Capitulo 1 - Vingança

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Andrew Kaninchen
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Re: Capitulo 1 - Vingança

Mensagem por Andrew Kaninchen » 19 Out 2017, 16:18

Rhaysa
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E nos privar dessa música...?
Neste momento, Lianna toma maior atenção da situação à sua volta. Ainda não estava por completo em sua consciência absoluta, distraída por seus pensamentos mais abstratos. Apenas depois do engate causado pela fala da outra ali assistindo à apresentação pôde perceber as outras todas ali presentes. Se sentiu envergonhada, percebeu o que fizera.
Lianna:
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Ora, mas que gafe!
Cobria sua boca com a mão livre, como que surpresa com a própria indelicadeza. Ela se prostra em uma leve reverência em pedido de desculpas, dirigindo-se à artista principalmente e virando-se ao resto daqueles ali presentes.
Lianna:
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Minhas sinceras desculpas!
E então tenta se dirigir à parte detrás da platéia.

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RoenMidnight
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Re: Capitulo 1 - Vingança

Mensagem por RoenMidnight » 23 Out 2017, 00:16

O Monge sorria ao ver o animo do companheiro peludo. O primeiro peixe já começava a tomar uma coloração mostrando que já ficava próximo a um bom ponto, os outros dois ainda estavam pouco mais do que crus, entretanto exalavam um cheiro saboroso logo após o senhor já de idade jogava algumas ervas acima deles.
Lomri
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Adoro festas! O que costuma ter de especial nessas ocasiões? Tem comida?
Monge
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Mas é claro. Onde já se viu festa sem comida? Especialmente este ano, brotaram um grupo estranho de cavaleiros dizendo que fariam um omelete XICANTE para todos.
O velho virava os peixes nas brasas.
Lomri
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Criança perdida? Que coisa estranha, acho que vou ver depois se posso ajuda-la, quem sabe não encontramos seus pais?
Afinal, sou um Paladino de Thyatis, e estou aqui para ajudar!

Qual o nome da estalajadeira mesmo?
Monge
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Bem, acho muito nobre de sua parte meu bom. Eu até ajudaria, mas tenho que limpar o salão de meditação ainda hoje e estou com uma dor aqui no coquís que anda me deixando travado ultimamente.

A estalajadeira se chama Kazumi, meu amigo felpudo.
Os peixes cheiravam enquanto o homem raposa aos poucos ia contando sua história para o velho que nem se quer se dava ao trabalho de duvidar, aceitava ela de bom grado e o ouvia com genuína atenção. No lago um peixe saltou acima da água e grilos cricrilavam em meio ao mato e as brasas estalavam.
Lomri
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Então Jisan, depois pensamos nisso! Agora, enquanto comemos, já lhe contei sobre como virei meio humano e paladino de Thyatis ao mesmo tempo?
Bom, eu vivia minha pequena vida de Raposa nos arredores da cidade de Triunphus, sabe como é, sempre é mais fácil conseguir comida próximo a cidades. Naquela época, meus pelos eram brancos.
Aquele início já havia cativado o monge enquanto este tirava um dos peixes de meio das brasas, deu uma mordida mas sentiu que estava muito quente e começou a soprar o alimento.
Monge
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Fascinante, isto me lembra a história de uma antiga deusa de Tamurá.
Lomri
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Então, um certo dia, eu espreitei um homem sentado a beira de uma fogueira fitando-a, e depois de certo tempo, ele simplesmente foi-se. E eu pensei com meus botões, o que há naquilo em que ele tanto olhava?
O monge pegou uma espécie de cantil de suas duas coisas e um par de copos feitos de bambu, encheu ambos de um chá de coloração verde que trazia por fim empurrando para o Lomri.
Monge
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Eu dava dois tibares que provavelmente ele estava fazendo o jantar dele.
Lomri
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Movido pela curiosidade, fui eu conferir, e, ali no fogo, eu pude ver a verdade! E quanto mais olhava, mais podia ver, e sentir a benção de Thyatis tomando meu corpo. –diz enquanto da a primeira mordida em um dos peixes.
De boca cheia o monge expressou.
Monge
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Curioso.
Lomri
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Quando me dei conta, uma forte chama envolvia meu corpo, e a Luz das chamas envolveu minha mente. Meu corpo foi transformado, e desde então, meus pelos passaram a ser rubros como as chamas!

