- Introdução: Reunião
Alguns meses se passaram após a derrocada de Zairon e o desfecho da busca pela espada de sir Gorboduc ao seu dono, o povo de Prado Verde. Maryanne e Millyan haviam, juntas, superado os desafios impostos pela famigerada Catedral Invertida sob a cidade de Vectora e superado o cruel elfo de cabelos prateados. Entretanto, a humana e a elfa obtiveram cicatrizes marcantes. Experimentaram os horrores da morte de entes próximos, as adversidades de se misturar no submundo criminoso. Os problemas, as dores, as vivências todas serviram para fortalecer o laço de amizade das duas e endureceram seus corações para o mundo de aventuras.
Entretanto, nenhuma das duas quis ficar muito tempo parada. Ambas partiram em pequenas buscas para descobrir mais sobre si mesmas.
Maryanne viajou para o sul de Valkaria instigada pelas informações contidas no livro encontrado na Catedral Invertida. Escrito na língua dos dragões, a espadachim pretensa barda descobriu o estudo meticuloso de um sacerdote da morte interessado nos rituais dos dragões negros sobre a necromancia. Todas suas informações eram técnicas de origem religiosa, com dogmas e rituais profanos, nada de útil aos objetivos de Maryanne. Entretanto, o sacerdote teve o cuidado de referenciar suas pesquisas e assim a espadachim viajou para o sul, encontrando uma antiga biblioteca na Mata dos Galhos Partidos, uma região pequena, mas infestada de plantas tóxicas, cobras e insetos venenosos, lobos, javalis e pequenos felinos. Maryanne encontrou o lugar e descobriu que era guardada por um guerreiro formidável, com o corpo tomado por escamas, dentes afiados e asas coriáceas. Após um inevitável combate e uma vitória sofrida, a garota vasculhou pelos livros em busca das referências do sacerdote da morte. Infelizmente, boa parte dos livros estava destruído pelo tempo, o que fez a espadachim questionar a motivação daquele guerreiro dracônico. Maryanne descobriu uma passagem na biblioteca que levava a um pântano fétido e pelas inscrições nas paredes, havia uma capela antiga com os livros mais importantes naquela região. Porém, ao chegar no lugar, Maryanne descobriu que os livros estavam todos arruinados, afundados nos juncos para sempre. Não tendo mais o que fazer, a espadachim voltou para casa sem maiores informações.
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Em contra partida, Millyan se envolveu em uma busca espiritual. Desejosa em conhecer os dons de Glórienn, responsável direta por ajudá-las na vitória contra Zairon, a elfa arqueira buscou o paradeiro de Tillis Redwood, o antigo sumo-sacerdote de Glórienn. Através de seu vasto conhecimento da natureza e do rastreio, buscou incessantemente por meses para encontrar algum dos raríssimos templos da deusa dos elfos no continente norte. Porém, o que vira foi a escassez dos próprios elfos. Isolados e cada vez mais raros nas cidades humanas, o povo de Glórienn minguava. Porém, durante uma noite estrelada, Millyan recebeu uma visão em sonhos de sua tão amada deusa. Vestia seus trajes verdes tradicionais com detalhes arabescos em formato de folhas prateadas. Seus cabelos púrpuras, seus olhos tristes. E havia a hedionda coleira de metal puxada por uma corrente infinita vinda do céu. Glórienn ajoelhou-se para sua filha e agradeceu em lágrimas pela fé. Ergueu-se, entretanto, com olhos suplicantes falando que os elfos não precisavam mais sofrer, pois haviam encontrado um pai protetor. Millyan acordou no dia seguinte sabendo aonde deveria ir. Vagou, então, pelo perigoso Império de Tauron, onde os minotauros poderiam escravizá-la somente por ser uma elfa. Através de conversas escusas na calada da noite em becos duvidosos, a arqueira acabou não encontrando o rastro de Tillis, mas histórias divergentes. Alguns diziam que ele fora morto nas Guerras Táuricas, lutando pela liberdade de seu povo. Mas outros diziam que ele se ajoelhou perante Kelskan, o sumo-sacerdote de Tauron. Apesar de não ter encontrado o que queria, Millyan regressou à Vila Élfica como uma legítima clériga de Glórienn.
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Os meses passaram e as duas aventureiras de amizade forjada na aventura se encontravam novamente em Valkaria, numa taverna conhecida por ambas. Uma filial da Pombo Perneta da Praça. Aqui o lugar é muito mais cheio que a filial em Vectora, mas com menos variedade racial e de profissão. Havia alguns goblins, halflings, anões e a maior parte, claro, de humanos. Além disso, nesta taverna todos pareciam coloridos demais, todos eram aventureiros.
Nota do Mestre:
Aqui nesta introdução vocês podem detalhar melhor esses 3 meses que se passaram de Altossol até Salizz. Podem fazer usar a criatividade e fazer invenções, desde que, claro, sejam coerentes e não abram brecha para muitos desdobramentos. E no final podem começar a interpretar e esquentar os motores para o início da aventura de fato.
Dados dos Personagens
- Maryanne I. Maedoc <> PV: 31/31 PA: 1 PE: 3/3 CA: 19 <> Condição: Normal
- Millyan Lorthtandar <> PV: 24/24 PA: 1 PM: 3/0 CA: 19/23 <> Flechas: 100 <> Canalizar Energia Positiva: 1/1 <> Condição: *Preparar magias