a areia da arena se convertia em vidro e até mesmo a estátua erguida para Glórien, começara a derreter. A vibração das armas divinas, reverberavam pelo multiverso, resultando em cataclismas em mundos distantes.
O choque entre guerra e força pôde ser sentido até mesmo em Arton, na forma de um estranho trovão sem nuvens.
E aquele, fora o começo de tudo.
O começo da guerra de Werra. Uma guerra entre mundos.
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Aventura épica
Quando decidi narrar uma aventura em escala épica, com personagens de 25 pontos, sugoi, me perguntaram logo em seguida: Por quê? E eu consigo enumerar algumas razões para isso:
1) Pq eu quis.
2) Por que sou adepto do antigo ditado game: “Se está no jogo, então é pra se usar”
3) Para quebrar o tabu de que 3d&t só funciona com pontuação baixa. Não. 3d&t funciona e ponto. Pois enquanto for divertido, ele funciona.
Atualmente em off, eu narro uma campanha de 50 pontos kiodai. Afirmo a vocês que é divertido igual. Mas se me perguntarem: “Qual a diferença para ningen, além dos pontos?”, eu poderia responder: Depende de quem narra. Mas meu pensamento é que quando você galga uma escala, você está anunciando ao resto do mundo, que está pronto pra outro patamar de desafio. Que você adentrou um palco onde apenas algumas estrelas chegaram. Então os desafios já não são tão simples quanto antes. Nessa aventura, os personagens são poderosos e tem bastante pontos. Mas eles acabaram de chegar. Estão na boca do abismo e desceram um degrau. Imagine aqueles que já existem a mais tempo dentro dessa escuridão assustadora, enfrentando os pesadelos que há nela? Sim, é uma experiência nova, enfrentar coisa que geralmente ningen algum venceria. Será necessária experiência, inteligência, poder e principalmente MUITO roleplay!
Mas também espero ser extremamente divertido! Eu estou usufruindo da Arton alternativa de 3d&t, a Arton Alpha! Esse multiverso é mais animesco, bem ao estilo shounen! Então oponentes atingidos por um golpe varam cinco casas alinhadas com seus corpos, antes de parar. Seus punhos criam crateras no chão. Seus saltos desafiam a gravidade, criando batalhas aéreas saltando entre paredes, litros e litros de sangue são perdidos, mas os DEFENSORES DE ARTON, continuam de pé!!
O drama, o romance e a emoção tomam o lugar do simples. do realismo. Isso é ser “incrível”.
Essa é a campanha épica.
A proposta
Os participantes dessa aventura (fechada, por enquanto), são:
Kaidre - Rasalgheti
Kaitou-sensei - Linus Maxwell
Padre Judas - Azog, filho de Azog
TiagorieBr - Ibelin
Personagens: 25 pontos
Escala: Sugoi
Desvantagens: -3
Kits: O primeiro gratuito.
Superkit: Gratuito.
Restrições:
Vantagens: Todas liberadas. Exceto as lendárias e parceiro.
Kits: Todos liberados. Exceto clérigo de keen. (As mais radicais devem ser bem explicadas, afinal, um devoto da tormenta sendo um herói precisa ser BEM justificado)
Desvantagens: Todas liberadas, contanto que haja lógica.
Materiais usados: 3d&t Alpha básico, Manual do aventureiro, Tormenta Alpha, Manual do defensor.
A idéia que eu trouxe ao grupo é: Vocês eram membros da mesma party de aventureiros. Podem ter se encontrado com 5, 7 ou 10 pontos. Talvez nem tenha acontecido ao mesmo tempo. O que importa é que o destino de Thyatis ou os dados de Nimb uniram vocês e desde então, vitória atrás de vitória, sacrifício atrás de sacrifício, você conquistaram o renome. Seus feitos heróicos se espalharam por Arton e fizeram a diferença! O grupo ficou conhecido!
O objetivo desse OFF, além de postar as fichas, claro, é que vocês debatam esse tipo de coisa. Quero que ao conversarem entre si, me respondam a seguinte pergunta:
1) Como entraram no grupo?
2) Quem liderava? (Sugiro pessoalmente, o Azog)
3) Qual o nome pelo qual o grupo ficou conhecido?