Assim, a partir daquele momento tive a visão clara da minha missão nessa terra! E parti em peregrinação para pregar sua palavra e ajudar a quem fosse possível!
Monge
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Os deuses de fato agem de maneiras curiosas com relação aos homens.
A partir dai a refeição de ambos prosseguiu de forma tranquila e sem mais grandes assuntos, o monge falava da vida, do universo e tudo mais enquanto ambos podiam ver a distancia a movimentação no vilarejo, Lomri por um momento jurava ter visto um dos tais cavaleiros do omelete gigante passando por uma das ruas carregando uma frigideira enorme.

Quando finalmente acabaram o monge completou sobre as tais cartas que havia comentado, visto que o homem raposa parecia um tanto interessado.
Monge
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Se quiser sobre as cartas eu até te levo lá para falar com o pessoal, mas ai convencer que a mostrem e converse com o bonzo que as recebeu fica a seu cargo.
------------------------------------------

Lianna, cheia de autoconfiança, caminhou por entre o público e se antes este tinha a atenção na canção que produzida pela artista de rua agora se voltava para a mulher que transbordava sua presença. A mulher que habilmente tocava parecia em transe durante o processo artístico e só notou a aproximação da outra quando esta já estava a pouco mais de meio metro dela.
Liana
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Você se importaria?
Musicista
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!!
A moça ficou sem reação diante da presença da mulher a sua frente, sem saber o que fazer. Esboçou um sorriso meigo e começava a dar espaço para que a outra fizesse sua própria apresentação. Entretanto...
Rhaysa
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E nos privar dessa música...?
Rhaysa não parecia se impressionar com a presença daquela mulher e isto deixava claro em sua própria expressão. Aquela reação parecia ter pego a própria Lianna de surpresa, aliás parecia te-la desperto do transe que sua própria mente se colocava diante de seus diversos pensamentos. Aquilo permitiu que a mulher notasse todos os olhos em si mesma e a trouxe para a realidade da situação. Sentiu o rosto quente e só pode expressar uma única fala para resumir o que sentia.
Lianna
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Ora, mas que gafe!
De maneira educada se desculpou com a artista e com o público por tabela.
Lianna
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Minhas sinceras desculpas!
Passou por todas as pessoas que ainda olhavam a ela e se colocou atrás da platéia com o rosto ainda um tanto vermelho mas com a vergonha já se desfazendo aos poucos. A artista, respirou fundo e começou uma nova canção, muito mais sombria que a que tocava anteriormente e que invocava uma certa reflexão.



Da porta da estalagem Laura observava toda esta cena ocorrendo enquanto aproveitava o brinquedo. Laura de onde estava tinha visão quase completa de tudo o que acontecia naquele vilarejo. Havia ali uma movimentação maior do que ela poderia esperar para um lugarejo tão pequeno no meio do nada, bem longe da movimentação intensa existente na cidade voadora.

Parecia que algo estava para acontecer naquele lugar, via pessoas montando palanques e outras preparando algumas barraquinhas e viu um estranho cavaleiro com um tabardo onde um par de ovos se partindo estava bordado.

Algumas crianças rodavam brinquedos parecidos com peão em um balde forrado com uma lona. Os garoto gritavam torcendo para que seu peão rodasse por mais tempo que o de seus amigos.



