O sol estava a pino na cidade de Molok, pessoas corriam de um lado para o outro terminando as preparações para a chegada do Exercito do Reinado, que finalmente se movia de sua base além dos Bosques de Canora. Por anos o exercito havia ficado num local que considerava "seguro" para montar acampamento sem despertar a fúria da horda goblinóide, mas essa posição dita prudente somente deixava metade do reino de Tyrondir a mercê de grupos saqueadores da Aliança Negra, pequenos o suficiente para não serem declarações de guerra, grandes o suficientes para aterrorizar as poucas vilas restantes.
A transformação de Molok, antes uma capital da paz e diplomacia, em um bastião na defesa de Arton Norte podia ser considerada quase impossível. Seria necessário a atenção de muitos governos no meio de uma época de divisão e desconfiança, seria necessárias sumas enormes de dinheiro em um reino que perdia o poder de sua economia, seria necessário que o pedido chegasse aos ouvidos do Rei e derrubasse o seu estúpido que quase destruiu o continente. E tudo isso foi graças a uma única mulher, uma filha da nobreza tyrondiana que parecia capaz de criar milagres com suas palavras...
...ou pelo menos capaz de assinar seu nome com sangue em um pergaminho.
Rumo a Cosamhir: Parte 1
Lanag, dia 6 de Altossol, primeira noite da Lua em Escudo do ano de 1411.
Lorde Frederico Malaquei, senhor da cidade de Molok, sentia medo. Sentia isso pelo destino de sua esposa e futuro filho, por mais que ela o assegurasse que tudo havia acontecido como planejado. Ela estava grávida do primogênito do casal e era natural que quisesse viajar de volta a sua cidade natal para pari-lo, especialmente se essa cidade for o mais longe possível de Khalifor. Ninguém acharia isso suspeito. Mas o modo que ela havia escolhido para isso era perigoso demais! Viajar com uma escolta de soldados era seguro e fácil para eles em sua situação atual. Com aventureiros era pedir por problemas no caminho, pedir para enfrentar de frente seu inimigo...
Hahaha! Mas querido, essa é a ideia!
Então Lorde Malaquei se lembra da extensa conversa que teve com Lady Marina, sua esposa. E vê que não havia mais outro caminho a se trilhar, pois atrás da porta a sua frente estão os aventureiros que seriam contratados. Ele respira fundo e abre a porta, atravessa seu escritório, se senta por trás da mesa e começa a falar.
O Frederico então põe na mesa um pergaminho de contrato. Ele realmente não está satisfeito com o que vê na frente, mesmo que estes sejam os "melhores" aventureiros de verdade na cidade. Estes arruaceiros não parecem ser bons o bastante para defender sua amada, nem de longe. Seus contatos haviam dito que pessoas de tal laia evitam cidades com forte presença militar, mas somente quatro era um absurdo. No fundo, ele espera que os detalhes que ainda não haviam sido revelados sobre o contrato os façam desistir, e que sua esposa tivesse que aceitar que suas expectativas eram altas demais.Lorde Malaquei:
Acho que todos vocês já tiveram a missão explicada a vocês quando a aceitaram. Não é difícil de entender. Minha esposa está grávida e precisa de escolta para a capital, onde estará a salvo para dar a luz. A Guilda de Teleportadores não atua em nosso reino, então usaremos aventureiros. Somos nobres poderosos, temos muitos inimigos. E esses inimigos podem oferecer dinheiro para que vocês nos traiam. Isso será evitado-
Lorde Malaquei:
-com isto. Este pergaminho foi abençoados pelo clero de Thyatis para forçar com que promessas sejam cumpridas. Se assinarem o contrato serão magicamente impedidos de ferir minha esposa ou seu bebê, sofrerão duras consequências. O pergaminho perderá os poderes ao se chegar em Cosamhir, quando a missão será cumprida.
A voz belíssima que termina a conversa vem de suas costas. Na porta do escritório se encontra uma mulher grávida e vestida em roupas ricas. É aquela que haviam sedo chamados para proteger, Lady Marina Mauvinnis Malaquei, a Voz de Ouro de Tyrondir. A mulher que à poucos meses convenceu o Reinado a dar seu primeiro passo de significância em anos de luta contra os gobinides.Lady Malaquei:
Espero que entendam oque peço de vocês, aventureiros. Mas não posso arriscar o futuro da minha família ao viajar com pessoas que podem ter sido previamente contratadas por meus inimigos. Vocês aceitam as condições?
Aproveitem o primeiro post para explicar sua estada na cidade.