4) Como eram as relações entre vocês?
5) E então, quando finalmente galgaram uma escala, seguiram caminhos diferentes. Uma briga? Descanso? Obrigações pessoais?
Ah sim. Existia uma quinta membro do grupo (quem sabe talvez mais). Selene. Uma forte guerreira de Yuden, amante de Ibelin que acabou morrendo numa das missões finais de vocês. Só para que ela não seja excluída dos debates.
Aproveitem e falem um pouco de seus personagens, ajuda a chegar num consenso (história, objetivos, personalidades e etc).
A decisão!
Depois de muito dialogo, o grupo decidiu que se eram para serem heróis, por que não alguns já reconhecidos? Nascem assim os Libertadores originais! Os heróis que salvaram Valkaria de suas vinte dungeons divinas! Foi decidido que eles seriam as seis lendas que receberam a fortaleza voadora da própria deusa da ambição a seis anos atrás e desde então vem realizando atos de heroísmo por todo o reinado... E em outros planos!
Agora os libertadores estão envolvidos em uma das maiores guerras que Arton já viu... Irão eles triunfar?
A TORRE DOS LIBERTADORES
A fortaleza voadora dos libertadores fora derrubada dos céus durante as guerras táuricas.
Romantismo:
Romantismo é um sistema simples de regras, similar a sorte, ação e etc. Romantismo significa "emoção acima da razão" e ele ocorre quando um player realiza uma ação emocionante, acima do comum ou do que é crível. Quando um general inspira 1000 homens contra 10 000 através de um discurso, aquilo foi romantismo. Quando um unico homem corre pelo braço de um gigante e lhe arranca um dos olhos com as mãos nuas, foi romantismo. Quando um companheiro aguenta toda a dor de uma chuva de flechas e se ergue a frente dos demais para protegê-los, foi romantismo. Desafiar a razão e a ponto de chocar o mestre e o resto do mundo: Isso é romantismo.
Descrições grandiosas, especiais, apaixonadas, geram pontos de romantismo. E esses pontos podem ser usados para comprar as “vantagens lendárias”. São elas:
- Ataque especial: Dano gigante.
- Ataque combinado
- Armadura suprema
- Aliado gigante
- Golpe final
- Imortal III
- Magia extrema
- Superação
Especial: Parceiro.
Ou seja, todas essas vantagens estão SEMPRE disponíveis ao personagens, como se eles já as tivessem. Mas para ativá-las, o personagem precisa acumular o seu custo em pontos de romantismo. Ou seja, para utilizar a vantagem magia extrema, um mago precisa gastar 3 pontos de romantismo + o custo em pms exigido pela vantagem e então terá acesso ao seu poder absurdo!
Romantismo está como um elemento adicional, para apimentar a proposta dessa campanha, tornando-a ainda mais… bem, épica.
Pontos de vida
Eu tenho uma regra sobre mostrar os pontos de vida. Eu não mostro.
"Ué, como assim? " . É bem simples na vdd. Na vida o seu medidor de pvs é a dor. Uma topada na quina da escada é uma dor excruciante, mas você sabe que vai viver depois de chorar. A dor de ter uma costela quebrada perfurando um pulmão, fazendo sua respiração falhar e sua vista embaçar... essa sim te deixa ciente. E é assim que faço em off e não vejo por que não fazer em on. Conforme vocês vão sendo feridos eu vou descrever a gravidade dos ferimentos, sensações e as noções do quão próximos da fatalidade vocês estão. Mas as quantidade de pontos de vida EXATAS, eu não digo.
"Mas isso é jogo, não vida real". Eu sei. Mas valorizo MUITO roleplay. Não ver os pontos de vida é uma preocupação. Gera medo. Cautela. E é justamente o que se precisa ter quando seu corpo começa a ser muito castigado. Então vocês saberão quantos pms gastaram, mas pontos de vida não.
EXCETO para aqueles que realizarem um teste de DIAGNÓSTICO, da pericia MEDICINA. Esse teste revelará - se bem sucedido - a quantidade exata de pontos de vida do alvo em questão.