Os olhos de cada um dos guris estavam atentos, Laura podia ver o suor brilhando nas suas testas e um enorme sorriso no rosto de cada um deles. Aquilo era de certa maneira estranha para ela própria, tentou se lembrar da ultima vez que havia brincado com outras crianças, aliás, que tinha se quer brincado e não conseguiu alcançar a memória de forma clara. Aquilo tudo parecia tão novo e tão distante, quase como se não pertencesse aquele mundo ou não fosse uma igual entre aquelas pessoas.
Pescador
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Tome aqui menina, para botar um sorriso em seu rosto. Você esta séria de mais.
Disse o homem ao seu lado a oferecendo um potinho com diversos bolinhos redondos com uma espécie de molho em cima e algumas poucas verduras. O homem mantinha um sorriso genuíno em seu rosto, transmitindo confiança.

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Khrjstjano
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Re: Capitulo 1 - Vingança

Mensagem por Khrjstjano » 23 Out 2017, 02:15

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A menina se aproximou do brinquedo, observando-o com bastante atenção. Era um animal, ela conseguia dizer... Mas não qual. Era engraçado... Mas ela não conseguia rir, só ficava mais leve... Entrou por uma cavidade e se escondeu ali, sentada... Sentia-se protegida... Abrigada. Ficou por lá um bom tempo, pensando, pensando, pensando... Muito se passou até que ela cansou e levantou-se, saindo pela parte de trás. Estava mais animada, quase alegre, e subiu até a parte mais alta do "bicho". Havia outra cavidade ali, e passando por ela uma plataforma lisa por onde desceu, escorregando.

Era divertido.

Gastou ainda mais um bom tempo procurando novas formas de escorregar pelas diferentes partes lisas do "bicho", até que cansou novamente. Sentada ao lado da cabeça do "bicho", flagrou-se observando as pessoas do vilarejo. Mais adiante, um grupo de garotos brincava com... Algum brinquedo. A garota tentava vê-los de onde estava, buscando entender que brinquedo era aquele.

Seu humor melhorava, ao poucos.
Menina
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...
Pensou em ir até lá... Queria ir, mas algo a fazia demorar-se. Algum tipo de medo. Receio...

...

...

...

Ela ainda observava de longe quando, súbito, um homem surgiu ao seu lado.
Pescador
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Tome aqui menina, para botar um sorriso em seu rosto. Você esta séria de mais.
Menina
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...
Ela não o havia notado. Espantou-se, mudando de expressão. Voltara imediatamente ao estado em que estava antes. Mas...

O homem lhe oferecia mais comida... Parecia saborosa...

É difícil rejeitar comida quando se tem 11 anos...

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Menina
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Ela permitiu, em seu pensamento, que ele ficasse ali enquanto comia, mas... O observava pelo canto do olho.

Um animal arisco.
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Aldenor
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Re: Capitulo 1 - Vingança

Mensagem por Aldenor » 23 Out 2017, 13:04

Rhaysa vê a confusão da mulher com reticência. Logo a artista começou a tocar outra música mais sombria. Talvez combinasse mais com a ideia daquela vila... um ambiente agradável e pacífico, mas que esconde alguma estranheza no sorriso daqueles rostos tamuranianos. Rhaysa deu de ombro ao final da música e se direcionou à taverna sem se preocupar se perderia outra canção. Já havia ouvido demais e sentia o estômago começar a incomodar.

A lefou ainda tinha algumas rações de viagem, com carne seca, fruta cítrica e uns gorads para dar energia. Mas mesmo essa comida eficiente podia ser enjoativa. Estava em um lugar tamuraniano e, pelos relatos dos viajantes, sabia que tinha uma comida exótica, diferente de tudo que havia no continente. Tentaria, então, na taverna, buscar alguma troca. Ou quem sabe arrumar algum trabalho que lhe pagasse alguma comida, bebida e um alento para passar a noite.
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Toyoda
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Re: Capitulo 1 - Vingança

Mensagem por Toyoda » 23 Out 2017, 18:13

Lomri se divertia com a conversa do monge, era naturalmente um bom contador de histórias, e gostava de ter ouvintes atentos como o Monge.
Monge
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Os deuses de fato agem de maneiras curiosas com relação aos homens.
Balançando em concordância comenta:
Lomri
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Sem dúvida! Eu sempre estou apenas em postura de escuta sobre os desígnios de meu Deus! E ajo conforme eles.
A partir dai a refeição de ambos prosseguiu de forma tranquila e sem mais grandes assuntos, o monge falava da vida, do universo e tudo mais enquanto ambos podiam ver a distancia a movimentação no vilarejo, Lomri por um momento jurava ter visto um dos tais cavaleiros do omelete gigante passando por uma das ruas carregando uma frigideira enorme.

