Episódio 02 – Destinos
Delaila, Bestius, Ganimedes, Aslam, Kain
Estrada em Tollon
Ao ver o homem caído,
Kain decidiu ajudá-lo e fazer perguntas depois. Abaixando-se, o arcanista tentava verificar o corpo do homem.
Enquanto isso,
Ganimedes resmungava pela imprudência do colega e se prepara com seu arco. Comenta com
Aslam a possibilidade de ser uma armadilha e se moveu até próximo a uma árvore de tronco mais grosso para ter uma perspectiva maior do lugar.
Bestius era um lobo e seus sentidos afiados sentiam cheiro de sangue. Um rastro de odor que seguia até o casebre de madeira.
Delaila avisou que entraria na moradia para verificar. Encontrou uma porta escancarada, madeira quebrada, por um milagre ainda presa pelos parafusos de metal da dobradiça. Andou cuidadosamente para dentro do ambiente.
Aslam chamou atenção do lobo
Bestius para seguir
Ganimedes. O metamorfo inclinou a cabeça para o lado, confuso, mas entendeu o que importava e seguiu o arqueiro em seguida. Por fim, o cruzado orou por Keenn para que revelasse a possibilidade de algum indício arcano na região. Com seus olhos brilhantes, ele não conseguiu ver nenhuma manifestação mágica, mesmo andando alguns passos em volta.
Kain viu que sua camisa apresentava manchas de sangue. Ao abri-la, viu três cortes finos que sugeriam um golpe de garra de algum animal. Aquele ferimento estava sujo de lama e o sangue seco. O homem era caucasiano, mas
Kain percebeu a palidez pela falta de sangue. Era possível acordá-lo, mas com algum milagre de cura.
Enquanto isso,
Ganimedes e
Bestius não encontraram nenhum indício de armadilha, emboscada ou coisa parecida. O arqueiro semicerrava os olhos tentando ter um alcance maior, mas nada via de estranho. A ausência de barulho era causada pela falta de animais, devido ao inverno. Era normal. Lobo
Bestius, entretanto, ainda sentia o cheiro ferroso de sangue e o rastro que partia do casebre até o homem acudido por
Kain.
Aslam dava alguns passos em alguma direção, olhando para os lados com seus olhos brancos, mas nenhuma magia foi detectada.
Delaila via o interior do casebre. Iluminado por uma lamparina já prestes a apagar, a moça viu o chão de madeira forrado por peles de urso, lobos. Uma mesa no centro, cadeiras, um fogão num canto ligado a uma chaminé, dois armários. Um tinha alguns equipamentos de caça como arco, flechas, armadilhas de metal e alguns machados. No outro, roupas pesadas como gibões de pele, camisas e calças de couro e algumas mantas xadrez. Havia uma porta aberta para um cômodo menor, onde havia uma cama de casal de palha, com lençóis de algodão e outras mantas e peles de lobo por cima. Uma lamparina menor e apagada jazia sobre um criado-mudo. Dentro do móvel tinha alguns papeis. Um deles escrito em táurico. Provavelmente um título de propriedade, como
Delaila já vira antes. A barda explorou mais um pouco e viu outro cômodo, dessa vez, uma espécie de dispensa. Havia algumas panelas, grãos e legumes. Havia também um balde de água não congelada. Era possível fazer um ensopado ali. Sem demora, a moça pegou o que precisava e pôs a ferver a água.