Vantagens pessoais
Segue abaixo a lista de algumas vantagens que modifiquei de acordo com meu gosto e visão de campanha:
Escudo (1-2 pts): Só servem para golpes de FORÇA.
Adaptador (1-2 pts): Um personagem com adaptador, pode não só usar várias armas, como trazê-las para a batalha da maneira que quiser. Seja materializando, carregando várias delas consigo ou transformando uma arma em várias. Por dois pontos, um personagem pode combinar dois tipos de dano em apenas uma arma. Por exemplo, uma adaga envenenada (corte/químico) . Flechas flamejantes (perfuração/fogo) . Uma manopla de raios (contusão/elétrico). O personagem pode considerar também que na verdade ele dominou tão bem sua arma, que pode usar todas as suas partes para causar dano igualmente destrutivo. Ou seja, um guerreiro com uma alabarda, poderia causar os danos contusão (haste) , corte (machado), perfuração (ponta). Tudo na mesma arma. Neste caso pode ter 3 tipos de dano em apenas uma arma, mas n poderá usar outros.
CRITICO!
Para valorizar os tipos de dano, eis uma regra alternativa para os danos críticos:
Toda vez que um personagem obtém um acerto crítico através de um SEIS natural (sim, apenas através de um seis) e causar dano igual ou superior a resistência do oponente, ele automaticamente ativa um dos efeitos do tipo de dano. Segue lista abaixo:
FÍSICOS
Corte - Amputação: O oponente recebe FA -2 até o fim do combate (ou até que seja curado).
Perfuração - Sangramento: O oponente passa a perder 1d6-3 pontos de vida por turno (até que seja curado).
Esmagamento - Fraturas: O oponente recebe FD -2 até o fim do combate (ou até que seja curado).
ENERGIA
Fogo - Incinerar: O oponente está em chamas e receberá 2d6-2 pontos de dano por turno, até que gaste um movimento para apagá-las.
Frio - Resfriamento : O oponente fica sob estado de hipotermia, recebendo r-1 até que reverta esta condição.
Veneno - Envenenado : Igual a vantagem para armas,
Acido - Corrosão: Corroí as vestes, equipamentos e até mesmo barreiras do oponente, oferecendo-lhe A-1 até que realize os devidos consertos.
Aguá - Afogamento: Fortes impactos d`agua minam o folêgo do oponente, causando r-2 para testes de resistência durante o combate.
Eletricidade - Eletrificado: Os músculos do oponente sofrem espasmos e câimbras devido a fortes choques elétricos. O oponente só pode realizar um movimento ou uma ação por 1d6 turnos.
Som - Atordoamento: Fere os tímpanos do oponente, causando-lhe um estado de surdez (desvantagem) com a diferençá que receberá H-1 por 1d6 turnos.
Caso esteja utilizando adaptador em nível 2 e obtenha um critico, deve rolar um dado para decidir qual efeito critico será aplicado.
Algumas regrinhas comportamento
Acima de tudo, rpg é um jogo. Não é uma obrigação. Estamos aqui pra rir e nos divertir, deixando a raiva e as lágrimas para o in game. Portanto queria “estipular” (pedir na verdade) que sigamos 1d6 normas de conduta.
1) Respeito acima de tudo. Antes de questionar ou dizer algo para o outro, diga a si mesmo e se pergunte: Eu gostaria de estar ouvindo isso? Se a resposta for não, então não faça.É fácil mal interpretar intenções em conversas digitadas e muitas vezes esse é o precursor de atritos,
2) Errar é humano. Élfico. Anão. Dracônico e divino também. Não importa o quanto eu ou os players dominemos o sistema, pode haver erros, mas se acontecer avisem em off de boas, talvez até por pv ou no chat, para não poluir o off, gerando excessos. A menos que seja algo importante a se ver em público. Nesse caso trarei ao off depois disso ter sido constatado.
3) Que o on se resolva no on e o off no off. Que um não interfira no outro.
4) Evitar flood.
5) Divirtam-se.
6) Na dúvida, se foquem a na regra 1 e 5.
Sei que não é tão necessário deixar isso aqui, mas também melhor ter e não faltar, do que faltar e não ter, é o que mama Dice dizia =D
E que rolem os dados! VAMOS NOS DIVERTIR!