Então murmurou baixinho:
Lomri
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Hum... Ovos, adoro ovos....
Sua mente viajou pensando sobre o tamanho do omelete e quantos ovos não seriam usados. Sua boca salivava.
Algumas coisas eram inerentes a sua existência, como sua fissura por ovos, gostava deles de todas as formas, cozido, frito, cru, omelete, mexido, doces, enfim, podia se arriscar dizer que era sua comida preferida.

Quando finalmente acabaram o monge completou sobre as tais cartas que havia comentado, visto que o homem raposa parecia um tanto interessado.
Monge
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Se quiser sobre as cartas eu até te levo lá para falar com o pessoal, mas ai convencer que a mostrem e converse com o bonzo que as recebeu fica a seu cargo.
Coça atrás da orelha esquerda e responde.
Lomri
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Hum, realmente estou interessado nelas... Como havia dito antes, sou um Paladino de Thyantis, quero poder ajudar no problema que for!
Mas Lomri havia se encontrado em um dilema. Se interessava bastante tanto por encontrar a criança achada, quanto para saber se ia junto ao monge descobrir sobre o que diziam as tais cartas....
Mas sempre foi um devoto de seu deus, assim, discretamente pega no broche em forma de raposa sob sua larga faixa na cintura, e pede por uma inspiração (rolo um d6, caso de impar, vou ver a menina antes, se der par, vou atrás das cartas. Deu 3).
Então, seu rosto se vira para as nuvens no céu, e sua mente traz lembranças de sua própria infância. E lembra de sua própria origem dúbia, na qual nunca sobe ao certo. Nunca conhecera seus pais biológicos, não tinha ideia de sua origem real, e sua função era apenas aquela que Hyninn havia lhe permitido.
Ou era apenas mais um devaneio. Mas uma coisa ficou clara para ele. Ele iria atrás da garota antes.
As cartas não iram a lugar algum, já a criança, merece uma atenção mais imediata.

Lomri
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Bom, Jisan, como já sabe, estou aqui para ajudar, quero muito poder ajudar o Bonzo e tudo mais, mas acho que a criança deve ser minha prioridade. Afinal, como poderia ignorar o fato de uma criança perdida?

Mas, peço que o você me apresente depois o Bonzo, o que acha?
Assim, após comer, levanta-se rapidamente, bate a poeira da roupa, da um tapinha nas costas do Monge:
Lomri
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Arigato Jisan! Ashita mata!! Depois te vejo lá no templo!
Sai antes que desse tempo do monge reclamar de seu cox novamente, por que não estava nem um pouco afim de ajudar o monge a varrer nada!
E se dirige com passos rápidos ate a estalagem, atrás da kasumi, ou da própria menina.
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RoenMidnight
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Re: Capitulo 1 - Vingança

Mensagem por RoenMidnight » 25 Out 2017, 17:58

Lomri
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Bom, Jisan, como já sabe, estou aqui para ajudar, quero muito poder ajudar o Bonzo e tudo mais, mas acho que a criança deve ser minha prioridade. Afinal, como poderia ignorar o fato de uma criança perdida?

Mas, peço que o você me apresente depois o Bonzo, o que acha?
O Monge riu e enquanto contemplava o lago a sua frente respondeu.
Monge
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Pode me procurar a hora que você achar melhor, nobre confrade. Estarei te esperando.
O velho após isto só pode observar a velocidade com a qual o homem-raposa caminhava para o centro da cidade. O caminho não era realmente longo mas custou uns bons vinte ou trinta minutos para que Lomri finalmente desse a volta por trás do morro onde ele pode ver o templo onde os monges habitavam, passasse perto do que parecia ser a antiga mansão do regente daquele lugar para finalmente chegar ao que poderia ser considerado a praça central daquela vila.

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Os bolinhos eram realmente bons, a massa era macia e saborosa e o molho que vinha por cima parecia substituir o sal. No centro sentiu algo um tanto borrachudo acompanhado de algumas poucas verduras com um sabor incrível. O homem observou a pequena terminar de comer esperando ver uma mudança em seu humor inicial, ao vê-la finalizar com seu sempre enorme e carismático sorriso disse.
Pescador
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Não se acanhe. Vá brincar com as outras crianças, espero que isto a tenha feito se sentir melhor. Precisa de alguma coisa? Quer que eu te ajude a falar com as crianças?
E o homem simplesmente sorria ao seu lado enquanto observava as crianças brincando e logo em seguida para Laura. A distância ela podia ver as crianças brincando, mas algo chamou sua atenção que vinha surgindo por meio a multidão.

Algo que para ela era fora da realidade, na verdade nem tanto, afinal uma de suas amigas dentro da instalação dos Médicos Monstros manifestava semelhante peculiaridade. Viu um homem-raposa que parecia caminhar tranquilamente por entre os aldeões que o observava com curiosidade muitos e outros com genuíno medo, uma senhora já de idade avançada até chegou a fazer um sinal no ar como quem espanta um mal espirito.

----
Lianna observava a Rhaysa com uma certa curiosidade, não sabia ao certo o porque mas existia algo diferente ao redor da garota. Tentava puxar de sua memória algo, mas nada parecia vir a tona, era quase como se a resposta estivesse na ponta de sua língua mas algo impedia de acessar o conhecimento necessário para responder a questão.

A verdade era, a pergunta ainda estava ali e a dor da falta da resposta era incomoda.

No momento em que Rhaysa adentrou a taberna ouviu o barulho de um sino que estava acima da porta e viu um local simples, apesar de grande as mesas eram de uma simplicidade que era quase estranha. Um incenso queimava em um canto, aparentemente tentando mascarar algum cheiro que Rhaysa sentia bem ao fundo. De lá de dentro sentia o cheio de comida e o barulho do trabalho que vinha da cozinha.

O Taberneiro apareceu vindo de uma porta por trás do balcão, abriu um sorriso e disse.
Taberneiro
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Seja bem vinda, minha jovem. O que deseja?
Estamos preparando ainda ao almoço, mas daqui a pouco ele deve estar pronto. Posso te oferecer algo para beber?
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Aldenor
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Re: Capitulo 1 - Vingança

Mensagem por Aldenor » 25 Out 2017, 18:20

Rhaysa tinha uma cara de poucos amigos.

Quando foi interpelada pelo taverneiro, primeiro o olhou de cima abaixo, afastando as pernas instintivamente. Era como costumava se portar quando chegava a um lugar diferente. Já aprendera, em seus poucos anos de andanças, que não podia confiar em ninguém e sempre desconfiar de todos. O mundo era um lugar cruel onde pessoas como sua mãe prosperavam e pessoas como ela eram marginalizadas e tratadas como monstros.

Pelo menos agora ela sabia o por quê. O sangue aberrante em suas veias, a mácula da Tormenta. Rhaysa era um insulto aos artonianos comuns, por isso estava acostumada a olhares enviesados, atravessados, hostis. Mas a gentileza do homem a deixou sem reação por alguns momentos, perplexa por não ser tratada com desconfiança ou nem com um "o que você quer aqui?" costumeiro. Será que era uma característica tamuraniana? Rhaysa ficou interessada com aquela interpelação que nem soube muito bem o que fazer. Caminhou para um lado, depois para o outro... puxou uma cadeira aleatória na taverna, mas não sentou.
Rhaysa
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Eu...
Sua voz saiu estranhamente aguda e tímida. O que era isso? Rhaysa nunca foi de levar desaforo pra casa, sempre encarou ameaças com ameaças ainda maiores. Mas não estava sendo hostilizada, era tratada com gentileza. Rhaysa levou a mão aos lábios, com olhos abertos, aturdida.
Rhaysa
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Eu quero... cerveja.
Era acostumada a beber rum, como uma boa marinheira metida a pirata, mas precisava de algo menos doce e menos forte. Rhaysa lembrou-se imediato da falta de moedas e puxou o ombro do taverneiro quase que com agressividade, cenho franzido.
Rhaysa
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Eu não tenho moedas. Mas posso ... fazer alguma coisa por você em troca de comida e teto.
Disse ríspida. O tom imperativo da voz era incoerente com a intenção do pedido.

Mas as maçãs de seu rosto logo avermelharam. E se o taverneiro tivesse entendido errado? Se ele tivesse segundas intenções? Não estava oferecendo seu corpo, obviamente, mas o homem não a conhecia e se achasse que era isso?
Rhaysa
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Eu sei lutar. Ou varrer. Posso varrer a sua taverna. Em troca de comida e moradia por um ou dois dias.
Falou rapidamente soltando o ombro do taverneiro e gesticulando agitadamente tentando consertar a pseudo-confusão. Seu rosto todo agora enrubescia.
Rhaysa
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A propósito, sou Rhaysa ... Maedoc.
Falar seu sobrenome abertamente era algo que ainda buscava se acostumar, afinal, era de uma família muito longa, muito distinta com nobreza em Trebuck e Tollon, até onde sabia, bem como parentes distantes de heróis aventureiros. Mas o mais importante, assumir o sobrenome era assumir seu pai, evitando a amargura de não ter convivido com ele.
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Re: Capitulo 1 - Vingança

Mensagem por Andrew Kaninchen » 25 Out 2017, 19:22

Sua memória lhe falhava, mas não suas ponderações. Aquela outra mulher que há pouco lhe interrompera a interrupção estava em sua mente. Nela, sentimentos e reflexões, a estranheza que sentira quando olhara para aquela outra mulher. O rosto lhe preenchia a consciência, que buscava nele algo de errado, mas nada encontrava. Aquele mistério lhe tirava a concentração na performance, que se esvaia como uma música de fundo.

Quando se deu conta, estava fisicamente buscando a estranha com o pescoço e os olhos, apenas para vê-la separar-se da multidão rumo a uma construção ali perto. No mesmo impulso suas pernas começam a andar na mesma direção, curiosa que não conseguia se conter. Um sino se faz soar quando a porta daquilo que parecia uma taverna era aberta pela mulher misteriosa. Lianna toma um passo em falso, se segurando por um instante. Decide esperar, ver se algo lhe vêm à mente.

Mas o que vem é apenas mais incerteza e curiosidade. Mais ainda, a sensação de frustração que quando algo impede que se faça algo que está prestes a conseguir. Um misto de sentimentos desconfortáveis lhe fazendo perder qualquer moderação que pudesse ter sobre suas próprias ações, Lianna põe um fim prematuro em sua pausa e se volta àquela porta.
Rhaysa
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Eu não tenho moedas. Mas posso ... fazer alguma coisa por você em troca de comida e teto.
Disse ríspida. O tom imperativo da voz era incoerente com a intenção do pedido.

Mas as maçãs de seu rosto logo avermelharam. E se o taverneiro tivesse entendido errado? Se ele tivesse segundas intenções? Não estava oferecendo seu corpo, obviamente, mas o homem não a conhecia e se achasse que era isso?
Rhaysa
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Eu sei lutar. Ou varrer. Posso varrer a sua taverna. Em troca de comida e moradia por um ou dois dias.
Falou rapidamente soltando o ombro do taverneiro e gesticulando agitadamente tentando consertar a pseudo-confusão. Seu rosto todo agora enrubescia.
Deparando-se àquela cena, Lianna imediatamente se perde de sua contemplação anterior em uma tentativa de controlar o riso. A mão livre e a do leque ao rosto ao mesmo tempo enquanto a coluna se curvava pelo movimento involutário do diafragma, Lianna se segura para não fazer nenhum som muito chamativo. Ela sente seus olhos umedecerem enquanto seus pulmões doem, por pouco não perdendo o equilíbrio, mesmo que em sacrifício da postura.
Rhaysa
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A propósito, sou Rhaysa ... Maedoc.
Lianna
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Rhaysa... pff... Maedoc...
Lianna toma o ar enquanto se aproxima da conversa dos outros, ainda tentando se reprimir, falhando.
Lianna
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Maedoc... Engraçado, este nome me parece familiar...
Ela olhava a outra de cima a baixo, como que tentando estudá-la ou entendê-la ali, sem preocupação com qualquer outra conotação que pudesse ser vista em seu ato.

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Re: Capitulo 1 - Vingança

Mensagem por Khrjstjano » 26 Out 2017, 01:51

O sujeito que a abordara havia lhe dado de comer. Mais do que comer. De repente, não estava mais suja e esfomeada, fugindo sem parar pelo meio do nada. Estava enfastiando-se.
Pescador
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Não se acanhe. Vá brincar com as outras crianças, espero que isto a tenha feito se sentir melhor...
Ela virou-se em direção ao homem.
Menina
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...
Pescador
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Precisa de alguma coisa? Quer que eu te ajude a falar com as crianças?
Ela continuava a observá-lo, enquanto ele por sua vez passara a olhar as crianças brincando mais ao longe, sempre sorridente. A menina logo seguiu seu olhar, fitando os garotos que brincavam por lá.

Limpou os dedos sujos de comida quando notou um sujeito diferente que vinha caminhando por entre as pessoas.
Homem Raposa
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...
Conforme se aproximava, as pessoas reagiam a ele. Observavam, faziam sinais, alguns sem que ele visse. A certo ponto, notou que parecia vir naquela direção.

Por algum motivo, a menina chegou mais perto do homem que lhe dera comida.

Segurou sua mão.


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Re: Capitulo 1 - Vingança

Mensagem por Toyoda » 26 Out 2017, 09:15

Assim, caminha em direção a estalagem, em busca de falar com a Kazumi.
Mas não deixa de notar sempre a volta, e, como já objetivado, procurar a tal da criança.
Quando nota alguém olhando estranho, da um sorriso e cumprimenta, mesmo sabendo que a maior parte do tempo isso só espanta os espectadores medrosos.
(Rolo teste para saber se noto a criança. Percepção 1d20+6. Deu 20)

Lomri nota uma criança suspeita. Acanhada, quieta, completamente distinta das demais ali presente. Seria ela? Mas estava de mãos dadas com um jovem parrudo, bronzeado pelo sol. Porem, nada se assemelhava... Deveria ser, não via outra candidata a duvida.

Assim, passa olhando suavemente para a criança, mostra um sorriso amistoso, e cumprimenta com um aceno de cabeça o homem parrudo.
Mas não diminui o passo ou para. Queria confirmar primeiro com a Kazumi. Não queria assustar ninguém desnecessariamente. Afinal, ela já parecia assustada o suficiente....

Chegando na estalagem, Lomri grita:

Lomri
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BOA TARDE! KAZUMI SAN?
Assim, aguarda a resposta.
Caso ela apareça, Lomri, com um sorriso, a aborda da seguinte forma:
Lomri
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Boa tarde Kazumi san!
Eu sou um paladino de Thyantis, minha missão é ajudar a quem tenha necessidade, e o Monge me disse que a senhora encontrou uma criança? Quem sabe eu não poderia ajudar?
Sempre gosta de mostrar o bordado de fênix em suas costas, afinal, era bem feito e estava novo, precisava ostenta-lo!
Lomri
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Onde esta a criança? Ela esta ferida ou algo assim? Ela carregava algo com ela?
Lomri espera que a Kazumi coopere. Gostaria de poder ver as roupas que vieram com ela e entender a situação antes de abordar a própria, pois isso poderia ser invasivo num primeiro momento.
(Caso haja necessidade, Rolo teste de obter informação para a senhora.)
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